Oblivion escrita por Gabrielus
Construí uma máquina,
Que registra todos os meus movimentos.
E através dela, eu viajo...
Pelo espaço e pelo tempo.
Criei uma máquina para viajar,
Entre as nuances da minha memória.
Com ela, lancei-me a explorar,
Cada linha da minha história.
Posso simplesmente modifica-la,
Como uma borracha apagando uma folha?
Ou devo contorna-la,
E riscar ou sublinhar as minhas escolhas?
A máquina me leva a revisitar,
Lugares e pessoas para se esquecer.
Creio que gostaria de mudar,
Porém, o que mais essa máquina poderia fazer?
O sentimento me persegue em dúvida,
Sobre qual caminho seguir.
Sempre me pergunta:
E se?
Uma sensação que reside,
Mostra-se como um remorso.
O que faria se pudesse,
Escapar de tal alvoroço?
Seria simples e objetivo,
Ou complexo e rancoroso?
Sinto-me condenado a ser livre...
Livre para lidar com minhas escolhas.
Mas a máquina do tempo se define,
Pela lembrança simples de coisas afáveis,
E cítrica de momentos desagradáveis.
A máquina é quase perfeita,
Colocada de qualquer maneira sobre minha mesa.
A criei de um projeto feito em papel e caneta,
E tentei usá-la para consertar,
Reparar, redizer, refazer, relembrar.
Mas tudo que fiz,
Foi admirar.
Inventei uma máquina,
Que pode te levar a qualquer lugar,
A qualquer momento, que deseje visitar.
Com isso, gostaria de perguntar:
Qual foi o primeiro lugar,
Que veio a pensar?
~Gabriel.
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