Horizon: Nemesis Burst escrita por lohanacarter


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu deveria avisar: eu não tenho NENHUM controle sobre período de postagem. Às vezes posto rápido, as vezes não. Então eu trago mais DOIS capítulos! Sim, dois, eu me animei durante a escrita HAHAHAHAHA E ao invés de segurar um pouco mais, decidi soltar. Espero que gostem ♥

OBS: As frases iniciais do capítulo podem ser tanto tiradas do jogo, quanto inventadas por mim. Vai depender o que eu preciso pro contexto daquele capítulo, belezinha? ♥



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“Creio que estou sozinho desde que tudo isso começou. Sozinho, carregando o fardo. Pelo passado. Pelo futuro. O futuro de Lis. Seus filhos.Um dia, eles virão. E estarei aqui para saudá-los.”

— Ted Faro

 

Após a conversa com Gaia, Aloy precisou de todo seu autocontrole para não deixar a base montada sobre as costas de um Heliodo e atravessar o oceano na direção de Tebas, deixando Beta em segurança na base. Mas uma parte dela sabia que talvez fosse precisar dela, visto que ela havia convivido com os Zeniths e, talvez, pudesse encontrar em Tebas algo que ela não havia sido capaz de ver. Se bem que agora aquele lugar são apenas pedras e destroços, o que pode ter lá que emitiu um sinal para Gaia?, pensou Aloy. Mas, determinada a dormir para estar devidamente descansada, Aloy tomou uma infusão de ervas que Zo havia lhe ensinado a fazer, e milagrosamente isso a ajudou a dormir.

Na manhã seguinte, acordou antes do Sol. Viu que Beta já estava de pé assim que saiu dos seus aposentos, provavelmente preocupada com a ideia de que Aloy pudesse deixá-la para trás — algo que ela já tinha feito com Varl, quando rumara ao Oeste Proibido, e mesmo assim ele a encontrara. Ela já estava com o Foco ativado, analisando arquivos, mas o desativou no mesmo momento que Aloy saiu.

— Aloy, bom dia — cumprimentou Beta. — Eu, hm… Achei que poderia encontrar alguma coisa que pudesse nos ajudar em Tebas, enquanto você estava dormindo.

— E achou? — perguntou Aloy. Era bom ver como Beta estava mais determinada e mais confiante, bem diferente do bichinho assustado que ela havia resgatado.

— Não, nada — ela suspirou, desanimada. — Talvez a gente devesse voltar para a base dos Zeniths. Talvez lá haja informações que possam nos ajudar, não tivemos tempo de vasculhar tudo.

— Já pensei nisso. Mas, primeiro, precisamos conferir esse sinal que a Gaia recebeu — respondeu Aloy. — Embora eu não consiga entender o que teria emitido esse sinal. Tudo em Tebas desmoronou.

Beta ficou em silêncio, mas Aloy viu em seus olhos que ela estava pensando em alguma coisa.

— Você tem alguma teoria, Beta? — perguntou Aloy gentilmente, incentivando Beta a falar.

— É só que… — Beta mordeu os lábios nervosamente e respirou fundo. — Fiquei pensando… Você disse que Ted Faro estava lá, e estava vivo.

— Bem, eu não diria “vivo” — respondeu Aloy, dando voltas pela sala. — Ele se transformou em alguma coisa, uma besta viva… Provavelmente não tinha mais consciência.

— Mas… E se tiver? — Beta perguntou. — Você viu ele?

— Bem… Não — confessou Aloy. — Não deu tempo. O CEO mandou atear fogo nele, e tudo começou a desmoronar. Alva e eu tivemos que fugir — Aloy respondeu, e pausou por um segundo. — Você acha que ele emitiu o sinal — Aloy concluiu.

Beta, incerta, assentiu com a cabeça.

— Talvez ele esteja tentando se comunicar. Passou muito tempo sozinho, sem saber se o Zero Dawn havia dado certo ou não — murmurou Beta, pensativa. — Então ele viu outras pessoas, mas ainda não teve tempo de se comunicar. Então…

— Ele deve ter tentado rastrear algum canal com o qual pudesse se comunicar e encontrou o de Gaia aberto, enquanto ela estava pesquisando — concluiu Aloy, pensativa. — Mas naquela forma? Como ele conseguiria?

Beta deu de ombros.

— É só uma teoria, Aloy. Às vezes, foi outra coisa. Afinal, tudo desmoronou, talvez ele tenha morrido.

Era o que Aloy achava, mas a ideia de que Ted Faro ainda pudesse estar vivo e, além do mais, consciente, era algo que a perturbava. Se fosse isso, será que deveria salvar Ted Faro? Ou deixá-lo apodrecer? Certamente era o que ele merecia, mas infelizmente ele poderia ser mais útil do lado dela.

Mas, primeiro, ela precisava checar o sinal.

— Prepare-se, Beta. Vamos partir.

***

As duas comeram alguma coisa, antes de sair da base e Aloy assobiar para chamar seu Heliodo convertido. Com sua ajuda, Beta montou na máquina, um pouco insegura, mas ela não reclamou em nenhum momento. No momento que a máquina alçou voo, Beta soltou um grito involuntário e Aloy riu quando ela apertou os braços com força ao redor da sua cintura. Então, Aloy direcionou o Heliodo para Terrafirme do Legado.

Foi uma viagem de horas, com necessidade de duas paradas para que as duas pudessem comer. Mas Aloy foi o mais rápido que podia, determinada ainda a chegar no mesmo dia. Haviam saído de manhã, mas pousaram no poleiro de Terrafirme do Legado quando já estava escurecendo.

Aloy já estava acostumada com o olhar daquelas pessoas, que a consideravam uma Ancestral Renascida devido sua semelhança com Elisabet Sobeck. Porém, Beta estava acuada com tantos olhares chocados sobre si, alguns até mesmo se curvando. Com pena da irmã, Aloy deu tapinhas no seu ombro.

— Tente ignorar. Eles devem estar sem entender porque duas Elisabet Sobeck estão vivas.

— Nós precisávamos mesmo vir pra cá? — murmurou Beta, roxa de constrangimento.

— Essas são terras dos Quen. Não posso simplesmente invadir Tebas sem falar com um dos Eméritos — Aloy respondeu, suspirando. — Também não gosto disso, mas prefiro evitar problemas.

Alguém deve ter avisado sobre sua chegada, porque não demorou para que Bohai saísse de sua tenda para seu encontro. Ele mesmo foi pego desprevenido vendo que não apenas Aloy era uma versão de Elisabet, mas também a outra moça ao seu lado.

— Aloy? — ele perguntou, incerto. — Essa moça…

— É complicado, Bohai — Aloy respondeu, sem paciência. — Podemos dizer que ela é minha irmã gêmea. Estou aqui em uma missão importante, não tenho tempo de explicar.

Bohai espiou Beta por cima do ombro de Aloy, que se encolheu diante do olhar esquadrinhador do Emérito. Mas ele não fez mais perguntas, voltando seu olhar para Aloy.

— Pois então diga. No que posso ajudar?

— Preciso entrar em Tebas.

Bohai a encarou como se ela tivesse perdido o juízo.

— Não sei se você se lembra, mas Tebas foi destruída.

— Sim, eu me lembro, eu estava lá — respondeu Aloy, revirando os olhos. — Mas tem algo lá que preciso ver. Preciso de autorização para entrar.

Bohai pareceu desconfiado.

— Bem, acho que eu deveria saber, já que você quer acesso a um território nosso que foi destruído quando você estava lá.

Era justo, mas Aloy não queria compartilhar informações. Muito menos que suspeitava que Ted Faro pudesse ter emitido um sinal, isso levaria os Quen à loucura, já que eles idolatravam aquele maldito homem graças ao CEO. Contudo, esperava poder entrar sem precisar enfrentar um exército Quen nas suas costas. Havia sido ruim o suficiente ser caçada por eles quando fora buscar Deméter, e quando o CEO mandara que seus soldados matassem ela e Alva.

— Olhe… Recebi algum sinal de lá. Não sei o que foi — ela respondeu. Era verdade, afinal. — Preciso conferir. Pode ser muito útil para todos, se eu encontrar.

— Um sinal. De algo que você não viu quando estava lá — Bohai observou, ainda desconfiado.

— Agora eu sei coisas que não sabia na época. Sobre uma ameaça à vida na Terra — ela explicou. — Isso mudou as coisas.

Bohai esquadrinhou Aloy, e ela se sentiu como se ele tivesse invadido sua alma, mas não desviou o olhar e nem vacilou. Esperou pela decisão do Emérito, como se tivesse demorado anos.

— Muito bem — ele concedeu. — Mandarei homens do exército com você.

— Não será necessário… — ela começou, mas Bohai interrompeu.

— Eu os mandarei. Pode ser perigoso — ele respondeu. Aloy sabia que ele não estava preocupado; o que ele queria era vigiá-la. A ideia a irritou um pouco, visto que ela vinha ajudando a tribo desde que os conhecera, mas não disse nada. 

Ela apenas suspirou, derrotada.

— Certo.

— Mas já está tarde. Amanhã vocês irão.

Aloy ficou boquiaberta.

— Preciso ir agora.

— Você precisa de descanso. Voou naquela máquina até aqui? — ele apontou para o Heliodo no poleiro. — E sua irmã parece cansada

Aloy virou-se para olhar Beta, e constatou que era verdade. Ela às vezes se esquecia que Beta não estava acostumada com a vida que ela levava, caçando nos Ermos, escalando montanhas, e indo de um perigo para o outro. Vendo que estava sendo observada, Beta arregalou os olhos.

— E-eu estou bem! Podemos prosseguir, se quiser — a moça disse, preocupada. Aloy sabia que ela não queria ser um estorvo.

— Está tudo bem, Beta — concedeu Aloy, suspirando e com um tom de voz gentil. — Ele está certo. Descansar é o mais apropriado, nossa viagem foi longa. O tal sinal pode esperar.

Se fosse mesmo Ted Faro, ele que aguentasse mais um dia soterrado debaixo daquelas rochas. Não era menos do que ele merecia depois de tudo que já havia feito.

***

Aloy e Beta foram alocadas em uma das tendas. Como não haviam muitas disponíveis, elas precisaram dormir juntas. Como o esperado, Beta não demorou para dormir. A pobre coitada estava exausta, mas não havia reclamado nenhuma vez durante o trajeto, e estava determinada a seguir para Tebas se Aloy decidisse assim, não querendo atrapalhar.

Era admirável o quanto ela estava se esforçando. 

Na manhã seguinte, Aloy fez uma refeição rápida com Beta, e as duas partiram escoltadas por cinco soldados Quen. Ela gostaria de ter Alva por perto, mas infelizmente a amiga estava em outra missão e não poderia ajudá-la naquele momento. Era óbvio que estava sendo vigiada, mas achava que não precisava se preocupar. Bohai não mandaria matá-las, como havia feito o CEO, pelo menos nisso podia confiar. Ele estava desconfiado de que ela extraísse conhecimentos que, na visão dele, deveria ser dos Quen.

Chegaram em Tebas, e Aloy não demorou para perceber que entrar seria mais difícil do que da primeira vez. Haviam muitas pedras bloqueando o caminho.

— Como vamos fazer para passar? — perguntou Beta, preocupada.

Aloy ativou o foco, esperando que ele lhe mostrasse alguma brecha. Por alguns segundos, ficou calada enquanto observava os arredores. Mas não demorou muito para que o Foco lhe mostrasse uma coisa nos escombros que poderia puxar com o seu lança-gancho.

— Afaste-se, Beta — pediu. Assim que ela o fez, Aloy usou o lança-gancho, lançando-o para prendê-lo no suporte e puxá-lo, assim abrindo um caminho. Não era grande, mas o suficiente para que passassem agachados.

O túnel os levou diretamente para a sala onde antes ficava a grande estátua de Faro, que havia sido destruída e também havia matado o CEO. Aloy revirou os olhos com a lembrança daquela morte patética, digna do verme que ele era. Mas afastou a memória, vendo que os desafios não haviam acabado. Embora o lugar não estivesse mais caindo, o chão ainda estava coberto de lava. Precisavam ser cautelosas e pisar apenas nas pedras. Aloy ajudou Beta a atravessar, e os soldados vieram atrás.

Quando finalmente conseguiram, Aloy viu que o caminho estava mais limpo nessa parte. Ativando o foco, ela procurou alguma coisa. Algum sinal daquilo que havia chamado a atenção de Gaia. Embora tivessem várias pedras pelo caminho, ela percebeu que não seria impossível que a aberração Faro tivesse sobrevivido.

No mesmo momento, Aloy ouviu um som. Parecia uma fera gritando. Colocando Beta atrás de si, ela escutou o som, buscando com o foco a origem daquele som.

Então ela viu. Um ponto roxo no foco, mas dava para ver que era algo enorme.

— Fiquem com a Beta — instruiu Aloy aos soldados. — Fiquem com ela e a protejam.

— Aloy? — chamou Beta, preocupada.

— Acho que encontrei o Ted — esclareceu Aloy baixinho. — É mais seguro você ficar aqui.

Beta engoliu em seco, concordando. Assentindo de volta, Aloy deu as costas e deu início à sua busca. 


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Notas finais do capítulo

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