Horizon: Nemesis Burst escrita por lohanacarter


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá! Prazer em conhecer, meu nome é Thais, mais conhecida por aqui como Lohana (mas podem chamar como quiser). Faz tempo que eu ando afastada das fanfics, então está sendo um desafio escrever essa história porque... Bem, não tenho nada planejado exatamente, apenas os pontos-chave, e vou desenvolver ao decorrer da narrativa, então tenham paciência kkkk espero que gostem!



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“Embora pareça uma missão impossível, eu ainda acredito. Há esperança para esse mundo. E eu vou dar tudo de mim para que isso seja real”

— Elisabet Sobeck

 

Aloy não fazia ideia quando fora a última vez que dormira uma noite inteira. Poderia dizer que dormira bem em Meridiana, logo após a batalha contra Hades no Ápice, mas a verdade é que a noite não havia sido tranquila. Mesmo com a vitória, ainda havia questões para resolver, aquilo pelo qual havia nascido: restaurar Gaia e salvar a vida na Terra. E, quando ela parece estar muito perto de resolver esse enigma, outra ameaça sem solução aparece. 

 Nemesis.

 Aloy respirou fundo e mudou de lado na cama, batucando os dedos no colchão de palha, pensativa. Ela devia dormir, está a exausta da batalha, mas quando fechava os olhos só conseguia visualizar a grande esfera de fogo que vira na nave dos Zeniths, a voz de Tilda dizendo “Nemesis não permitirá que nada floresça na Terra.”

 Tilda estava errada. Precisava estar. Porque se não estivesse, significaria que tudo pelo que vinha lutando havia sido em vão. Que não seria capaz de salvar o sonho de Elisabet, nem cumprir o propósito pelo qual havia nascido. 

 Às vezes, o fato de ser “Elisabet Sobeck renascida”, era um fardo muito grande. Aloy queria não ter tamanha responsabilidade sobre os ombros. 

 Cansada de tentar dormir sem sucesso, Aloy se levantou e se dirigiu para a sala de recreação da base. E foi surpreendida por Beta, ainda no mesmo lugar que estava quando lhe desejara boa noite. 

 — Não consegue dormir? — perguntou Aloy, chamando a atenção de Beta, que estava concentrada lendo alguma coisa.

 Beta suspirou e desativou o Foco, claramente exausta. 

 — Estou procurando alguma coisa que possa nos dizer como impedir Nemesis. Pelo menos um ponto de partida. 

 — Você deveria descansar — observou Aloy. — Passou por maus bocados com os Zeniths, deve estar exausta. 

 — E quanto a você? — replicou Beta, sentando-se no estofado que Erend costumava ficar quando estava estudando com o Foco. — Lutou uma batalha e tanto hoje. Você precisa dormir. 

 Beta estava certa, é claro. Aloy suspirou, sentando-se ao lado de Beta. 

 — Não consigo. Só consigo pensar que tenho toda essa situação pra resolver. Quando penso que estou finalmente chegando a uma solução definitiva, algo pior aparece. Se fosse apenas o Hefesto… — suspirou. — Mas ainda tem essa coisa… Nemesis. Não faço ideia do que fazer para impedir isso.

 — Sabe, essa missão não é mais apenas sua, Aloy — disse Beta timidamente. — Eu quero ajudar. Sou tão clone da Elisabet quanto você.

 Aloy sorriu. Embora a primeira interação entre as duas não tivesse sido das melhores, com Beta querendo apenas se esconder e sempre procurando defeitos em seus planos, ela aprendera a ver naquele rosto, tão igual ao seu, algo que sentira apenas com Rost. Beta era o mais próximo que tinha de uma família, praticamente sua irmã gêmea. Nenhuma das duas tinha família, uma mãe, mas agora tinham uma à outra. 

 — Eu sei, Beta. E agradeço. Inclusive, você foi ótima na base dos Zeniths. Colocando aquelas máquinas para lutar por nós e tal. Foi muito inteligente. 

 Beta se encolheu, deprimida. 

 — Mas eu perdi controle de Hefesto. Ele escapou. 

 — Ei — chamou Aloy, segurando a mão daquela que passara a ser sua irmã. — Não se preocupe com isso. Nós o pegamos uma vez. Vamos fazer isso de novo. 

 — Agora ele está mais poderoso, e fortaleceu sua segurança. Não vai ser fácil. 

 — Vamos encontrar um jeito. Foi difícil da primeira vez, mas achamos uma solução.

 Beta sorriu. 

 — Obrigada. 

 — Pelo quê? — perguntou Aloy, confusa.

 — Por ter me resgatado. Por não me deixar sozinha de novo. E por se importar comigo — disse Beta baixinho. — Eu sempre fui sozinha. Os Zeniths não eram exatamente minha família, embora Tilda tenha sido amigável por um tempo. Mas você, Aloy… E-eu sinto como se você fosse minha família. Uma… irmã. 

 Aloy sorriu, colocando a mão sobre o ombro de Beta.

 — Eu sinto o mesmo, Beta. 

 — Aloy, Beta, podem me ouvir? 

 As duas moças se sobressaltaram com a voz de Gaia ecoando pelo foco. Aloy, que esperava que Gaia tivesse encontrado alguma coisa que pudesse ajudar, ficou com o coração disparado. 

 — Sim Gaia, estamos ouvindo. 

 — Estava fazendo uma pesquisa de campo a respeito de Nemesis, e encontrei algo estranho. Preciso que vocês vejam. 

 Aloy e Beta se entreolharam, e Aloy sabia que Beta estava pensando o mesmo que ela: finalmente teriam algo concreto para trabalhar. Mesmo que fosse um fio de esperança, muito pequeno, ela sabia quem poderiam encontrar pistas que levariam a coisas maiores. Fora assim contra o Hades, e fora com Gaia. Com Nemesis não seria diferente, Aloy tinha que acreditar nisso.

Sem dizer nada, ambas se puseram de pé e se direcionaram até onde Gaia estava. Lá estava a figura etérea da IA, olhando para elas com a mesma expressão calma de sempre. Aloy sempre se perguntava como Elisabet conseguira criar uma IA tão… Humanizada. Conversar com Gaia era como conversar como uma pessoa, e sua empatia era algo impressionante que jamais vira em máquina alguma. A ideia havia sido criar uma IA capaz de sentir, não apenas pensar, e Elisabet havia conseguido, mesmo com o tempo curto que tinha para desenvolver o Zero Dawn.

 — Gaia, o que você descobriu? — perguntou Aloy imediatamente, sem tempo para conversinhas.

 Gaia projetou uma imagem do mapa do Oeste Proibido, e deu zoom numa área que Aloy reconheceu ser próximo de Terrafirme, território dos Quen. Juntou as sobrancelhas ao perceber onde Gaia estava levando o mapa, mas a IA disse antes que Aloy pudesse:

 — Recebi um sinal diretamente desse ponto. Você o conhece como Tebas, onde recuperou a autorização Ômega do Ted Faro — informou Gaia, e um ponto rosado piscou na tela. — Isso aconteceu enquanto eu fazia pesquisas sobre Nemesis, sem muito sucesso. Algo parece ter encontrado minhas pesquisas e enviou esse sinal, talvez vocês devam conferir.

 Um sinal de Tebas… Aquilo não fazia sentido. O que poderia haver em Tebas? O lugar havia se destruído por completo quando o idiota do CEO havia decidido abrir a porta onde Ted Faro estava, bestificado por sabe-se lá o quê. Aloy não tivera tempo de vê-lo, mas sabia que não era nada amigável. Era possível que algo tivesse sobrevivido à explosão? 

 Beta a encarou, provavelmente pensando a mesma coisa.

 — O que pode haver em Tebas? O lugar foi destruído, você mesma disse… — falou Beta, preocupada.

 — Não sei, mas preciso conferir — Aloy disse, já dando as costas para as duas. Mas foi impedida por Beta, que segurou seu braço.

 — Espere! Você precisa dormir, Aloy — implorou Beta, preocupada. — E… Eu irei com você.

 — Não, Beta, isso vai ser arriscado… — começou Aloy, mas Beta balançou a cabeça teimosamente.

 — Você pode precisar de mim! — insistiu Beta, determinada. Era uma versão diferente dela, menos acuada. Sem os Zeniths, ela parecia mais disposta a enfrentar os Ermos. — E… Se você insistir em ir sem mim, também posso converter um Heliodo, e ir atrás de você!

 Aloy quase riu da ameaça, mas viu nos olhos de Beta que ela estava mesmo disposta a fazer isso. Soltando um suspiro, ela se deu por vencida. De qualquer forma, estava mesmo cansada, ir até Tebas sem dormir nada não seria seguro para nenhuma das duas. E Aloy não poderia se dar ao luxo de morrer e deixar a humanidade à mercê de Nemesis.

 — Tudo bem, Beta — ela cedeu. — Mas, como você disse, precisamos descansar. Amanhã bem cedo partimos para Tebas.


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Notas finais do capítulo

O que será que ainda tem em Tebas? Vejo vocês no próximo capítulo! ♥



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