Maybe we can try again season 1 escrita por Evil Swan Regal


Capítulo 68
Hard days




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Na manhã seguinte Regina se levantou disposta, olhou para o lado Emma não estava mais na cama, fez a sua higiene matinal, seguindo logo para a cozinha para tomar o seu café. Para sua surpresa, Emma estava ainda em casa, terminando de colocar a mesa do café.

R: Bom dia meu amor! – chegou perto dando um selinho na loira

E: Ei! Bom dia! É bom ver você acordada de novo! – sorriu fazendo a morena sorrir.

R: Desculpe por ontem, eu simplesmente desliguei!

E: Eu vi! – puxou a cadeira – Vem se senta aqui! Vamos tomar café que daqui a pouca eu já tenho que sair para o trabalho.

R: Ok – sentou-se sorrindo, se servindo das coisas deliciosas que Swan tinha colocado na mesa.

E: Tudo bem? – olhou os olhos castanhos

R: Uhum, tudo! E com você?

E: Bem, também... Ontem quando cheguei Zelena estava aqui... – falou levando a torrada a boca

R: Sim, ela disse que ficaria até que você chegasse, mesmo eu falando que não era preciso, mas você sabe como a Zelena é...

E: Sim... – Nesse momento o celular da morena começou a chamar, ela olhou o visor um número desconhecido, ela fez uma expressão – O que foi? Quem é?

R: Não sei – mostrou o celular para Emma – Não conheço.

E: Atende...

R: Olá! – falou, mas do outro lado era completo silêncio – Oi??? Tem alguém aí? – sorriu para Emma que olhava para ela atenta, até que de repente a ligação foi finalizada.

E: E aí?

R: Desligou, deve ser engano...

E: É deve ser...

R: Acontece às vezes, né?

E: Claro! – Regina percebeu que Emma ficou pensativa

R: Emm, é apenas um engano!

E: Eu sei! – Regina deslizou a mãos sobre a mesa pegando a de Emma, a loira levou a de Regina aos lábios beijando-a – Mas me conta o que você vai fazer hoje?

R: Sério? – riu

E: Sim!

R: Nada Emm, tenho nada para fazer – respirou profundo – Já estou cansada de não fazer nada.

E: Ei! Calma! Já já você volta meu bem! Por que você não vai visitar a minha mãe? – Regina fez uma carinha fofa – Isso seria demais?

R: Não! Suponho que eu possa fazer isso, né?

E: Ela tinha uma entrevista de trabalho ontem, ela me ligou, mas eu estava ocupada, fiquei de ligar depois e esqueci.

R: Emma!

E: Eu sei! Quando olhei a hora já era tarde...

R: E por que ainda não ligou?

E: Porque eu estou tomando café com a minha esposa! – chegou mais perto para beijar os lábios carnudos da morena.

R: Por isso que depois ela implica comigo!

E: Por quê?

R: Porque você deixa ela de lado por minha causa...

E: Bobagem! – Emma se levantou levando sua xicara até a pia

R: Amor?

E: sim? – olhou para Regina

R: Você pode me deixar lá? Assim, se não tiver atrasada já...

E: Claro que posso – olhou para o relógio no pulso – Ainda tenho um tempinho.

Ok, eu vou trocar de roupa e já saímos!

E: Ok, meu tempinho já acabou!

R: Boba, nem demoro tanto assim! – falou indo para o quarto

E: Não, magina...

R: EU OUVI ISSO! – gritou lá de dentro.

E: Era pra ouvir mesmo... – falou levando as outras coisas para a cozinha, guardando-as.

[...]

Emma deixou Regina na casa de Ingrid e foi direto para o trabalho. Depois de uma hora conversando com a sogra sentadas na sala, Ingrid se levanta de repente.

I: Que surpresa, não achei que você fosse aparecer

R: Nossa! – riu – Da próxima vez prometo trazer um presentinho.

I: Não precisa! Aceita um chá ou alguma coisa?

R: Um chá está ótimo. Gostei da casa.

I: Gostou? – perguntou indo acompanhada por Regina para a cozinha

R: Sim, é linda!

Enquanto a sogra colocava água na chaleira para esquentar, Regina se sentou no banquinho apoiando os cotovelos no balcão.

R: Então como está a vida? Conheceu alguém? – Ingrid encarou a morena – Prometo não contar nada a Emma!

I: Conheço você! Você não consegue esconder nada dela!

R: Verdade... Mas você pode me contar mesmo assim! – o celular da morena voltou a chamar, Regina olhou para o visor, era o mesmo número de novo, com um bufar leve deixou o aparelho de lado.

I: Algum problema Querida?

R: Não, já é a terceira vez que esse número liga, mas quando eu atendo ninguém fala nada...

I: Engano ou alguma criança brincando com o celular dos pais e cai a ligação em você!

R: Sim, provavelmente. Mas, me fale, ande! – sorriu – Não pense que vai me distrair!

I: Ok, eu meio que conheci alguém!

R: Meio que conheceu alguém? Sério? Ah meu Deus, Emma vai ficar louca com isso!

I: Você falou que não ia... – apontou para ela

R: Certo, certo, não vou dizer nada, mas e aí? Conta mais!

I: Bom, ele é o diretor da escola que eu tive a entrevista ontem...

Ingrid continuou contando os últimos acontecimentos da sua vida agora morando sozinha em Boston, Regina parecia uma adolescente se emocionando pela sua melhor amiga saindo com o carinha do colegial. Dando opiniões e querendo saber mais sobre, sabia que se Emma soubesse de tal coisa não ficaria muito feliz. Ela se preocupava demais com a segurança das pessoas a sua volta e apenas um encontro para ela poderia querer dizer muito mais.
Descobrir o nome todo para levantar a ficha da pessoa sempre era sua prioridade.

Passaram a tarde juntas, Regina ficou até para jantar com Ingrid, Emma passaria por ela em alguns minutos.
Mais uma vez o celular chamou, o mesmo número desconhecido entrou, a morena atendeu.

R: Olá de novo! Olha eu acho que...

— Desculpe!

R: Oh você fala! Por quem está procurando? Porque eu acho que deve estar errado o número que o senhor está digitando...

— Regina, certo?

R: Sim... – não conseguia reconhecer a voz

— Sou eu... Robin – o corpo da morena gelou – Desculpe te ligar tantas vezes, mas... Eu fiquei preocupado com o jeito que você saiu ontem do café e...

R: Espere! Como diabos você conseguiu o meu número?

RH: Bom, você tem esse número desde... sempre? – riu do outro lado.

R: Verdade eu tenho esse número faz bastante tempo – pensou alto

RH: Eu estava pensando se... de repente a gente poderia se encontrar para tomar alguma coisa conversar, estou de passada por Boston a trabalho e aí ontem encontrei com você e...

R: Olha eu não... Eu preciso desligar agora, estou ocupada com algumas coisas e... Não me ligue mais, ok?

RH: Desculpe eu não queria te incomodar...

R: Você não tem por que me ligar!

Emma entrou na casa da mãe nesse momento, olhou para Ingrid que ergueu as sobrancelhas e depois olhou para a morena que estava de costas no celular.
Regina desligou, passando a mãos nos cabelos, quando girou o corpo viu Emma parada na porta olhando para ela.

E: Quem era? – sorriu fraco

R: Ninguém...

E: Serio? Quem era?

R: Podemos ir para casa? – pegou sua bolsa – Obrigada pelo dia maravilhoso Ingrid!

I: Volte sempre! 

R: Obrigada! – saiu passando por Emma.

I: Calma! – Ingrid pegou no braço da filha

E: Obrigada mãe! A gente se fala... – deu um beijo no rosto da mãe saindo atrás de Regina que estava parada do lado de fora do carro esperando por Emma.

Depois do alarme desativado a morena entrou no carro em silêncio, colocando o cinto, Emma entrou no lado do motorista, olhou para Regina que estava séria.
Decidiu ficar em silêncio, e foi assim até que estacionaram o carro na garagem da casa. Regina desceu e logo Emma foi atrás levando a bolsa da morena que ela nem pegou quando saiu do carro.
Swan abriu a porta e Regina entrou indo direto para o quarto...

E: Regina! – chamou, Regina parou no corredor – Não me dê as costas! O que está acontecendo? Quem não tem por que te ligar?

Regina fechou os olhos por uns segundos, virando para olhar para a loira que estava parada com a sua bolsa ainda nas mãos sem entender nada.

R: O número que estava me ligando hoje cedo...

E: Continuou te ligando? Alguém falou?

R: Sim!

E: Quem era então?

R: Robin...

E: O quê?

R: Robin me ligou quase todo o dia, até que agora ele decidiu falar...

E: O que ele quer?

R: Ele está em Boston. Encontrei ontem com ele no café, ele estava acompanhado por Cora...

E: Ah...

R: Ele quer me encontrar para conversar, sei lá.

E: O que vocês são agora, melhores amigos? Como ele conseguiu o seu número?

R: Falou que tinha desde antes...

E: Você vai... Aceitar o convite?

R: Não!

E: Por que você ficou assim?

R: Porque não basta ver Cora, ainda tenho que ver o meu ex namorado que me traiu com a minha irmã e ainda por cima ele começa a me ligar que nem um louco...

E: A gente pode fazer alguma coisa com respeito as ligações, bloquear, trocar seu número...

R: Não! Eu não vou fazer isso, nós não vamos fazer isso!

E: Bom, então ele vai continuar te incomodando se não fizer nada...

R: Podemos não falar disso agora?

E: Claro, já fizemos isso alguns minutos atrás acho que podemos perfeitamente voltar a fazer! – deixou a bolsa da morena no sofá – Vou tomar um banho – bufou passando por ela.

R: Emma...! – foi atrás da loira.

Regina esperou a loira sair do banho para ir conversar com ela, quando a morena entrou no quarto Emma estava sentada na cama assistindo alguma coisa na tv.

R: Emm?

E: O que foi Regina? – perguntou fria.

R: Não fala assim comigo! – sentou-se na cama em frente a loira

E: Eu estou... – bufou de leve, por Regina não permitir que ela visse mais a Tv

R: Amor para! – pegou o rosto de Emma com ambas as mãos trazendo os lábios da detetive aos seus. A loira retribuiu o beijo – Eu te amo – falou entre um beijo e outro.

E: Eu também te amo – respondeu baixinho contra a boca da morena voltando a beijá-la – Mas, não entendo por que todo esse desconforto pela ligação desse cara. – falou mais uma vez baixinho

R: Ssshhh! – deu um selinho demorado nos lábios finos da loira.

E: Tudo bem se você quiser encontrar com ele pra tomar um café e convers...

R: SSShhh!!! – Regina colocou a mão na boca da Detetive – Voce não precisa ficar com ciúmes, eu não sinto mais nada por Robin, ele foi o meu erro da adolescência.

E: Então?

R: Apenas não o quero perto das nossas vidas!

E: Por que ele voltaria?

R: Eu não sei, acho que apesar de tudo ele nunca superou. Mas foi ele quem errou, e além do mais, no meu futuro, não tinha lugar para ele. E eu decidi, perdoar a minha irmã, que na verdade é quem quero no meu futuro.

E: Apenas tome cuidado, sei o quanto ex’s namorados podem ser perigosos.

R: Fica tranquila minha Detetive! – chegou mais perto dos lábios da loira, beijando com vontade.

E a noite se fez com beijos e carinhos, algo que as duas estava precisando depois de um dia longe uma da outra.

[...]

R: Zelena estou em frente à sua casa te esperando sai logo! — mandou o áudio no whatsapp.

A manhã em Boston estava ensolarada com uma agradável brisa correndo.
Um carro parou atrás do de Regina, ela levantou a cabeça do celular levando o seu olhar até o veículo, o homem loiro de terno preto saiu do carro.

RH: Regina? – foi andando até ela

R: Ei Robin! – tentou disfarçar o incomodo

RH: De novo? – sorriu

R: Parece que sim...

RH: Destino?

R: Ou talvez seja porque você estacionou o seu carro em frente à casa da minha irmã...?

RH: Certo. Você costumava acreditar no destino!

R: É eu costumava acreditar em muita coisa... Inclusive em você.

RH: Desculpe eu ter te ligado o outro dia, eu não quis te... – Regina não o deixou finalizar

R: Está tudo bem!

RH: Sério? – seu rosto se iluminou por uns segundos.

R: Quero dizer, me ligar, não está tudo bem, mas não tem problema você ter me ligado.

RH: O que você está fazendo aqui? Quer dizer, é a casa da sua irmã, por que você não está lá dentro?

R: Apenas estou esperando por ela e tentando evitar encontrar com Cora.

RH: Vocês estão brigadas, huh?

R: Meio que sim... – Robin ergueu as sobrancelhas olhando para os olhos chocolates – Ela é má!

RH: Sim – sorriu fraco – Ela consegue ser...

R: O que você está fazendo aqui?

RH: Ela me ligou... Precisava de uma carona... Ahm, queria falar comigo também, sei lá.

R: Sobre o que ela quer falar com você?

RH: Eu não sei realmente...

R: Ela quer dinheiro, não é? Ela te pediu dinheiro! – Robin ficou em silêncio olhando para ela – O que foi?

RH: Você está tão linda! – balançou a cabeça sorrindo

R: Robin, não! – cortou os elogios pela raiz

RH: Desculpe! Isso foi inapropriado, eu entendo. Com quantos meses você está?

R: Oito meses.

RH: Wow! Está quase!

R: Sim! – não conseguiu não sorrir

RH: Ela tem muita sorte!

R: Quem?

RH: Sua companheira...

R: Não, ela apenas sabe dar valor para o que tem... 

RH: Certo! Eu mereci isso! – riu abaixando a cabeça.

Z: Regina! – ouviu a ruiva fechar a porta se aproximando – Cora está te esperando Robin.

RH: Ok, eu vou... – olhou para Regina – Foi bom te ver!

Regina apenas acenou a cabeça com um sorriso fraco.

O homem se afastou olhando sempre para a morena.

Z: Desculpe!

R: Eu cansei de esperar por você! Da próxima vez você vai me buscar!

Z: Ok!

R: Entre no carro!

[...]

K: Então quer dizer que agora temos o bando da máfia completo? – perguntou Kathryn antes de dar um gole no seu café.

As irmãs Mills tinham ficado de encontrar com as amigas para o café da manhã, já que fazia alguns dias os horários não coincidiam para elas se encontrarem.

Z: Ela estava conversando com ele, como se nada...

R: Eu estava esperando por você!

K: Eu ainda não sei o que você viu nele! Quer dizer, vocês! – revirou os olhos olhando para as Mills – Porque sinceramente aquele outro menino o loiro... Meu Deus ele dá mil voltas no Robin!

R: Quem?

Z: David!

B: Tenho que concordar com a Kat!

Z: David era super a fim da Regina! Era uma coisa adorável! Muito Príncipe!

R: Vejo que se tivesse escolhido o Principe, você também faria o mesmo! – insinuou.

Z: Acredito que não, ele era muito apaixonado por você!

R: E Robin não?

Z: Sis, Robin também, mas você sabe que era mais físico. E ela ainda vai lá e junta David com Mary Margareth – olhou para as mulheres.

K: Oh Regina! Quem faz isso antes de tirar uma casquinha?

R: David é como um irmão pra mim... Sim ele é lindo, reconheço, ele é muito bonito, mas não sei se conseguiria chegar tão longe com ele.

Z: Você o beijou!

R: Sim, eu o beijei e foi aí que percebi que não poderia ir além... Mas ele é um amor de pessoa!

K: Às vezes eu queria ser você! Sabia? – suspirou

R: O que você está dizendo? – perguntou sorrindo

K: As pessoas caem aos seus pés! Você apenas respira e elas estão aí, caindo por você...

R: Não seja boba!

K: Não estou sendo!

B: Vou ter que concordar mais uma vez com a Kat! E vou ter que falar que Arthur não fica atrás no quesito beleza.

Z: Ah Querida, Arthur gosta do mesmo que você... – falou irônica, Kat e Regina riram.

R: Meu Deus vocês estão precisando muito sair para conhecer algumas pessoas novas!

K: Você não sabe o quanto, aqueles plantões do Hospital estão me matando!

R: Bom, graças aos céus eu já tenho a minha pessoa... – sorriu abrindo os braços

K: E não precisa ficar jogando-a na nossa cara! – O celular da morena começou a chamar e a foto da loira apareceu no visor – Ah pronto!

Sorrindo Regina atendeu a ligação.

R: Olá Babe!

[...]

Enquanto isso Graham e Emma andavam pelas ruas de Boston com um café na mão

G: Como está a Regina? – perguntou assim que a loira finalizou a ligação.

E: Bem, está com as amigas e a irmã.

G: Você está calada hoje – olhou para a loira

E: Não eu não estou...

G: Ok

E: Sabe quem eu encontrei o outro dia no distrito?

G: Quem?

E: A Doutora Cardin!

G: Ah sim, eu a vi conversando com a Anna. Você falou com ela?

E: Sim, uma conversa rápida.

G: Ela é legal, eu gosto dela – Emma olhou para ele – Não desse jeito! Se bem que ela é bem bonita...

E: Cale a boca!

G: Mas eu quis dizer que gosto dela porque você sabe, ela conversa com você e te entende!

E: É o trabalho dela, Humbert!

G: Sim, claro! Eu sei... – revirou os olhos

E: Talvez você devesse voltar para a terapia

G: Não, não estou precisando nesse momento – deu de ombros – E quanto a você?

E: Está me perguntando se eu preciso de terapia?

G: Sim!

E: Não, eu não preciso, eu apenas estava comentando que vi a Dra outro dia, você que já seguiu a conversa para outros lados falando que ela é bonita e te entende...

G: Calma! Você está sendo rude!

E: Mas, eu entendo o que você quis dizer, eu falei com ela por uns segundos e se sentiu bem...

G: É o trabalho dela Swan! – Emma socou de leve o braço do amigo

E: E então eu lembrei de todo aquele tempo em que eu ia todo dia conversar com ela e...

G: Bem, você não ia todo dia! Que tinha dias que ela vinha atrás de você!

E: Como seja!

G: Mas, o que foi ta sentindo falta da Doc?

E: Não sei se sinto falta da Doc ou o que, mas...

G: O que está acontecendo Swan?

E: Nada, bobagem!

G: Está tudo bem no paraíso?

E: Sim, está tudo bem!

G: Sei que não sou tão lindo quanto a Doc, mas você pode falar comigo se quiser!

E: Nah! Não precisa – olhou a hora no relógio – Acho que devemos voltar para o distrito.

G: Sim, devemos...

[...]

A noite chegou e a morena de feições fortes e delicadas saia do seu consultório, descendo os degraus da entrada, uma loira chamou sua atenção.

D: Detetive?

E: Ei Doc!

D: Está tudo bem?

E: Sim, está tudo bem, eu apenas estava passando por aqui... – gesticulou com a mão – Nada importante.

D: Você quer entrar? – fez um sinal com o dedo para trás

E: Não... Eu estou indo para casa e você também, então não quero te atrasar.

D: Não achei que você sentiria a minha falta tão rápido assim, Swan!

E: Ah você sabe, eu não te vi por tantos anos e de repente você puf! – estalou os dedos – Apareceu, como resistir! – brincou fazendo a Doutora sorrir

D: Mas, sério se você quiser conversar, nós podemos entrar. Não uma sessão, apenas conversar...

E: Ah você está perdendo dinheiro comigo! – riu fraco

D: Talvez... Então, entramos?

E: Ok, apenas alguns segundos...

Emma acompanhou a mulher de silhueta delicada, sendo guiada para o consultório a mulher ligou as luzes, Emma observou o lugar.

E: Nada mudou!

D: Algumas coisas nunca mudam – sorriu – Sente! – Emma sentou e a mulher a acompanhou sentando-se também – Então...

A Detetive encarou os olhos escuros da mulher que estava sentada bem na sua frente de pernas cruzadas. Respirou fundo e deixou que as palavras saíssem.

E: Eu quero beber... – as sobrancelhas da doutora se ergueram – Eu realmente quero beber, mas não apenas uma cerveja ou um drink, eu quero beber muito, muito mesmo!

D: Você não tem ido a reuniões?

E: Eu não vou a reuniões.

D: A quanto tempo você está sóbria?

E: A algumas semanas... Quer dizer, eu não bebo mais como antes, não mais.

D: Por que isso?

E: Porque Regina me pediu. E eu acho que ela estava certa em pedir, quer dizer... Para podermos recomeçar.

D: E por que agora você sente que precisa beber? As coisas não estão indo bem?

E: Estão bem, ótimas... Maravilhosas! – a Dra observou as feições da loira

D: Bom, ninguém disse que seria fácil.

E: Eu acabei de dizer que está tudo bem, ótimo, maravilhoso... então.

D: Sim, mas você quer beber como se não houvesse amanhã! Tem alguma coisa que não está indo “ótimo”?

E: Não, eu não acho que tenha... Regina e eu estamos indo bem, nós meio que brigamos as vezes, mas já sabe como fazer as pazes pode ser maravilhoso...

D: Ok – sorriu de leve – Então vocês fizeram as pazes...?

E: Ontem.

D: E isso não foi ótimo?

E: O que? – a Dra inclinou a cabeça e levantou as sobrancelhas esperando por mais palavras – Não, foi... Foi ótimo, foi muito ótimo! Porque você perguntaria isso, se não foi ótimo? – a Doutora nada respondeu, apenas observava a loira – Acho que devemos mudar de assunto Doc!

D: Não, foi apenas porque você parecia um pouco nervosa sobre... O que pode ser perfeitamente compreensível.

E: O que quer dizer?

D: Talvez você não ache certo fazer as pazes imediatamente cada vez que acontece alguma briga, sexo as vezes pode ser usado para escapar de outras coisas...

E: Qual é o seu problema? – mexeu inquieta na poltrona

D: Meu problema?

E: Sim, seu problema! Porque você faz como se eu tenha que... Você disse “Swan é muito importante que você seja feliz” eu lembro das palavras, eu lembro delas saindo da sua boca perfeitamente! E agora você meio que vem dificultando as coisas, colocando ideias...

D: Eu não estou dificultando nada!

E: Você disse pra mim “ Swan, você tem que encontrar a felicidade. Precisa ter isso de novo na sua vida” E agora eu estou dizendo que tenho boas notícias, você sabe delas, sabe que estou com a pessoa que amo, ela voltou para mim, vamos ter um bebê, então isso quer dizer que eu achei a felicidade de novo, certo!? Estou feliz! Estou bem! Estou em um bom lugar e você vem me fazendo esse tipo de perguntas para dificultar a minha estadia nesse lugar bom! – estava irritada – Vocês são ridículos – levantou-se abruptamente – Nem entendo porque estou... – foi em direção a porta – Isto é...

D: Ok, trabalharei nisso... – falou alto para que Emma pudesse ouvir.

E: Você – voltou apontando para ela – não vai trabalhar em nada porque eu não sou a sua paciente! E se caso eu fosse, essa sessão não foi nada boa, saiba disso!

D: Emma! – a loira olhou para ela, mas saiu do consultório.

[...]

Quando Emma entrou em casa, jogou as chaves na mesinha de entrada com força.

R: Dia difícil no trabalho, meu amor?

E: Ah Regina! – assustou ao ouvir a voz da mulher que estava sentada no sofá

R: Desculpe eu não quis te assustar.

E: Está tudo bem.

R: Está? Venha aqui – bateu no sofá – Me conta o que aconteceu. Também quero te contar uma coisa.

Emma foi até ela se sentando para logo deixar seu corpo inclinar e sua cabeça deitar nas pernas da morena, ficando justo do lado de Henry.

E: Briguei com a minha psicóloga – Regina franziu

R: Não sabia que você tinha voltado a ver ela...

E: Eu não voltei. Não oficialmente... Outro dia eu encontrei com ela no distrito, conversamos por alguns segundos e eu fiquei pensando nisso, e hoje eu saí do trabalho e passei no consultório dela, ela estava saindo, e daí ela me viu... E conversamos.

R: Foi ruim?

E: Não eu apenas...

R: Por que você acha que precisava conversar com ela?

E: Eu quero beber! – disparou, sentando-se, olhando nos olhos chocolates da sua mulher

R: O quê?

E: Eu quero muito beber! Tipo, eu preciso!

R: Isso é por causa da ligação, Robin? E por causa de Henry?

E: Um pouco de cada... Eu não quero beber, mas eu... quero. Isso faz sentido?

R: Sim – acarinhou os cabelos da mulher – Faz.

E: Não vou fazer, prometo.

R: Eu sei. Eu também estou com medo, Babe! – confessou também como se Emma tivesse confessado antes.

E: Esta?

R: Estou tendo pequenas crises, sabe as vezes eu sinto que não posso respirar e...

E: Por que não me disse nada? – sentou encarando a morena

R: Porque eu não queria que você se sentisse do jeito, eu vi que as suas crises estavam frequentes, e eu conseguia controlar as minhas, então. – passou a mãos na face da loira – Eu sei que quando as coisas ficam difíceis você... – deu de ombros Emma assentiu – Eu sei porque você se descontrolou com o álcool...

E: Não foi a sua culpa!

R: Meio que foi... Nós sabemos disso! Talvez se eu tivesse ficado...

E: Não pense nisso agora! Ok. Apenas uma crise, vamos passar por mais essa, juntas! Certo?

R: Sempre! Fico feliz que tenha me contado!

E: Eu também!

R: Se você sente que tem que voltar para a terapia, se você sente que precisa encontrar um grupo de apoio, nós podemos dar um jeito nisso!

E: Não, eu não vou gastar dinheiro agora com terapia.

R: Eu preciso que você esteja bem!

E: Eu estou bem! Eu vou ficar bem! Se eu sentir que preciso, eu falo com você, ok?

R: OK! – Emma deu um beijo nos lábios da morena.

E: Você disse que também queria me contar uma coisa?


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