Maybe we can try again season 1 escrita por Evil Swan Regal


Capítulo 69
The sniper




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/809127/chapter/69

 

Emma estava a alguns minutos acordada observando Regina que ainda dormia tranquilamente, a chuva fazia companhia com a sua tranquilidade também, cuidadosamente ela tirou os cabelos que caíam sobre o rosto da morena, sorriu ao ver tamanha doçura, aquela mulher dormindo era tão encantadora quanto acordada.
O celular da morena avisou nova mensagem chegando, Emma esticou o braço deixando o aparelho em silêncio para não acordá-la.
R: O que você está fazendo? – se mexeu
E: Estou olhando você...
R: Você está me olhando dormir?
E: Sim! – passou a mão delicadamente na face da morena
R: Você sempre faz isso?
E: Costumava fazer mais – foi ao encontro dos lábios da mulher
R: Isso assusta!
E: Ah qual é! Você também faz! – sorriu e Regina franziu – Certo? Você também faz isso? – Regina não aguentou e caiu na gargalhada ao ver a cara confusa da loira – Você é má!
R: Você não tem ideia... – beijou os lábios da loira com vontade terminando com uma leve mordida no lábio inferior.
E: Sabe no que eu tava pensando?
R: No quê?
E: Em não ir trabalhar hoje.
R: E isso por quê? Você está se sentindo bem?
E: Estou ótima! – sorriu dando um selinho rápido da morena – Quero passar com você!
R: Tem certeza?
E: Claro que tenho certeza! E vamos começar com tomar café da manhã fora!
R: Você não gosta... E está chovendo!
E: Hoje eu gosto! E temos carro, nada impede! Então vamos nos levantar, trocar de roupa e sair para tomar café! – Emma fez menção de levantar-se da cama, mas Regina pegou o seu braço
R: Não! Espere! Só mais um pouquinho! Quero ficar assim com você só mais um pouquinho!
A loira voltou a deitar seu corpo na cama, puxando a morena para que se aconchegasse a ela.
E: Esses são os meus momentos favoritos com você... – apertou a morena em seus braços
E assim elas ficaram namorando e disfrutando cada momento uma com a outra. Momentos assim estavam sendo raros ultimamente, com Emma saindo quase todos os dias cedo para o trabalho.
Elas conversaram e beijaram mais um pouco, a fome que antes tinha dado as caras agora nem era mais lembrada, e seguiriam assim se não fosse o mundo lá fora insistir com a sua existência. A campainha tocou, os lábios se separaram, mas as bocas ficaram próximas uma da outra.
E: Quem será? – sussurrou
R: Sssh talvez se a gente ficar aqui em silêncio a pessoa pense que não estamos em casa e vá embora – abaixou o volumem da TV que tinham ligado minutos atrás.
Mas tocou mais uma vez.
E: Talvez seja melhor eu ir ver quem é – levantou-se da cama indo até a porta do quarto.
R: Não! – choramingou
E: Pode ser importante amor! – foi descalça até a porta da entrada conferir quem era.
Ao abrir a porta deu total razão para Regina, talvez se ela tivesse ficado quieta...
Z: Mas que diabos que nenhuma de vocês atende o celular!
E: Bom dia pra você também cunhadinha!
Z: Bom dia, cadê a Regina?
E: No quarto... – apontou
A ruiva não esperou mais nada indo rapidamente para onde a irmã se encontrava, Emma foi atrás dela.
R: Zelena o que você está fazendo aqui?
Z: Eu liguei pra você milhões de vezes!
E: Desculpe, eu deixei o seu celular em silêncio – falou para Regina se enfiando em baixo das cobertas de novo – Você estava dormindo tão bonitinha que não queria que nada te acordasse – Regina sorriu acarinhando o rosto da loira.
R: Mas o que é tão urgente? – olhou para a irmã
Z: Nada é urgente! A não ser o fato de que eu liguei para você, liguei para Emma, e nenhuma atendeu! Como se supõe que eu deva saber que vocês estão bem e tendo uma manhã romântica se ninguém me responde!
R: Ah você estava preocupada com a gente!!! – foi abraçar Zelena fazendo-a cair na cama.
Z: É claro que não! Vocês pensam passar todo dia aqui nessa cama?
R: Por mim não teria problema nenhum, mas Henry está com fome.
E: E eu acabei de lembrar que também estou.
Z: Não tem café da manhã hoje nessa casa?
R: Na verdade a gente ia sair pra isso! Você pode vir se quiser! – olhou para a irmã que continuava deitada na cama
Z: Não é nada saudável para mim ver vocês felizes desse jeito – olhou para o casal –Não me leve a mal, é fofo e lindo, mas me deixa triste em pensar que eu não tenho isso...
 

R:Voce não tem por que não quer.

Z: E isso se deve a quê?

R: Que August estava disposto a te dar tudo isso!

Z: Pior que ele tava mesmo. Mas não dá Regina, eu não posso, preciso de um homem que seja mais ativo! Swan você não tem ninguém pra me apresentar não?
E: Sinceramente, nesse momento não tenho ninguém.
Z: Aumenta o volumem, está começando Friends!
R: Emm o controle?
E: Tá aqui! – passou para a ruiva
Z: A gente deveria pedir alguma coisa pra comer, porque eu não vejo vocês saindo dessa cama hoje e está começando a me dar fome também.
E: O que eu não vejo é você saindo da nossa cama! – Emma jogou uma almofada na ruiva que logo jogou de volta.
R: Parem! – falou Regina que estava no meio
Z: Olha! – mostrou o celular para Regina – Kat quer me apresentar esse médico...
R: Não é feio – olhou para a foto e depois para Zelena que fez uma careta – O quê? Você não gosta? Beleza as vezes não quer dizer tudo!
Z: Ah falou a pessoa que tem uma loira de olhos verdes e corpo sarado do lado!
E: Porque você não para de procurar por homens! – chamou a atenção das Mills – Tem um monte de mulheres bonitas lá fora! – Olhou para Regina e viu que a mulher ainda estava olhando para ela – Não que eu repare nelas, apenas...
Z: Acho melhor você ficar caladinha Swan! – riu
R: Meu deus preciso ir ao banheiro! – teve que fazer um esforço considerável para poder sair da cama com ajuda de Emma manobrando o seu volume cuidadosamente – Obrigada amor!
Z: Regina você está enormemente linda!
R: Você é adorável! – falou antes de entrar no banheiro
E: Vou preparar alguma coisa pra comer porque ela está com fome e eu também!
Z: E eu também, Swan!
A ruiva ficou na cama do casal assistindo TV, a chuva ainda teimava em cair lá fora. Regina aproveitou que tinha conseguido sair da cama, tomou um banho rápido.
Não demorou muito para a loira voltar com o café todo na bandeja, café, torradas, geleia, manteiga, suco, iogurte com cereais e frutas que Regina costumava comer, colocou na cama devagar, sentando logo.
E: Zel! – chamou a ruiva – Aqui, pegue! – passou a xicara de café para ela.
Z: Ah obrigada Swan! – sorriu piscando para a cunhada – Onde que eu compro uma igual?
R: Igual à quê? – Regina voltou para o quarto ajeitando os cabelos em um rabo de cavalo
Z: Igual a sua esposa! Olha isso! – apontou para o café da manhã
R: Ah amor, porque você não esperou, eu ia te ajudar!
E: Que nada, vem logo tomar o seu café!
Regina com cuidado conseguiu voltar para o seu lugar de antes entre Emma e Zelena.
Entre filmes, series e comida na cama a tarde chuvosa foi preenchida, agora enquanto Zelena e Regina conversavam, Emma dormia abraçanda o ventre de Regina que estava encostada na cabeceira da cama.
R: Porque eu acho que você está evitando voltar para casa?
Z: Eu não estou evitando voltar para casa! – Regina lançou uma daquelas olhadas poderosas – Ok talvez eu esteja evitando um pouco voltar para casa, mas você não pode me culpar, pode?
R: Porque você não dá um jeito nisso?
Z: Suponho que mamãe e Robin não terão jantares por muito tempo em minha casa, porque espero mesmo que ele volte logo para Maine!
R: O que ela quer com ele?
Z: Eu sei lá!
O celular de Emma começou a chamar, em um impulso automático a Detetive levantou a cabeça com suas madeixas loiras todas bagunçadas. Esticou a mão até o seu criado mudo ainda de olhos meios fechados.
E: Olá? – mas a música continuava tocando.
R: O outro amor!
E: O quê?
R: Esse é o meu! – Regina retirou o aparelho da mão da Detetive.
E: Ah merda – pegou o outro aparelho atendendo – Ola? Sim é ela! Aonde foi isso? – ouvia a voz do outro lado falar – Ok, estou indo para aí, já ligou para a legista? – perguntou levantando-se da cama – Anna de Arandele está de plantão. Certo! – desligou jogando o celular na cama.
R: O que foi?
E: Homicídio no centro da cidade! – vestiu o jeans que estava por ali jogando, depois sentou para calçar as botas.
Z: Uma hora dessas – deixou escapar
E: Pessoas não tem hora pra matar nem pra morrer... – foi até o closet tirar a arma do cofre e o distintivo. Ajeitou um pouco os cabelos, foi ao banheiro escovar os dentes, colocou uma camiseta de qualquer jeito e a jaqueta – Tô indo amor! – beijou os lábios da mulher
R: Vai passar a noite fora?
E: Com certeza – bufou – Zel você pode ficar essa noite aqui?
R: Não precisa!
Z: Claro que posso!
E: Obrigada!
R: Eu falei que não precisa!
E: Sim amor, a gente te ouviu! – deu mais um selinho na morena e saiu do quarto.
R: Não gosto quando ela tem que sair essa hora – falou olhando para a porta do quarto.
Z: Faz parte do trabalho dela! Fica tranquila!
[...]
Emma chegou na cena do crime com chuva, já tinham isolado a área com fitas amarelas, a movimentação era absurda, Anna já estava fazendo o seu trabalho.
E: Ei Anna!
A: Boa noite Detetive!
G: Nome da vítima é Sofia Vasquez – chegou andando rápido no meio da chuva – Professora, 27 anos. Ela estava voltando para casa quando subitamente caiu.
Swan se abaixou para ver melhor a vítima.
E: A bala foi direto no coração.
G: Estranho era que tinham pessoas passando e ninguém ouviu ou viu o atirador!
E: Talvez a arma tivesse silenciador. Bala perdida?
A: A bala que acertou a Sofia atravessou-a de frente para trás.
E: Pode nos dizer o ponto de origem?
A: Não até ter os exames completos!
G: Precisamos procurar por inimigos e quem sabia de onde ela estava voltando essa hora.
Emma deu uma última olhada na vítima, antes de se retirar para procurar por mais provas. A vítima era jovem, bonita, provavelmente teria saído com amigos e estaria apenas voltando para casa, mas algumas pessoas nunca conseguem voltar para casa...
A noite foi movimentada, interrogando namorado, amigos, família, qualquer coisa poderiam ajudar.
P: Com licença – o novato se aproximou assim que viu Emma e Graham saírem da sala de interrogação – Estou com vocês hoje.
G: Swan conhece o novato Phillips Morris? – sorriu
E: Claro que sim, lembro dele daquela noite no bar. Então o que você tem para nós Phillip?
P: Temos a última foto que ela postou no facebook alguns minutos antes.
E: Ok. De acordo com o namorado alguém a seguia, vamos falar com os amigos e no trabalho – o telefone de Emma chamou – ver se viram essa pessoa estranho por lá!
P: Ok!
E: Swan! – atendeu
RL: Anna tem novidades, vocês podem vir até aqui?
E: Estamos indo – desligou – Não sabia que Ruby estava por aqui
G: Ela estava comigo quando ligaram, daí decidiu vir pra ajudar também.
E: OK, vamos lá parece que Anna tem novidades.
Não demorou muito estavam todos os Det’s em frente a legista.
A: A bala que matou Sofia Vasquez é uma 308, especificamente uma 168 Grain Sierra Matchking.
E: Uma bala de rifle?
G: É a munição preferida dos... Atiradores de longa distância.
E: Longa distância?
A: Baseado no ferimento... Diria que a bala foi atirada entre 180 e 270m de distância.
P: 180 metros? – Emma e Graham olharam para o novato
E: Temos alguma ideia de onde vem exatamente?
M: Estamos pesquisando. O mais perto que chegamos – uma voz chamou atenção entrando no ambiente, a TV foi ligada mostrando a localização – O suspeito atirou de um destes prédios, algum lugar entre 10º e 15º andar.
E: Desculpa quem é você?
M: Detetive Hua Mulan! – falou a oriental.
E: Quanta gente nova trabalha aqui a noite? – olhou para Graham sussurrando que movimentou as sobrancelhas.
M: Franco-atirador – falou mais alto para chamar a atenção
E: Vamos direto ao ponto então! Quão bom ele é?
M: Tao bom quanto qualquer franco-atiradores da minha unidade. Derrubou um alvo em movimento a 402m de distância.
P: Ela sentiu? – novato falou mais uma vez chamando atenção de todos.
A: Não, ela morreu instantaneamente – Anna tentou tranquilizar o rapaz
G: Então a pergunta que temos que nos fazer é porque ela era o alvo? Achou alguma pista Det. Morris do cara que a estava seguindo?
P: Ninguém se lembra de vê-lo, e ela não mencionou a ninguém, exceto ao noivo.
RL: Talvez não tenha nada a ver com isso.
E: Como assim?
RL: Achamos nossos assassinos ao conhecer as vítimas, achamos o motivo. Mas e se não houver nenhum? E se foi um tiro aleatório? Como o encontraremos?
A conversa entre os Detetives e a Legista continuou por mais algum tempo, cada um ajudando no que podia, dando opiniões, teorias, a noite no distrito era bastante agitada quando se tinha um caso, Emma passou tanto tempo sem trabalhar a noite que agora estava achando se não seria melhor trocar, porque toda aquela agitação com pessoas novas a deixou animada.
M: Então ouvi dizer que você é uma das melhores por aqui – sentou na mesa onde Emma estava tomando o seu café – Estava ansiosa para te conhecer.
E: Ah obrigada, mas não acredite em tudo que ouve por ai – sorriu – Você é nova aqui?
M: Não tanto... Cheguei a pouco tempo – deu um gole no seu café.
E: Vem de onde?
M: Nova York.
E: Porque a mudança?
M: Precisava de um recomeço.
E: Porque Boston?
M: Não era minha primeira opção, mas recebi o telefonema de que o trabalho seria meu se eu quisesse digamos começar aqui, então...
Graham interrompeu a conversa ofegante.
G: Temos outra vítima!!! Vamos!
As mulheres levantaram rapidamente seguindo o homem para fora do distrito...

[...]

“Temos um homem armado aterrorizando a cidade… Duas vítimas em menos de 24 horas. Não sabemos quem é ou por que atirou nessas pessoas”

R: Bom dia! – a morena saiu do quarto se dirigindo para a cozinha, passando pela sala viu Zelena sentada no sofá com uma xicara de café assistindo TV – O que você está fazendo? Vendo o Jornal?

Z: Não! – riu fraco desligando a TV

R: Você não precisa desligar Zel, tudo bem assistir o Jornal!

Voltou a ligar

“Em breve voltaremos com mais notícias...”

R: O que aconteceu?

Z: Um louco armado, anda a solta na cidade. Alguma notícia da Emma?

R: Ela mandou mensagem, está tudo um caos no distrito.

Z: Ela está trabalhando nesse caso?

R: Ela não pode me dizer, mas espero que não. Estou indo encontrar com a Belle na livraria, você vem?

Z: Claro, tenho a manhã livre! Mas... Será que é uma boa ideia sair?

R: Como assim?

Z: Tem um louco a soltas lá fora atirando nas pessoas!!!

R: Zelena sério? A livraria fica para o outro lado de onde tá acontecendo tudo isso! Vamos?

Z: Você sabe que dizer isso não significa nada!

[...]

Depois de passar a madrugada trabalhando no novo caso os Det. Continuavam na sua luta em achar o culpado.
Emma analisava o quadro com todas as provas, tinham foto das câmeras de segurança, já sabiam como o atirador era, faltava apenas achá-lo.

G: Swan! – Emma levou um susto por estar concentrada demais, não percebendo que o homem tinha se aproximado – Café? – passou o copo de café para a loira

E: Obrigada. – olhou para a outra mão dele – O que há na pasta?

G: Relatório da perícia...

O celular da loira chamou interrompendo

E: Swan – ouviu a voz do outro lado e franzindo o cenho – Onde? – esperou a resposta – Certo estamos a caminho! – desligou – Mulan encontrou o prédio de onde atiraram em Sofia.

Graham a acompanhou, na saída do distrito Mulan e Phillip já estavam no carro, os quatros Detetives seguiram até o endereço encontrado.
Ao entrar no apartamento observaram que estava meio vazio.

P: O zelador reconheceu a foto.

E: Então confirma que ele esteve mesmo neste lugar.

M: É aqui. Ele atirou em Sofia Vasquez bem daqui – falou a oriental ao chegar perto de uma mesa.

G: Ele está nos zoando! – bufou Graham – Ele está nos fazendo de idiotas!

P: Acho que achei algo! – Mulan foi até ele – Algodão

M: Sim, atiradores experientes o colocam na corona para absorver suor, assim o rifle não escorrega.

E: Se tem suor então pode haver DNA – Emma foi até o novato também com um saco plástico para guardar a prova.

M: Ok, vocês podem ir! – olhou para Phillip, Graham saiu com ele. A mulher pequena foi até a janela, começou a observar tudo, Emma ficou ali com ela – Foi aqui onde tudo começou – ela começou a falar chamando a atenção da loira – Ele simplesmente puxou o gatilho nesta sala, em um segundo Sofia Vasquez estava viva e sonhando com o casamento perfeito, e depois não estava mais...

E: Mulan... – chegou mais perto, a oriental girou o corpo ficando de frente para Emma

M: Sabia que ele viu o rosto dela quando a matou? As pessoas sempre acham que os atiradores são alheios a seus alvos, mas não são. Ele estava na distância que estamos olhando por aquela mira.

E: Vamos pegar esse cara, Mulan! – Emma não sabia o que estava acontecendo com a Detetive, talvez já tivesse tido muitos casos similares de acordo com o que parecia saber sobre, e o fato a deixasse sensível.

M: É, como pegaram o cara que atirou em mim... – falou irônica deixando a sala.
Emma ainda ficou ali parada por alguns segundos tentando assimilar o que tinha acabado de ouvir. Então era isso, Mulan já tinha sido uma vítima e nunca tinham conseguido pegar o cara.

[...]

Z: Você deveria contratar ela, Belle!

B: Estou pensando seriamente nisso, os clientes parecem te amar! – olhou para a morena

R: Parece? Ah qual é, eu já vendi quatro livros em menos de meia hora! Sério, se você precisar de ajuda eu estou disponível! Nem precisa me pagar!

Z: Ah nossa falou a rica! – zoou da irmã

R: Cale a boca! – pegou o celular desbloqueando a tela

Z: Nenhuma notícia da Swan?

R: Mandei mensagem agora pouco, ela nem visualizou ainda.

B: O que aconteceu?

R: Ela saiu ontem à noite por uma ligação do trabalho.

Z: Tô falando que é o caso do atirador, Regina não quer nem me ouvir!

R: Prefiro não saber para não me preocupar Zelena, porque não estaria aqui vendendo livros se soubesse que Emma está trabalhando no caso de um atirador louco!

Z: Ok, você está certa, desculpe!

B: Por que não mudamos de assunto? Está quase chegando a hora do almoço, podemos sair para procurar algum lugar para almoçar.

Z: Ótima ideia, e depois já deixo você sozinha cuidado da Regina porque eu tenho que trabalhar!

[...]

Mulan estava na sua mesa revisando mais uma vez as imagens da câmera.

E: Mulan! – Emma se aproximou, a oriental olhou para ela – O DNA no algodão não deu em nada. – a mulher fechou os olhos sorrindo fraco ao ouvir as palavras da loira.

MJ: Swan! – se aproximou a chefe Milah Jones – Conseguiu algum novo resultado?

E: Não houve compatibilidade nos arquivos. O máximo que conseguimos foi o fenótipo. Eles disseram que acham que nosso atirador é homem com cabelo claro e olhos castanhos o que coincide com a foto que temos Capitã, mas ainda ficam mais de 200 suspeitos na lista.

MJ: Eu ainda não descartaria a lista, pelo que houve com o cartucho, capaz de o algodão nem ser dele.

E o homem voltou a atacar mais uma vez nesse dia, só que dessa vez ele não conseguiu, a vítima apenas levou um susto, Graham e Phillip cuidaram sozinhos desse ocorrido no centro da cidade, enquanto Emma e Mulan continuavam tentando de tudo no distrito para localizar o homem.

P: Consegui a nova imagem de vídeo de dentro do prédio – entrou na sala onde Emma e Mulan estavam, mostrando para elas, Milah logo se juntou a eles para também analisar a cena.

MJ: Ai está ele – o homem estava parado em frente a porta do elevador, logo depois que a última vítima tinha entrado – O que ele está esperando?

E: Ele está observando em qual andar ela vai sair. Ele sabia exatamente onde ela estaria!

P: Um milagre a Emily não estar morta.

M: Não é um milagre! Foi mal planejamento, ele usou a munição errada. A de 6,8mm perde estabilidade ao atravessar vidro, a 6,5mm é ideal em tiros assim. Ele não sabia disso, então ele é menos experiente do que pensamos.

MJ: Ok, precisamos voltar à lista de suspeitos e retirar todos os oficiais e os veteranos com experiência.

Graham estava de olho na lista, adicionando as novas informações do homem, conseguiu diminuir a lista para dois suspeitos, ao clicar nas fotos reconheceu na hora a imagem de vídeo borrada, mais o retardo falado que Emily tinha feito, com a foto do suspeito agora do lado, foi fácil reconhecer. Com todos os dados nas mãos foi de encontro aos seus colegas e chefe.

G: Nosso cara tem 38 anos, ficou um ano na marinha, até que a notícia de que seu filho tinha sido morto. O conselheiro diz que logo ele saiu e entrou em uma depressão profunda, voltando sua raiva contra o mundo. Teve empregos ruins depois de desistir da marinha, inclusive como segurança no Museu.

MJ: Ok, vou soltar a foto e o perfil dele para a mídia. Em uma hora, todos em Boston saberão quem ele é!

G: Capitã, tem certeza de que essa é uma boa ideia? – os olhos claros da mulher cravaram em Graham – Quer dizer, se ele souber que estamos perto, pode tentar provocar outro tiroteio.

MJ: Precisamos arriscar Det. Humbert! Mostramos a cara dele e poderemos ter uma pista do paradeiro dele e acabar com isso antes de que mais alguém saia ferido ou sem vida! O que sabemos sobre a família?

E: Ele tem uma irmã, Phillip está tentando localizá-la.

Com a localização da irmã, ela foi intimada para se presentar no distrito. Sendo interrogada por Graham e Emma, conseguiram descobrir mais algumas coisas sobre o quão violento ele tinha se tornado.

— Depois que mataram o meu sobrinho, a mulher do meu irmão abandonou ele, foi aí que ele se abandonou também, até ter essa ideia errada em descarregar o seu ódio, machucando e matando os outros. Mesmo que tenham prendido o culpado faz algum tempo, ele insiste em culpar o mundo por tal tragédia. Tentei fazer o que podia, mas... não se pode ajudar alguém que não queira.

Mulan interrompeu o interrogatório quando o celular da loira chamou.

E: Swan – a oriental falou do outro lado – Onde? – passou o endereço – Ok, estamos indo para lá! – desligou olhando para a mulher mais velha a sua frente – Sinto muito. Temos que ir – olhou para Graham – Encontraram o local de onde atiraram em Emily Jaston.

Emma e Graham estacionaram o carro silenciosamente e entraram no prédio com armas em mãos se certificando de que estava tudo limpo para eles passarem. O prédio estava totalmente vazio, em construção, Emma se afastou um pouco de Graham já que ele estava checando as portas do outro lado.
Foi se certificando uma a uma de que estava limpo para prosseguir, até que chegou a uma única porta entre aberta, tentando normalizar a sua respiração, tentou dar uma olhada pela fresta, conseguindo ver o cano da arma apontando janela afora. Sem pensar, ela apertou os dentes e entrou.

E: Polícia! Parado! – só que para a sua surpresa o homem saiu de trás da porta, dando uma cotovelada no seu rosto fazendo-a cair ao chão, o nariz começou a sangrar, ela passou a manga da camisa para limpar.

A arma da Detetive também foi ao chão, longe do seu corpo, o homem tirou sua arma apontando para a Detetive que estava sentada no chão, foi até onde a arma da loira tinha caído e a chutou para bem longe.

E: Abaixe a arma Jack!

— Eu tenho um trabalho a fazer!

E: Por que você não fala o que de verdade é? Você atira nas pessoas a sangue frio!

— Essas pessoas merecem o que estão recebendo. Deus os abençoou, ele deu a eles e tirou de mim! – a loira pode notar o desequilíbrio do homem.

Ela suava enquanto via aquela arma apontada bem na sua frente, tentava controlar o seu desespero, seu pensamento logo viajou imediatamente para Regina. O sorriso da morena estampou a sua mente, ela fechou os olhos por uns segundos tentando manter aquela imagem, cada momento vivido com ela começou a passar diante dos seus olhos.

E: “Desculpa Gina”— Pensou antes de começar a falar com ele novamente – Essas pessoas que você culpa não são diferentes de você!

— Está dizendo isso porque você é uma delas – olhou loucamente pela janela voltando a olhar para a loira.

E: Você acha que minha vida sempre foi uma festa? Eu passei pelo mesmo que você passou, e eu consegui sair! Eu acho... Você apenas precisa de ajuda! Eu acho que você está à procura de alguém que te ajude! Eu estive lá, eu sei como se sente precisar de ajuda, mas não querer dar o braço a torcer. Nós podemos achar outro caminho!

— Não há outro caminho... Não mais, é muito tarde!

E: Não! Não, não é tarde! Nunca é tarde Jack! Sempre existe outro caminho, posso te garantir isso, eu quero te ajudar. Sei que está sofrendo! – Emma tentava convencer o homem a todo custo, sua vida dependia disso – Por favor, abaixe a arma!

— Não! Fique de pé! – ordenou ele, Emma cuidadosamente se pôs de pé – Vire-se!

E: Não!

— Não olhe para mim, vire-se!

E: Não!

— VIRE-SE!!! – o homem começava a perder a paciência.

E: NÃO! SE VAI ATIRAR EM MIM, VOCÊ VAI OLHAR NOS MEUS OLHOS E ATIRAR! – os olhos verdes estavam mais escuros do que o normal – E olhe direito Jack! Porque eu não sou sua inimiga, eu apenas quero te ajudar! Você e eu temos muito em comum!

A respiração dele começou a agitar, ele começou a abaixar a arma devagar, mas na metade do caminho mudou de ideia, encarando os olhos da mulher.

— Não, não temos nada em comum! E como eu disse antes, tenho um trabalho a fazer! – Apontou para a cabeça da Detetive – Desculpe!

Emma só podia pensar em Regina e em como tinha ido parar naquela situação, talvez se tivesse esperado, tudo seria diferente, mas ela nunca esperava, ela sempre agia por instinto. Viu a mão do homem se posicionar perfeitamente, prestes a apertar o gatilho, Emma não desviou o seu olhar nem um momento dos olhos dele.

E foi olhando naqueles olhos por última vez que ela sentiu o disparo e viu o corpo ir ao chão. Sentiu seu corpo paralisar, ela não conseguia se mexer, nem pensar, nem fazer absolutamente nada.

O homem a sua frente caiu instantaneamente morto aos seus pés, levantando-se lentamente, ela respirou fundo e foi até a janela do prédio. No prédio em frente um pouco mais acima estava Mulan com seu rifle posicionado, com um aceno de cabeça a oriental deixou o seu posto.

Depois de toda a movimentação dos policiais, legistas e demais. Swan foi liberada para voltar ao distrito. Assim que chegou viu Graham sentado na cadeira em frente a sua mesa, Emma foi até ele, sentando-se no seu lugar.

E: Oi

G: Oi

E: O que você está fazendo aqui?

G: Esperando minha parceira – olhou para ela – Talvez a tenha visto! Moça bonita, acha que é a prova de bala, costuma carregar o peso do mundo sobre os ombros e ainda assim, às vezes consegue rir de alguma das minhas piadas.

E: Parece ser uma pessoa foda!

G: Nem me fale... De qualquer forma, eu tenho que ir para casa agora, mas se você a ver por aí, diga a ela que me deve um café amanhã! – levantou indo em direção a porta.

E: Graham! – chamou, ele parou olhando para ela – Obrigada!

G: Pelo que?

E: Por esperar... E deixar a Mulan fazer o trabalho dela. Eu sei que você teria entrado naquela sala...

G: Não se isso arriscasse a sua vida! Vá para casa! Cuide desse nariz. Tenho certeza de que alguém está esperando por você e ela não vai gostar nada de ver essa carinha machucada! – piscou para ela saindo da sala.

Emma juntou suas coisas, e partiu para a sua casa, ver Regina era o que mais queria no mundo.

Ao entrar em casa seus olhos foram para Regina que estava com o laptop na mesa, concentrada em alguma coisa, a morena olhou para ela tirando os óculos, vindo em sua direção.

R: Emm o que aconteceu com o seu rosto?

E: Nada... – abaixou o rosto

R: O que aconteceu? – fez a loira encará-la

E: Já disse que nada... Você pode apenas me abraçar e não fazer perguntas? – a morena sem perder mais tempo fez isso, abraçou a loira, que a aperto no abraço, deixando escapar algumas lagrimas.

Depois de ter uma arma apontada para a sua cabeça era bom estar em casa novamente com a sua família, sã e salva. Sabia que apenas com sentir o abraço de Regina as emoções vividas se aquietariam e voltaria ao normal, contar para Regina do ocorrido não era nem uma opção a se pensar, independente do que passasse no trabalho, voltar para casa era sua meta cada dia, e mais um dia ela tinha conseguido cumpri-la.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Maybe we can try again season 1" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.