Lost: O candidato escrita por Marlon C Souza
Aaron e Clementine encontravam-se aprisionados nas improvisadas instalações da Dharma, onde a ansiedade se intensificava a cada minuto. Diante deles, Walt estava sentado numa cadeira invertida, encarando-os com um olhar penetrante. Um breve silêncio pesava no ambiente, até que Walt rompeu o silêncio com sua voz áspera:
— Eu já estive onde vocês estão agora — afirmou ele, sua voz carregada de experiência.
— Hugo mencionou o seu nome, perguntei a ele quem você era... Ele desapareceu, sem me responder — revelou Aaron, buscando entender a situação.
— Vocês dois são muito ingênuos em pensar que estão aqui para uma mera missão científica da Widmore — declarou Walt, deixando Clementine desconfiada.
Com um ar de desconfiança, Clementine franziu a testa. — O que você quer dizer com isso?
Walt a olhou com um sorriso irônico nos lábios. — Eu sei o que está aprisionado nesta ilha, acreditando que faz parte de algo grandioso. Mas tudo o que essa ilha faz é tomar o que é mais importante para você.
Apesar de tentar manter a calma, o coração de Aaron pulsava acelerado. — Então, por que você não nos liberta?
Walt balançou a cabeça, indicando a complexidade da situação. — Não é tão simples assim. Vocês estão trabalhando para o homem mais perigoso que eu conheço.
— De quem você está falando? Seja mais específico — impacientou-se Aaron.
Walt suspirou profundamente antes de responder: — O nome dele é Benjamin Linus. Um assassino que ceifou a vida de centenas de pessoas.
Os olhos de Clementine se arregalaram. — Você está brincando, não está?
Walt negou com a cabeça. — Eu gostaria de estar, mas, infelizmente, não estou.
Um arrepio percorreu a espinha de Aaron. — Como ele pode ter tanto poder?
— Você é uma vítima dele, Aaron. Mas a história completa nunca lhe foi contada, não é mesmo? — disse Walt, com um sorriso enigmático.
Uma gota de suor escorreu pela testa de Aaron. — Do que você está falando?
— Vocês não estão nesta ilha porque a Widmore tem interesse em algo específico. Vocês são candidatos de Hugo para permanecerem como guardiões desta ilha para sempre — disse Walt, com um sorriso sombrio.
Incrédulos, Aaron e Clementine riram da situação, porém, a expressão séria de Walt fez com que começassem a questionar a veracidade de suas palavras.
Clementine virou-se para Aaron, com expressão de choque. — Você sabia disso?
Aaron balançou a cabeça, atordoado. — Claro que não.
Walt levantou-se da cadeira, aproximando-se deles. — Hugo trouxe vocês aqui com esse propósito. A Widmore mentiu para vocês.
As palavras de Walt deixaram Aaron devastado. Lembrou-se das conversas com Hugo, sobre compreender o propósito da ilha. De alguma forma, o que Walt estava dizendo fazia um pouco de sentido.
Com as revelações de Walt ecoando em suas mentes, Aaron e Clementine ficaram paralisados. A tensão no ar alcançava níveis insuportáveis, enquanto tentavam assimilar tudo o que acabavam de ouvir.
No passado, Ben e Hugo cumpriam sua missão para colocar um fim definitivo na Dharma e levar Walt, um candidato, de volta a ilha. Para isso, foram até o instituto de Saúde Mental Santa Rosa. Na ocasião, Ben entrou sozinho, confiante de que conseguiria encontrar Walt por lá.
Na entrada, Ben se aproximou da recepcionista e disse: — Olá, estou aqui para ver Keith Johnson.
— Você está na lista de convidado dele? — Perguntou a recepcionista.
— Não, mas se entregar isto ele vai querer me ver. — Disse Ben, entregando um papel nas mãos da mulher que retribuiu com um sorriso, que foi recíproco.
Dentro da sala, Walt brincava sozinho com o “Connect four” quando Ben chegou usando crachá de visitante.
— Olá. Walt. — Disse Ben.
Walt rapidamente o olhou, assustado, afinal, aquele era o homem que causou todos os problemas que envolviam seu pai. Sem se preocupar com a reação do rapaz, Ben sentou-se na cadeira ao lado de Walt e antes que pudesse dizer algo, Walt disse:
— O que está fazendo aqui?
— Como o bilhete dizia, um amigo seu me enviou. — Disse Ben, referindo-se a Hugo.
— Eu não tenho amigos. — Comentou Walt, olhando fixamente para Ben.
— Todos temos amigos — comentou Ben com um sorriso no rosto. — Até eu. — Completou Ben, agora com um sorriso mais largo.
— Está aqui para me sequestrar de novo? — Perguntou diretamente Walt.
Ben olhou para baixo. Ele sabia que talvez seria difícil convencer Walt de acompanhá-lo, então, proferiu pedir perdão pelo mal que causou.
— Eu realmente sinto muito por aquilo — disse, referindo-se ao dia que sequestrou Walt para conseguir o que queria. — Mas o que está feito, está feito. Não posso mudar o passado. Só posso assumir responsabilidade por ele.
Walt ouvia as falas de Ben, mas permaneceu quieto enquanto Ben se explicava. Ben continuou: — Walt, entendo por o que você teve que passar. Sei as dificuldades que teve fingindo ser quem não é — ao Ben dizer isso, Walt finalmente o olhou. Aquela fala tocou o coração de Walt. O rapaz estava triste por tudo que estava passando naquele momento.
Walt balançou levemente a cabeça concordando com o que Ben dizia. Ben sorriu, demonstrando que estava ali de forma amigável, mas Walt não parecia tão interessado nas coisas que Ben falava. Pegou o “connect four” e começou a desmontá-lo para tentar passar a imagem de que não se importava com as coisas que Ben falava.
— Walt, estou aqui para ajudar você.
— Por quê? — Perguntou Walt, já irritado com a presença de Ben.
— Porque você é especial. — Disse Ben, sorrindo. — E acho que ninguém diz isso para você há muito tempo.
— Que bem isso faz para mim?
— Precisamos de você. Você tem trabalho para fazer. — Disse Ben. Walt já estava ficando comovido com tudo aquilo. — Começando por ajudar seu pai.
Ao Ben dizer isso, Walt o olhou e disse: — Meu pai está morto.
— Não significa que não pode ajudá-lo.
Walt abaixou sua cabeça, dessa vez pensativo. Ben ficou o encarando, esperando alguma reação do rapaz, então, quebrou o silêncio: — Você virá conosco, Walt?
O rapaz ficou comovido com o que ouviu e via seriedade no rosto de Ben. Vendo que estava no controle da situação, Ben entregou uma barra de doces com o símbolo da Dharma para o rapaz. Relutante, Walt pegou a barra e olhou para Ben, que lhe deu um sorriso.
Alguns minutos depois os dois já se encontravam do lado de fora.
— Vamos, está tudo bem — disse Ben, vendo que Walt estava preocupado em sair daquele manicômio escondido. — Pode ir no banco da frente — disse, completando enquanto acenava para a kombi da Dharma.
Ao entrar, Walt se sentou e Hugo, que estava na parte de trás da kombi, disse: — E aí, cara.
— Hurley. — Disse Walt, sorrindo de canto a canto.
— É bom ver você, Walt. — Disse Hugo. Ben também estava feliz ao ver aquela cena.
— Eu esperava que alguém viria me buscar. Disseram que eu estava louco. — Disse Walt, triste.
Hugo se aproximou dele e disse: — Você não está louco cara, nem um pouco. Apenas precisa voltar para a ilha, só isso. É onde você pertence. Onde sempre pertenceu.
Walt sorriu. — Por quê? — Perguntou o rapaz.
— Quero falar com você sobre um trabalho — disse Hugo, referindo-se ao trabalho de guardião. Walt não perguntou do que se tratava, seu desejo naquele momento era apenas sair dali. — Certo, Ben. Vamos sair daqui. É hora de todos nós voltarmos para casa. — Disse Hugo. Ben ligou a van e eles partiram rumando em direção à ilha.
No presente, Aaron e Clementine permaneciam tensos, seus olhares fixos em Walt enquanto ele falava. As palavras do homem deixavam ambos inquietos, e eles mal conseguiam respirar enquanto aguardavam o desenrolar da situação.
Walt acenou para o soldado, que entrou na cela para libertar Aaron. Clementine tentou fugir, mas foi segurada por outro soldado. Aaron já estava do lado de fora da cela, quando Walt fez a proposta.
— Traga-me Ben Linus, vivo. E aí, eu a solto e vocês serão livres. — disse Walt, sorrindo.
Aaron sabia que aquilo teria um preço, mas olhou para Clementine, que balançou a cabeça negativamente. Ela parecia aterrorizada com a ideia.
— E se eu não fizer isso? — perguntou Aaron.
Walt sorriu de forma macabra.
— Mato ela e depois caço você. — disse ele, fazendo uma pausa dramática.
Aaron sentiu o sangue gelar em suas veias. Ele sabia que estava diante de um homem perigoso, capaz de tudo para conseguir o que queria. Olhou novamente para Clementine, que parecia tão vulnerável diante daquela situação. Sabia que teria que agir rápido, antes que algo pior acontecesse.
Walt o entregou uma arma e o perguntou: — sabe usar uma arma?
— Nunca usei, cara. — Respondeu Walt.
— Use somente se ele parecer resistente demais. — Disse Walt. Pegou o celular de Aaron e instalou um aplicativo que iria mostrar a posição exata de Aaron assim que acionado. — Instalei esse aplicativo que irá me mostrar exatamente onde você está. Ao ser acionado iremos até você.
Relutante, Aaron pegou a arma e seu celular e adentrou floresta adentro para encontrar Ben. Sua mente estava à mil, afinal, aquilo que Walt o disse poderia ser tudo falso, mas não poderia arriscar a vida de sua companheira. Com isso, resolveu agir do seu jeito.
Naquele mesmo momento, os soldados se armavam no acampamento para irem atrás de Aaron, Clementine, Marcel e Bianca. Era uma missão de resgate, então, eles precisariam ser cautelosos.
Ben rapidamente os abandonou para ir atrás de Hugo. Roger viu a tensão de Ben, e antes de acompanhá-lo, disse a um de seus subordinados para líder a equipe de busca para procurar pelos desaparecidos. Rapidamente acompanhou Ben, para saber, para onde ele iria.
No passado, Walt sempre soube que a ilha era um lugar misterioso. Ele cresceu lá com Hugo e Ben, mas algo dentro dele o impedia de aceitar o cargo de guardião que Hugo tanto insistia. Sentados em um canto afastado da ilha, jogando gamão perto da estátua de Taweret, Walt decidiu abrir o jogo.
— Eu costumava jogar esse jogo com o Locke. Incrível como está do mesmo jeito depois de tantos anos.
Hugo e Ben trocaram um olhar significativo, mas Walt continuou sem se importar.
— As regras desse jogo são bem consolidadas. Todo jogo tem regra. É realmente muito complexo.
— Ainda está falando do jogo, Walt? — perguntou Hugo, com um sorriso sutil.
— Eu só quero saber por que não posso ir para o outro lado da ilha. Que maldito jogo é esse? — perguntou Walt, sério.
— Estamos fazendo isso para te proteger — respondeu Ben.
— Me proteger? Curioso vir isso de você. — disse Walt, levantando-se bruscamente. — Vou dar uma volta na praia. — disse, saindo em direção à floresta.
Ben e Hugo trocaram olhares. Eles sabiam que precisavam manter Walt longe de Desmond, caso contrário, tudo estaria perdido.
— Ele foi para a floresta de novo, Hugo. — Disse Ben. — E se ele se encontrar com Desmond? Colocará tudo a perder.
— Ele não vai se encontrar com Desmond — disse Hugo. — Confie em mim. Tudo vai dar certo.
— Nós dissemos a ele que o cargo de guardião era dele, mas ele ainda não aceitou e está cada dia mais estranho. — Disse Ben, mas Hugo permaneceu em silêncio, pois não sabia o que fazer.
Walt caminhou sem rumo pela mata, até que finalmente chegou a uma cabana abandonada da Dharma. Lá dentro, encontrou uma antiga sala de controle, com um computador antigo. Ele fechou os olhos, deixando as lágrimas escorrerem pelo rosto. E então, ouviu o som dos sussurros. Ele sabia o que aquele som significava.
De repente, seu pai, Michael, apareceu na sua frente.
— Oi, garoto — disse Michael.
— Oi, pai.
Walt correu para abraçá-lo, mas percebeu que ele não estava realmente ali. Era apenas a alma dele.
— Então era aqui que você costumava vir para se comunicar comigo, não é?
— Essa sala tinha uma ligação direta com a Cisne. Foi aqui onde eles me obrigaram a mandar aquela mensagem para você, pai.
— E você continua vindo aqui com a esperança de me encontrar vivo.
— Sim, pai. A culpa de tudo isso é daquele Ben. Se não fosse ele e essa maldita ilha, você ainda estaria aqui, cuidando de mim.
— Eu entendo, rapaz.
— Eles me taxaram como louco, pai. Ninguém acreditou em mim. Tive que usar nome falso depois que voltei — disse Walt, triste. — Nada alivia essa dor que estou sentindo, pai. No fundo do meu coração.
— Sinto muito, garoto. Eu sou apenas uma alma perdida na ilha. Não posso abraçá-lo.
— Quero acabar com essa dor de uma vez por todas — disse Walt, decidido.
— Sei de um jeito — comentou Michael. Walt o olhou diretamente. — Mate Ben Linus por mim, filho. — Disse Michael friamente. Walt, ficou assustado.
— Não posso fazer isso, pai — comentou Walt, assustado.
— Não precisa ser você. Amanhã, levarei você até a saída da ilha.
— A ilha tem uma saída?
— Antes, a estação Orquidea era a saída, mas no terremoto, tudo foi destruído completamente, mas, existe uma outra saída debaixo do templo dos Decalos. Vá lá amanhã, sozinho.
— Mas quem pode me ajudar a ter a minha vingança?
— Você vai encontrar uma forma. Você é meu garoto. — Disse Michael. Walt o olhou completamente motivado. Finalmente, poderia sair daquela ilha e talvez se livrar de seu sofrimento interno.
No presente, Roger acompanhava Ben, tentando não ser percebido. Ele se escondeu entre as paredes de uma casa e viu quando Ben entrou em outra. Desconfiado, Roger seguiu para dentro da casa. Quando ele abriu a porta, Ben o agarrou em um mata-leão.
— O que você está fazendo me seguindo? — Perguntou Ben.
— Desgraçado! — Respondeu Roger, lutando para se soltar do mata-leão. — O que você está tramando?
— Você também trabalha para ele? — Questionou Ben.
— Quem? — Perguntou Roger, ainda tentando se libertar.
— Wilbert DeGroot.
— Claro que não. Eu estou desconfiado que você matou o Bryan.
— O nome dele não é Bryan. É Miguel. — Disse Ben, se afastando rapidamente. — Venha comigo, Roger. Não tente nenhuma gracinha. — Disse Ben. Roger balançou a cabeça, mas o seguiu. Os dois entraram em uma sala onde Hugo estava sentado.
— Ei, Roger! — Hugo cumprimentou-o com um sorriso.
— O que vocês dois estão tramando? — Roger perguntou, surpreso. — Onde está Bryan?
Hugo apontou para uma cadeira vazia e disse: — Sente-se.
— O que é isso? — Roger perguntou, desconfiado, mas sentando-se mesmo assim.
— Talvez a gente não tenha sido totalmente sincero com vocês sobre o que está acontecendo aqui. — Disse Hugo, sorrindo.
— Como assim? — Perguntou Roger, preocupado.
Hugo suspirou antes de continuar. — Você já percebeu que essa ilha é diferente das outras, certo?
— Com certeza, todo mundo a quer por algum motivo. E coisas estranhas aconteceram desde quando cheguei aqui. — Respondeu Roger.
— Não é uma ilha comum. Tem alguém muito malvado que quer roubar algo muito valioso daqui e tomar controle do mundo todo.
— Como assim?
— No coração da ilha existe uma luz que é a fonte de todo o poder daqui. Tem alguém que quer tomar essa fonte de poder e ficar muito forte. Essa pessoa vive entre os humanos há milênios. Vocês estão aqui para impedi-la. — Hugo falou com um sorriso honesto. Ben concordou com a cabeça, mas Roger parecia estar zombando do que Hugo dizia.
— Você é louco. — Disse Roger, rindo e levantando-se para sair.
— Espera aí, Roger. Eu sei que parece loucura, mas é verdade. — Disse Hugo.
— Escuta aqui, gordinho. Eu não tenho tempo para isso. Preciso encontrar os tripulantes que estão perambulando por aí sem autorização. Não tenho tempo para contos de fadas. — Roger falou.
— Se você não acredita em mim, podemos ir agora para a fonte. — Disse Hugo, aparecendo atrás de Roger. — Vamos lá?
— Como você fez isso? — Perguntou Roger, surpreso.
— Não importa. O que importa é se você quer me acompanhar. — Disse Hugo, sorrindo. — Topa? — Perguntou, deixando Roger assustado.
No passado, aquele era o fatídico dia em que Walt sairia da ilha. Guiado pelo som dos sussurros, Walt caminhava floresta adentro e olhava sempre para trás para que não fosse seguido por Hugo ou Ben.
Chegando ao templo, o rapaz entrou sorrateiramente olhando para todos os locais daquele tempo, seu pai parecia ter o abandonado ali.
— Pai? — Gritava Walt. O sangue começava a ferver e seu coração a bater mais forte. Estava com medo de estar ali sozinho em meio àquelas vozes que perturbavam sua mente. De repente, em sua frente, apareceu Michael.
— Oi filho — disse ele. Walt suspirou. — Desculpa não ter aparecido antes.
— Já estou aqui. Onde é a saída? — Perguntou diretamente Walt.
— Segue em frente. Vire à direita. Logo abaixo você virá uma escadaria, desça ela e estará no portal. Ele está desativado, mas ative-o.
Walt comentou: — estou com medo pai.
— Não tenha medo, filho. Segue em frente.
De repente, Ben apareceu atrás de Walt.
— Walt?! — Indagou ele.
— O que você está fazendo aqui? — Perguntou Walt.
— Te faço a mesma pergunta. Não é seguro. Volte para a praia.
— Cansei dos jogos de vocês. Você deveria ter me deixado naquele manicômio.
— Por que está fazendo isso?
— Você não vê o meu pai?
— Seu pai? Do que você está falando? — Perguntou Ben, assustado.
— Ele não consegue me ver, filho. — Disse Michael.
Walt abaixou a cabeça, respirou fundo e continuou o percurso. Ben andou até ele, incerto se era ou não uma boa ideia acompanhá-lo. Quando os dois chegaram no andar debaixo do templo chegaram até o local onde Michael indicou para Walt. Não havia luz ali. Apenas algumas rochas cobrindo uma parte da parede.
— O que você quer aqui? — Perguntou Ben, Walt o ignorava.
Michael disse: — peça ajuda ele para tirar aquelas rochas.
— Meu pai disse para você me ajudar a retirar aquelas rochas da parede.
Ben o olhou incerto, mas não resistiu e ambos já estava tirando tudo daquela parede. De repente, a luz começou a aparecer e Ben ficou encantado com o que estava vendo.
— Essa luz é a mesma vista na orquídea? — Perguntou Ben, intrigado. Walt não respondeu mais nada. Eles finalmente acabaram de minar aquelas rochas e toda luz poderia ser vista, embaçando os olhos deles.
— A luz está embaixo de toda a ilha, mas alguns locais específicos ela é emitida para a superfície. Perturbá-la faz a ilha viajar no tempo, e o perturbador é expulso para fora da ilha. — Disse Michael. — Ben a perturbou no passado movendo o leme e foi parar fora dela, fazendo com que a ilha movesse no tempo de fora descontrolada.
— Como saio daqui, pai? — Perguntou Walt, confuso.
— Aqui é a saída oficial que apenas Jacob sabia. Apenas vá para a luz e você acordará na saída da ilha. — Disse Michael, sorrindo para Walt, logo após desaparecendo. Ben apesar observava Walt que parecia conversar com ninguém.
Walt adentrou a luz deixando Ben para trás. Vendo aquela cena, Ben balançou a cabeça e disse: — droga.
Ben correu até encontrar Hugo, algumas horas depois. Ao vê-lo, Hugo, que estava em um canto afastado observando Desmond, perguntou:
— Onde esteve?
— Estava no templo. Walt fugiu. — Disse Ben, ofegante, fazendo Hugo arregalar os olhos.
— Como ele conseguiu sair?
— Você sabe que não adiantaria mantê-lo aqui. — Disse Ben.
— Então teremos que mandar Desmond para achar os novos candidatos. — Disse Hugo, enquanto Desmond se aproximava deles.
A jornada de Desmond começava ali. Tudo mudou quando Walt resolveu retornar ao mundo exterior com espírito de vingança.
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