Uma Estrelinha em Nossos Corações escrita por BabyGirl


Capítulo 3
Come Back Home, Luke - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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https://m.youtube.com/watch?v=MB09_vPyJQE&t=24s

 

 

As horas que ficaram na delegacia foram angustiantes. Ainda não se tinha notícia do paradeiro de Luke.

— Cassie, vou precisar dos documentos do seguro do carro para que a empresa o localize.

— Eu faço isso Jacob.

— Não Cassie, você precisa descansar. - Disse sua mãe preocupada. 

— Estou me sentindo muito impotente,  preciso fazer alguma coisa.

— Filha, eu entendo isso, mas há poucos dias você passou por um procedimento e seu corpo precisa se recuperar.

— Mãe, essa é a última coisa que estou me preocupando agora.

— Mas você precisa, Cassie. Até mesmo porque não sabemos o que aconteceu com o Luke e você precisa estar bem para ele.

— Sua mãe está certa, Cassie. No momento não há mais nada o que fazer aqui.

— Tudo bem. - Cassie suspirou.

— Vá para casa com sua mãe, e qualquer notícia eu te atualizo.

— Promete que não vão me esconder nada, Jacob?

— Sim, eu prometo.

— Pai, eu vou levar a Cassie e Marisol para casa dela e depois eu vou procurar em hospitais e… enfim, onde for preciso.

Cassie começou a chorar.

— Calma cunhada, meu irmão é muito cabeça dura e teimoso para nos deixar assim, já já ele aparece, ok?

Cassie assentiu.

— Jake, quero que você me prometa que vai me contar o que descobrir.

— Eu prometo.

Eles se abraçaram. 

Jake levou Cassie e Marisol para casa e depois seguiu com Hailey para hospitais  na esperança de encontrar o irmão. 

Jacob seguiu com seu amigo policial para tentar descobrir onde o carro estava.

 

(… )

 

Cassie tomou banho e trocou de roupas, e não desgrudava do celular.

— Filha tome aqui.

— Mãe, eu não quero ficar dopada.

— Cassie é só um calmante fraquinho para te ajudar a relaxar e se você dormir um pouco não vai te fazer mal. 

— Eu não quero dormir agora.

Marisol colocou o copo com água e o comprimido em cima da mesinha de cabeceira e sentou ao lado de Cassie.

— Vai ficar tudo bem, meu amor. - Ela tentava consolar sua filha. 

— Mãe, você acha que o pior aconteceu com o Luke?

— Não, meu amor. Não…

— Se eu perder o Luke também eu não vou suportar…

— Calma minha filha, logo logo ele vai aparecer.

— Tudo o que eu queria era que ele entrasse por aquela porta com o sorriso mais cínico que ele tem, me dizendo que sumiu só pra eu saber como é ficar longe dele.

— Ele não é assim amor, ele não vai te punir. 

— Eu o afastei tanto de mim esses dias, o queria longe e agora que eu consegui, eu quero morrer. Quero o meu amor de volta.

Marisol abraçou a filha e Cassie chorava, não conseguindo mais conter aquela dor dentro se seu peito. O que mais doía era a incerteza. Onde estava Luke? E o que aconteceu com ele?

 

(...)

 

O celular de Marisol tocou, era Jacob.

 

Ligação on

— Oi Marisol, como está Cassie?

— Tive que dar um calmante para ela e finalmente adormeceu. Achei por bem deixar o celular dela desligado.

— Fez bem…

— Tem alguma informação? Alguma pista do Luke?

— Sim, o carro de Cassie foi localizado, totalmente carbonizado. 

— Que? - Marisol precisou sentar. — Meu Deus.

— Mas calma. Não há sinal do Luke. O carro deve ter sido roubado. Algumas peças foram retiradas e o restante incinerado.

— Meu Deus. E onde estará o Luke?...

— Ainda não sabemos. Meu amigo policial está tentando localizar alguma informação pelas câmeras de trânsito e segurança nos locais que ele passou. Eu não consigo ficar parado esperando. Vou com Jake nos hospitais para algumas informações. 

— Tudo bem… agora nem sei como vou dizer isso a Cassie.

— Me dizer o que, mãe? - Cassie a surpreendeu.

— Jacob, eu vou ter que desligar. Qualquer notícias me ligue.

Eles se despediram.

Ligação off 

 

— Mãe me fala o que foi? Encontraram o Luke?

— Não amor. Mas senta um pouquinho.

— Mãe, eu não quero sentar. Por favor não enrola, fala logo. 

 

(...)

 

Já era noite do terceiro dia sem notícias de Luke. Cassie se sentia doente. Havia vomitado algumas vezes naquela noite, fazendo sua mãe se preocupar.

Cassie estava em sua cama deitada com Peaches, que também estava triste. Ela colocou uma camiseta de Luke para que Peaches pudesse sentir o cheirinho do seu amado. E ela vestia uma de suas camisas. A saudade e a preocupação era tanta que lhe doía a alma.

— Vai ficar tudo bem. Ele vai voltar para gente. - Cassie repetia para Peaches, entre carícias atrás de suas orelhas, tentando consolá-la. E ela queria muito acreditar naquelas palavras. Que Luke voltaria para casa, para elas, e toda aquela angústia, dor e medo desapareceriam.

 

Seu celular tocou, era seu cunhado.

Ligação on

— Hey Jake…

— Cassie, eu encontrei o Luke.

— O que? Oh Meus Deus! Encontrou? Graças a Deus. Ele está bem?

— Ele está no hospital. 

— Como assim Jake? Não me esconda nada. Como ele está? 

— Cassie, o que me disseram foi que ele está estável. Porém está desacordado.

— Não. O que aconteceu? Eu quero vê-lo.

Eram tantas perguntas e tudo estava tão confuso.

— Ninguém sabe o que aconteceu exatamente.

— Certo, isso não importa agora, eu quero vê- lo. Preciso vê-lo.

— Vou te mandar o endereço do hospital.

— Obrigada. Chego aí em alguns minutos.

Eles se despediram. 

Ligação off 

 

— Mãe, mãe. - Cassie começou a gritar por Marisol. Ela e Peaches levantaram da cama rapidamente.

— O que foi Cassie? Encontraram ele?

— Sim, ele está no hospital. Eu estou indo agora lá.

— Eu vou com você. Porém Cassie, você não vai assim, precisa trocar de roupas.

— Droga!



Alguns minutos depois Cassie e Marisol chegaram ao hospital onde estavam Jacob, Jake e Hailey.

Explicaram a Cassie que ele havia sido agredido e tinha sofrido uma pancada muito forte na cabeça. Tinha um coágulo e um inchaço em seu cérebro. Ele estava sendo mantido sedado. Mas seu quadro geral era estável. 

— Eu quero ficar com ele, Doutora.

— Como o quadro dele é estável,  e está no quarto, vou autorizar ficar com ele, mas só uma pessoa.

— Eu vou ficar. - Disse Cassie com muita ansiedade de reencontrar o seu amor.

— Eu posso ver meu filho? Por pelo menos alguns minutos, Doutora?

— Sim. Vou autorizar somente cinco minutos e depois só a esposa para ficar com ele.

Todos agradeceram a médica que estava atendendo o Luke e ela retornou a seus afazeres.

Jacob foi até o quarto para ver o filho.

 

— Sei que não adianta eu falar nada para você. - Marisol disse.

— Não adianta mesmo mãe. Eu vou ficar com ele.

— Eu sei… então eu vou até a sua casa pegar roupas para você e algumas coisas para o Luke.

— Obrigada mãe. - Elas se abraçaram. — Pode levar Peaches para sua casa? 

— Cassie, acho melhor deixar a Peaches com a gente, lá tem mais pessoas e também tem o Spencer que vai amar ficar com ela. - Sugeriu Hailey.

— Vai ser bom para ela, está tão tristonha. Obrigada Hiley.

— Não precisa agradecer, querida.

— Lembre-se, meu amor, que ele mesmo desacordado tem uma possibilidade de te ouvir. Sei que você é forte e vai conseguir. Diga as palavras certas e ele vai voltar pra você e para nós. Diga o quanto o amamos e como estamos com saudades.

— Vou dizer mãe. Pode deixar.

 

Depois que Jacob retornou do quarto de Luke, Cassie notou que ele estava abalado, no entanto, se fazendo de forte. Ela disse para eles voltarem pra suas casas e descansar um pouco, ela ficaria com Luke e não sairia de seu lado. E que ligaria para atualizá-los.

Todos concordaram, e se despediram.

Agora era a vez de Cassie rever seu amado. Uma enfermeira muito prestativa a acompanhou. Cassie respirou fundo, após a porta ser aberta, e entrou.

Vê-lo assim cortou seu coração. Um filme lhe passou pela cabeça. Ela já havia presenciado uma cena muito semelhante anos atrás. Lágrimas vieram aos seus olhos e um bolo em sua garganta, como também uma pontada em seu coração. Porém ela teve que 'engolir' tudo aquilo. Precisava ser forte. 

— Eu vou deixar vocês a sós.  Qualquer coisa me procure. Estou nessa ala por todo o plantão. - Disse a enfermeira. 

— Obrigada. 

Cassie parecia estar paralisada, nem sabia como conseguiu dar aqueles passos até chegar perto do leito.

Luke estava deitado. Tinha um hematoma no olho. Machucados por todo o seu rosto. Uma de suas mãos bastante inchada. Notou que sua aliança não estava em seu dedo. Aquilo apertou seu peito, doeu no íntimo.

Se aproximou.

— Oi Marujo. - sua voz soou quase num sussurro.

Segurou sua mão. Estava gelada. A ponta de seus dedos e unhas arroxeadas. A levou até seu peito para que ele sentisse como o  coração dela batia, mas batia acelerado. A beijou e em seguida a acariciou.

— Eu estou aqui, não vou sair do seu lado. Você é  forte. Vai ficar tudo bem. Nós vamos para casa. E eu vou cuidar de você.

Ela dizia a ele e também precisava acreditar nisso.

Acariciou seus cabelos. Beijou sua testa.

— Eu te amo… - Sussurrou em seu ouvido.

Segurou seu choro. Ajeitou o cobertor para aquecer seu corpo melhor. O quarto estava muito frio.

Continuava segurando sua mão para amenizar o frio. Passou a massagear a ponta dos seus dedos. Ele precisava dela. E Cassie precisava dele.

— Você precisa acordar. Tem alguém em casa com muita saudade… Peaches. Ela sente tanto sua falta. Te procura no seu canto do sofá, em frente ao videogame, que você passa horas me provocando, porque eu tenho certeza que quando não estou em casa você nem chega perto daquela coisa. Na cozinha, onde você adora se gabar, mostrando seus dotes culinários e sim, eu tenho que admitir que você cozinha bem. Ela te procura no nosso quarto. No seu lado da cama… E eu também preciso de você, Luke. Eu te amo. Te amo tanto… 

Naquele momento ela precisava ser forte para ele. Assim como ele foi tantas vezes para ela.

Cassie moveu a cadeira para que ficasse mais próximo a ele. E começou a cantar a primeira música que ele inspirou. O início do sucesso da sua banda e quem sabe o início de sua paixão e amor por ele.



Letting my fears show 'til I can face 'em

Letting my tears go 'til I can taste them

Hell, what do I know where you and I go?

Damn it, I hope you come back home

 

(Oh) come back home

(Oh) come back home

 

Demonstrando os meus medos até eu conseguir encará-los

Deixando minhas lágrimas caírem até eu conseguir saboreá-las

Como posso saber para onde você e eu vamos?

Caramba, espero que você volte para casa

 

(Oh) volte para casa

(Oh) volte para casa

 

Ela repetia como uma prece: 

 

(Oh) come back home

(Oh) come back home

 

(Oh) volte para casa

(Oh) volte para casa

 


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