Dear Hacker - Duskwood Continuation (Em Revisão) escrita por Akira Senju


Capítulo 18
Inferências


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos! Trago mais um capítulo e espero que gostem! ♥

Tenham todos uma ótima leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/808977/chapter/18

No hospital, Adie estava deitada, mas ainda com os olhos abertos e tamborilando os dedos sobre a cama, o que indicava sua agitação. A essa altura era realmente impossível relaxar, principalmente quando monstros do passado resolvem ressurgir sem um motivo lógico… ou será que existia uma lógica para ela e esse era o ponto mais assustador?

 

 Depois de alguns minutos, Dan entrou no quarto e ela logo o olhou.

 

(Adie) - E aí, mandou eles saírem da casa?

(Dan) - Eu disse para você descansar, senhorita Black Label.

 

Ela o olhou irritada.

 

(Dan) - Todos estão bem. Eu liguei para a polícia e eles estão a caminho de lá.

(Adie) - E o Jake? 

(Dan) - Ele continua ali fora e já sabe que você acordou.

 

Adie desviou o olhar e suspirou um pouco mais aliviada.

 

(Dan) - Mas tem uma coisa que talvez você não goste.

 

Ela voltou a olhá-lo.

 

(Adie) - Oh, céus… o que aconteceu?

(Dan) - Bom, digamos que pedir para a polícia ir até lá, tenha tido um preço e você terá que pagá-lo.

 

Ela se intrigou.

 

(Adie) - O quê?

(Dan) - O Delegado de Duskwood virá até aqui para conversar com você enquanto alguns outros policiais revistam a casa... – Ele olhou as horas no celular. - E ele não deve demorar a chegar.

 

Adie suspirou e revirou os olhos.

 

Enquanto isso, na casa, Jessy e os outros ainda estavam desacreditados que tudo parecia ter começado de novo. Eles continuavam sentados à mesa da varanda e estavam apreensivos.

 

(Lilly) - Eu não entendo… Se o Richy está morto, quem será dessa vez?

(Jessy) - A única coisa que eu sei é que dessa vez devemos deixar tudo nas mãos da polícia. Nenhum de nós tem estrutura psicológica ou emocional para enfrentar tudo isso de novo.

(Cleo) - É, eu concordo com você, Jessy.

(Phil) - O ponto aqui é: Será que dessa vez se trata de uma outra pessoa do grupo?

 

Todas o olharam surpresas e ao mesmo tempo irritadas.

 

(Jessy) - Claro que não! Impossível!

 

Ele sorriu com um leve deboche.

 

(Phil) - Impossível não é. Não se esqueçam que o Richy era totalmente confiável para vocês e vejam só, sempre foi ele. 

 

Cleo revirou os olhos e todas demonstraram desaprovação à sua maneira.

 

(Phil) - Por mais dura que seja, é a verdade. E para ser sincero, eu já até tenho alguém como suspeito.

 

Todas o olharam surpresas.

 

(Hannah) - O quê?!

(Phil) - Isso mesmo. Ou vão me dizer que só eu acho esse tal de Jake misterioso demais?

(Lilly) - Não seja estúpido, Phil! Jake sempre demonstrou ser alguém confiável.

 

Phil a olhou intrigado.

 

(Phil) - Você fala como se o conhecesse bem. Não parece que ele seja apenas um amiguinho da Adie que veio por estar preocupado com o bem estar dela. – Ele se levantou e pegou um cigarro de seu bolso. - O que me deixou intrigado é que ele demorou demais a aparecer quando ela estava caída, mesmo tendo sido o primeiro em que eu bati na porta do quarto para pedir ajuda. – Ele colocou o cigarro na boca e o acendeu. 

(Cleo) - Deixe de dizer idiotices, Phil! Isso só piora todo o estresse do momento.

 

Ele tirou o cigarro da boca e soprou a fumaça.

 

(Phil) - Eu só estou tentando dizer que ninguém foge de qualquer susp… – Ele foi interrompido por um barulho alto vindo de dentro da casa, perto da porta.

 

As garotas se levantaram assustadas e Phil logo pegou a chave de seu carro no bolso.

 

(Phil) - Ei, vamos para dentro do meu carro, rápido!

 

Ele apertou o botão no controle para destrancar as portas e elas correram para o carro enquanto ele caminhava sem dar as costas para a porta da casa. Após elas já estarem dentro do carro, ele correu e também entrou. Eles ficaram ali por um tempo, esperando que a polícia chegasse o mais rápido possível.

 

Enquanto isso, Jake continuava dentro do carro de Thomas. Após receber notícias de Adie, ele estava mais tranquilo e recostou sua cabeça no banco para descansar um pouco. Estando com os olhos fechados e prestes a pegar no sono, ele se assustou ao ouvir sirenes do que parecia ser de carros da polícia passando em alta velocidade. Ele imediatamente abriu os olhos e se certificou de que se tratava de duas viaturas. Até então, Dan não havia dito nada sobre a possível aparição do Homem sem Rosto na casa pois queria que Jake continuasse ali para que a polícia fosse até lá e não corresse o risco de encontrá-lo. Ele se intrigou com as viaturas, mas ficou ainda mais confuso quando uma terceira viatura chegou e estacionou próximo ao carro de Thomas. Em seguida, daquela viatura saiu o Delegado de Duskwood, Alan Bloomgate, e ele entrou no hospital.

 

Jake não foi o único a ficar confuso com a presença de Alan. Thomas estava no corredor, próximo ao quarto onde Adie estava, e estando com a cabeça baixa enquanto mexia em seu celular, não notou o delegado se aproximando.

 

(Alan) - Bom dia!  

 

Thomas logo o olhou e ficou levemente surpreso.

 

(Thomas) - Bom dia, senhor Delegado! – Ele se levantou para cumprimentá-lo.

 

Alan também ficou levemente surpreso ao reconhecê-lo.

 

(Alan) - Ah, senhor Miller? Que coincidência encontrá-lo aqui! Está tudo bem com a senhorita Donfort?

(Thomas) - Sim, ela está ótima.

 

Alan ficou intrigado.

 

(Alan) - Hum, então você está acompanhando a paciente deste quarto? – Ele apontou em direção ao quarto em que Adie estava.

 

Thomas ficou um pouco apreensivo.

 

(Thomas) - Bom, sim, eu a trouxe.

(Alan) - Hum… que bom amigo o senhor é. – Ele sorriu com um leve deboche.

 

Thomas ficou sem jeito e forçou um sorriso.

 

(Alan) - Bem, vou entrar para falar com ela. Foi um prazer, senhor Miller, com licença. 

 

 Ele se aproximou da porta e logo entrou, enquanto Thomas o olhava intrigado e voltou a se sentar.

 

(Alan) - Com licença. – Ele disse ao abrir a porta.

(Dan) - Entre, senhor Delegado.

 

Alan entrou e logo viu Adie sentada na cama, recostada em seu travesseiro.

 

(Alan) - Olá, senhorita Folsham! Como se sente?

(Adie) - Hum, ótima. – Ela disse com ironia.

 

Dan se intrigou.

 

(Dan) - Fol… o quê?

 

Alan o olhou.

 

(Alan) - Você não sabia o sobrenome de sua amiga?

(Adie) - Não, ele não sabia. 

 

Alan a olhou intrigado.

 

(Alan) - Porque não troca seu sobrenome, senhorita? Você parece não gostar muito dele, pois sempre evita falar. – Ele debochou.

 

Adie o olhava séria.

 

(Adie) - Senhor Blommgate, não sei se percebeu, mas hoje eu não estou em um dos meus melhores dias. Então se quiser que eu responda suas perguntas, vamos começar logo.

 

Alan a encarou por alguns segundos, ainda com um leve sorriso debochado.

 

(Alan) - Tudo bem, senhorita. Me desculpe se a chateei.

 

Adie não disse nada, apenas continuou olhando-o séria. Alan começou a olhar à sua volta, parecendo procurar por algo, até que parou seus olhos em uma cadeira que estava ao lado de Dan e foi até ela para pegá-la. Em seguida, ele a colocou mais próxima da cama de Adie, estando de frente.

 

(Alan) - Pois bem, vamos começar. – Ele pegou seu bloco de anotações juntamente com uma caneta do bolso de sua calça e se sentou. - O senhor Anderson me contou que você foi encontrada desmaiada e que você afirma que alguém invadiu sua casa e a perseguiu. Me conte o que aconteceu, senhorita.

(Adie) - Bom, eu acordei de madrugada com sede e precisei ir até a cozinha. Ao passar pelo corredor que me levaria a escada da casa, ouvi alguém chamando de um dos quartos. Era um sussurro masculino, porém não tão estridente e por conta disso, acreditei ser coisa da minha mente, já que eu tinha bebido a algumas horas atrás. Porém, quando comecei a descer as escadas ouvi novamente alguém chamar e dessa vez pude ouvir bem. A voz veio do penúltimo quarto, que é onde o Phil Hawkins fica. Por acreditar que talvez ele estivesse precisando de algo, fui até lá, mas antes de chegar totalmente em frente a porta, um homem alto e que usava uma máscara inspirada na lenda do Homem Sem Rosto apareceu na minha frente. A princípio, acreditei estar sonhando, mas depois de tentar acordar e não conseguir, eu corri. Eu ainda estava um pouco tonta por conta dos drinks que tomei e, ao chegar nas escadas e tentar descer correndo, torci o tornozelo e caí. Meu desmaio não foi instantâneo e eu pude ver o homem descendo as escadas para chegar até mim, mas desmaiei antes que ele se aproximasse.

 

Alan a observou por alguns segundos estando intrigado.

 

(Alan) - Bem… Quantos drinks exatamente a senhorita tomou?

 

Adie revirou os olhos.

 

(Alan) - Me desculpe, senhorita, mas não podemos ignorar este fato.

(Adie) - Saber quantos drinks eu tomei é irrelevante, senhor Bloomgate. 

(Alan) - Está enganada. Dependendo do quanto a senhorita ingeriu de álcool, você pode apenas ter imaginado o tal Homem Sem Rosto e isso teria como explicação todo o estresse vivido durante as investigações, e a queda seria uma consequência de tudo. 

 

Adie desviou o olhar e suspirou irritada.

 

(Alan) - Alguém mais o viu antes da senhorita?

(Adie) - Não. – Ela o olhou.

(Alan) - Quem mais estava na casa? Além do senhor Hawkins que você já mencionou.

(Adie) - Dan, Jessy, Hannah, Thomas, Cleo e Lilly.

(Alan) - A senhorita não acha estranho que em meio a tantas pessoas tenha sido a única a vê-lo? E ironicamente, depois de ingerir uma quantidade significativa de álcool?

 

Adie o olhou irritada.

 

(Adie) - Pense a porcaria que quiser!

 

Alan arqueou uma de suas sobrancelhas.

 

(Alan) - Bem… acho que seria melhor conversarmos quando a senhorita estiver mais calma.

 

Adie estava recostada em seu travesseiro, mas se inclinou para frente estando com um olhar furioso.

 

(Adie) - Pra quê?! Se conversar com delegados é sempre uma perda de tempo! Vocês com suas visões altamente lógicas tentam fazer as vítimas acreditarem que são loucas, enquanto os criminosos ganham tempo para fazer mal a outras vítimas! Se você se perguntava por que eu preferi agir com um Hacker ao invés de deixar a polícia trabalhar nas investigações do desaparecimento de Hannah Donfort, você acabou de descobrir a resposta, senhor Blommgate! – Ela encarou o delegado de forma intimidadora.

 

Alan ficou surpreso por vê-la tão alterada e suas palavras sumiram por alguns segundos. Dan a olhava extremamente surpreso, ele sempre soube que ela era corajosa, mas não a ponto de enfrentar o delegado daquela maneira.

 

(Alan) - Pelo visto a senhorita conhece bem os delegados, ou estou enganado? – Ele perguntou com um leve deboche.

 

Adie sorriu sutilmente, mas ainda com um olhar que denotava raiva.

 

(Adie) - Conheço o suficiente. 

(Alan) - Hum, interessante... – Ele suspirou. - E a senhorita acabou de deixar claro que prefere trabalhar com criminosos do que com aqueles que de fato trabalham pela a lei.

(Adie) - Não tente distorcer minha fala, senhor Blommgate! E pare com esses joguinhos pois eles não funcionam comigo.

 

Dan arregalou os olhos enquanto a olhava.

 

(Adie) - Está muito claro que se tivéssemos ido até o senhor durante as investigações do desaparecimento da Hannah com as nossas pistas sobre o Homem Sem Rosto, o senhor teria feito exatamente o que está fazendo agora. Saiba que da outra vez, assim como agora, a pessoa que está usando o disfarce do Homem Sem Rosto, também está se aproveitando de uma substância para encobrir seus rastros. 

 

Alan a olhou intrigado.

 

(Adie) - O que eu quero dizer é que, antes, Hannah teve alucinações por conta dos psicotrópicos que ela tomava, mas a pessoa por detrás do disfarce sabia disso e usou exatamente a aparência das alucinações que ela tinha. Comigo aconteceu diferente, eu bebi bastante e tudo indica que essa pessoa estava lá me observando, esperando o momento certo de aparecer e talvez me sequestrar. Mas se por um acaso o plano desse errado, ele teria tempo para fugir e ninguém o pegaria, porque era óbvio que a polícia culparia os drinks e não faria nada.

(Alan) - A senhorita está sendo leviana em sua fala. Antes de vir para cá, enviei duas viaturas até o endereço que o senhor Anderson nos passou para revistarem a casa, e isso porque acreditamos no que foi dito. Mas agora me diz… – Alan se inclinou para frente, olhando-a com intimidação. - Se meus homens não encontrarem nada na casa, o que a senhorita vai culpar?

(Adie) - Ora, nada. Mas se seus homens não encontrarem nada na casa, o senhor continuará investigando ou vai esperar que algo pior aconteça?

(Alan) - Senhorita, é impossível investigarmos algo sem nenhuma pista sequer.

 

Adie o observou por alguns segundos, pensando em algo, até que sorriu sutilmente.

 

(Adie) - Certo… Tudo bem, senhor Blommgate. Eu vou entregar a pista que tenho e deixarei que o senhor faça seu trabalho dessa vez.

 

Alan arqueou uma de suas sobrancelhas.

 

(Alan) - Se tinha uma pista, por que não disse antes?

(Adie) - Não é óbvio? Eu simplesmente não pretendia dizer.

 

Alan a olhou com raiva.

 

(Alan) - Qual é o seu jogo, senhorita? Demonstrar que está acima da lei? 

(Adie) - Muito pelo contrário. Só estou deixando bastante evidente minha falta de confiança na tal lei, e tenho minhas razões para isso. – Ela o olhou nos olhos, sem nenhuma intimidação.

 

Alan continuou com seu olhar irritado e suspirou.

 

(Alan) - Pare de enrolar e fale logo sobre as tais pistas! – Ele disse levemente alterado.

 

Adie voltou a se recostar no travesseiro.

 

(Adie) - O senhor vai ter que esperar eu sair daqui. A pista está em meu celular e não o vejo desde ontem.

(Alan) - Não preciso esperar a senhorita sair daqui. Podemos pedir que um de seus amigos na casa o procure e entregue a um dos policiais, e ele trará até aqui.

 

Adie pensou por alguns segundos.

 

(Adie) - Tudo bem.

(Alan) - Ótimo. – Ele disse sério, sem a capacidade de forçar um sorriso.

 

Enquanto isso, os policiais revistavam a casa, e Lilly, juntamente com Jessy, Hannah e Phil, conversavam com Brandon do lado de fora.

 

(Brandon) - Certo. Então, pelo que vocês estão me dizendo, a senhorita Adie sofreu algum tipo de ataque do suposto invasor?

(Lilly) - Bom, nosso amigo que está acompanhando ela no hospital disse que ela contou os detalhes para ele, mas nós ainda não sabemos o que de fato aconteceu. 

(Phil) - Eu a encontrei desacordada e tudo indica que ela rolou escada abaixo.

(Brandon) - Entendi.

 

Brandon ficou em silêncio por alguns segundos, parecendo pensar em toda a situação, até que um outro policial saiu da casa e se aproximou dele. 

 

(Policial Carter) - Brandon, o celular da vítima. – Ele entregou o aparelho.

 

Hannah e os outros se intrigaram.

 

(Hannah) - Porque pegaram o celular dela?

 

Brandon a olhou.

 

(Brandon) - Bem… Obrigado, Carter.

 

O policial Carter assentiu com a cabeça e se dirigiu até a casa novamente.

 

(Brandon) - Foi um pedido do senhor Blommgate, senhorita. Mas não se preocupe, a senhorita Adie autorizou que levássemos o celular.

 

Hannah e os demais ficaram intrigados, mas não questionaram. As buscas dentro da casa continuavam e Cleo estava acompanhando os policiais. Todos os quartos estavam sendo revistados, menos o primeiro pois a porta estava trancada e Cleo informou aos policiais que os donos não lhe deram a chave daquele quarto.



Um tempo depois do delegado ter ido embora, Adie se deitou e dormiu um pouco. Enquanto isso, Dan estava com a cabeça inclinada para trás em sua cadeira e cochilava, mas depois de alguns minutos, seu celular começou a tocar e ele se assustou.

 

(Dan) - Merda. – Ele disse após o susto e tirou o celular do bolso.

 

Após olhar quem estava ligando, atendeu.

 

(Dan) - Alô.

(Dan) - Ah, boa noite!

(Dan) - Bem… eu só não achei mais necessário ficar, já me sentia bem.

(Dan) - É claro!

 

Adie estava em um sono leve e abriu os olhos naquele instante.

 

(Dan) - Certo. Quanto tempo dura essa coisa de fisioterapia?

(Dan) - Entendi.

(Dan) - Bom, na segunda que vem.

(Dan) - Prefiro que seja de tarde.

(Dan) - Às 2:00pm está perfeito.

(Dan) - Certo, obrigado. 

 

Ele desligou e guardou o celular no bolso. Em seguida, ele foi até a cama de Adie. Ela, que estava com os olhos abertos, logo os fechou, fingindo estar dormindo. Dan se aproximou e ficou observando-a por uns segundos. Ele ainda estava preocupado, afinal, seja lá quem fosse o cara disfarçado de Homem Sem Rosto agora, ficou claro que seu alvo era ela.

 

(Adie) - Vai ficar me encarando? – Ela disse ainda de olhos fechados.

 

Dan se assustou.

 

(Dan) - Caralho, Adie! 

 

Ela abriu os olhos e deu risada, enquanto ele se recuperava do susto.

 

(Adie) - É sério, porque está me olhando desse jeito?

 

Dan a encarou por alguns segundos fingindo estar com raiva, mas logo suspirou e deixou a marra de lado.

 

(Dan) - Estou preocupado.

 

Ela arqueou uma de suas sobrancelhas e se levantou, ficando sentada na cama e recostada em seu travesseiro.

 

(Adie) - Porque? O pior já passou.

(Dan) - Pois eu não acho. Você por um acaso faz ideia de quem possa ser dessa vez?

 

Ela desviou o olhar e ficou pensativa.

 

(Adie) - Não.

(Dan) - É exatamente isso que me preocupa.

(Adie) - Fique tranquilo. Talvez a polícia trabalhe dessa vez como deveria. 

(Dan) - Nós temos que sair daquela casa.

 

Ela deu uma leve risada.

 

(Adie) - Não adianta fugir, Dan. Esse pesadelo sempre nos encontrará.

(Dan) - E o que pretende fazer?! Esperar ele ir atrás de você de novo?

(Adie) - Da outra vez eu não pude fazer nada além de assistir aos ataques e aguentar aquelas ameaças vazias. Mas agora eu estou aqui e vou enfrentá-lo, como tem que ser.

 

Dan suspirou e desviou o olhar.

 

(Dan) - Você é corajosa, Adie. Todos estamos cientes disso, porém…  – Ele estendeu o punho fechado para ela. - Você não está mais sozinha.

 

Adie o encarou em silêncio por alguns segundos, até que sorriu sutilmente.

 

(Adie) - Obrigada. – Ela tocou seu punho fechado no de Dan.

Ele sorriu sutilmente.

(Dan) - Aí, daqui a pouco eu vou embora, ainda me sinto bêbado.

 

Ela deu uma leve risada.

 

(Adie) - Como você aguentou até agora sem dormir?

(Dan) - E quem disse que eu não dormi? – Ele sorriu com deboche.

 

Adie riu.

 

(Dan) - Não está curiosa para saber quem vai passar a noite aqui com você?

 

Ela o olhou intrigada.

 

(Adie) - Hum… Thomas?

(Jake) - Não. Eu. – Ele saiu do banheiro.

 

Adie se assustou e logo o olhou.

 

(Adie) - Jake?! Como entrou sem que os vissem?

 

Ele se aproximou dela.

 

(Jake) - Digamos que… a janela do seu quarto seja muito fácil de abrir.  -- Ele sorriu sutilmente.

(Dan) - Hum, ele quis dizer que foi graças a mim. – Ele disse com um sorriso convencido.

 

Adie ficou surpresa, mas sorriu ao perceber que os dois, além de serem muito importantes para ela, também estavam se tornando bons amigos. Jake chegou mais perto e lhe deu um beijo carinhoso na testa.

 

(Jake) - Eu fiquei tão preocupado com você. -- Ele acariciou o cabelo dela e colocou atrás da orelha.

 

Adie o olhava com carinho.

 

(Adie) - Eu estou bem, meu amor. – Ela acariciou o rosto dele.

(Dan) - Uhum! – Ele raspou a garganta. - Será que vocês podem esperar eu ir embora primeiro?

 

Os dois o olharam.

 

(Adie) - E você está esperando o que para ir?

 

Dan arqueou uma de suas sobrancelhas e Adie também.

 

(Dan) - Tá, eu estou mesmo de saída. Vejo vocês em casa amanhã, senhorita Black Label e Homem Hacker. 

 

Jake assentiu com a cabeça e Adie mostrou o dedo do meio. Ele se virou com um sorriso debochado e saiu, mas ao chegar do lado de fora, se deparou com o delegado Alan e o policial Brandon vindo em sua direção.

 

(Alan) - Boa noite, senhor Anderson! – Ele disse ao se aproximar.

 

Dan ficou um pouco tenso.

 

(Dan) - Boa noite, senhor Delegado.

(Alan) - A senhorita Folsham está acordada? Viemos trazer o celular dela.

 

Dan se viu em uma situação complexa. Adie estava sim acordada, mas como ele iria avisar ao Jake sobre a entrada dos policiais no quarto?

 

(Dan) - Bem…

 

Alan o olhou intrigado.

 

(Alan) - Algum problema?

(Dan) - N-Não.

(Alan) - Hum, e então… Ela está acordada?

 

Dan pensou por alguns segundos e disfarçou sua tensão.

 

(Dan) - Sim, ela está.

 

Alan sorriu sutilmente.

 

(Alan) - Ótimo! Obrigado, senhor Anderson. 

 

Alan logo se aproximou da porta e a abriu. Ele e Brandon entraram no quarto enquanto Dan se afastou devagar, tomado por um sentimento de aflição.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por chegarem até aqui! ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dear Hacker - Duskwood Continuation (Em Revisão)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.