Digimon Tamers 00 escrita por Hunterx


Capítulo 4
Nasce Meicoomon


Notas iniciais do capítulo

Olá, leitores. Como estão?
Ou seria melhor eu dizer "Olá, Tamers"?

Estão curtindo a fanfic?

Bem, estou fazendo um esforço essa semana pra entregar mais um capítulo. Mas não se acostumem: tinha ideias e acabou aflorando rápido. Mas como disse, o intervalo de capítulos será de até 1 mês, já que preciso atualizar as minhas outras histórias.

Sendo assim, está aí mais um capítulo.

E já sabem, não? A música tema de Digimon Tamers é sagrada para qualquer fã. Então assistam-la antes de ler o capítulo (se quiserem).

[WMV▶️1.The_Biggest_Dreamer - Kouji Wada]
https://youtu.be/T3_zHaghJYc

Boa leitura e divirtam-se



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Os digimons dos domadores originais retornaram.

Gigimon, Gummymon e Pokomon, “desdigivolução” de Guilmon, Terriermon e Renamon, respectivamente, apareceram do nada e sem motivo algum. Isso trouxe muita alegria e emoção a Takato, Lee e Ruki, onde suas lágrimas de saudades ainda escorriam de seus olhos

Aquela foi uma noite especial... e de um sonho que se tornou realidade.

Mas o dia seguinte seria mais cheio...

ガジマル家 (Residência da família Gajimaru)

時間: 06:00 AM

A manhã tinha acabado de começar para os moradores do edifício residencial Fujioka. Muitos adultos saíam pra trabalhar, assim como os demais que estavam nas ruas de Shinjuku.

A Sra Hadoro já havia saído de casa, pois o expediente no hospital começava bem cedo, se ausentando até mesmo antes do primeiro raiar do sol, mesmo nos finais de semana.

E numa linda manhã de sábado que se iniciava, Meikume acordou com um belo sorriso no rosto. Ela, bastante disposta e animada, virou para o lado e abriu a janela: o sol brilhante e quente alegrou ainda mais seu início de dia.

— Ahh... Bom dia, Sol!

E então, ela olhou para o lado e, instintivamente, ao olhar quem estava deitada, disse:

— Bom dia, Meicoomon.

E essa alguém respondeu:

— Bodia, Mei...

Meikume, ainda com o sorriso, se levantou, bocejando e se espreguiçando em seguida, indo até a porta, mas:

— Ei... Peraí... Mas o que... – Ela se virou rápido em direção a cama

E ela, ao olhar Meicoomon dormindo, gritou histericamente e se descabelando toda tamanho o susto, que despertou de vez a Digimon. De forma autônoma, o digivice de Meikume ativou sozinho e fez a leitura:

C://DIGI-SCAN_

メイクーモン – MEICOOMON

Type: -

Lvl: Adult

Digimon felino, possui aparência infantil. Tem garras afiadíssimas. Seu principal golpe é o Sevícia Cortante

Meikume limpava os olhos, voltando a observar Meicoomon, que também fazia o mesmo, só que por causa de ter despertada do sono:

— Hum... Nian... Que que foi, Mei? Ai que soninho...

— AAAHHH! Co-co-como pode?! COMO PODE ISSO?!

— Uahh... – Se espreguiçou a felina – Como pode isso u que?

— VOCÊ! COMO? PORQUE?

— Eu. Não sei. Sei não...

— PORQUE VOCÊ TÁ AQUI?! O QUE TÁ ACONTECENDO?

— Ué... Eu sou sua parceira... Desde hoje...

— DESDE HOJE ONDE E QUANDO?! Como você tá aqui na minha frente?! Não é possível... Só pode ser um sonho!

— Sonho, hum... – Disse, com a barriga fazendo barulho – Hum... Fominha...

— O que?!

— Tô com fominha, Mei... Tem sonho?

— Sonho?! Do que você tá falando?

— Sonho... Um pãozinho recheado de creme e choucolati...

— Você quer dizer chocolate, né?

— Choucolati.

— Não! Chocolate!

— Choucolati.

— Chocolate, Meicoomon!

— Ah sim... Choucolati.

— Chocolate!

— Hm... Choucolati.

— Cho-co-la-te! Chocolate!

— Chou-co-la-ti. Choucolati!

— NÃO! É CHOCO... – Dessa vez ela entendeu que... – Pera... VOCÊ É DE VERDADE MESMO! NÃO É UM SONHO!

— Não tem sonho? Ah... Tô com fominha... Pode arrumar outra coisa pra eu comer?

Meikume correu feito uma louca, abraçando Meicoomon com força e gritando feito uma louca:

— AH MODESU VOCÊ É REAL QUE FOFINHA MINHA BOLOTINHA KAWAII DEMAIS COISA MAIS FORMOSA QUE EXISTE DA FACE DA TERRA PERFEIÇÃO DE FOFURINHA!

— Uh... Mei... Ah....

— É UM SONHO SE TORNANDO REALIDADE! NOSSA VOCÊ É MUITO FOFA, ALÉM DA CONTA!

— Purr... – Sim, era ronronou.

Vocês devem saber a reação de uma jovem ao sentir um gato ronronar, não?

— AHHHHHH! NÃO! VOCÊ VAI FEZ ISSO! MEU KOKORO NÃO VAI AGUENTAR DE TANTA FOFURA DESSA MINHA BOLOTINHA KAWAII!

É, foi uma manhã de sonhos se tornando realidade.

— Tô com fominha!

 

第2章 

(Capítulo 2)

生まれた メイクーモン

(Nasce Meicoomon)

 

O dia já começou agitado para Takato, Lee e Ruki. Agindo dessa vez usando da razão e inteligência, não guardaram segredo algum de seus pais, lhes contando tudo que aconteceu.

E as consequências da noite anterior nos levam até:

リー家 (Residência da família Lee)

時間: 07:00 AM

Por uma benéfica ironia, o ocorrido aconteceu em um final de semana, o que ajudou e muito para que todos pudessem ter tempo para assimilar o reaparecimento de seus amigos digimons... ainda que isso fosse algo inesperado e sua natureza também.

Depois de terem o cuidado de não serem vistos, Takato e Ruki foram até a casa de Lee para enfim fazerem uma confraternização (novamente) após Gigimon, Gummymon e Pokomon aparecerem. E justamente sobre isso conversavam.

Junto a eles, lá estava Janyuu Lee, o pai de Lee, e sua mãe, Lee Mayumi, que servia o café da manhã para seus convidados. Além deles, também Shiuchon, a irmã de Lee, hoje com 12 anos.

— Ah então esse era o Terriermon? – Disse, segurando Gummymon – Parece uma gelatina, mas eu reconheço ele!

— Hehe... Gummymon sabe que você é a Shiuchon, mas agora você evoluiu... e isso é muito legal!

A conversa então chegou até os domadores, que estavam reunidos a mesa enquanto comiam bolo e tomavam chocolate quente. O Sr Janyuu, com seu notebook sobre a mesa, dizia:

— Quem mais sabe sobre esses digimons, jovens?

— Só nossos pais... – Respondeu Takato.

— Isso é bom... Bem, mantenham essa discrição o quanto puderem.

— Tudo bem, pai... – Desta vez foi Lee dizendo – Já entramos num acordo pra não esconder nada de vocês, mas manter isso só entre a gente.

— Ok, já estamos conversados... – Disse Ruki, um pouco impaciente – Mas e agora... O que ou porquê eles estão no nível bebê?

O pai do Lee, mais experiente após os acontecimentos de cinco anos atrás, lhes disse o que tinha em mente:

— Jovens, vocês se lembram como tudo terminou, não? Pois bem... Não tem como eu precisar pra vocês o que aconteceu com eles nesse longo período, mas a “biologia” dos digimons não é como a dos animais, por exemplo.

— Como assim, pai?

— Um animal se adapta ao ambiente a qual vive e suas variantes, assim como Darwin disse. Mas um digimon... Eles são formados por dados, proveniente do que nós produzimos no nosso mundo. Ou seja, o digimundo, o hábitat natural dos digimons, sofre influência exatamente desses dados... Só que com a “destruição” do Matador e a reinicialização de tudo que estava presente do digimundo no mundo humano, alguma coisa aconteceu ou algo ocorreu para que tanto Gigimon, Gummymon e Pokomon não absorvessem dados e, por isso, se mantiveram nessa forma.

— Mas peraí... – Indagou Ruki – Como assim? Se eles se alimentam de dados, quem cuidou deles até agora?

— Não tem como saber, Ruki... – Resolveu Sr Janyuu – Estou lhes dizendo no puro achismo. Se fosse colocar em um âmbito natural do digimundo, eles... Bem... Como poderia dizer...

Mas Lee respondeu pelo seu pai, bem direto:

— ... eles já estariam mortos, não é?

— Jianliang...

— Não somos mais crianças, pai... É isso, não é?

— Hm... É. Exatamente isso.

O semblante de todos abaixou, pois a lembrança que tinham do digimundo ainda era presente na mente de cada um. O mundo selvagem e implacável por lá de fato não permitiria sobreviverem sozinhos. Mas, para surpresa deles, Shiuchon disse algo que ajudaria nisso:

— Gummymon, quem cuidou de vocês?

Essa pergunta chamou a atenção de todos e, sobre o colo da garota, o simpático digimon respondeu:

— Grani... Ele cuidou e protegeu a gente.

O espanto foi imediato, onde o Sr Janyuu se pronunciou:

— Grani?! Mas... Ele... Ele cuidou de vocês?!

— Espera... – Indagou Lee – Protegeu de quem ou do quê?!

E Pokomon, se mostrando mais conhecedora do que aconteceu, compartilhou informações:

— Não sabemos... Ficamos o tempo todo escondidos dentro de uma árvore pelo Grani. Ele vivia dizendo pra gente pra não sair dali por nada desse mundo... Quero dizer, do nosso mundo.

— Pokomon... – Perguntou Ruki – Foi Grani que trouxe vocês pra cá?

Tomando a palavra dessa vez, foi Gigimon:

— O Grani protegeu a gente... mas a gente não conseguiu proteger o Grani.

— Do que você está falando, Gigimon? – Perguntou Takato, preocupado.

E Gummymon completou:

— Ele... O Grani se sacrificou pra gente fugir...

— Como é, Gummymon?! – Perguntou Lee – Quando você diz “se sacrificou” o que quer dizer?

— Momantai... – Disse, desviando o olhar.

Algo de ruim ocorreu, isso estava estampado nos rostos dos três. O Sr Janyuu, sabiamente, mudou o tom da conversa rápido:

— Não vamos fugir do assunto, Jianliang.

— Mas pai...

— No momento temos que se preocupar com o presente. Esses três devem ter passado por vários problemas até chegagem aqui no mundo real. Estamos exigindo muito deles...

— Eles são bebês... – Disse Shiuchon, abraçando Gummymon – Então temos que cuidar deles.

— Cuidar? Você diz como bebês? – Takato perguntou.

— Não, Takato... Devemos cuidar deles como trapezistas do Cirque Du Soleil... – Ruki e seu sarcasmo – É lógico que devemos cuidar deles como bebês!

— Tá... Eu já entendi... E eu só falei isso porque eu nunca cuidei de bebês, só isso...

Ele não era o único, tanto que Ruki ficou em silêncio um tempo, mas foi sincera:

— É, eu também não...

— Bem vindo ao clube, rukin... – Ele próprio se interrompeu tapando a boca.

— Vai, completa o que você ia dizer!

— Desculpa... Eh... Ruki, hehe...

— Ao menos tem noção do perigo...

Aquela manhã ensolarada foi mesmo diferente. Como dito, os domadores desta vez deixaram seus pais sabendo dos digimons. Isso tinha um porquê: confiança. Desde que voltaram do digimundo, Takato, Lee e Ruki adquiriram maturidade suficiente para saberem escolher o melhor caminho. O senso de responsabilidade pelos seus atos se tornou presente em suas vidas, a tal ponto de que foi instantânea a decisão de compartilhar com seus queridos pais o aparecimento de seus amigos digimons.

しかし、イベント中に...

(Mas, durante os acontecimentos...)

ガジマル家 (Residência da família Gajimaru)

時間: 08:30 AM

O cheiro de panquecas adocicava o ambiente, junto com o aroma viciante de chocolate quente. Meikume, sorrindo de orelha a orelha, era só felicidade. A jovem não poupou na quantidade para preparar uma refeição especial para sua nova amiga digimon.

Após um bom tempo na cozinha (a jovem sabia cozinhar), Meikume levou as panquecas em um refratário, juntamente com uma caneca toda cheia de adereços: tinha o rosto da Meicoomon em alto relevo nela. E a mesa, lá estava a digimon felina:

— Ohh... Eu vou comer muito... Vou encher minha barriguinha com as guloseimas que a Mei trouche pra mim!

— Oh se vai, minha bolotinha fofa favorita!

Meikume, tão animada quanto sua amiga, a serviu com:

— Quatro panquecas? – Ela as colocou no prato.

— Xim... Quatro panquecas!

— Com bastante mel? – Disse, esparramando o mel.

— Xim... Bastante mel!

— E com bastante chantilly no chocolate? – Meikume derramou com cuidado.

— Xim! Bem tantão no Choucolati! Bigada!

Meikume a serviu com gosto, se sentando a mesa e fazendo companhia a comilança da manhã. As duas se empanturraram de generosas doses de chouc... digo, chocolate e de panquecas (com bastante mel!), deixando todas bem alimentadas (e estufadas).

Após a refeição bem reforçada, as duas se sentaram no sofá da sala, com a Meicoomon deitada sobre o colo de Meikume. Elas pareciam bem contentes.

— Ahh... Tô satisfeita... – Disse Meicoomon, com um sorriso no rosto.

— Eu também tô... Nossa, comi muito... – Meikume estava do mesmo jeito.

— Uh... Mei?

— O que, minha bolotinha?

— Já repalou que nossos nomes são parecidinhos?

— São sim... – Disse, abraçada a ela.

— Eu te chamo de Mei... e você me chama de Mei... Dá maior confusão...

— Dá sim...

E ali as duas ficaram um tempo, juntas e curtindo o momento. Meikume ignorou o fato e o detalhe do porquê Meicoomon estava alí com ela, não se importando com absolutamente nada que trouxesse alguma resposta. A garota simplesmente estava aproveitando o tempo livre sem se preocupar com explicações.

Mas da própria Meicoomon partiu um assunto mais sério, o que pegou a jovem de surpresa:

— Mei... Eu sou sua parceira digimon.

— É sim... O que tem?

— Quero ficar forte...

— Você já é...

— Tá... Eu quero ficar mais forte...

— Você acabou de comer vinte panquecas. Já está mais forte...

— Mei... Eu quero ficar ainda mais forte...

— Meicoomon, porque você está falando isso?

— Mei... Eu vou ter que batalhar...

— Como é que é?! – Disse, num tom sério.

— Batalhar, Mei... Por isso quero ficar mais forte.

O abraço que Meicoomon recebia ficou um pouco mais forte, com a jovem ficando com um olhar distante e, em seguida, aterrorizada com a lembrança ruim que tinha do episódio do anime que viu. Aos poucos, lágrimas surgiram, pingando no rosto de sua amiga felpuda. Meicoomon, assustada, disse:

— Mei... O que foi?!

— Meicoomon... Só não.

— O que?!

— Batalhar... Esquece isso, por favor...

— Porque você tá chorando?

— Só me prometa isso: não lute contra nada nem ninguém!

— Porque você tá me pedindo isso?

— Você é minha bolotinha... Não tem que lutar! Só viver sendo fofa e minha amiga... Só isso!

— Mas Mei...

— PROMETA! – Gritou Meikume, do nada.

Isso assustou Meicoomon, que se afastou de sua parceira. Sabendo que agiu errado, a jovem tentou consertar as coisas:

— Olha, desculpa... Por favor, me desculpa!

— Porque gritou comigo?!

— Eu... Olha, Meicoomon...

— Você não precisava ter feito isso!

— Tá... Eu sei... Desculpa...

— Mei, porque você não quer que eu fique mais forte?

— Você não precisa lutar.

— Porque não?

— Para seu próprio bem...

— Mei... Diz a verdade.

— A verdade é... É que... – Meikume pensou em seguida – *Como dizer a ela o que aconteceu no anime sem assustar essa bolotinha fofa?*

— Mei... Fala!

— Eh... Bem... Porque aqui nesse mundo você não tem inimigos pra lutar. Então... Bem, se não tem inimigo, não tem luta.

— Ah é? Então aqui eu estou protegida de tudo? Não tem ameaças de outros digimons nem nada?

— Não... Não tem. Hehe... Viu porque eu te pedi pra não lutar?

— Hum... Tá bom então...

— Jura? Tipo, não tá magoada comigo porque gritei com você?

— Eu não... Mas você não precisava ter gritado. Fazsu não, tá?

— Tá... Combinado. E me desculpa.

— Tá desculpada! Só que eu quero uma coisa...

— Hã? O que?

— Quero cafuné...

— AH MODESU... – A garota pulou em direção a digimon – Vem cá, minha bolotinha fofa...

— Hahahaha... Te adoro, Mei!

— E eu sou sua fã, Mei... – Disse, fazendo cafuné – Vamos ser grandes amigas!

— Vamos sim, nyah!

Meikume escolheu não explicar a Meicoomon toda a história, o contexto de ter derramado lágrimas. Ela esbanjava felicidade em seu rosto enquanto brincava com a felina, mas em sua mente a verdade permanecia intacta. Não só do porquê Meicoomon estar alí, mas do maior medo que a jovem tinha:

— *Ela não deve saber de nada... Não haverá reprise dos episódios do anime e a Meicoomon não tem interesse nisso. Está perfeito assim... Minha bolotinha vai ficar bem comigo, protegida por mim... Não tem nenhum digimon além dela nessa cidade... Mas, como é que ela apareceu aqui? Uh... Isso nem importa mais... A minha Meicoomon está aqui comigo agora e eu vou fazer de tudo pra ela ser feliz e fofa!*

Foi uma manhã bem animada na residência da família Gajimaru.

Mas não era só por lá que haviam digimons.

そのことについて(enquanto isso)...

リー家 (Residência da família Lee)

時間: 10:30 AM

Depois da conversa da manhã, Takato, Lee e Ruki estavam envolvidos em uma nova missão: cuidar dos bebês. É até um pouco irônico, já que a cinco anos atrás eles se conheceram, mas eram ainda crianças. Hoje, crescidos, agora tem a responsabilidade de zelar pelo bem estar de seus amigos digimons.

Entretanto, a pessoa envolvida a isso era:

— Eu vou ser a professora de vocês! – Disse Shiuchon.

— Ah fala sério... – Ruki não gostou da ideia – Sem essa, Shiuchon! Tudo bem você se oferecer pra ajudar, mas...

— Nem vem, Ruki! – Disse Takato, animado – Você não sabe cuidar de bebês!

— Acontece que a Shiuchon é mais nova do que eu e não posso pensar na possibilidade de ser doutrinada por ela!

— Ruki, vai com calma... – Desta vez Lee tomou a palavra – Minha irmã tem experiência com isso, acredite.

— Experiência?! – Perguntou Ruki – O que ela fez afinal? Curso de babá? Haha, sem chance!

Mas, todavia: Shiuchon foi até seu quarto tão rápida quanto uma flecha e consigo trouxe um pedaço de papel.

— Aqui, sabichona! – Disse, entregando o documento a Ruki.

— Ah... O que é isso? “Curso básico de cuidadora de bebês. Formada em 12/06/2005”... Espera, então você...

— Isso mesmo! Eu sou uma cuidadora de bebês diplomada! Haha! Engole essa!

Ruki ficou furiosa, com Takato rindo ao fundo escondido. Shiuchon cresceu e, como ela era muito aventureira e curiosa quando era mais nova, se manteve nesse mesmo pensamento, fazendo atividades extra curriculares ao longo desse tempo. Um deles foi de cuidadora de bebês.

O fim da manhã se seguiu, como início da tarde. Mesmo tendo a hora do almoço batendo a porta, não deu outra: os jovens ficaram o tempo todo cuidando de seus amigos.

— O que o Guilmon comia? – Perguntou Shiuchon a Takato.

— Pão... Muito pão que meu pai fazia.

— Que tipo de pão?

E o próprio Gigimon respondeu:

— Pão Guilmon! Com certeza! Gigi!

— Pão Guilmon?! Mas que tipo de pão é esse?

— É um pão do Guilmon!

— Tá, mas o que leva? Qual os ingredientes?

— Está fazendo pergunta difícil para o Gigimon!

Takato precisou intervir:

— Shiuchon, deixa essa do pão Guilmon pra mim. Peço pro meu pai fazer, tudo bem? A dúvida é: o que devemos dar pra bebês?

— Ora... Papinha de bebê.

— Papinha?

— Sim... Ah Ruki... – Disse, chamando pela domadora.

— Hã? O que foi?

— Vamos... Me acompanhe a cozinha.

— Peraí... Vai me dizer que eu vou ter de cozinhar?! Eu não faço esse tipo de coisa nem em casa!

— Hum... Nem pela Pokomon? – Shiuchon sabia jogar no emocional.

— Ah... Tá bom... Mas que fique entre nós isso, tudo bem? Que saco...

Minutos antecederam a preparação da refeição para seus amigos digimons. Ruki ajudava a Shiuchon na cozinha (bem a sua contra vontade) enquanto os garotos ficaram na sala cuidando de Gigimon, Gummymon e Pokomon, que brincavam de pega pega.

Mas, durante esse tempo, eles conversavam:

— Takato... – Disse Lee.

— O que foi?

— Você já deve saber o que significa eles terem voltado, não?

— Nós desejamos que isso acontecesse desde que eles voltaram para o digimundo. O que tem?

— Hm... Você ainda está no momento emocional de termos nossos amigos de volta, mas...

— Mas o que? Com a ajuda da Shiuchon e de nossos pais, vai dar tudo certo agora!

— Não é isso. Pense bem: Gigimon, Gummymon e Pokomon voltaram... Você acha que eles são os únicos digimons aqui no nosso mundo?

O que Lee disse desencadeou vários sentimentos em Takato, principalmente o de preocupação. Ele poderia tentar se esquivar dessa hipótese, mas nunca esquecer. Sendo assim, veio logo a razão:

— É... Você está certo... Definitivamente eles não devem ser os únicos.

— Você ouviu o que disseram. Grani cuidou deles e...

— “Ele se sacrificou por nós...” foi o que Gummymon disse.

— Aconteceu coisas no digimundo... Fato. E ruins pelo visto...

— Deveríamos perguntar mais coisas pra eles...

— Não, Takato. Sério, eu meio que entendi o que meu pai quis fazer...

— Como assim?

— Ele não deixou que continuássemos com as perguntas mais cedo, lembra? Isso tem um fundamento.

— Qual seria?

— Bebês digimons tem poucos dados. Então, se eles ficarem estressados, podem ter reações.

— Mas Lee... Você sabe quem eles são! Basta que cuidemos deles até que digivolvam...

— Sim, esse é o ponto. Só que não podemos pular etapas. Primeiro vamos cuidar deles. Depois tentamos descobrir o que aconteceu e, o mais importante, o que está acontecendo.

— É verdade... Mas, como você disse antes, eles não devem ser os únicos... E se tem a possibilidade de terem outros, então...

— Uma nova ameaça. Posso estar sendo pessimista, mas para Grani ter tido essa responsabilidade de protegê-los, então há uma possibilidade de problemas a vista. Takato, não é só uma questão de cuidar de nossos amigos, você sabe...

— Sim... Eu entendi... – Disse o jovem, olhando para os três brincando – Isso não é só um cuidado... e sim uma preparação para o pior, talvez.

— Eu desejo que seja só uma suposição minha... – Lee fez o mesmo, olhando os três – Chega de batalhas. Que daqui pra frente só tenhamos boas notícias como tivemos nessa última noite e até agora.

Ela incógnita foi o ápice das suposições levantadas por Takato e Lee. Eles estavam certos em estarem preocupados, principalmente com o que ocorreu a cinco anos atrás.

Mais maduros, dessa vez tinham experiência sobre o que os digimons representam.

Seja como amigos... ou ameaças.

そのことについて(enquanto isso)...

ヘラクレスビル (Edifício Hércules)

時間: 02:30 PM

O Edifício Hércules, construção imponente situada no extremo sul de Shinjuku, abrigava residências de famílias mais abastadas da cidade. Grande parte de seus moradores eram de executivos de grandes corporações e membros de instituições pelo mundo, tendo alí seu porto seguro no Japão.

E mais precisamente no décimo segundo andar, tomamos como cenário um apartamento luxuoso e bem mobiliado. Na sala de estar, frente a uma TV de última geração, cujo material de tela era uma tecnologia ainda em implementação, o plasma, víamos uma garotinha segurando um Agumon de pelúcia, enquanto um adulto de terno lhe fazia companhia, mantendo sua fronte anônima.

Mas quebrando o clima paterno, o telefone celular do homem tocou, rapidamente atendido por ele. E a conversa:

— Senhor Mitsuo?

— Sim... Aqui quem fala é Yamaki.

— Necessitamos de sua atenção acerca de HYPNOS imediatamente.

Logo vimos seu rosto, com uma feição nervosa. Nem mesmo seus óculos escuros esconderam essa emoção.

私たちはすぐ帰るからね...

デジモンテイマーズ00ゼロゼロ


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Notas finais do capítulo

Em breve voltaremos com...

DIGIMON TAMERS 00 ZERO ZERO



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