Encontro Anual de Perícia dos Estados Unidos escrita por Bê s2


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!

Vim esclarecer um detalhe: inseri uma personagem da série Dexter que se chama Debra Morgan. Ela é uma investigadora em Miami, irmã do Dexter - que é o protagonista. Ela realmente namorou um serial killer, fala muitos palavrões, é mega inteligente e é super animada. Gosto muito da série Dexter, inclusive recomendo!!


Mais uma coisinha: tudo o que eu escrevi sobre os psicopatas retirei de vídeos e livros da Dra Ana Beatriz Barbosa Silva, psiquiatra especialista no assunto. Leiam os livros dela, são ótimos!

Bom, espero que gostem...


Ah, vem tensão por aí! ♥



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Capítulo 3

A universidade era imensa e gerou belas recordações à Grissom e Sara, que caminhavam de mãos dadas pelo campus em direção ao auditório. Sara apresentava tudo aos CSIs, que ainda não conheciam o local, e aproveitava para comentar sobre as memórias de sua juventude.

—Ali fica o laboratório de física experimental… -Ela apontava enquanto falava. -E daquele lado tem o melhor burrito da cidade… acho que eu seria capaz de deixar de ser vegetariana por uns minutos só para me lembrar do sabor daquele burrito!

Grissom a olhou surpreso, mas ela nem notou. Continuaram em direção ao anfiteatro e até encontraram alguns conhecidos de outros congressos e cumprimentaram rapidamente. Adentraram no auditório sem demora e conseguiram bons lugares para a palestra de Debbie Morgan.

—Eu li que a palestrante é detetive em Miami e que foi uma das responsáveis por pegar um serial killer que atacou por lá. -Morgan cochichou com os amigos antes da palestra começar.

—Eu soube que ela não tem papas na língua, mas que é muito eficiente. -Greg complementou.

—Bom, vamos descobrir daqui a pouco… -Sara disse. -Olhem ela lá.

Debbie Morgan era jovem, magra e pálida, com longos cabelos castanhos e uma beleza diferente. Certamente chamava atenção, pois até seu jeito de caminhar era firme e sério. Apesar disso, os peritos viram ela trocando alguns sorrisos com um homem ruivo que a ajudava com o seu computador.

—Bom dia, investigadores! -Ela cumprimentou simpática. -Quero dar as boas vindas à vocês que vieram de todos os cantos do país. Esse encontro é muito importante e me sinto honrada em participar do primeiro dia como palestrante.

As pessoas no auditório a saudaram com uma brave salva de palmas, que ela agradeceu com um sorriso.

—Trabalhamos com crimes todos os dias, mas sempre tem aqueles que put… -Ela pigarreou antes que pudesse concluir, arrancando algumas risadas. -... aqueles que nos tiram o sono. Em Miami lidamos com uma breve onda de casos assim, por isso fui convidada para falar um pouco sobre os psicopatas e os assassinos seriais…

A platéia ouvia atentamente sobre as características dos psicopatas, os diferentes graus de psicopatia e sobre o grau mais severo que abrange os assassinos seriais. Debbie apresentava seus relatos embasados em vários estudos interessantes e os CSIs de Las Vegas tomavam várias notas. Grissom, que também anotava, observava tudo com bastante interesse, uma vez que já tinha se deparado com vários durante sua carreira.

—A grande maioria dos assassinos seriais são homens. Eles são ligados à mortes mais violentas e embates mais duros. Em Miami lidamos recentemente com o Assassino do Caminhão de Gelo, que foi capturado, e o Açougueiro de Bay Harbor que também teve seu fim.

Debbie trocou um olhar com o jovem ruivo que a acompanhava e aproveitou para beber um pouco de água antes de continuar.

—Assassinos seriais são raros e representam uma porcentagem mínima da população geral, apesar de fazerem um grande estrago enquanto atuam. A maioria é composta por homens, e  pouquíssimos são os casos de mulheres que se tornam assassinas seriais. Geralmente elas apresentam uma forma de atacar diferenciada, mais meticulosa e até… passional.

Sara se mexeu de modo desconfortável em seu lugar, o que não passou despercebido por Grissom. Sua mão estava sobre sua barriga em um gesto inconsciente e protetor. Debie Morgan continuava palestrando e passando algumas imagens para exemplificar.

—Apesar de ser raro, consegui alguns casos recentes para ilustrar! Essa é Nora Crew, que ficou famosa nos anos 60 por envenenar cerca de 45 homens durante sua vida. -Ela passou por algumas fotos e falou sobre alguns casos. -Ela foi pega e confessou os assassinatos, passando o resto de sua vida na prisão.

Mais um slide cheio de fotos dos casos foi passado e a palestrante seguiu.

—Cassandra Holftiz, nos anos 80, morreu antes de sua condenação. Ela também usava o envenenamento, mas tinha alguns requintes de crueldade com suas vítimas… Ela gravava suas iniciais com brasa na pele das vítimas, era sua assinatura.

Mais slides, mais fotos e mais documentos. Após poucos minutos, ela passou para a apresentação de mais uma assassina serial.

—Nathalie Davies é a mais recente conhecida nos Estados Unidos. Ela atacou entre 2007 e 2008 e tinha diferentes formas de matar. Sua assinatura também impactou bastante, pois ela enviava miniaturas perfeitas dos crimes para as cenas.

Fotos das miniaturas encheram o grande telão. Alguns murmurinhos surpresos de outros peritos ecoaram pelo local. Sara já não tomava mais notas e observava as fotos sem piscar; de repente, uma sensação de sufocamento tomou conta dela. Nick e Greg também estavam inquietos e Catherine observava Sara com preocupação. Russel, que sabia sobre o caso, acompanhava  a interação dos mais antigos e Morgan Brody continuava concentrada em suas fervorosas anotações.

—O caso de Nathalie Davies teve um fator diferente, pois o gatilho para matar era alvejante. Algo intimamente relacionado à sua infância. -Debbie continuou a falar e mostrou as fotos de algumas evidências e dos alvejantes nas miniaturas. -Porém, como acontece com vários assassinos seriais, seu modo operante mudou  pouco antes dela ser pega.

Sara tinha os olhos fixos na tela e sentia um arrepio percorrer todo seu corpo. Aquele já era um assunto do passado, mas ela não esperava se deparar com isso tudo novamente. Talvez fossem os hormônios da gravidez, mas ela estava bem nervosa. Grissom segurava sua mão protetoramente e cogitava seriamente retirar a esposa do local.

A voz de um jovem em uma das primeiras fileiras ecoou:

—Senhorita Morgan? -A palestrante o incentivou a continuar. -Por que ocorrem mudanças no modo operante e na assinatura de assassinos seriais?

—Bem, vários fatores podem exercer influência nisso. O narcisismo, a vontade de “brincar” com os investigadores e até por motivos pessoais. -A moça passou mais um slide. -No caso dessa serial killer, ela mudou a assinatura para a projeção de seu crime com a vítima ainda viva, e pelo inquérito da polícia foi por questões pessoais sem relação com o alvejante.

Os olhos marejados de Sara encaravam a enorme foto de uma miniatura que mostrava um trecho genérico do deserto, um Mustang vermelho capotado e uma mulher morena sob ele.

—Sara, vamos sair daqui… -Grissom murmurou. -Você não precisa ver isso, honey.

A morena engoliu em seco e assentiu com a cabeça. A palestrante continuava falando sobre assinaturas de assassinos seriais quando seu olhar seguiu um casal se retirando do auditório. Ela franziu o cenho mas continuou com a apresentação.

Do lado de fora, Grissom abraçava Sara protetoramente. A morena deixava algumas lágrimas silenciosas escorrerem. Com a cabeça apoiada na sua esposa, ele afagava seus cabelos cacheados e sussurrava:

—Honey, está tudo bem. Nathalie não vai fazer mal a ninguém mais.

—Eu sei. -Ela disse depois de um tempo. -Eu não sei porquê isso mexeu tanto comigo.

Ele se afastou o suficiente para olhá-la. 

—Você está sensível. -Gil sorriu de lado e colocou sua mão sobre o ventre da esposa. -Mas eu estou aqui com vocês e vai ficar tudo bem.

Sara assentiu e lhe retribuiu o sorriso bem a tempo dos colegas chegarem. Estavam tão entretidos naquele momento delicado que não perceberam a movimentação das pessoas para o intervalo da manhã.

—Você está bem? -Greg perguntou assim que se aproximaram.

A morena, que não chorava mais, assentiu com a cabeça e forçou um sorriso de lado. Nick a abraçou com carinho e Catherine se postou ao lado dela.

—Eu sei como se sente. -Nick sussurrou. -Mas quando isso me vem à mente, eu tento me lembrar que fui encontrado.

A morena retribuiu o abraço dele e logo mudou o rumo do assunto.

—A faculdade sempre oferece um excelente café e eu estou faminta. Vamos até lá?

Os peritos concordaram e fizeram chacotas sobre a fome crescente da morena. No refeitório se serviram de pequenas porções e conversas. Brincavam com tamanho do prato de Sara quando uma voz os interrompeu.

—Com licença… Sou Debra Morgan…-A palestrante vinha com o rapaz ruivo de antes ao seu lado. -Esse é meu irmão Dexter Morgan, analista de gotas de sangue. Trabalhamos juntos na polícia de Miami. -Ela apresentou.

Os CSIs olharam para ela e em seguida para Sara. Como ninguém se prontificou a falar, Russel disse:

—É um prazer conhecê-los. Sua palestra está sendo muito bem ministrada. Nós somos da criminalística de Las Vegas. 

Ela agradeceu sem encará-lo, pois estava com os olhos fixos em Sara. Debbie era uma detetive muito perspicaz e sabia que conhecia aquele rosto de algum lugar.

—Las Vegas teve sua cota de assassinos seriais. Davies foi uma… -Ela comentou.

—Por isso suas palavras estão sendo tão aproveitadas por nós. -Russel continuou. -Sou DB Russel, supervisor dos CSIs. Esses são Nick Stokes, Greg Sanders, Morgan Brody, Catherine Willows, Gil Grissom… E Sara Sidle.

Debra desviou o olhar de Sara para apertar a mão de cada um que lhe foi apresentado. Por fim, segurou a mão da morena por um tempo maior.

—Vi vocês sain…

Mas antes que pudesse continuar, Sara a cortou:

—Sinto muito pela minha indelicadeza, não é do meu feitio sair no meio de uma palestra.

Os olhos de Debra arregalaram e ela finalmente se lembrou de onde conhecia aquele rosto.

—Puta que pariu! -Exclamou levando um cutucão de seu irmão e alguns olhares espantados ao redor. -Ai, Dex! Você é a última vítima da assassina das miniaturas!

Seu tom era surpreso e quase eufórico. Sidle assentiu vagarosamente com a cabeça e Debra viu a deixa para se aproximar.

—Sinto muito pelas fotos, não imaginava que você estivesse aqui. -Ela falava rápido. -Sabe, eu também escapei de um serial killer, o Assassino do Caminhão de Gelo. O agravante é que ele era meu namorado…

Os peritos olharam chocados para a mulher. Sara, um pouco menos desconfortável, comentou:

—E eu fui sequestrada porque ela queria se vingar do meu.

Foi a vez de Grissom se mexer desconfortável no próprio lugar. Odiava relembrar aqueles dias desesperadores em que a amada ficara sob o poder de Natalie Davies. 

—Esses homens sempre ferrando a gente! -Debra disse dando de ombros. -Espero que volte na segunda parte. Vamos falar sobre alguns casos de Miami.

Sara assentiu com a cabeça e Debra se retirou com seu irmão, não sem antes se despedir dos demais.

—Ela é meio esquisita. -Greg comentou quando ela se afastou.

—Olhe em volta, Greg… -Catherine retrucou. -E me mostre alguém que não seja esquisito!

A segunda parte da palestra foi tranquila para Sara e muito interessante para os peritos. Depois de Debra Morgan, eles participaram de diferentes workshops e curtas palestras, conheceram equipamentos e seguiram para casa antes do entardecer.

Ooo

Sara e Gil adentravam em uma das melhores clínicas psiquiátricas de São Francisco. Laura Sidle passara uma boa parte de sua vida como interna, mas depois de muitos anos , quando se recuperou totalmente, decidiu ser uma colaboradora na Instituição.

—-Podemos falar com Laura Sidle? --Sara perguntou na recepção.

—-Um minuto, por favor.

A recepcionista fez uma chamada pelo telefone e poucos minutos depois, Laura recepcionava a filha e o genro.

—-Oi mamãe, como está?

—-Muito bem, querida. Que bom que veio também, Gilbert.

—-É bom te ver, Laura.

A Senhora Sidle os guiou para o jardim, onde se acomodaram em uma das mesinhas sob as árvores.

—-O que os traz aqui?

—-Viemos à trabalho. Gil vai palestrar em um encontro de peritos e minha equipe veio para fazer as atualizações obrigatórias.

—-Deve estar muito ocupada, não precisava ter se preocupado em vir...

—-As palestras começaram hoje a tarde, mãe. –Sara se aconchegou no marido. –E nós temos uma novidade para te contar.

Laura se aprumou no lugar para poder ouvir a filha.

—-Vamos ter um bebê, mamãe.

Os olhos da mãe de Sara se encheram de lágrimas. Ela correu para envolver a filha e o genro num abraço apertado e emocionado.

—-Eu não acredito! Não pensei que seria avó novamente!

—-Novamente? --Sara repetiu.

—-Não te contei? --Laura se afastou deles. –Sean me disse em sua ultima visita que sua namorada está grávida. Mas já está com uns seis meses.

—-Não sabia que Sean te visitava, mãe. –Sara parecia confusa.

—-Ele vem uma vez por mês. Voltou a morar em Frisco.

Sara e Grissom trocaram um olhar, e ela disse:

—-Eu gostaria de vê-lo.

—-Eu posso lhe dar o endereço, o telefone... Sei que ele adoraria te ver, também. Sempre pergunta de você, e me disse que um dia iria para Las Vegas.

Sara sorriu. Sentia saudades do irmão. Fazia quase dez anos desde a última vez que o vira.

—-Já contou à sua mãe, Gilbert?

—-Na verdade a Sara me contou a novidade ontem. Ainda estamos colocando as ideias em dia.

—-Ela ficará muito feliz, assim como eu.

Sara olhou no relógio.

—-Mãe, temos que ir…

Eles se levantaram.

—-Foi bom ver vocês, e ainda melhor saber que serei avó.

Eles se abraçaram, mas Laura se demorou mais na filha, sussurrando em seu ouvido:

—-Fale com seu irmão. Está na hora dessa família se reestruturar, meu bem.

Sara seguiu pensativa para casa e conversou pouco com Grissom e com os peritos. Eles se reuniram para jantar na mesa farta, mas a morena beliscou algumas coisas e se retirou com a desculpa que estava cansada. Se enfiou em uma longa ducha quente, colocou pijamas confortáveis e logo estava adormecida em sua cama.

Grissom não demorou para se recolher, pois estava cansado, mas se ajeitou para um momento de leitura antes de se render ao sono. Estava acomodado em seu lado da cama lendo alguns estudos sobre entomologia que queria citar em sua palestra quando percebeu a esposa agitada ao seu lado.

O entomologista colocou seu óculos e os papéis sobre a escrivaninha ao lado da cama e acariciou o rosto de Sara. Ela estava com os olhos apertados e o cenho franzido, se remexendo sem parar. Quando percebeu o suor escorrendo por seus poros, viu que seria melhor acordá-la.

—Sara… -Ele chamou num sussurro. -Amor…

Ela gemia coisas incompreensíveis e Grissom viu algumas lágrimas escorrerem pelos cantos de seus olhos. 

—Sara… -Chamou um pouco mais alto.

O seu nome sendo chamado foi como um gatilho, mas não do modo como Grissom esperava. Ela contraiu seus músculos e os punhos ficaram duros enquanto socavam o colchão.

—Não! Mãe! -Um grito rouco e angustiado ecoou pelo quarto. -Não, mãe! Para! Gil…

—Acorda, Sara! -Grissom chamava aflito, segurando ela pelos ombros. -Estou aqui, querida…

—Gil! GIL! -O grito agudo e desesperado assustou Grissom.

Sara se sentou em um solavanco e acordou imediatamente. Ela chorava e seu corpo todo tremia. O choro compulsivo foi abafado no pijama de Grissom, que a abraçava com força. Ele já tinha presenciado alguns episódios de pesadelos dela, mas nunca dessa maneira. Os soluços dela ecoaram por alguns minutos na casa silenciosa. 

Quando ela estava mais calma, Grissom saiu do quarto para lhe fazer um chá e topou com Catherine, Nick e Greg cochichando na cozinha.

—Boa noite, crianças. -Ele disse em voz baixa.

—O que aconteceu? -Catherine perguntou preocupada. -Sara está bem?

Grissom assentiu com a cabeça enquanto mexia nos armários.

—Ela teve outro pesadelo, não é? -Greg perguntou. -Aconteceu uma vez que ficamos assistindo filmes quando você estava naquele período sabático.

Grissom arqueou uma sobrancelha e suspirou enquanto a água aquecia.

—Sara teve um dia muito intenso. As lembranças do sequestro, o encontro com a mãe… E ela está grávida, o que deixa tudo um pouco mais forte. -Ele esclareceu.

Os quatro permaneceram um momento em silêncio. Grissom aproveitou para colocar o chá na xícara.

—Ela amanhecerá melhor. -Grissom disse otimista. 

Ele seguiu para o quarto e encontrou a morena sentada na cama e enrolada em uma coberta fina. Seu olhar estava triste e o semblante perdido.

—Trouxe um chá, querida. -Ele lhe ofereceu.

Sara aceitou a xícara de bom grado e agradeceu. Sorveu um grande gole e sentiu o calor da bebida relaxar um pouco o seu corpo.

—Me desculpe… -Ela pediu com os olhos marejados.

Grissom acariciou o rosto dela com ternura e colocou uma mecha teimosa atrás de sua orelha. Sara o olhou e ele lhe ofereceu um sorriso.

—Querida, não precisa disso. Não há pelo que se desculpar. -Ela fez menção de desviar o olhar, mas ele fez com que ela o encarasse. -Estou com você, honey. Com vocês dois.

Ele colocou a xícara vazia sobre a mesa de cabeceira e a puxou para seus braços fortes. Com carinho a abraçou e pousou a mão sobre seu ventre ainda discreto pelo início da gravidez. Aconchegados, dormiram profundamente durante toda a noite.


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