Harumi Hiden - A Ressurreição das Sombras escrita por Akira Senju


Capítulo 14
Novas Inspirações


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos! Trago mais um capítulo para vocês e, como eu havia avisado no capítulo temporário, pausarei a história por um mês. Reforço que não abandonarei a história e voltarei a atualizar. ♥

Sem mais delongas, tenham todos uma ótima leitura! ♥



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Naquela noite linda, com o céu cheio de estrelas, Miwa continuava em seu quarto lendo a história da Médica Invisível atentamente. Ao ler sobre como Harumi conheceu seu primeiro mestre, ela sorriu sutilmente.

 

 No princípio, Jiraya precisou agir de forma cuidadosa com Harumi. Ela era muito inteligente e já havia compreendido que os laços sentimentais podem ser as principais fraquezas de um ninja, e era isso que lhe causava dificuldades para controlar seu próprio poder. Porém, para conquistar a confiança dela, Jiraya teve de ser paciente e aprender a compreendê-la. Com o tempo, Harumi passou a confiar tanto nele que desejou se tornar sua discípula. E depois, mesmo que os métodos de Jiraya para treiná-la pudessem parecer questionáveis, Harumi passou a enxergá-lo como um pai, pois ela conseguiu compreender a maneira que ele tinha de cuidar dela, que era motivando-a a superar seus próprios limites para se tornar forte e não precisar ser protegida, mas ser quem protege. Em certo momento, Miwa parou a leitura e ficou pensativa.

 

“Mestre Jiraya… Como seria ter um mestre que sempre me motivasse e encorajasse?” – Ela pensou. 

 

Depois de alguns segundos se perguntando sobre isso, ela suspirou e voltou a se concentrar na leitura.

 

Harumi também estava imersa na leitura de seu livro. Mesmo que já soubesse sobre sua infância em Konoha com seus familiares, ela leu tudo novamente e com muita atenção. Ler sobre eles fazia com que ela os sentisse perto, o que fazia com que a saudade diminuísse, mesmo que por um breve momento. Ela também leu a parte que contava detalhes sobre seus treinos. Era muito satisfatório relembrar de todo seu esforço para se tornar uma Sennin e uma médica ninja. Porém, naquele momento, ela se lembrou melhor de Nanao, sua principal invocação, conseguindo visualizar a imagem daquele adorável gatinho preto perfeitamente em sua memória, o que fez surgir uma dúvida sobre onde ele andava. Mas depois de alguns segundos pensando, ela voltou seu olhar para o livro, continuando a leitura.

 

Passaram-se algumas horas e seus olhos castanhos continuavam atentos e sua expressão era neutra. Até que, em determinado momento, ela arregalou os olhos, parecendo se assustar com alguma informação e logo começou a respirar pesadamente. Depois de alguns segundos, ela começou a tremer e apertou as mãos com raiva, enquanto lágrimas começaram a descer pelo seu rosto e pingaram no livro. Tudo se devia ao que ela havia acabado de ler… Seus amigos da academia ninja, Seiji e Natsumi, estavam mortos. Mas além disso, ela também havia acabado de descobrir sobre a grande injustiça que sofreu no passado e que mudou sua vida totalmente. Naquele momento, Harumi compreendeu porque sentia tanta tristeza ao caminhar por Konoha. O lugar que ela tanto amava, que ela viveu seus mais doces momentos em família, foi o lugar que lhe apresentou a dor da injustiça, e tudo isso por possuir um Chakra tão grandioso. Por isso, por possuir um poder que não havia escolhido ter, ela descobriu que carregou a culpa de crimes que jamais cometeu. 

 

Harumi enxugou seus olhos e suspirou. Depois de alguns segundos, ela se lembrou de algumas palavras ditas por Kakashi, que estava disfarçado de Sukea, naquele dia…

 

Flashback on

(Cena do Capítulo 9)

— No passado, eu sempre tentei proteger você, mas só depois da sua morte que eu descobri que, na verdade, você quem me protegeu durante muito tempo. Você sacrificou tudo por minha segurança e eu nunca pude livrá-la de nada, nem sequer amenizar suas dores.

Flashback off

Após se lembrar daquelas palavras, Harumi fechou o livro e o arredou para o lado, enquanto as lágrimas voltaram a descer de seus olhos copiosamente. Ela ainda estava tremendo e novamente apertou as mãos com raiva, sentindo aquela imensa dor, como se estivesse revivendo tudo. 

 

Enquanto isso, Miwa seguia lendo, mas ao contrário de Harumi, ela estava maravilhada com a determinação da Médica Invisível. Além disso, ela passou a admirar Jiraya extremamente, mesmo sem conhecê-lo pessoalmente. Seus olhinhos brilhavam estando fixados no livro, até que ela foi interrompida por seu pai, que entrou no quarto de repente, o que a fez se assustar e olhá-lo imediatamente.

 

— Está na hora de dormir, Miwa. 

 

Ao ver que ela estava lendo aquele livro, ele se aproximou e estendeu a mão, pedindo-o.

 

— Vamos, me dê.

 

Por acreditar que seu pai estava tirando o seu livro permanentemente, Miwa ficou surpresa e ao mesmo tempo triste, mas o entregou, mesmo hesitante. Eiji pegou o livro das mãos de sua garotinha, mas, para a surpresa dela, ele o colocou sobre a mesa de cabeceira.

 

— Você poderá voltar a ler pela manhã, quando acordar. – Ele se afastou, indo até a porta do quarto, mas antes de sair, apagou a luz. - Boa noite. – Ele fechou a porta.

 

Miwa estava surpresa e após seu pai sair, ela sorriu sutilmente e se deitou.

 

Em meio a floresta nos arredores de Konoha, alguém espreitava uma pequena casa envolvida por longos galhos, mas com alguns deles cortados ao meio, o que formava uma passagem que dava diretamente para a porta da casa. Era um homem, e ele usava calças pretas. Já em suas costas, havia o kanji 六火 (Seis Fogo) e, seus cabelos platinados e arrepiados, eram agitados pelo vento. Kakashi observava a casa de Harumi, pois sabia que ler aquela história não seria um desafio tão fácil, assim como não foi para ele. Por esse motivo, ele queria estar ali, pronto para ajudá-la caso ela precisasse, pois ele estava disposto a cumprir a promessa de protegê-la em qualquer circunstância, mesmo que nesse caso, fosse dela mesma.

 

Dentro da casa, Harumi continuava à mesa, mas agora estava debruçada sobre ela e havia pegado no sono, como sempre acontecia depois de intensas e conflituosas emoções.

 

No dia seguinte, Miwa levantou bem cedo e logo pegou seu livro, mas ela decidiu ir para outro lugar para continuar a leitura. Ela estava em frente a entrada da Floresta dos Gatos, sentada no chão e lia seu livro com atenção.

 

Já Harumi, decidiu caminhar pela floresta. Ela segurava seu livro com uma das mãos e andava cabisbaixa. A dor não havia passado, pelo contrário, estava tão intensa quanto naquele dia dos acontecimentos fatais. Assim como naquela época, ela se questionava… Como seguir em frente?

Mesmo sendo uma pessoa corajosa, as informações que ela teve sobre seu passado lhe fizeram hesitar em continuar a leitura. Pelo menos agora, ela estava começando a compreender o porquê Kakashi tentou protegê-la de sua própria história. 

 

Ela continuou caminhando sem rumo, até que de repente, pareceu se assustar e levantou o olhar. Ao olhar para frente, ela notou estar na entrada de um lindo bosque e sentiu que aquele lugar era familiar.

 

Em sua mente, logo surgiram breves flashes de luz, acompanhados de imagens. Ela se viu entrando ali quando criança, acompanhada de suas irmãs. Ela também se viu entrando ali acompanhada do terceiro Hokage e, por último, se viu entrando ali acompanhada de Kakashi. Ao se lembrar desses momentos, ela suspirou e seguiu para dentro do bosque.

 

A princípio, ela olhava tudo com curiosidade, mesmo que estivesse visitado aquele lugar várias vezes. Mesmo que já tivesse lido a respeito daquele bosque ser o local de selamento das lembranças que restaram de seus familiares, ela não sabia o local exato onde tudo estava selado. Harumi seguiu caminhando e, depois de mais alguns passos, parou. 

 

Naquele instante, em sua mente surgiu novamente um flash seguido de uma lembrança…

 

Flashback on

 

Harumi estava com suas roupas de médica, as do disfarce de Akira, e estava juntamente com Kakashi naquele bosque, encarando aquela direção.

 

(Um Amor Improvável - Itachi Uchiha, Capítulo 12 - Bosque das Lembranças)

 

… Ela estendeu a mão pedindo o pergaminho para Kakashi. Ele a entregou e ela o abriu, nele havia um selo. Ela suspirou entristecida ao encarar aquele selo, até que usou um Fūinjutsu...

— Kaifū no Jutsu – Técnica de Deslacramento.

Após usar essa técnica, algumas caixas subiram do solo daquele bosque. As caixas eram grandes e estavam com uma tampa lacrada. Harumi olhou para aquelas caixas por alguns segundos com um olhar entristecido, até que ficou cabisbaixa. Ela começou a caminhar em direção às caixas para liberar o lacre, mas sentiu a mão de Kakashi tocar seu ombro...

— Ei...

Ela parou e o olhou por cima do ombro.

 - Deixe comigo.

Kakashi se aproximou das caixas e liberou o lacre, em seguida, todas as tampas se abriram. Harumi ainda estava cabisbaixa, mas logo levantou o olhar para ver o que havia dentro das caixas. Sua respiração ficou um pouco mais rápida e ela apertou os lábios tentando se conter, mas as lágrimas começaram a descer de seus olhos.

Flashback off

Ao se dar conta de que estava olhando para o local exato do selamento, sua expressão era a mesma daquele dia e as lágrimas desceram pelo seu rosto. Apesar de sentir o mesmo que naquele dia em que viu os pertences que restaram de seus familiares, ela não podia usar a Técnica de Deslacramento, pois o pergaminho continuava sobre o poder do Sexto Hokage. Depois de alguns segundos, ela enxugou os olhos e ficou cabisbaixa, até que se virou e caminhou para fora daquele bosque. Porém, antes que passasse pela saída, Harumi pareceu se assustar novamente e levantou o olhar. Em sua mente, surgiu mais um flash, acompanhado de imagens.

Ela viu uma mão lhe entregando uma rosa e, a pessoa que lhe entregou aquela rosa, parecia usar uma roupa com mangas compridas, como se fosse um longo manto. Mas, além da rosa que ela recebeu naquele dia, houve também uma importante lição aprendida.

— Uma boa lembrança pode te tornar capaz de enxergar a beleza existente em um lugar como esse. – Ela repetiu a frase que ouviu daquela pessoa.

Harumi continuou surpresa ao começar a sentir aquelas emoções de ressignificação e, depois de alguns segundos, ela olhou para o lado, notando rosas iguais a aquela que recebeu naquele dia.

Naquele momento, ela sentiu como se suas dores começassem a serem amenizadas. Era como se alguém colocasse um curativo em suas feridas internas e, mesmo não se lembrando exatamente de quem havia lhe dito aquela frase e lhe entregado aquela rosa, ela suspirou. Naquele rosto, que estava abatido e triste até o momento, surgiu um sorriso sutil e que parecia ser de alívio.

Em seguida, Harumi voltou a caminhar e saiu do Bosque das Lembranças.

Aquela lembrança lhe deu a força que ela precisava para seguir em frente com a leitura e, depois de caminhar por uma certa distância, ela se aproximou de uma árvore e se sentou recostada. Após se sentar, ela encarou a capa de seu livro por alguns segundos e suspirou. Em seguida, ela o abriu na página que havia parado a leitura no dia anterior e a retomou.

 

           HOSPITAL DE KONOHA

Era mais um dia comum de trabalho no hospital, e Sakura estava na sala de reuniões fazendo algumas anotações. Em certo momento, a porta foi aberta por alguém que não entrou imediatamente.

— Com licença, Sakura. – Yuna disse.

— Entre, Yuna. – Ela respondeu sem olhá-la.

Yuna entrou e fechou a porta atrás de si. Ela se aproximou de Sakura, que escreveu mais algumas coisas e depois abraçou o bloco de notas, direcionando seu olhar para Yuna.

— Bem, eu pedi para chamá-la porque precisarei me ausentar amanhã e gostaria que você tomasse conta de tudo por mim. 

Yuna ficou surpresa.

— E-Eu? 

— Sim. – Sakura respondeu com um doce sorriso. - Bem, ficarei ocupada no laboratório o dia todo. Recebi algumas receitas de medicamentos e tenho como missão suas composições. Por se tratar de composições de extrema complexidade, não terei tempo para nenhum atendimento no hospital. Há urgência na finalização desses medicamentos, pois eles serão enviados para pacientes que estão internados no hospital principal da Cidade Tanzaku e, como apenas eu tive o treinamento necessário para conseguir desenvolvê-los, preciso focar nisso totalmente por algumas horas para conseguir finalizá-los e enviá-los a tempo. Eu posso contar com você?

Yuna ficou pensativa por alguns segundos e uma gota de suor desceu em sua testa. Naquele momento, ela desejou saber mais e não sentir medo. Ela fechou os olhos e suspirou entristecida, pronta para dizer “não” para o pedido de Sakura, mas não por falta de vontade em ajudar, mas sim, por estar consciente de sua incapacidade para tal coisa. 

— Bem, eu sinto muito, Sakura… mas… – Ela olhava para Sakura, mas algo lhe chamou a atenção.

Na mesa de reuniões, que estava atrás de Sakura, havia um livro. Ao olhá-lo, Yuna logo reconheceu e ficou surpresa.

— Você… também leu esse livro? 

Sakura se intrigou, mas logo olhou para trás e compreendeu do que ela estava falando. 

— Ah, sim. É o tão famoso e comentado livro lançado pela senhora Tsunade. – Sakura pegou o livro e se virou de frente para Yuna. - Tenho que admitir que é uma excelente história! Você já leu? 

— Sim.

— E o que achou?

Yuna pensou por alguns segundos.

— Bom… é uma história incrível. 

— Não apenas isso. – Sakura disse com um doce sorriso. - Essa história nos mostra a força de vontade de uma garota que, mesmo tendo uma grande limitação por conta de um chakra misterioso e que deveria ser mantido em sigilo, ela jamais se acovardou. 

Yuna se surpreendeu. Mesmo tendo lido o livro, conhecido Harumi de perto e ter visto um grande feito dela como médica ninja, ela jamais parou para pensar no quanto ela se esforçou para se superar.

— Antes de tudo, ela teve que aprender a dominar um chakra de origem externa, o que a tornou capaz de usar Senjutsu, ainda sendo uma criança. -- Sakura continuou. - E depois de longos treinos para conseguir dominar esse chakra a ponto de conseguir usar Ninjutsu, ela começou os treinos de Ninjutsu Médico com a senhora Tsunade.  – Sakura suspirou com nostalgia. - Essa parte da história também me fez lembrar dos meus treinos. – Ela sorriu com satisfação. - Além de confirmar que a senhora Tsunade sempre foi rigorosa, eu pude entender que ela sempre treinou suas discípulas com o intuito de que as mesmas superassem seu nível. O que me leva a crer que ela tinha como intenção sempre contar conosco para substituí-la em sua ausência. 

Yuna ficou com o olhar distante, estando pensativa. Sakura voltou a encarar o livro e suspirou. 

—  Sabe… confesso que… eu teria gostado de conhecer essa outra discípula da senhora Tsunade. 

Yuna a olhou, se lembrando de seus últimos encontros com Harumi. Naquele momento, ela se deu conta de que teve o privilégio de conhecer de perto as três discípulas mais fortes e poderosas da Quinta Hokage. Shizune, Harumi e Sakura. 

— Bem, voltando ao que estávamos conversando… Parece que você estava prestes a dizer “não” para o meu pedido, estou certa? – Sakura voltou a olhá-la.

Yuna continuou olhando-a, ainda pensativa.

— Está tudo bem, Yuna. – Sakura se aproximou e tocou seu ombro. - Eu sei que algum dia você se sentirá pronta para isso. -- Ela sorriu com doçura.

Em seguida, Sakura caminhou até a porta.

— Te vejo mais tarde. Até logo!

Yuna continuou em silêncio e ficou cabisbaixa.

— Espere… 

Sakura parou com a mão próxima a maçaneta da porta e olhou Yuna por cima do ombro

— E-Eu posso pedir uma coisa a você, Sakura?

Sakura se virou para olhá-la, mas Yuna continuou de costas.

— Claro, o que quiser. 

— Eu… Eu queria estar sempre pronta para ajudá-la… mas para isso, eu teria que aprender mais. 

Sakura se surpreendeu, mas, em seguida, sorriu sutilmente.

— Você tem sido uma grande ajuda para mim, Yuna.

— Não! Eu não consigo e nem sei fazer o que de fato uma médica ninja deveria saber. – Ela suspirou entristecida. - Mas… está na hora de aprender. 

— Bem, nunca é tarde para aprendermos e evoluirmos.

— Acho que… acabo de entender a lição mais importante que a senhora Tsunade ensinou para suas discípulas... e quero seguir seus ensinamentos através de quem os teve diretamente. – Yuna se virou de frente para Sakura. - Sakura, você me aceitaria como sua discípula?

Sakura se surpreendeu e ficou boquiaberta.

 

Enquanto isso, assim como Sakura, Miwa estava surpresa ao descobrir que aquela garota se tornou Sennin com apenas 10 anos de idade, a mesma idade que ela tem. Após passar a surpresa, Miwa suspirou entristecida, pois havia compreendido o porquê seu pai a proibiu de ir para a Academia Ninja. A Médica Invisível não se tornaria uma Sennin com essa idade se estivesse presa a Academia Ninja. Ela só conseguiu esse feito porque fugiu e buscou sua própria evolução com coragem e determinação. A ausência do medo em sua vida foi o que a ajudou a evoluir e se tornar a única a conseguir esse feito sendo tão jovem. Miwa também compreendeu que, ao contrário do que ela pensava, seu pai realmente acreditava no potencial dela para conseguir aquilo, pois semelhante a Jiraya, ele insistia na ideia de que ela devia evoluir pelo caminho mais difícil. Após se dar conta disso, Miwa suspirou e sorriu sutilmente. Em seguida, deixou o livro no chão, se levantou e começou a caminhar em direção ao local onde ela costumava treinar o lançamento de kunais e shurikens. 

Ao chegar no local exato, ela direcionou seu olhar para os alvos presos nas árvores e, motivada pelo que acabara de ler, ela tirou de sua bolsa de armas, presa em sua cintura, três shurikens. Ela fechou os olhos, se concentrando e, após um suspiro, ela levantou seu olhar em direção aos alvos. Pela primeira vez, era possível enxergar em seus olhos a verdadeira determinação de um ninja. Depois de alguns segundos olhando os alvos, ela fez o lançamento das shurikens. As lâminas seguiram em direção aos alvos, mas, ao se aproximarem, nenhuma os acertou. Porém, ao ver que havia errado, Miwa não se desapontou como das outras vezes. Ela novamente suspirou, se encorajando e tirou mais três shurikens de sua bolsa de armas. Depois de se posicionar novamente, ela lançou as shurikens em direção aos alvos, mas não conseguiu acertá-los. Mas ela não desistiu e voltou a pegar mais shurikens para repetir o lançamento. Enquanto isso, seu pai, Eiji, assistia tudo de longe. Ao ver que sua filha estava começando a compreender a verdadeira determinação de um ninja, ele sorriu sutilmente, mas com uma leve malícia, pois ele sabia que tudo isso se tornaria ainda maior quando ele a fizesse enxergar aquele livro com outros olhos. 

Depois de alguns minutos e de repetidos lançamentos de shurikens, Miwa estava ofegante e havia diversas shurikens no chão, mas ela não havia acertado nenhum dos alvos ainda. Mesmo com os erros seguidos, ela estava prestes a fazer mais um lançamento. Porém, dessa vez, antes de lançar as shurikens, ela começou a pensar em qual poderia ser seu principal objetivo para se tornar uma ninja muito forte. 

“Quem eu quero ser de verdade? Por que me tornar mais forte?”

Ao pensar nisso, Miwa olhou em direção onde seu pai sempre ficava observando-a durante seus treinos e, para sua surpresa, ele estava lá. Ao vê-lo, ela se surpreendeu e logo se lembrou de Jiraya. A Médica Invisível treinou na Floresta dos Gatos acreditando estar só, mas Jiraya sempre a observava e acompanhou cada instante de sua evolução. Após ter visto seu pai, Miwa voltou seu olhar para frente, em direção aos alvos e se preparou para lançar as Shurikens. Depois de um suspiro determinado, ela soltou um grito desbravador e lançou as shurikens com toda sua força e precisão. As lâminas seguiram em direção aos alvos e Miwa as olhava com determinação, até que se surpreendeu. Eiji, que continuava observando-a de longe, arregalou os olhos e ficou boquiaberto.

— E-Eu consegui… – Ela disse extremamente surpresa.

Não apenas uma, mas as três shurikens acertaram o centro dos três alvos.

“Incrível!” – Eiji pensou, ainda boquiaberto.

Após passar a surpresa, Miwa sorriu sutilmente e suspirou satisfeita. Em seguida, ela se virou e caminhou até onde estava antes, próxima a entrada da Floresta dos Gatos. Ao chegar em frente, ela encarou a entrada por alguns instantes. Em seu coração, algo diferente começou a surgir e ela sorriu com determinação.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por chegarem até aqui! ♥

Voltarei em breve ♥



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