A Saga do Destino livro 1 - A Chave Elemental escrita por Lino Linadoon


Capítulo 7
A Floresta de Sir'benét




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— Fim da linha. – Skuit disse. Thomas ergueu a luz para ver melhor. Havia uma parede frente à toupeira, com barras de metal presas à pedra. – Eu subo primeiro!

Ele fez como dito, tomando uma forma humana no processo. Um facho de luz fraca iluminou o corredor quando ele chegou ao topo.

Thomas esperou os Transfiguradores subirem antes de segui-los. Os degraus estavam desgastados e enferrujados, mas pareciam ser fortes o bastante. Seus pés estavam um pouco cansados, como se tivesse andado por horas – o que talvez fosse o caso – mas ainda dava para fazer um pouco mais de esforço.

E, após passar por uma baixa abertura escondido entre pedras, ele estava de volta à superfície. Thomas olhou em volta. Estavam de novo entre as árvores, mas essa não parecia ser a Floresta Gloriosa.

Enquanto a Floresta Gloriosa era vibrante e iluminada, a Floresta de Sir’benét – como ele lembrava se chamar – tinha uma aparência mais sombria. Suas árvores pareciam se unir, entrelaçando os galhos e formando um telhado natural, deixando pouca luz passar por entre folhas grandes e escuras, enquanto a vegetação era baixa e rasteira.

— Certo, vamos pra onde mesmo? Para a caverna de Ôkirba... – Zakuê assentiu antes que Thomas pudesse falar. – Para onde exatamente?

Édna respondeu desembrulhando o que Markús havia lhe entregado. Era uma pedra lisa e de um azul profundo, com um formato pontiagudo e achatado como a ponta de uma flecha. Inscrições a enfeitavam cá e lá, além de linhas e círculos.

— O que é isso? – Thomas perguntou, interessado, enquanto Édna colocava a pedra delicadamente na palma de sua mão.

— Uma bússola de lápis-lazúli. – A garota esclareceu. – A mais confiável.

Como uma simples pedra podia servir de bússola era um mistério sem importância, mas ainda interessante. Thomas sabia que não devia se demorar nele, ainda assim, aquilo o fez se perguntar que tipo de pedra era aquela que ele levava em seu pescoço. Uma ametista talvez...

— Se temos que ir até o ferreiro, então temos que ir... – Skuit deu uma olhada na bússola, de algum modo entendendo as coordenadas. – Naquela direção! – E apontou para as árvores.

— Então vamos. – Nôa apressou, olhando em volta com uma expressão estranha. – Não é bom ficar parado por muito tempo...

Thomas concordou. A Floresta de Sir’benét era assustadora, tanto que ele não se surpreenderia se encontrassem uma Árvore Assombrada ali, ou um Fantasma entre os troncos. Ele nem sabia como era um Fantasma, mas não tinha a mínima vontade de descobrir.

Tenso, ele seguiu atrás de Skuit, que agora era quem levava a pedra nas mãos.

A escuridão parecia ficar ainda pior a cada passo que davam, com as árvores cada vez mais próximas e seus troncos tomando formas estranhas. Uma névoa pairava no ar, escurecendo a cor das plantas, as deixando com um enjoativo tom verde-oliva.

Thomas engoliu em seco, se arrepiando de repente.

Não, de novo não...!, ele respirou de modo trêmulo.

Sua nuca estava formigando novamente, como se pequenos insetos corressem por sua pele, e ele já sabia bem o que causava aquele sentimento.

— Espera...

— O que foi? – Os Transfiguradores pararam.

— Eu acho que... Tem alguém nos observando...

O grupo se aproximou mais do garoto, olhando em volta junto com ele, procurando quem quer que estivesse os observando nas sombras.

Abaixe-se!

— Cuidado! – Thomas pulou, puxando quem estava mais próximo para o chão.

Foi tão rápido que com uma piscada ele teria perdido.

Algo saiu voando do topo das árvores, rasgando o ar bem no lugar onde Nôa estava segundos antes. E então sumiu entre os galhos mais uma vez.

— O que foi isso? – Zakuê se transformou rapidamente, tomando a forma de um lobo cinza, com o pelo eriçado e os dentes a mostra, tentando assustar quem tinha os atacado.

Algo pulou de um galho, pousando em outro a meros metros de distância. Dois orbes brancos e brilhantes surgiram nas sombras entre os galhos, saltando de um Transfigurador para outro e se demorando no garoto ruivo entre eles.

Uma voz veio da mesma direção, soava estranha e baixa e falava na língua do Grande Reino.

Édna respondeu na mesma língua, seu tom educado, como se tivesse lido aquela frase de um livro antigo. E havia um sorriso em seu rosto.

Os orbes piscaram.

— Édna?

— Óhlem.

Os globos de luz sumiram e Thomas ouviu um baque surdo ao pé da árvore, antes que passos se aproximassem, mostrando quem estava na escuridão esse tempo todo.

Não era humano, mas também não parecia ser um Transfigurador – a não ser que existissem Transfiguradores como ele. Sua pele era de um vermelho vivo e ele usava uma toga longa, de um vermelho quase idêntico; seu rosto era redondo e não possuía nem nariz nem orelhas, apenas buracos no lugar desses, uma boca e dois enormes olhos negros com pupilas brancas completava o resto de suas feições.

— Está tudo bem, é Óhlem, um amigo. – Édna sorriu para Thomas, o que o acalmou um pouco. – Mas que modos, hein?

— Vocês é que nos assustaram! E ainda falando nessa língua estranha! – Óhlem murmurou, passando a mão pela cabeça lisa.

Ele tinha um sotaque forte, até mais forte que a dos Transfiguradores. E Thomas quase riu ao ouvi-lo falando que sua língua era estranha.

— Apluksédì... – Óhlem murmurou, antes de voltar sua atenção para o único humano. Ele apontou e falou alguma coisa.

— Thomas. – Thomas disse embora não entendesse uma palavra, sabendo que Óhlem estava perguntando quem ele era. Por um momento Thomas tinha se esquecido de como os outros tinham reagido antes de conhecê-lo e agradeceu por ver Óhlem não agir daquele modo.

Ele estendeu a mão para o ser avermelhado que a apertou de leve. Thomas notou que a mão de Óhlem tinha apenas quatro dedos, mas ele tentou não encarar.

— Você... Não é daqui, não?

— Claro que não, ele é um humano. – Édna riu da expressão do outro e Thomas quase a acompanhou. Era estranho pensar que humanos não eram comuns naquele lugar. – Além de ser o guerreiro escolhido por San Iak, mas isso não é assim tão importante...

Thomas revirou os olhos, o conforto de antes sumindo com aquelas palavras.

— O guerreiro! – Thomas tentou não reagir, e dessa vez quase teve sucesso, até que Óhlem curvou a cabeça. – Apluksédì! Hoje em dia precisamos ficar em guarda na floresta... – Óhlem parou de repente, como se ponderando se devia continuar falando ou não. – Eu sou Óhlem-revitù, filho de Ólerámatù. Pode me chamar apenas de Óhlem.

— O que está fazendo por aqui? Estamos perto de At’knik? – Magdalenâ perguntou.

— Nem um pouco. Só estávamos fazendo uma ronda diurna. Eu, Êdrevin e Luzain, mas acho que eles fugiram quando vocês apareceram... – Óhlem balançou a cabeça com desaprovação. – Mas o que vocês estão fazendo aqui?

— Êkila nos mandou ir até um ferreiro. – Thomas murmurou, lembrando-se do alçapão do castelo. – Por que ela fez isso eu não sei...

Zakuê exclamou alguma coisa em sua língua, e bufou, revirando os olhos na direção de Thomas. Dava pra ver que o ele estava usando aquela língua só porque o ruivo não entendia uma palavra sequer. Os olhares desgostosos de Édna, Skuit e Nôa diziam tudo o que Thomas precisava saber.

— Ei. Você tem uma espada? – Ouvir Zakuê falando português surpreendeu Thomas. – Já usou uma? Sequer sabe o que é uma espada?

Thomas não respondeu, em parte porque achava que era melhor não, e em parte por causa das palavras do outro. Uma espada... Ele iria ganhar uma espada? Ora, que tipo de guerreiro não tinha uma espada?

— Zakuê, pare com isso... – Nôa retrucou. Zakuê cruzou os braços.

— Eu posso levá-los até lá. – Óhlem disse, parecendo desconfortável. – Ainda é de dia, a floresta é mais segura agora...

— Seria ótimo! – Skuit exclamou, sorrindo para Thomas. O garoto não conseguiu deixar de sorrir de volta. Era como se os comentários de Zakuê nem tivessem sido feitos. – Andar por aqui sozinho é meio difícil, mesmo com a bússola do vovô.

— Claro. – Óhlem sorriu dessa vez, desviando os olhos para Thomas mais uma vez. – Vamos enquanto ainda é cedo! Mas antes... – Ele se voltou para a árvore em que tinha se escondido e escalou o tronco torto como se fosse um esquilo assustado. Alguns segundos depois, ele apareceu com algo nas mãos, mas escondeu o que quer que era em um bolso na toga. – Agora podemos ir!

Óhlem fez sinal para que o seguissem. Thomas notou como ele se virava pra trás de vez em quando, os olhos monocromáticos se focando nele, desviando quando seus olhos se encontravam. Thomas tentou ignorar aquilo. Ele nunca tinha gostado de atrair a atenção de outros, e não ia começar a gostar agora.

Mas era difícil desviar a atenção de Óhlem, e o modo como ele escalava raízes protuberantes, pulava sob pedras e se pendurava em galhos. Com ele se movimentando, era difícil ver, mas Thomas notou como seus pés eram diferentes, eles até se pareciam mais com mãos do que pés!

— Édna... – Thomas chamou timidamente, tentando manter a voz baixa. – O que o Óhlem é exatamente?

— Um Okrasiri. – Foi Óhlem quem respondeu. Thomas sentiu seu rosto esquentar, mas o Okrasiri sorriu. – Mas não é como se você não soubesse, né? Somos uma das raças mais antigas do Grande Reino...

— Ele não sabe nada sobre o Grande Reino, só o que a gente conta pra ele. – Zakuê disse, deliberadamente falando a língua do humano.

Thomas virou o rosto quando Óhlem o encarou.

— Mas... Eu pensei que o guerreiro saberia mais sobre... Tudo...?

— Estou aprendendo! – Thomas falou antes de morder a língua.

— Mebê... – O Okrasiri murmurou e sorriu de leve, parecendo um pouco nervoso. – Podemos falar sobre o Grande Reino... Mais tarde.

Thomas assentiu, lentamente. O sorriso de Óhlem se esticou um pouco mais, mas ainda parecia pouco sincero. Sem dizer mais nada, ele voltou a andar, com o grupo logo atrás. Thomas não sabia como se sentia depois daquela conversa, ele só lançou um olhar desgostoso para Zakuê, que revirou os olhos para ele.

Honestamente, Thomas não estava surpreso com o modo que Zakuê o tratava. Era de se esperar, uma vez que eles procuravam um guerreiro de verdade e Thomas não combinava com aquela posição. Ele sabia que sentiria o mesmo se estivesse no lugar do Transfigurador.

O quanto antes Thomas provasse que ele não era o guerreiro, o melhor. Thomas não queria que Óhlem acabasse o tratando do mesmo modo que Zakuê.

O garoto balançou a cabeça, tentando não pensar mais naquilo, se focando em prestar atenção no caminho.

As árvores estranhas de Sir’benét se aproximavam tanto em certos pontos que era difícil passar por entre elas, seja pelo lado ou até mesmo por cima. Thomas fez o melhor que pôde, mas tinha quase certeza que acabaria preso em algum tronco em algum momento.

Os Transfiguradores estavam se dando bem ali. Zakuê e Skuit tinham se transformado em dois pequenos macacos marrons, pulando de galho em galho, enquanto Magdalenâ voava perto deles como um pequeno tordo. Os únicos ainda em forma humanoide eram Nôa e Édna, mas os dois eram tão ágeis que conseguiam passar por frestas com a mesma facilidade de um gato.

Quem me dera!, Thomas murmurou para si mesmo, pulando uma raiz. Esse lugar me faz lembrar o bosque perto de casa... Eu devia passear mais por lá...

Thomas viu Édna atravessar uma fresta entre dois troncos e ele empacou. Não dava para passar pelo lado, nem por cima. Ele suspirou. Devagar, Thomas tentou se espremer pela passagem pequena, até encolhendo a barriga lisa. Era como se sua cintura não quisesse passar.

— Ajuda?

O garoto se virou, encontrando Óhlem a seu lado. O Okrasiri não esperou uma resposta, se movendo para puxar o tronco mais fino para trás com ambos pés e mãos, dando espaço para o humano. Thomas deslizou para o outro lado.

— Obrigado, Óhlem. – Óhlem sorriu para ele e, dessa vez, parecia ser mais genuíno.

Eles continuaram andando e Thomas notou o modo como o Okrasiri ficou ao seu lado. Se sentia ao mesmo tempo grato e envergonhado. Zakuê e Magdalenâ trocaram um comentário, mas ele não entendeu.

Thomas observou o outro, tentando acompanha-lo. Óhlem era confiante em seus passos, constantemente se voltando para o grupo enquanto continuava andando, como se não precisasse olhar para onde ia.

— Como você sabe para onde está indo?

— Eu nasci nessa floresta. – Óhlem explicou desviando de galhos baixos com agilidade. Thomas tentou fazer o mesmo, quase caindo de cara no chão. – Já passei muito do meu tempo entre essas árvores e rochas... – Ele sorriu para uma pedra como se fosse uma velha amiga.

Seria interessante ouvir as histórias que ele tinha para contar...

— Parem!

Thomas pulou para trás. Óhlem tinha parado tão de repente que eles quase deram uma trombada.

— O que foi?

O Okrasiri fez sinal para que ficassem em silêncio e o se abaixassem. Thomas sentiu um arrepio, lembrando sua primeira noite naquele mundo. A imagem da cobra ainda estava vívida em sua mente.

Mas não havia cobra alguma na direção em que Óhlem apontou.

Árvores se moviam, não por causa do vento, mas sim porque suas raízes estavam fora da terra, se movendo como tentáculos longos e lentos.

Árvores Assombradas.

Elas eram velhas, com os troncos cobertos de fungo e musgo. Seus galhos eram secos e pelados, diferente dos galhos das demais árvores, coroadas de folhas. Mas o mais esquisito era como elas pareciam ter rostos; rostos estranhos, criados a partir dos riscos e espirais das cascas. Era assustador.

— Estão se arrumando... – Óhlem murmurou baixinho. – Isso é estranho... Elas já deviam estar dormindo a essa hora...

— Adraúde invadiu Maêrua Êkra esta manhã. – Édna explicou. – Talvez elas estivessem atentas ou receberam uma missão...

Óhlem deu alguns passos, se escondendo atrás de moitas baixas e de troncos retorcidos. Thomas foi logo atrás.

Não me diga que temos que chegar perto dessas coisas!, ele se segurou para não grunhir alto, temendo o que poderia acontecer.

— Essas coisas são espertas. – O Okrasiri disse baixinho e só para o humano a seu lado. – Não há caminhos nem estradas pela Floresta de Sir’benét. As pessoas procuram lugares onde haja aberturas entre os galhos e folhas para se guiar pelo céu. Elas não têm folhas, é fácil ver as estrelas em baixo dos galhos velhos...

— Uma armadilha... – Thomas adivinhou. – A gente não vai passar por elas, né?

— Não. – Era um alívio. – Eu sei todos os caminhos alternativos da floresta. Mas temos que tomar mais cuidado com essas coisas ainda acordadas.

Óhlem ergueu a cabeça, olhando em volta.

— Venha atrás de mim e não faça barulho. Tome cuidado com os galhos e raízes.

Tentando não fazer barulho, eles caminharam para longe do corredor criado pelas Árvores Assombradas e se aproximaram mais das árvores normais.

Em pouco tempo, já não havia mais luz passando por entre as folhas. As árvores ficavam tão próximas que era difícil não tropeçar em raízes e pedras.

Há quanto tempo estamos andando mesmo?, Thomas olhou para cima. Estava tão escuro que não dava para saber o que havia lá fora, o céu e o sol completamente escondidos pelas folhas.

Thomas tropeçou pela terceira vez e respirou fundo.

— Óhlem... A gente pode parar... só um pouquinho? – Perguntou. Era desconfortável pedir, mas era melhor do que acabar esfolando seus calcanhares; que idiota esquecia de colocar as meias antes de sair de casa? Aparentemente ele era esse tipo de idiota.

— Tudo bem. – O Okrasiri assentiu. – Já estamos bem longe das Árvores Assombradas, ou de onde costumam ficar, só mais um pouco e chegamos ao Lago Mut’nêgra. Podemos parar.

— Obrigado.

Thomas se sentou em uma raiz elevada e aproveitou para tirar os tênis, mexendo os dedos levemente cansados.

Um barulho a seu lado o fez pular, mas era apenas Óhlem. O Okrasiri se empoleirou na raiz com facilidade.

— Então... – Ele começou, a voz baixa. – Você é um guerreiro... Mas nunca lutou na vida?

— Eu não sou um guerreiro. – Thomas não quis ser tão ríspido, mas estava cansado. – Olha, eu cheguei aqui ouvindo sobre um tal de San Iak que me viu como um guerreiro lutando pelo seu povo. Só isso. – Thomas suspirou, desviando o olhar. – Eu não sou o guerreiro que vocês procuram...

— Zakuê... – Skuit ralhou com o irmão depois de um comentário baixo.

— Mas... – Óhlem uniu suas sobrancelhas não existentes. – Porque a pedra de Maes está com você?

Thomas baixou o olhar para a pedra azul arroxeada. Tinha até esquecido que estava ali; o que era estranho, já que ele não estava acostumado com pesos em seu pescoço. Mas aquele cristal era diferente.

— Édna me deu... – A pedra continuava quente contra sua pele.

— E ela não reagiu nem um pouquinho? – Óhlem perguntou. – A pedra, quero dizer...

— Bem, ela brilha as vezes, mas fora isso...

Óhlem não disse nada, parecia perdido em pensamentos. Thomas tentou não pensar no que se passava por sua cabeça.

— Édna! – Ele se virou tão rápido para a Transfiguradora que seu corpo quase pareceu se deslocar. – Você ficou encarregada de ir atrás do guerreiro com a pedra, não é? – Todo o reino sabia daquela missão, pelo jeito. – Dava para outra pessoa ter ido?

— A pedra não deixou. – Édna sorriu, pelo jeito entendendo o que o outro queria dizer. Thomas não estava tendo tanta sorte.

— Como assim a pedra não deixou?

— Mas quando você deu ela pro Thomas... Ela deixou?

— Como pode ver!

— Do que vocês estão falando? – Thomas exclamou.

O Okrasiri e os Transfiguradores – com exceção de Zakuê – riram baixinho, como se tivessem deixado escapar uma piada interna.

— Você não acha mesmo que é uma pedra normal, acha? – Foi Nôa quem disse.

Tudo naquele lugar não parecia ser comum ou natural para Thomas, então não seria surpresa caso a pedra de Maes tivesse uma qualidade especial. Era um tanto estranho pensar que tinha uma pedra magica em seu peito nesse exato momento, mas como ela ainda não tinha feito nada de ruim ainda...

— É melhor a gente continuar. – Óhlem pulou para o chão, estendendo uma mão para Thomas.

— Vocês bem que podiam me explicar melhor algumas coisas... – Thomas reclamou, aceitando a ajuda.

— Depois. Fora de Sir’benét. – Foi só o que o Okrasiri disse e ele ainda sorria.

Com isso Thomas concordava. Seria melhor conversar em um lugar de aparência mais amigável. E a Floresta de Sir’benét definitivamente não era um lugar amigável.


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Notas finais do capítulo

Curiosidade:
Originalmente essa história seria uma trilogia, uma vez que eu demorei três dias brincando com meus bonecos de Kinder Ovo para criar uma história completa com começo, meio e fim. Depois de 9 anos escrevendo essa história porém, eu decidi que seria melhor como uma serie e não uma trilogia. Essa série se expandirá em 5 livros, sendo que o segundo já está sendo produzido!



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