Help! escrita por Bê s2


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Estamos quase no finalzinho...
Espero que gostem.
Ah, leitores fantasmas: apareçam!! Ahhahhahahha



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—-Você falou com os meninos, querida?

—-Eles vão nos encontrar lá e depois vamos juntos para a casa do Russell. 

Sara e Grissom conversavam enquanto se arrumavam para sair. Tinham um jantar na casa de Russell, mas marcaram um compromisso com os amigos antes de rumarem para o destino final.

O celular de Sara começou a tocar e Grissom logo atendeu.

—-Está no viva-voz, Cath.

—-Estão atrasados. –A loira bronqueou. –Onde se meteram?

—-Dormimos demais e perdemos a hora. –Sara respondeu se penteando. –Chegamos em vinte minutos.

—-Como assim dormiram demais? São cinco e meia da tarde!

—-Catherine, é óbvio que eles não dormiram. –A risada de Nick soou baixa.

—-Eu sei, só estou sacaneando os dois. –A voz de Cath saiu abafada.

—-Você sabe que sua voz sai mesmo que cubra o bocal do celular, não sabe? --Sara comentou.

—-Vocês têm quinze minutos. Nada de demoradas ou rapidinhas, entenderam? --Os meninos riam do outro lado da linha. –Estaremos esperando.

—-É sempre bom falar com você, Catherine. –Grissom disse azedo e desligou o telefone. –Está pronta?

—-Sim, vamos!

 

 

—-Demoramos muito? --Sara perguntou de longe.

Catherine, Nick e Greg olhavam aborrecidos para os recém-chegados, apoiados no capô do carro da loira. Os três tinham flores nas mãos, assim como os Grissom.

—-Eu disse que tinham quinze minutos! –Cath brigou. –Qual o problema de vocês?

—-Gostamos de te irritar. –Griss brincou. 

Os cinco amigos atravessaram um portão de ferro antigo e entraram em um cemitério. Era muito calmo e praticamente vazio, com sepulturas muito antigas e outras recentes, mas todas com belas flores e grama aparada.

Alguns minutos de caminhada em silêncio e eles avistaram a lápide de mármore que procuravam, mas ao contrário do que esperavam, ela já estava recebendo visitas. Ainda assim, eles se aproximaram.

—-Oi!

Um garotinho os saudou. Tinha uns quatro ou cinco anos, era negro de olhos claros e um sorriso muito familiar aos CSIs. Estava acompanhado de uma mulher jovem que devia ser sua mãe.

—-Olá. –Catherine quem o cumprimentou.

—-Vocês vieram visitar o papai? --Perguntou esperto.

—-Eli, o que conversamos sobre perguntar demais? --Sua mãe intercedeu na conversa. –Me desculpem por isso...

A moça os encarou melhor e sorriu de lado, mas seu olhar focou em Grissom.

—-Vocês são amigos do Warrick, trabalhavam com ele. Gil Grissom, o padrinho do casamento.

Gil sorriu e deu um passo a frente, cumprimentando a mulher.

—-Quanto tempo, Tina. –Ele olhou para o menino. –Ele está tão grande... E esperto.

O menino sorriu para ele e perguntou:

—-Vocês conheciam o papai?

—-Sim, nós conhecemos. –Catherine respondeu por ele. –Você é o Eli, certo?

—-Como você sabe meu nome? Eu não te conheço!

—-Eu sou Catherine. Aqueles são Greg, Nick, Sara e Grissom. –Ela se abaixou para conversar com o menino. –E você é muito parecido com seu pai.

—-Verdade? --O menino sorriu. –Mamãe disse que ele era bonito e inteligente.

Catherine riu, mas seus olhos se encheram de lágrimas.

—-Ele era... –Ela secou uma lágrima. –Seus olhos são iguais aos dele. Era o que ele tinha de mais bonito.

Eli sorriu para ela e pegou as flores que Catherine segurava.

—-Vou colocar aqui, do lado da minha. –Ele posicionou o buquê. –Ficou bonito.

—-Eli, querido, precisamos ir. –Tina o chamou. –Foi bom ver vocês aqui. Saber que o Rick ainda é lembrado...

—-Todos os dias. –Grissom disse infeliz.

Eli, como um bom menino, abraçou um por um dos amigos de seu pai. O ultimo foi Gilbert, que o pegou no colo.

—-Gostei da sua barba. –Ele passou a mão no rosto do entomologista. –Eu tenho uma foto sua em casa. Você e o papai, mas eu não sabia quem você era. E agora eu sei.

Eli sorriu e abraçou Grissom. O ex-CSI durão se derreteu, como se seu próprio amigo Warrick Brown estivesse abraçando-o naquele momento.

OoOo

—-Querida, eles chegaram! –A voz de DB ecoou por sua casa. –Achei que não viessem mais!

—-Culpe o Senhor e a Senhora Grissom que dormiram demais. –Cath disse abraçando seu antigo colega. 

—-Sidle, a próxima decomposição é sua! –DB anunciou ao se aproximar dela.

Sara gemeu e olhou para Grissom.

—-Homens de verdade não ligam, honey. –Ele brincou.

—-Mulheres de verdade também não. –A esposa de DB se aproximou.

—-Tão ruim assim, querida?

—-Às vezes é péssimo!

Bárbara Russell, que já fora apresentada aos CSIs no hospital, abraçou gentilmente cada recém-chegado. Brass, Ecklie, Morgan e Finn já estavam lá, então logo as conversas já se formavam em grupinhos pela sala.

As CSIs conversavam com a Sra Russell na cozinha, enquanto preparavam coquetéis de fruta. Sara escolhia alguns morangos apoiada no balcão, enquanto observava seu marido conversando próximo à lareira com Jim e Ecklie. Os dois trocavam olhares furtivos e sorrisos de canto.

—-Estão flertando descaradamente. –Catherine foi a primeira a perceber, como sempre. 

—-Parecem até recém-casados! –Finn brincou.

—-Quatro anos não é muito tempo. –Sara desviou o olhar, corada.

—-É bonito de se ver. –Morgan comentou e Bárbara concordou.

—-É estranho, isso sim. Vocês não os conheceram antes disso... –Cath riu se lembrando. –Ainda não nos acostumamos.

Bárbara entregou um copo para Sara, dizendo:

—-Leve para seu marido. O drink dele acabou.

A morena sorriu de lado e seguiu até Grissom, sendo observada pelas mulheres da cozinha como se fosse uma adolescente.

—-Oi Jim, Ecklie. –Ela cumprimentou. –Trouxe para você.

Sara entregou a bebida e Gil sorriu de lado, fazendo os outros dois se entreolharem. O capitão percebeu o momento e resolveu deixá-los à sós.

—-Vou ver o que DB está fazendo com os meninos. –Brass disse. –Ecklie?

—-Oh, claro. –O sub-xerife seguiu o detetive.

Grissom olhava os retratos de família sobre a lareira, até que sua esposa chamou a atenção:

—-E então? Gostou?

Ele bebeu um gole do coquetel.

—-Diferente. Você quem fez?

—-Não, este foi a Bárbara.

Gil a abraçou pela cintura com seu braço livre e ela fez um bico de lado.

—Está muito bom, mas está faltando um toque Sidle.

A morena sorriu de lado e acariciou a bochecha dele.

—Estou feliz por estar aqui com vocês. -Grissom confessou baixinho. -Senti falta disso tudo e principalmente de você.

Ela não resistiu e trouxe o rosto dele para lhe plantar um beijo suave nos lábios. 

—Agora que tudo já passou, consigo até ficar feliz por termos trabalhado juntos novamente. -Ela admitiu baixinho, ainda presa no abraço dele. -Me lembrou dos velhos tempos…

—Bons tempos. -Ele admitiu.

O som da campainha chamou a atenção do casal. Barbara correu para atender e recepcionou sua filha Maya com o marido e Katie. A garotinha tinha um braço engessado e o gesso cheio de adesivos coloridos. Possuía mais alguns arranhões, mas tinha um sorriso feliz ao abraçar o avô DB.

—-Agora podemos jantar. –DB disse satisfeito.

—-Katie, vá lavar as mãos. –Sua mãe mandou.

A garotinha obedeceu e quando ia para o banheiro topou com um homem grisalho no meio do caminho.

—-Senhor Grissom! –A garotinha sorriu e o abraçou como deu.

—-Ou Katie. –Gil se abaixou para falar com ela. –Está melhor?

A pequena assentiu feliz com a cabeça e mostrou seu gesso.

—-Olha o meu braço... Coça um pouco, mas ficou bonito com o gesso colorido.

Grissom riu e observou melhor os adesivos coloridos. Eram todos de borboletas!

—-Eu também gosto muito de borboletas. –Ele disse. –Sou um entomologista.

—-Que coisa engraçada! O que é?

—-Eu estudo insetos. Formigas, borboletas...

—-Aranhas e mosquitos também? –Ela fez uma careta.

—-Também. 

—Achei que você fosse cientista da polícia como o vovô, porque você me ajudou a escapar daqueles homens maus.

Grissom riu e respondeu:

—Bem, eu sou. Mas eu tenho uma ajuda especial dos insetos para resolver crimes e prender pessoas más. -Explicou com calma. 

—Isso é interessante. E eu estou feliz por ter tantas pessoas contra os homens maus. Minha professora sempre diz que precisamos ser pessoas boas para o mundo ser um lugar melhor.

—Sua professora é uma pessoa muito inteligente, Katie. 

—Sim, quanto mais pessoas lutando contra bandidos, menos coisas ruins vão acontecer.

—Você também é uma mocinha inteligente. -Ele a olhou com orgulho e lhe estendeu uma mão. -Vamos voltar para a sala? Parece que a sua avó fez um jantar delicioso.

Eles voltaram juntos para a sala de jantar e se sentaram frente a frente e rodeados pelos amigos e pela família. Antes de se servirem, porém, Russel pediu a atenção de todos:

—Barbara e eu queremos agradecer a presença de vocês aqui em nosso lar. Passamos por momentos difíceis com homens maus. -Ele olhou para Katie, que o ouvia atentamente. -Mas graças à persistência de vocês, minha neta e Jules estão a salvo.

Maya, filha de Russel, se levantou com Katie. A moça entregou um embrulho para Catherine e a menina um para Grissom. 

—Katie fez questão em entregar para vocês. -Maya explicou orgulhosa. -Ela trabalhou duro, papai e eu ajudamos muito pouco.

Catherine e Gil abriram seus presentes e se deparam com um porta lápis totalmente artesanal e com pintura infantil, que visivelmente fora confeccionado pela menina. Grissom a olhou emocionado.

—Katie, seu presente ficará perfeito no meu escritório. Muito obrigado! -Grissom foi o mais gentil possível.

—Também queremos agradecer você, Sara, que liderou e agiu rápido para gerir a situação. Você foi um porto seguro naquele laboratório e tenho certeza que assim como é uma excelente CSI, será uma líder excepcional.

A morena não esperava pelas palavras e ficou bastante sem jeito. Agradeceu com um sorriso e foi abraçada pelos amigos. Greg e Grissom a olhavam com muito orgulho.

—Além disso… -Russel continuou a falar. -Esse jantar é a minha despedida. Após todos esses acontecimentos, compreendi que é a hora de eu ser apenas marido, pai e avô. Estou me aposentando!

O burburinho tomou conta de todos os presentes. Apenas Ecklie não aparentava surpresa, mas seu semblante era triste e preocupado. Após alguns minutos de conversas entrecortadas, foi Finlay quem questionou:

—Como vamos ficar, DB?

Estamos todos de passagem no laboratório, Jules. O trabalho não começou em nós e nem terminará conosco, seria muita prepotência pensarmos assim. Ecklie está cuidando disso e estarei lá até essa pessoa assumir.

Grissom se mexeu desconfortável na cadeira, pois Russel não tirava os olhos dele enquanto discursava. O que ele queria com aquilo?

—Bom, sem mais delongas… Vamos jantar!

 

A aposentadoria de Russel foi o assunto que perdurou durante toda a noite. Sara e Grissom ainda estenderam por mais um tempo enquanto retornavam para casa. 

—Só espero que o Ecklie tome uma boa decisão, Gil. -A morena desabafou. -Não gostaria de ter alguém de fora mudando tudo, separando a equipe…

—Tenho certeza que vai dar tudo certo, querida.

Eles estacionaram na garagem de casa e entraram no conforto de sua casa. Se livraram de suas roupas engomadas e trocaram por pijamas confortáveis. Em minutos já se encontravam aninhados na cama, apenas curtindo a presença um do outro.

—Gil? -A voz suave de Sara cortou o silêncio.

—O que foi, querida?

—E se você voltasse?

 


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