Help! escrita por Bê s2


Capítulo 7
Capítulo 7




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Capítulo 7

Quando a poeira da explosão se abaixou e os únicos ruídos eram produzidos pelos destroços que ainda escorregavam na montanha de entulhos, o grito de pânico de Sara foi o que chamou a atenção. A morena olhava em choque para o galpão destruído e as lágrimas eram produzidas em uma quantidade alarmante.

—-Sara, se acalma, pelo amor de Deus...! –Greg a abraçava e também chorava desesperado. –Eles estão invadindo, talvez eles estejam bem... Nós já vimos isso antes...

—-E nunca terminou bem! –Ela gritava. –Sempre terminava com mortes! Agora os três já estão mortos, não adianta mais invadir nada!

Ela se desvencilhou do amigo e correu para longe dali. Atravessou a faixa amarela e se debruçou no seu Denali, socando-o com muita força. 



Grissom e Finn tossiam fortemente devido à poeira do concreto. Os dois se sentaram no chão, ligeiramente atordoados e olharam ao redor. Podiam ver que do lado esquerdo o chão cedera e por pouco não os atingira. 

—-Katie, você está bem? --Jules perguntou a garotinha.

A neta de Russell estava encolhida no chão com as mãos apertando os olhos.

—-Meu ouvido tá estranho. –Ela gritou com a voz abafada.

Os adultos viram que filetes finos de sangue saíam dos ouvidos dela. Os dois também estavam atordoados e com os próprios ouvidos zunindo. Mesmo assim, Grissom ajudou Finn a sair do porão e lhe entregou Katie. Depois seguiu pelo mesmo caminho das duas com a pequena em seu colo a fim de protegê-la dos destroços que podiam cair.

 

Sara estava desolada. Debruçada sobre o capô de seu carro, ela chorava como uma criança que perdera seu doce mais gostoso. Greg, ao seu lado, também chorava timidamente, mas tentava se manter forte para a amiga.

Uma movimentação atrás deles fez a morena erguer o rosto marcado pelas lágrimas. Eram Brass, Catherine e um paramédico.

—-Sara... –Jim disse ao se aproximar. –Venha aqui.

—-Não vou ser dopada. –Respondeu olhando para o paramédico.

Brass tinha lágrimas nos olhos também, mas um sorriso sinistro brilhava em seu rosto, assim como a ex-CSI.

—-Como você pode sorrir? --Sara gritou descontrolada. –Como você consegue falar comigo? Seu amigo morreu, porque você não o impediu de entrar em um balcão cheio de explosivos!

Ela avançava na direção do capitão com ânsias em bater nele.

—-Sara, não é bem assim... Venha comigo. –Brass tentou novamente.

—-Eu não vou identificar o corpo ou o que sobrou do meu marido, capitão. Faça você, eu vou embora daqui.

Sara se virou e voltou para o carro, mas antes que pudesse abrir a porta, Catherine gritou de uma vez:

—-Ele está vivo.

Sara estacou no lugar. Girou nos calcanhares e olhou entre esperançosa e espantada para a amiga.

—-Como... Como é? --Ela gaguejou.

—-Ele está bem. Finn e Katie também. Os três estão sendo atendidos.

 

Grissom cambaleava para fora do galpão em ruínas com Katie no colo e servindo de apoio para Finn. Ele seguia a claridade que cortava a poeira do reboco e tossia fortemente. Sentia-se exausto e ligeiramente surdo, mas não desistia. Tinha que levar as duas para um lugar seguro, tinham que sair dali.

No meio do caminho, ouviu passos e tossiu ainda mais alto – não conseguia falar.

—-Eles estão aqui! –Gil ouviu de longe. –Chamem os paramédicos!

E então Katie foi tirada de seu colo, Finn conseguiu outro apoio e ele foi amparado antes de cair desacordado.

 

Sara seguia Catherine sem olhar para o capitão; ainda estava com raiva. Atravessou a multidão que se aglomerava, pulou a fita de segurança e quase atropelou dois policiais novatos que estavam no seu caminho. Mas quando mais ninguém estava no seu campo de visão, ela arfou.

Com mais cinco ou seis passos, ela acabou com a distância entre ela e o marido que estava atendido. Seu nervoso era tamanho, que ela nem reconheceu o paramédico que a cumprimentou:

—-Hey, Sara! –Hank disse feliz. –Como está?

A morena olhou confusa para o ex e voltou-se para Griss ao responder:

—-Estou ótima. –Ela pegou o rolo de faixa e a pomada para dor da mão de Hank. –Deixa que eu faço isso.

—-Ele vai ter que ir pro hospital. –O paramédico disse.

—-Eu sei. Pode nos dar licença?

O homem deixou os CSIs às sós. Catherine, Greg, Nick e Brass observavam os dois.

Sara se abaixou na frente dele e acariciou o seu rosto sujo.

—-Poeira... Do reboco. –Ela esclareceu sorrindo de lado.

—-De verdade? --Perguntou com a voz rouca.

Ela assentiu e mais uma lágrima rolou, mas desta vez ele estava ali para enxugá-la. Sara sorriu e passou uma generosa quantidade de pomada para dor na perna dele. Massageou com carinho e depois enrolou a faixa. Por fim, pegou as mãos dele e disse:

—-Você sabe que eu vou matar você quando chegarmos em casa, não?

Grissom sorriu de lado, fazendo bico.

—-Eu sei. Desculpa ter entrado lá sem falar com você antes.

Ele deu um gemido de dor e ela se levantou.

—-Não se preocupe, querido. –Beijou-lhe o topo da cabeça. –Vou chamar outro paramédico e vamos para o hospital.

—-Não precisa... –Mas ele se calou com o olhar bravo dela. –Obrigado.


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