Help! escrita por Bê s2


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo fresquinho! Espero que estejam gostando ♥



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Grissom entrou no galpão com passos cuidadosos. Suava frio, estava nervoso, e seu pensamento estava dividido entre a necessidade de salvar uma mulher e uma criança, e o medo de não ver Sara novamente. Mas ele precisava fazer aquilo.

Em seu quinto passo abafado para dentro do lugar, ele ouviu alguém se aproximar. Um homem caucasiano de cabelos pretos e uma máscara carregava uma arma, que ele identificou como sendo de calibre 38. 

—-Abra a bolsa.

Grissom obedeceu e mostrou o conteúdo de seu kit; nada que pudesse ameaçar a vida e os planos dos marginais.

—-Você vai na frente, velhote. O MacKeen quer trocar algumas palavras.

E com a arma apontada para sua nuca, Gilbert se aproximou de uma sala improvisada, onde o filho de MacKeen monitorava o lado de fora.

—-Sua mulher está brava com o capitão.

Gil atreveu-se olhar para o monitor e viu Sara discutindo fervorosamente com Brass. Por um minuto arrependeu-se de sua decisão.

—-Eu estou aqui. Agora liberte Katie e Finlay.

—-Por que está tão interessado nelas, Senhor Grissom?

—-Elas são inocentes. –Gil respondeu friamente.

—-Claro, claro... Só o meu pai é o culpado nessa história.

O homem se levantou e começou a rodear Grissom. Ele era uma versão jovem de MacKeen.

—-Você não é legítimo do Jeffrey. –Gil arriscou a falar. –O filho de seu casamento foi morto.

—-Meu jovem e estúpido irmão. Nunca nos demos bem. –O rapaz respondeu com raiva. –Eu sou filho de uma dançarina, mas herdei mais do meu pai do que qualquer outro.

—-É visível. –Gil arqueou uma sobrancelha. –Mas você não precisa seguir os passos do seu pai. Você pode acabar...

—-Na cadeia com uma carta pedindo prisão perpétua para o promotor, e assinada pelo ilustríssimo Doutor Gilbert Grissom? --Ele riu macabramente. –Não. Eu vou honrar o legado do meu pai.

Grissom respirou fundo e tentou mudar o foco da conversa:

—-Posso ver as duas?

MacKeen indicou com a cabeça e o homem armado guiou Grissom para um porão. Acendeu uma luz fraca e o entomologista divisou as duas. Antes que pudesse dizer algo, o homem bateu com a arma em sua costela e ele caiu no chão empoeirado. Um barulho seco indicou que ele estava trancado com as duas.

—-Oi. –Ele gemeu ao se levantar. –Vai ficar tudo bem.

Katie olhou-o assustada.

—-Meu nome é Gil. –Ele tentou acalmá-la. –Você é a Katie?

A garotinha assentiu sem se desvencilhar da CSI.

—-E você é a Finlay, certo?

Ela o encarou desconfiada.

—-Sou o marido da Sara. –Esclareceu. –Vim para ajudar. Soube que estão machucadas.

—-Estou mais preocupada com a Katie. –Jules disse. –Parece que ele quebrou o braço dela.

Grissom se aproximou e Katie se encolheu. Ele esticou sua mão para ela e disse com a voz calma:

—-Eu acabei de conhecer o seu avô. Ele está lá fora esperando por você. 

—-É? --A garotinha perguntou.

Grissom confirmou.

—-Posso dar uma olhada no seu braço?

A garotinha olhou-o incerta e perguntou astuta:

—-Você é médico?

—-Não. Eu tenho um trabalho parecido com o do seu avô. Mas eu acho que consigo dar um jeito nisso até encontrarmos um médico.

Katie olhou para seu braço e depois para Grissom. Ainda meio incerta, ela se aproximou do entomologista e ele pegou seu braço.

—-Ai! –Ela gritou.

—-Vai doer um pouquinho, mas logo vai passar. Eu prometo.

Grissom abriu sua bolsa, pegou uma tala e algumas faixas. Com a ajuda de Finlay, ele imobilizou o braço da menina e lhe deu um analgésico para a dor.

—-Vocês comeram alguma coisa nesse meio tempo?

A CSI assentiu. Grissom se virou para ela e perguntou:

—-Onde se machucou?

—-Sara parece ser ciumenta, isso pode ser inapropriado. –Ela riu, mas parou com um gemido. –Pensando bem, ele também me acertou na costela.

Grissom sorriu de lado e se aproximou. Finlay ergueu um pouco a sua blusa e Gil passou os dedos pelas costas dela.

—-Parece que você tem umas duas costelas quebradas aqui.

—-Está doendo bastante. –Jules confessou.

—-Vou te dar um remédio para dor e tentar imobilizar. Quando sairmos, os paramédicos poderão fazer melhor.

Finlay agradeceu e Grissom começou a circular uma faixa no tórax da CSI, não sem antes aplicar uma pomada anestésica no local.

—-Por que está aqui? Achei que morasse em outro país.

—-Eu moro no Peru, trabalho para o governo. Sara estava sozinha com Greg, então ligou para mim e para Catherine pedindo ajuda. E aqui estou eu. –Gil explicou, finalizando o curativo. –Tem um corte profundo no seu supercílio. 

A CSI guiou sua mão para o rosto automaticamente e percebeu o sangue. 

—-Você sabe dar pontos? --Ela perguntou.

—-Sei.

—-Poderia…? --Ela pediu, mas depois pensou melhor. –Onde aprendeu a dar pontos?

Grissom deu um sorriso de lado.

—-Acho melhor eu não responder.

Jules gemeu entendendo o recado, mas fechou os olhos do mesmo jeito. Gil colocou uma luva de látex e esterilizou o machucado, arrancando exclamações de dor da loira. Com cuidado, o entomologista começou a dar alguns pontos bem feitos, e no final Finlay chorava de dor.

—-Desculpe por isso. –Gil disse gentil.

—-Obrigada. –Disse. –Tem alguma ideia de como vamos sair daqui? Eu ouvi eles falando sobre explosivos.

—-Brass está lá fora com todo o departamento. Estão esperando a SWAT e o Esquadrão Anti-Bombas. Mas por precaução... –Ele tirou seu colete à prova de balas e vestiu em Katie. –Não tire isso por nada, tudo bem?

A garotinha assentiu e sorriu para o homem.

E por algumas dezenas de minutos, o silêncio no porão era palpável; até que uma movimentação acima de suas cabeças fez com que Grissom apurasse os ouvidos.

—-Esses caras não vão invadir. Vamos destruir isso e depois saímos pelos fundos. Eles vão estar preocupados procurando os pedaços dos três desgraçados lá em baixo. –ouviram a voz de MacKeen agitada.

—-Droga. –Grissom murmurou num fio de voz.

Ele se levantou rapidamente, enquanto os passos logo acima estavam acompanhados de algo pesado sendo arrastado pelo chão. Olhou ao redor com mais atenção e viu uma tábua parcialmente solta a alguns metros.

—-Finlay, você consegue me ajudar? --Perguntou em desespero.

A perita levantou-se com dificuldade e foi até ele. Com força, os dois conseguiram retirar a tábua solta e viram um buraco escuro logo abaixo. Os dois trocaram um olhar e depois viraram-se para Katie. Gil correu até ela e a pegou no colo.

—-Katie, você tem que entrar aí. É só um pouco, logo vamos sair daqui, ok? --Jules disse.

A garotinha começou a chorar olhando para o lugar escuro.

—-Vem comigo! –Ela pediu entre lágrimas.

Grissom, condoído pelo medo da pequena, entrou no buraco de forma que seu tronco ficasse para fora. Ele sentiu algumas farpas entrarem eu sua mão, mas usou toda a sua força para empurrar a outra tábua. 

—-Pronto! –Ele quase gritou quando a tábua quebrou. –Vem Katie.

Finn colocou a menina nos braços do entomologista e ele a colocou no buraco com cuidado. Depois deu sua mão para a perita e os dois se abaixaram por cima de Katie, bem a tempo de ouvirem uma forte explosão acima deles e sentirem os destroços caindo sobre os três.


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