Help! escrita por Bê s2
Nick tremia de raiva da cabeça aos pés. Arrependia-se amargamente de não ter matado MacKeen quando teve oportunidade e sentia que tudo estava caindo por sua culpa. Por sua falta de coragem – e mira – na hora de honrar o nome de seu amigo.
Grissom, que acompanhava toda a movimentação e negociação de Jim, percebeu Nick afastado. Foi até ele.
—-Você está bem?
—-Não. –Confessou. –Eu deveria ter feito alguma coisa quando eu tive a chance... Qualquer coisa... –Ele bufou nervoso.
—-Nick, me escuta: você fez o que devia. A culpa não é sua. –Griss colocou sua mão no ombro do amigo. –Eu preciso de você aqui e bem. Você não pode perder o controle, ok?
Nick ainda fervilhava.
—-Eu... Eu não sei se vou ser capaz de fazer isso. De manter o controle. De não meter uma bala no MacKeen ou nos filhos bastardos dele.
Grissom suspirou e olhou em volta. Por fim, disse com sinceridade:
—-Você vai conseguir. Você é meu melhor aluno e eu confio em você.
Nick ergueu sua cabeça para encarar o antigo chefe. Sorriu singelamente, mas Brass interrompeu o que quer que fosse falar:
—-Grissom, o filho do MacKeen quer você.
O entomologista arqueou uma sobrancelha e seguiu o capitão. Ele e os criminosos falavam pelo celular no viva-voz.
—-Estou aqui. O que vocês querem de mim?
—-Entre aqui. Vamos conversar cara a cara, de homem para homem.
Brass e Gil trocaram um olhar, e este tentou negociar:
—-Solte Katie e a CSI Finlay e eu entrarei.
—-Por que se importa com elas? Não conhece a mulher e a garota é neta do cara que está no seu lugar.
—-Uma criança e uma mulher inocente. Solte-as, ou eu não entrarei.
Ouviram-se cochichos do outro lado da linha, e a voz disse depois de um tempo:
—-Nada feito. Eu vou soltá-las se você ficar no lugar delas.
Eles ouviram um choro alto e fino de criança e Grissom se desesperou.
—-Elas estão feridas?
—-Nada que o tempo não cure. –O filho de Mckeen respondeu rindo. –Pode trazer a parafernália de primeiros socorros, se quiser. Você tem dez minutos para decidir.
O homem desligou a ligação e Gil olhou decidido para Jim:
—-Eu vou entrar. Me arrume um kit de primeiros socorros.
Brass olhou-o como se estivesse louco.
—-Você não pode entrar lá, Gil! Temos que negociar mais.
—-Eles não estão de brincadeira. Nós não podemos perder as duas de maneira nenhuma. –Ele repetiu seguro. –Me arrume o kit, que eu vou entrar lá.
O capitão, ainda inconformado, deu um tapa no ombro de Grissom em concordância. Depois virou-se para seus homens e disse em voz alta:
—-Eu preciso de um kit de primeiros socorros completo agora! E tragam um colete também.
—-Você tem certeza disso?
Grissom assentiu firme com a cabeça, enquanto vestia o colete. Pegou seu kit e entrou devagar no galpão abandonado.
Na esquina uma SUV preta estacionava de qualquer jeito, enquanto os dois integrantes saíam rapidamente. Sara e Greg passaram pela fita de proteção e foram até Brass.
—-Como estamos? --Greg indagou.
Jim não respondeu o CSI e olhou para Sara. Ele colocou a mão no ombro dela e crispou os lábios, não sabia bem o que dizer.
—-Sara...
Aquele tom, aquela expressão... Ali Sara soube que havia algo errado.
A morena olhou em volta e viu alguns olhares nervosos para ela, mas nenhum par de olhos azuis envolventes a encarava.
—-Onde está o Gil?
O capitão abriu a boca, mas o som não saiu.
—-Jim?! –Ela pressionou.
—-Ele entrou. –Brass cedeu. –Eu tentei impedi-lo, mas você o conhece!
—-Como você o deixou entrar ali? --Sara falou irada. –Esses caras não estão brincando! Você viu o que fizeram com o Warrick!
A morena começava a entrar em desespero, e a cada palavra pronunciada sua voz subia oitavas.
—-Você tem que tirá-lo de lá de dentro!
—-Nós ainda não podemos invadir. –Brass respondeu. –Não vou deixar nada acontecer com o Gil.
—-Deixaram acontecer com o Warrick. –Sara tinha os olhos lacrimejados. –Vocês têm que invadir e tirar os três de lá agora!
—-Você não pode me ensinar a fazer o meu trabalho, Sara. –Brass se irritou.
—-Se tivesse feito direito antes, não estaria ouvindo isso. –Ela retrucou.
Brass fez menção de retrucar ainda mais nervoso, mas Greg interveio:
—-Vem Sara, vamos tomar uma água.
O perito saiu praticamente arrastando a amiga, que lançava olhares nervosos e ansiosos para o galpão cercado.
Nenhum barulho saiu de lá de dentro por quase uma hora. Todos estavam concentrados e nervosos com os olhos fixos na porta. Tudo permaneceu aparentemente tranquilo por alguns minutos... Até o galpão explodir.
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