Gordon Katsumoto se orgulhava de ser um homem que não desmaiava para nada. Nem para tiros nele ou por causa de sangue em excesso. Era um requisito de ser um policial. Ele não podia passar mal nessas horas.

Nem mesmo ele desmaiou quando seu filho mais velho, Dennis nasceu. Ele encarou de frente.

Foi por isso que ele deveria ter previsto que pela primeira vez, ele desmaiaria no chão de um consultório médico.

Quando Kate, sua namorada anunciou que estava esperando um bebê, ele estava feliz. Ter um segundo filho estava deixando-o muito feliz. Como a gravidez era recente, eles tiveram que aguardar dois meses para ver alguma coisa.

Então, vieram os primeiros sinais que havia algo de estranho. Kate estava com mais fome do que o normal para uma gravida, ela estava desmaiando sempre e talvez o alerta mais forte e que os fez visitarem a médica muito antes foi o jeito que a barriga dela começou a crescer.

— Vocês deveriam ter vindo quando ela começou a desmaiar. – A médica olhou para o casal. – Sabe, um ou dois desmaios até são normais, mas toda hora? Eu acho que isso é um sinal bem grande.

— Desculpe, doutora. – Kate falou. – Eu não deveria ter ouvido minha mãe e vindo ver a senhora.

— Tudo bem, mas daqui para frente, nada de serem malucos. – A médica respirou e colocou o gel de exame. – Acho que finalmente poderemos ver o sexo do bebê.

— Verdade? – Gordon entrou, uma garrafa de suco em sua mão. – Aqui, querida.

— Sim, vamos ver como esse bebê está... – A médica olhou atentamente ao mexer a varinha na barriga de Kate. – Espero que vocês saibam que eu posso ter alguns problemas de visão.

— Isso é totalmente inesperado. – Kate observou a médica passar a varinha mais e mais. – Algo de errado? Meu bebê está bem?

— O quanto vocês sabem sobre gravidezes múltiplas? – A médica olhou para o casal.

— Nossos amigos tiveram 3 filhos recentemente e o primo dele teve gêmeos. – Gordon informou. – Mas não somos da mesma família.

— Bom, parece que ao redor daqueles que são família para eles está havendo uma febre múltipla. – A médica começou a movimentar a vareta e parou três diferentes frames da imagem. – Vocês não estão tendo um bebê, mas sim 3.

Gordon se levantou, um pouco chocado com a descoberta repentina. Ele abriu a porta, meio enjoado de felicidade, porem quando deu um passo fora da porta, ele simplesmente desmaiou.

— Oh, porra. – Kate olhou para a cena, não podendo se levantar. – Gordon!

Dois enfermeiros chegaram rapidamente, pasmos com o homem caído do lado de fora da sala de exames obstétricos.

— Vamos levar ele para um dos quartos. – Um dos enfermeiros pegou o homem nos braços e o colocou na maca. – Bem, acho que ele precisa de uma consulta médica.

— Tudo bem, ele só desmaiou em choque. – A médica saiu da sala de exames. – Não é todos os dias que você descobre que vai ter três meninas de uma só vez.

Gordon abriu os olhos naquele momento e sentiu que ainda não estava preparado para voltar ao mundo consciente.

Ele podia ouvir alguma coisa de longe e então decidiu abrir os olhos.

— Oh, bem-vindo, Gordie. – A voz de Juliet o saudou. – Soube que você passou mal durante o exame ginecológico da sua namorada.

— Bem, eu recebi as mesmas notícias de Thomas. – Ele olhou para o homem deitado na cadeira ao lado da cama dele. – Kate está bem?

— Sim, TC a levou para casa, ela não poderia ficar aqui grávida. – Juliet olhou para o amigo. – Então, trigêmeas?

— Sim, como vocês estão levando isso afinal? – Ele apontou para Thomas. – Eu não sei como criar meninas.

— Bem, você e Kate podem contar com a gente. – Juliet apenas deu uma risadinha. – E Thomas não está assim por causa dos bebês. Sim, cada um é diferente, mas os nossos dormem o suficiente.

Ela se resignou a dizer aquilo, esperando que o detetive a sua frente fizesse a ligação sozinho.

— Oh, isso é complicado, não é? – Gordon disse. – Vocês ainda têm vontade?

— Bem, eu não vou dizer nada sobre a parte do Thomas, mas da minha parte é muito bom. – Juliet apenas sorriu. – Mesmo que eu tenha feito uma cesárea, mas sim.

— Bem, acho que depois que eu sair daqui eu posso falar com Kate e finalmente convencer ela a se mudar definitivamente para minha casa. – Gordon observou Thomas acordar. – Tudo bem aí, Thomas?

— Apenas um pouco de sono. – Ele sorriu cansado. – Mas estou perfeitamente bem.

— Kate quer que você vá para casa, Gordon. – TC olhou para o amigo. – Você também tem que levar sorvete de pistache, salsichas italianas e molho shoyo.

— Desejos de gravidez devem ser levados a sério. – Thomas sorriu. – Eu vou chamar a médica. Vê se não desmaia.

Juliet sabia que Thomas tinha um ponto. Afinal, se Kate tivesse os bebês em modo normal, Gordon desmaiaria. Embora Thomas tenha desmaiado de qualquer forma.

Chegando em casa depois de ser liberado do hospital, com sorvete salsichas e molho, ele abriu a porta e notou sua garota deitada no sofá da casa. Ela parecia perfeita e então, ele decidiu que talvez não devesse mais esperar para simplesmente se casar com a garota.

— Ei, querida. – Gordon a viu acordar com um sorriso. – Olá.

— Você está melhor? – Era tudo o que Kate precisava saber. – Porque se você não estiver é só dizer.

— Eu estou bem, pode ficar tranquila. – Ele mostrou a sacola de mercado. – E para me redimir, eu trouxe seu pedido. E mais algumas coisinhas.

Kate abriu a sacola e notou a caixa de anel dentro dela e depois que abriu, ela começou a chorar de emoção.

— Casa comigo, querida? – Gordon disse sem rodeios.

— Não é apenas por causa dos bebês? – Ela só queria essa garantia.

— Eu estava pensando isso desde a segunda semana de namoro, mas eu achei que esperar só deixaria ainda melhor minha decisão. – Ele colocou a mão na barriga de sua futura noiva. – E eu quero ter você, essas mocinhas na minha vida para sempre.

— Então, eu aceito totalmente. – Kate sorriu. – Espere, e Dennis?

— Ele sinceramente está animado com a ideia de ter irmãos. – Gordon sorriu. – Liguei para ele e só faltou ele desmaiar também. Ele disse que vai passar aqui em casa amanhã.

— Ótimo. – Kate pegou o sorvete e as salsichas começando a comer sem medo nenhum. – Desejos de gravidas são uma coisa de louco.

— Sim, me disseram isso. – Ele sorriu para a noiva. – Podemos discutir a possibilidade de você se mudar para cá definitivamente?

— Não há o que discutir. – Ela sorriu. – Eu vou sim. Assim, podemos começar a decorar o quartinho delas e discutir os nomes.

Gordon sorriu para ela, a beijando. Como eles não queriam esperar para se casarem, o detetive levou sua esposa para o cartório junto com seu filho e seus amigos e se casou com ela.

Thomas deram uma pequena festa para o casal e prometeram que depois das crianças nascerem, eles iriam fazer uma cerimônia nos jardins.