Abby sorriu enquanto olhava as rosas sobre a bancada de seu laboratório. Desde que eles contaram aos amigos que ela e Torres estavam juntos, todos estavam felizes. Até mesmo Gibbs que mal sorria ultimamente estava feliz.

Bishop havia deixado a agencia duas semanas depois. Ela se recusou a aceitar desculpas de Torres, apesar de ele nunca ter dito que a amava de volta.

Ela entregou os papéis da saída e foi embora, sem se despedir de ninguém.

Na verdade, o que ela queria atualmente era vingança. Contra Torres e principalmente contra Abby. Planejando dia e noite um jeito de fazer acontecer. Então, ela finalmente descobriu um jeito.

Entrando em seu carro naquela manhã, Bishop estava indo à direção a uma coisa: vingança.

Abby sorriu enquanto terminava as verificações que ela tinha começado. Ela deixou o telefone no volume máximo, uma vez que estava esperando mais amostras.

A melodia tocou e ela atendeu.

— Sim? – Ela sentiu um pequeno frio passar pela sua espinha. – Oh, meu Deus!

Ela saiu correndo. A ligação não era de entrega, mas para avisar que Torres estava acidentado. Mas era uma farsa bem elaborada de Bishop. Ela havia dado um jeito de desligar o telefone de Nick com a operadora por tempo o suficiente para roubar a linha.

Ela sabia que Abby sairia correndo para ver e não ligaria para ninguém. Eleanor avistou Abby correndo em direção ao estacionamento da NCIS e com a precisão de um atirador, atingiu a cientista com um dardo.

Segundos depois, Abby começou a sentir seu corpo lento e com menos mobilidade do que normalmente. Ela mal chegou perto de seu amado carro antes de desmaiar.

Eleanor olhou para a garota no chão, não sentindo nenhuma pena. Ela puxou o corpo apagado de Abby para seu carro e foi embora, deixando as chaves dela ali mesmo.

Jogando Abby na traseira do SUV, Elle deu o fora de lá em segundos. Ela jogou um charme para o guarda do estaleiro e partiu, com Abby.

Em breve, Nick Torres saberia que ela não estava brincando com eles.

Torres chegou ao bullpen da NCIS se sentindo vivo novamente. Era engraçado como uma noite com uma garota que queria mais que seu corpo e por mais de uma noite também.

— Bom dia. – Ele olhou para Tim, que parecia ter visto um fantasma. – O que está acontecendo?

— Abby recebeu uma ligação dizendo que você tinha sofrido um acidente de carro. – McGee se levantou e viu Ashley, a novata olhando sem reação. – Ela saiu há quase 30 minutos.

— Tim, eu não sofri nenhum acidente. – Torres olhou em direção ao estacionamento e olhou de volta para Tim, que tinha a mesma expressão.

Os dois deveriam estar pensando a mesma coisa, pois saíram correndo do bullpen, assustando Gibbs, que apenas os seguiu.

—ABBYYYY! – Nick gritou para o lugar e seu medo aumentou quando percebeu que o carro amado de sua namorada ainda estava estacionado lá, as chaves no chão.

— Chame a secretária da marinha. – Gibbs tentou não surtar. – Temos que encontrar Abby.

Desde que Ellie trouxe Abby para o cativeiro, ela jogou a garota em uma cadeira com braços e costas. Deixando a garota lá, Ellie a amarrou com fitas durex, cordas e lacres.

Lentamente voltando do esquecimento produzido por drogas, Abby sentiu que estava em perigo. Ela sabia que não conseguia se mexer, mas esse era o último de seus medos.

— Bem-vinda ao inferno. – A voz afetada de Ellie Bishop a cumprimentou. – Achou que iria tirar Torres de mim e ficar por isso?

Abby não respondeu e Bishop jogou um liquido, que começou a arder em Abby.

— Isso ainda não é a pior coisa. – Ellie derrubou a cadeira de Abby, deslocando o ombro da garota, que gritou com a dor. – Eu preciso dar uma saída. É melhor ficar aí.

Dando um chute no estomago de Abby, Ellie viu o olhar de horror da garota.

Indo direto para o carro, ela ligou e foi em direção ao centro da cidade. Parando em um semáforo 30 quadras da casa, ela olhou para o carro ao seu lado e sorriu quando viu que era Torres.

Nick olhou para Bishop e sentiu que seu sangue fervia. Ela acelerou, tirando vantagem de estar na ponta da fila na pista. Nick acelerou, ligando as sirenes.

— Eu a vi! – Nick gritou quando Gibbs atendeu. – Eu estou atrás dela, perserguindo ela. Precisando de reforços!

Logo Ellie acelerou em direção, não se importando em como aquilo terminaria. Talvez com ela morta e Abby demorando para ser encontrada.

Nick acelerou o carro, não querendo que a garota fugisse dele. Ellie apertou ainda mais o acelerador. Ela não estava disposta a se render tão cedo.

Quatro carros de polícia entraram na perseguição. Agora Nick podia pegar o atalho.

Ellie bateu no volante, sabendo que ela não estava fora de controle, mas a decisão que ela tomaria a seguir, provaria que ela era completamente insana.

Girando o carro com tudo, ela forçou o carro atrás dela a tentar frear. No último possível, ela voltou a acelerar e saiu do meio, fazendo com que o carro literalmente batesse no que impedia a passagem e os dois explodiram.

Nick entrou atrás de Ellie novamente. Ela dirigiu até um morro alto e desceu com a arma na mão.

— Ellie! – Nick se aproximou. – Onde está Abby!

— Em um lugar onde ela pode ficar com a miséria dela. – Ela deu um passo para trás. – Sabe, é incrível como você treinou ela naquele ginásio.

— Você está doente! – Nick queria ajudar a ex colega. – Por favor, me diga onde ela está!

— Se eu não vou ter você.... – Ellie apontou a arma para Nick. – Ninguém pode.

Torres sentiu Tim ao seu lado e Gibbs, mas ele não os reconheceu. Apenas engatilhando a arma, ele atirou ao mesmo tempo que Ellie.

A bala passou a centímetros de sua cabeça. Já a sua bala, atingiu Ellie bem no peito e empurrou a garota para fora da borda, a fazendo cair no penhasco, com as ondas altas.

— Lá vai a nossa única pista de encontrar Abby. – Nick suspirou. – E agora?

— Agora a gente vai para a casa que Bishop alugou. – Tim observou os dois homens. Já mandei Jéssica e Ashley para lá.

Jéssica chutou a porta da casa e notou a bagunça e a cadeira virada. Cabelos pretos saiam dela. Correndo, ela olhou para uma Abby incrivelmente machucada.

— Ashley, chame uma ambulância. – Ela pegou uma faca e começou a cortar as coisas que prendiam Abby. – Abby, estamos aqui.

Segurando a amiga até que Torres chegasse, ela entregou a cientista com toda a vontade e ficou observando enquanto os paramédicos cuidavam de Abby.

Felizmente, Abigail Sciuto não era derrotada fácil e nem o pequeno bebê de quase duas semanas que ela carregava em seu ventre.

Cada dia mais, Gibbs ficava tentado a contar sobre a paternidade. Ele sabia que quando o bebê nascesse, precisaria contar a Abby que ele era seu pai verdadeiro, antes que outra coisa assim acontecesse.