Stay with me escrita por Kayomii


Capítulo 2
Cap. 2: Our little moment.


Notas iniciais do capítulo

Oiee~ Bem vindo(a) novamente ♥ só passando aqui para desejar uma boa ‘metade-do-mês’ para vocês. Bebam bastante água e boa leitura!
Curiosidade a parte: O título de cada capítulo é inspirado em algum verso da música.



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“Desgraçada, o que você está falando?!”

“Ora, ora Gin-chan, você já está chegando na casa dos 30 e ainda não conseguiu arranjar uma namoradinha! Hihihi” — Caçoou ele, ao ponto de deixa-lo puto da vida.

“VOCÊ POR ACASO É MINHA TIA OU O QUE?!”

“Com certeza não sou.” — Ela sorriu apoiando-se em seus ombros e puxando-o para um canto para sussurrar algo. – “Você deveria dar uma chance para a Tsuki, ou se não você vai morrer sozinho.”

“Quem liga para aquela exterminadora bêbada?!” — Ele foi nocauteado com uma kunai arremessada em sua nuca.

“QUEM É EXTERMINADORA BEBADA?!” — A loira havia saído do quarto do samurai.

“Aah Tsuki, bom dia!”

“Bom dia Kagura-chan.” — A Kunoichi removeu a kunai, fazendo-o jorrar um pouco de sangue. – “Bom dia, descabelado.”

“Ei! Você não sabe como é difícil para pentear esse permanente natural!” — Ela pisou sobre ele.

“Ei, pare de reclamar ou vou fazer o seu cabelo ficar igual ao do Kuririn!” — Disse em um tom ameaçador, deixando-o calado.

“Tsuki, você dormiu bem essa noite?”

“Sim. O futon não tinha um dos melhores cheiros, mas deu para aguentar.”

“Ei! Aquele era meu futon!”— Lamentou-se.

— Um leve flashback da noite anterior –

Quando a chuva de fogos de artifício havia acabado, eles se deram conta que estavam de mãos dadas e consequentemente se soltaram evitando qualquer tipo de contato visual, levemente corados. Era como se aquilo não tivesse acontecido, não que ambos quisessem esquecer, pelo ao contrário, eles queriam, mas tinham vergonha de admitir para si mesmo.

                Kagura começou a bocejar enquanto saia pequenas lagrimas do seu rosto, dando sinais que estava com sono, já que a mesma tinha gastado muita energia no parque. Eles entram novamente para o apartamento, onde Gintoki percebeu que o seu outro futon estava mofado demais para ser usado. Então como um ‘cavaleiro de primeira classe’, ele deu o seu futon para que ela dormisse e apagou-se no sofá. Era uma pena que seu cavalheirismo resultou em uma baita dor nas costas em conjunto de seus ombros e pescoço, algo como se tivesse se quebrado em vários pedaços e colados com durex.  

— De volta ao presente –

Depois de uma boa exercitada para colocar a coluna no lugar, Gintoki realizou sua rotina matinal, que consiste em: reclamar por ter dormido mal, escovar os dentes e lavar o rosto, reclamar da falta do serviço, pentear o cabelo, reclamar do aluguel em atraso e por fim vestir suas roupas casuais para finalmente preparar o café da manhã para a Kagura.

Hoje ele estava inspirado a fazer algo diferente do habitual, pois de acordo com ele, era o primeiro café da manhã do ano e por isso queria fazer algo especial (na verdade ele queria impressionar a Kunoichi loira por ter gostado de ouvir os seus elogios).

Esse café da manhã ‘especial’ consistia em arroz cozido no vapor, sopa de missô, peixe grelhado, tamagoyaki e chá-verde. Kagura levemente sentiu ciúmes, pois ele nunca havia feito uma refeição assim para ela, nem mesmo em seu aniversário, notando que havia algo a mais além de uma primeira refeição do ano. ‘E se...’ — Ela se questionou. – ‘Nah, não é possível... Ou será que é?’ — Começou a desconfiar enquanto observava os dois conversando.

“Eu agradeço pelo café da manhã, porém irei ter que retornar para Yoshiwara.”

“Mas já Tsuki? Tão cedo...” — A Garota chinesa dizia em um tom melancólico.

“Sim, eu disse para a Hinowa que voltaria logo cedo.”

“Aah...” — Emitiu um rosto triste.

“Não se preocupe com o horário, tome o seu café da manhã que eu te levo até lá.” — O Samurai albino pronunciou-se sentado no sofá balançando as chaves da lambreta para chamar a sua atenção.

“Não precisa, é sério.”

“Pare de graça!”

“Humph... Idiota!” — Ela tomou o café da manhã rapidamente para então retornar para Yoshiwara.

Desceram as escadas e foram em direção a lambreta. Gintoki pegou o capacete e colocou em sua cabeça, pegando-a desprevenida. Era estranho para a loira, pois nenhum homem havia chegado tão perto de seu rosto e agora ela podia sentir suas mãos contornando o seu rosto e erguendo o seu queixo para prender o capacete. Sua mente maliciosa fazia com que a mesma achasse que ele tinha segundas intenções, principalmente quando ele foi se aproximando e aproximando cada vez mais junto de sua frequência cardíaca que acelerava fazendo-a corar.

“Pronto!” — Isso foi totalmente antirromântico, fazendo-a despertar de seu doce sonho e observar os seus olhos relaxados e sua cara de bunda. Isso a enfureceu, fazendo-a sacar uma kunai. – “AGHHHH MEUS OLHOS!!” — Ele se contorceu no chão com as suas mãos nos olhos. – “POR QUE VOCÊ FEZ ISSO?!”

“Idiota.”

“Tsc... Vocês mulheres são esquisitas.” — Ambos subiram na lambreta e partiram para sua jornada até Yoshiwara. Era uma das poucas vezes que eles ficavam sozinhos, uma sensação tão estranha que ambos não sabiam como iniciar o assunto e quando alguém dizia algo as respostas vinham em duas palavras e acabava ali.  Ela o abraçava forte e discretamente encostava o seu rosto em suas costas, na qual ele percebeu, porém não ligou muito.

Assim que chegaram lá, foram recepcionados por Hinowa, que estava tomando um ar fresco enquanto observava Seita brincar. É claro que quando os viram ela não perderia a oportunidade de caçoa-los por estarem juntos. Por mais que fosse uma brincadeira intima, Tsukuyo se sentia constrangida.

“Olá Gin-san, como é bom vê-lo por aqui! Feliz ano novo!”

“Olá, feliz ano novo!”

“Por favor, entre. Acabei de preparar um chá.” — Sem pensar duas vezes, ambos concordaram e entraram.

“Então quer dizer que você passou o ano novo no Yorozuya, Tsukuyo?”

“A-Ah, sim.” — Ela se atrapalhava ao dizer.

“E quem estava lá com vocês?”

“Só a Kagura.” — Dizia o samurai prateado.

“Vocês poderiam ter passado com a gente.”

“Não se preocupe, já fazia um tempo que eu não pegava um dia para fazer algo diferente na cozinha, foi uma boa oportunidade.”— Ele riu.

“Você cozinha, Gin-san?” — Dizia o garoto de cabelos marrom e olhos castanhos entrando no ambiente.

“E muito bem por sinal!” — A kunoichi colocava o copo sob a mesa.

“Eu só cozinho algumas coisas simples.” — Ele dava uma risada sem graça enquanto coçava a nuca.

“Adoraria um dia provar a sua comida.” — A mulher de cabelos negros dizia.

“Quem sabe um dia...” — sorriu.

Depois de um longo bate papo, Gintoki se retirou do local com planos de retornar para casa, mas foi interrompido quando ouviu a voz de Tsukuyo lhe chamando.

“Gintoki! Espere.”

“Diga.”

“Tenho um pedido para o Yorozuya.”

“Pro Yorozuya?! E qual seria?”

“Dia 8 é aniversário da Hinowa, você poderia fazer o bolo para o aniversário dela, o que acha?”

“Não vejo problema nenhum.”

“Fico feliz em saber.” — Deu um olhar aliviado.

“E que horas você vai aparecer lá em casa?”

“An?! Como assim?” — A loira o encarou surpresa.

“Você disse que ia ser a minha provadora oficial de comida, lembra?” — Ele riu.

“Ah, é verdade. Admito que levemente me esqueci.”

“Então... isso é um ‘até dia 8’?”

“Se você... se você quiser, podemos sair juntos de novo... igual ontem.”

“Um encontro?” — Ela foi inocente quando disse aquilo, não imaginou que soaria como realmente um ‘encontro’. Ele apenas a encarou com uma cara duvidosa.

“NÃO!” — Gritou. – “Quer dizer sim..., mas nada muito formal sabe...? poderíamos dar uma volta... juntos?”

“H-hum, certo. Que tal amanhã?”

“Amanhã estarei meio ocupada, que tal no final da tarde?”

“Pode ser, não teremos nenhum serviço para amanhã mesmo.” — Ele deu um sorriso sem graça.

“Então está combinado, te vejo em frente ao portão de Yoshiwara, as 16hrs.” — Ela sorriu.

Sem mais tardar, ele subiu em sua lambreta e retornou para a casa. Seu pensamento estava no dia de amanhã, já planejava os locais que queria mostrar a ela, como um lago em um lugar tranquilo para passar o final da tarde com direito a uma bela vista do pôr-do-sol. Chegou em casa, estacionou a sua lambreta, subiu as escadas e ouviu as duas crianças discutindo sobre o tal café da manhã premiado.

“Eu estou dizendo Patsuan, o Gin-chan realmente fez aquele banquete para a Tsuki.”

“É impossível Kagura-chan. O Gin-san não faria- “— Sua fala foi interrompida quando viu o albino parado atras de Kagura.

“Você tinha que ver na hora dos fogos, eles até ficaram- “— Ouviu-se um barulho de alguém limpando a garganta atras dela, fazendo-a virar a cabeça dando umas travadas para trás. – “Ah, droga.” — Ela podia sentir uma energia negativa saindo do samurai. Ele não estava nem um pouco feliz em saber que ela estava falando, quer dizer, fofocando, durante a sua ausência.

“Algum problema, Kagura-chan?” — Ele disse em um tom irônico.

“Ah Gin-chan, não sabia que você estava ai-aru!” — Soltou uma risada falsa. – “Nenhum problema.”

“Ah bom. A propósito, dia 8 teremos um serviço.”

“Um serviço?” — O garoto de óculos questionou.

“Sim.”

“E o que seria?”

“Preparar um bolo.” — Os dois o encarava com cara de interrogação. De vários serviços que já realizaram, esse foi o primeiro que eles atuariam como confeiteiros de primeira viagem.

“Um bolo? Quem pediria algo assim?”

“Tsukuyo.”

“Eh?”

“Eu disse Patsuan.” — A chinesa sussurrou do seu lado.

“É só um pedido comum como qualquer outro, ela só quer fazer uma festa para Hinowa. Não tem nada demais.”

“Você está certo.” — O garoto concordou. – “Mas por que ela escolheria a gente para fazer um bolo?”

“Não é obvio, Patsuan? É por que o Gin-chan conquistou ela pelo estômago.”

“Ei, o que está dizendo?!” — Ele deu outro tapa em sua nuca, é claro que a garota chinesa não iria deixar barato e o retribuiu com um soco em seu rosto.

“Vocês deveriam parar de brigar.” — Shinpachi bufou.

O resto dia deles não teve nada demais. Além de ficar várias horas atoa, apenas saíram para levar o Sadaharu para passear e voltar para casa rapidamente, onde comeram os restos do café da manhã premiado. Já Tsukuyo passou o resto do dia patrulhando junto da Hyakka atrás de pequenos ladrões de cortesãs que faziam barulho em Yoshiwara. Chegou em casa no fim da tarde e tomou um banho para relaxar. Sua ansiedade batia em sua mente, fazendo-a se sentir sufocada para o dia de amanhã. Embora fosse uma simples volta em um parque qualquer, aquilo era o suficiente para contenta-la.

—X-

Depois de uma longa noite e de um longo-meio-dia, finalmente se encontraram no local marcado. Nenhum dos dois estavam usando os trajes diferentes do casual, mas Tsukuyo usou um dos seus poucos perfumes com cheiro chamativo. O cheiro consistia em aroma doce com uma pitada de cheiro de rosas, isso o atraia discretamente.

Os dois começaram a caminhar em direção à superfície, onde Gintoki a guiou como se fosse um guia de turismo particular dela, mostrando lugares onde a mesma não tinha conhecimento, principalmente até o parque. Se sentaram em uma pequena colina próxima de um rio, onde garantiu uma linda vista do pôr-do-sol, em conjunto de uma pequena brisa que fazia ambos cabelos balançar conforme o vento permitia.

“É um lugar bem bonito.”

“Sim... Queria muito te trazer aqui.”

“É sério?” ­— Ela riu. – “Você acertou em cheio!”

“Fico feliz em saber.”

“Sabe... Fazia um tempo que eu não pegava uns minutinhos para observar o pôr-do-sol, deve ser por que eu quase não saí de Yoshiwara ultimamente...”

“Você deveria sair mais.”

“Tem razão. Novamente obrigada por me trazer aqui.”

“Não há de que.” — Ele sorriu. Uma pequena pausa foi dada entre eles enquanto observavam o céu vermelho-alaranjado junto das nuvens rosadas até que Gintoki cortava o silêncio. “Você gosta de lámen?”

“Gosto.”

“Vou te apresentar um lugar que faz o melhor lámen que eu conheço.”

“Adoraria.”

Gintoki a levou até o Hokuto Shinken, a loja de Ikumatsu. Ela sempre o recebeu bem e é claro que o tratamento dela com Tsukuyo não seria diferente.

“Ora Gin-san, a quanto tempo!”

“Pois é, finalmente eu consegui pôr a mão em algum dinheiro.”

“E você? É a namorada do Gin-san?”

“Sou apenas uma amiga.” — Tsukuyo dizia de uma forma tímida.

“Ah sim, e como você se chama?”

“Tsukuyo.”

“É uma honra conhece-la.”

“Digo o mesmo.”

“Pode ver dois lámen, por favor.” — O samurai prateado dizia enquanto se sentava junto de Tsukuyo.

“É para já!”

“Então, você é cliente há muito tempo?” — A Loira questionava.

“Podemos dizer que sim, venho aqui já faz uns anos.”

“Pelo jeito deve ser bom mesmo.” — Ela riu.

“E é!” — Ele riu de volta. – “Então... tem algum lugar que você queira ir?”

“Acho que não.”

“Eu te convidaria para ir a algum bar, mas a última vez que você bebeu quase me matou.” — Apoiou a mão no rosto.

“Desse jeito eu fico triste.” — Ironizou.

Eles foram servidos com os lámens, Tsukuyo ficou surpresa com o quão saboroso era e principalmente por sem bem mais em conta em relação aos que conhecia. Gintoki pagou pela refeição e saíram de lá rumo a Yoshiwara, batendo um longo papo enquanto observava os bares lotados de Kabukicho iluminados por luzes vermelhas.

—X-

Não demorou muito para chegar até a casa de Tsukuyo, embora a caminhada fosse longa, eles não se importaram tanto, pois estavam tão distraídos que não viram o tempo passar. Ao chegar lá não havia nenhum conhecido na rua muito menos na casa, um completo silêncio. Tsukuyo o convidou para entrar, oferecendo algumas bebidas antes que ele retornasse para sua casa.

Ele não recusou. O olhar da loira era o suficiente para convence-lo, e entrar na casa. Assim que ela abriu a porta do quarto e ligou o abajur, notou-se uma cômoda com algumas garrafas de saquê e dois copos.

“Fique à vontade.”

“Obrigado.”

“Queria agradecer pela noite de hoje.” — Ela soltou os cabelos colocando os grampos sob a cômoda ao lado da garrafa. Isso chamou a sua atenção. – “De alguma forma...”

“De alguma forma?”

“Uhum.”

“Como? Você irá me dar uma noite romântica?” ­— Ironizou.

“Não vejo problema nisso.”

“Eh?”

“Gintoki... Olhe para mim.” — Ela se aproximou dele enquanto os seus olhos eram observados pelo os dele.

O dialogo acabou ali. Ela puxou o seu rosto para próximo, permitindo com que os lábios encostassem nos deles iniciando-se um beijo deslizando as suas mãos em direção na gola de sua camisa enquanto as dele a segurava pela cintura, puxando-a para mais perto ainda. O ambiente esquentou. A pouca iluminação que havia ali trazia uma sensação aconchegante junto do calor que ambos os corpos emitiam e do aroma do perfume que Tsukuyo usava.

“Eu quero algo a mais.” — A kunoichi dizia ofegante enquanto a testa do albino apoiava-se na dela.

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Notas finais do capítulo

Hey, obrigada por ler até aqui o// queria dizer que esse capítulo estava meio difícil para imaginar, pois a criatividade não permitia pensar muito bem. Ele ficou meio longo, mas prometo que o próximo será um pouco menor para compensar (sofro por gostar de escrever fics mais longas xD)
Queria também deixar meio em aberto a quantidade que haverá de capítulos, que pelo os meus cálculos irá ser mais ou menos 7 (esse valor poderá se alterar no final), vamos ver até onde vai dar.
Enfim é isso! Hidratem-se por favor.



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