Justiça: O Pergaminho de Rei escrita por Wondernautas


Capítulo 7
6 - Preparem-se para a encrenca!


Notas iniciais do capítulo

Saudações! A enquete que divulguei no primeiro Banco de Dados rolou no Instagram, no @wondernautas, e chegou ao fim. Amaterasu Terumi foi a escolha para protagonizar um capítulo especial neste arco. Aguardem que vem aí!



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Alguns dias se passaram desde os eventos na Floresta da Eternidade. Eventos importantes envolvendo equipes da Aldeia da Folha, da Nuvem e dos Apátridas também ocorreram em um local chamado Vale da Lua de Prata, bem longe do território do País da Água. Por alguns dias, todas essas informações foram cruzadas pelas altas cúpulas dos Cinco Grande Países e pela Organização das Nações Shinobi Unidas.

Algumas decisões fizeram-se necessárias, como por exemplo a escalada de equipes de Gennins em todos os vilarejos associados à Aliança Shinobi para a coleta de informações sobre o Nukenin Kamui Yato Uzumaki, possivelmente envolvido com os eventos no Vale da Lua de Prata. Outras dessas decisões envolvem precauções extras com a Equipe 4 da Aldeia da Névoa composta por Rei Hoshigaki, Amaterasu Terumi, Ai Yuki e Toushirou Hitsugaya Yuki.

Agora, na terceira semana do mês de Janeiro, duas mulheres estão frente a frente nos aposentos da líder da Aldeia da Névoa. Uma delas é a própria Mizukage, Tier Halibel, sentada em sua cadeira diante de vários documentos e anotações. A outra é Mera Terumi, sua conselheira que está aqui discutindo as informações sobre os últimos acontecimentos há quase meia hora.

— Segundo as pesquisas lideradas por Futu Turo, o mundo em que vivemos é o Universo Alfa-2 – pontua Halibel, passando seus olhos por entre vários papéis. – Já segundo as palavras do homem que atacou a Equipe 4, sua origem provém do Universo Beta-2.

A mãe de Rei Hoshigaki faz menção, respectivamente, ao maior cientista do País da Tecnologia e ao autoproclamado caçador de recompensas Gurdo Javelin, que atacou a Equipe 4 dias atrás na Floresta da Eternidade. Enquanto ela fala, a ruiva diante de Halibel a escuta pacientemente.

— Aparentemente, o sujeito buscava o Cristal da Alma, um item que até então acreditávamos que fosse apenas uma lenda – complementa, enfim erguendo seus olhos verdes na direção dos olhos azuis da sua ouvinte. – Assim como o ser Nexus…

— Porém… – a ruiva se manifesta, de braços cruzados diante de sua superior. – Nos deparamos com sujeitos que acreditam na existência de ambos os conceitos. Obviamente, casos isolados, mas…

— Quando somados, são agravantes – determina a Kage, abaixando o rosto, apoiando os cotovelos sobre a mesa e repousando o queixo sobre suas mãos entrelaçadas. – É como se tudo de mais preocupante estivesse convergindo para o caos desde que os Bestiamorfos reapareceram…

Após o ataque de Gurdo Javelin, Rei e seus colegas de equipe receberam tratamento médico emergencial de funcionários da ONSU. Ele e Amaterasu estavam bem, mas o terceiro Gennin sofreu danos internos e externos preocupantes. A situação levou a uma saída emergencial da Floresta da Eternidade de todos os presentes e Ai Yuki foi levado às pressas para o Centro Médico da Névoa.

Desde então, enquanto Toushirou ocupou Rei e Amaterasu com treinamento, o terceiro Gennin recebeu tratamento médico e a alta cúpula da Névoa se dedicou para os preparativos de missões designadas diretamente pela ONSU. Halibel orientou Toushirou a permanecer em alerta constante como prevenção de um possível novo ataque de Gurdo Javelin.

— O Multiverso é mesmo impressionante. Quem poderia imaginar que existiria alguém capaz de projetar a consciência de um mundo para o outro e atacar inimigos específicos à distância… Dessa maneira…? – se questiona Halibel, ainda bem observada por sua conselheira. – Se o que nosso inimigo disse for verdade, o Cristal da Alma está em um dos três Gennins e poderá ser alvo de outras pessoas também.

— Isso poderia ter alguma relação com a visão de Ishizu Ishtar? – questiona a ruiva presente na sala.

— No fundo, você sabe que não. Essa possibilidade também me soa pouco plausível. Não parece que existem ligações entre os Bestiamorfos em nosso mundo e inimigos buscando o tal Cristal da Alma em um dos nossos Gennins… – argumenta a Sannin da Aldeia da Névoa. – Mais cedo, solicitei a Toushirou que compartilhe essas informações com Silvanna Senju da Aldeia da Folha. Como as equipes deles trabalharão juntas na missão no País da Geada, ambos os Jonins precisam estar cientes do tipo de “surpresa” que poderão enfrentar.

— Compreendo, senhora Mizukage – alega a mais jovem, suspirando sutilmente. – Devo chamar a Equipe 4 para que você oficialize a missão?

— Sim, por gentileza – diz a outra.

— Com sua licença – articula Mera, reverenciando-a brevemente com a curvatura do seu corpo antes de se virar em direção à porta, abri-la, sair e fechá-la.

Halibel, por sua vez, segue analisando os documentos em sua mesa. O seu coração de mãe continua apertado desde que recebeu a carta de Ishizu Ishtar, da Aldeia da Areia, sobre a profecia envolvendo a morte do seu filho. Como líder, no entanto, deve continuar fazendo o que é preciso pelo bem da Névoa e da Aliança Shinobi.

Entretanto, quanto mais ela pensa em tudo isso, mais vívida se torna uma possibilidade entre seus pensamentos. De fato, é pouco provável que Gurdo Javelin esteja ligado aos Bestiamorfos, mas e se o estado de seu filho na visão – com o ventre destruído nos braços da mãe – tiver alguma conexão com o Cristal da Alma? O quão obscuro é o futuro que aguarda os jovens Gennins da Equipe 4…?



…/–/–/…

 

Enquanto isso, em um dos hospitais da Aldeia da Névoa…

 

— Bom dia – articula Anzu Mazaki, adentrando o quarto de Ai Yuki com um largo sorriso no rosto.

O Gennin está sentado em uma cama de hospital, olhando para o ambiente enevoado lá fora. A voz afável de Anzu, no entanto, chamou sua atenção. Cruzando o espaço entre a porta do quarto e a cama de Ai em poucos passos, a ninja médica coloca a bandeja com alimentos sobre a mesinha ao lado esquerdo do Gennin. Aqui está um prato com fatias de maçã, um copo de leite desnatado e uma barra de cereal sem açúcar.

— Dormiu bem? – questiona a mais velha, parando de pé ao lado da cama enquanto une as mãos à frente do corpo.

— Sim, obrigada – diz a figura mais jovem, sorrindo em resposta às gentilezas da Chuunin. – Você sabe quando terei alta?

— Dentro de alguns dias. A grande maioria dos seus ferimentos já foram revertidos, mas não conhecemos todas as propriedades da técnica inimiga – explica Anzu, mantendo a expressão amorosa. – Por precaução, você precisa se recuperar totalmente aqui e permanecer sob observação.

— Tudo bem… – garante o mais jovem.

— Apesar disso, você gostou dos seus colegas de equipe? – questiona, buscando mudar de assunto para não pesar o clima de sua paciente.

— Sim. Eles me visitaram todos os dias antes dos treinamentos. Também me visitaram hoje – revela Ai, com uma consistente conexão visual com Anzu. – Soube que vão partir para uma nova missão mais tarde…

— Entendo. Mas não se preocupe – fala a Chuunin, repousando uma das mãos sobre o ombro mais próximo de seu ouvinte. – Muito em breve você se juntará a eles de novo. Seu treinamento e desenvolvimento pessoal não serão prejudicados. Além disso, durante esse tempo, pode fazer uso do pátio do hospital para treinamentos individuais mais leves.

— Obrigada – agradece a figura de menos idade e experiência.

— Preciso sair para verificar os outros pacientes. Chame caso precise, já sabe – alega Anzu, abaixando a mão, dando-lhe as costas e iniciando passos rumo à porta.

— Até. Bom trabalho.

Em seguida, antes mesmo de Anzu se retirar do quarto, Ai desvia o olhar para o ambiente externo. Suspirando profundamente, o membro do clã Yuki se lembra dos momentos contra Gurdo Javelin. Debaixo do cobertor sobre suas pernas, os dois punhos de Ai se apertam. Seu sorriso se desmancha e sua feição toma uma seriedade quase palatável. Seus olhos castanhos denotam uma determinação flamejante.

— Ficarei mais forte para que aquilo não aconteça de novo… – diz para si mesma, observando a típica névoa da vila, ao longe. – Isso é uma promessa.

 

…/–/–/…

 

Minutos depois, de volta ao salão da Mizukage…

 

— A missão de Classe D que estão recebendo é uma tarefa de coleta de informações – articula Tier Halibel, sentada diante de Rei, Amaterasu e Toushirou. – Vocês terão uma semana para recolher o máximo de dados possíveis sobre o Nukenin Kamui Yato Uzumaki, da Aldeia da Chuva. A missão será realizada em conjunto com uma equipe da Aldeia da Folha. E repito: evitem confrontos com quaisquer tipos de adversários. Trata-se de uma missão exclusivamente destinada para coleta de informação. Estamos entendidos?

— Sim – dizem, juntos, Rei e Amaterasu.

— Mas eu tenho uma dúvida – alega o garoto loiro, atraindo para si os olhares de todos os demais presentes.

— E qual seria? – questiona a Mizukage.

— Se Ai não poderá ir conosco, quem será nosso quarto integrante?

— Boa questão – opina Halibel, direcionando sua mão direita para a porta aberta de sua sala. – Na verdade, o quarto membro já está à espera de vocês.

Quando os dois Gennins da Névoa olham na direção orientada pela líder da vila, ambos se surpreendem por já conhecerem a pessoa que está de pé no vão da porta. Trata-se de Tadashi Uzumaki, o Gennin dos Apátridas que realizou a missão da Floresta da Eternidade na equipe temporária com Amaterasu Terumi e Kazuto Kirigaya da Aldeia do Som.

— Oi – articula o garoto ruivo, balançando a mão direita rapidamente para saudar os outros Gennins.

— Olá novamente, Tadashi – articula a garota, sorrindo por breves instantes até ouvir a voz de Halibel outra vez.

— Peço que partam imediatamente. A equipe da Folha iniciará a viagem mais tarde, mas a distância da Névoa em relação ao destino final é maior. Portanto, vocês não devem perder mais tempo – explica a Kage do País da Água. – Alguma outra dúvida?

Os jovens negam, Halibel concede permissão para saírem e os quatro, com Toushirou à frente, começam a correr juntos para saírem das dependências da Mizukage. Em poucos minutos, eles cruzam o vilarejo e passam por um dos portões da Aldeia da Névoa, avançando entre o nevoeiro típico do País da Água rumo ao objetivo pretendido.

— Então esse tal Kamui Yato é bem perigoso, né? – pergunta Rei Hoshigaki, alinhado com os outros Gennins e alguns metros atrás do Jonin da equipe.

— Sim – confirma o mais velho do grupo, tendo a espada embainhada em suas costas muito observada por Tadashi Uzumaki. – Acredito que as informações dadas pela Mizukage sobre ele ainda estão frescas em suas mentes…

Embora a grande maioria das pessoas tenham aprovado o sucesso da Aliança Shinobi, proposta por Halibel anos atrás, alguns como Kamui Yato Uzumaki desaprovam o modelo com base em uma visão antigovernamental. O Nukenin em questão, originário da Aldeia da Chuva, sempre acreditou que os Kages de todas as aldeias abusam do seu poder enquanto os clãs e ninjas mais pobres se arriscam em missões que remuneram pouco. Acreditando que uma revolução era necessária, anos atrás o ruivo atacou o líder da Aldeia da Chuva e a líder da Aldeia da Nuvem com a intenção de matá-los e inspirar outros que se sentem insatisfeitos com a soberania dos Kages e da Aliança Shinobi.

O ataque mal-sucedido o tornou um foragido do mais alto escalão para todas as aldeias ligadas à Aliança. Posteriormente, os investigadores descobriram que Kamui estava motivando pequenos grupos rebeldes na Aldeia da Chuva. Temendo que esse ideal anárquico se espalhasse, a ONSU decidiu que os rebeldes deveriam ser presos por crimes políticos. Desde então, relatos em várias regiões do mundo ninja indicaram que o ruivo seguia com suas atividades criminosas no intuito de inflamar as insatisfações do povo.

Recentemente, ele se encontrou com um Jonin e uma Jonin Especial da Aldeia da Nuvem, um pouco antes do início das atividades da Folha e da Nuvem no Vale da Lua de Prata. Um breve confronto teve início e, antes de partir, Kamui mencionou o “ser Nexus” como seu objetivo. A informação foi repassada para a Organização das Nações Shinobi Unidas e foi decidido que as equipes de Gennins ficariam responsáveis por coletar o máximo de informações possíveis a respeito do Nukenin. Desse modo, as equipes voltadas para a perseguição e combate terão um suporte prévio adequado para o objetivo final: capturar Kamui, vivo ou morto.

— Apesar de ser uma missão simples, estou empolgada! – exclama Amaterasu, sorrindo de leve.

— Isso é bom, mas mantenham seus olhos atentos – pede o espadachim à frente dos mais novos, bem sério como sempre. – Ninjas sempre podem ser atacados de lugares inesperados quando entram em outros territórios. No momento em que colocarmos os pés fora do País da Água, tudo é possível. É por isso que um Jonin sempre deve acompanhar Gennins em missão, não importa o quão simples seja a tarefa.

— Certo – acata Rei, trocando olhares com sua colega do clã Terumi.

Mesmo com esse alerta, Toushirou não explica o motivo real para tal atenção: após a repercussão dos eventos na Floresta da Eternidade e no Vale da Lua de Prata, criminosos variados passaram a acreditar que a Aliança Shinobi está vulnerável. Afinal de contas, em um curtíssimo espaço de tempo, muitas coisas aconteceram para pôr em dúvida a tão temida consistência da Aliança Shinobi. Qualquer ninja de elite sabe que a mínima ameaça de crise sempre chama a atenção de bandidos menores muito mal-intencionados.

Horas mais tarde, o grupo chega ao litoral do País da Água, em um porto que realiza viagens marítimas gratuitas oferecidas para ninjas da Aliança Shinobi, pela Organização das Nações Shinobi Unidas. Toushirou e seus Gennins se acomodam em um navio que atravessa os oceanos rumo ao País da Geada dentro de dois dias e algumas horas. Caso realizassem uma viagem tão extensa sozinhos, consumiriam quantidades exorbitantes de chakra atravessando as águas. Obviamente, isso é algo que Toushirou quer evitar dadas as circunstâncias atuais sobre a Aliança Shinobi e seus opositores. O fato é que, enfim, após a longa viagem…

— Nossa, aqui realmente faz mais frio… – articula Rei, sendo o primeiro da equipe a descer do navio, agasalhado com um casaco branco.

Assim como o Hoshigaki, Amaterasu e Tadashi descem tão agasalhados quanto: ela com um casaco azul claro e ele com um casaco laranja claro. Toushirou, sendo o último a descer do veículo marítimo, é o único que demonstra não sentir nenhum incômodo com a baixa temperatura típica do País da Geada. Com todos correndo, liderados pelo Jonin, em poucos instantes o quarteto já está bem longe do navio.

— Mantenham-se alertas, como eu disse no início da viagem – o mais velho ressalta. – Estamos justamente no território que precisamos investigar. Não sabemos como as atividades criminosas estão por aqui nos últimos dias…

Por algum tempo, o quarteto segue seu trajeto sem nenhum problema. No entanto, ao longe, Toushirou é capaz de avistar duas estranhas figuras caminhando na direção da equipe. O que mais chama a atenção do Jonin é o longo cabelo de uma daquelas duas pessoas, um cabelo grande demais para ser confundido…

— Preparem-se para a encrenca se acham que vão passar facilmente por este lugar… – articula, a alguns metros, uma voz feminina.

— E encrenca dupla para que cada um de vocês venha a desfrutar… – determina a voz masculina, da pessoa que caminha junto da primeira.

Franzindo a testa, Toushirou cessa imediatamente o seu avanço, fazendo com que os seus Gennins também parem de correr com tanto empenho. Desse modo, com apenas alguns passos, dois já conhecidos criminosos também param de andar: de um lado uma mulher de pele clara, lábios vermelhos, olhos azuis e um longo cabelo entre o púrpura e o ruivo que faz um arco até ultrapassar sua cintura; do outro, um homem de altura equivalente à dela, cabelos ruivos lisos até o pescoço, pele alva e olhos verdes. Ambos vestem trajes pretos, botas escuras e agasalhos vermelhos para a proteção contra o frio.

— Para proteger o mundo da falsa salvação – prossegue a mulher.

— Para unir os flagelados de cada nação – continua o homem.

— Para denunciar os males da Aliança Shinobi – ela, colocando a mão direita sobre a cintura enquanto sorri.

— Para elevar o nosso poder rumo às estrelas – ele, lançando ao chão uma rosa vermelha com a sua mão esquerda, sorrindo em seguida.

— Musashi! – se apresenta a mulher.

— Kojirou! – se apresenta o homem.

— Nós, anti-Aliança Shinobi, decolando na velocidade da luz! – complementa Musashi.

— Rendam-se agora ou preparem-se para lutar e lutar! – finaliza Kojirou.

— O que é isso? Uma apresentação de circo itinerante? – questiona Amaterasu, arqueando a sobrancelha direita.

— Não se afobe. Julgar inimigos pela aparência pode ser um erro fatal – Toushirou a repreende, ainda de pé entre as duas figuras exóticas e seus Gennins. – Esses dois são Nukenins da Aldeia da Grama já de longa data.

Lado a lado, Musashi e Kojirou sorriem enquanto observam o Jonin de cabelos brancos. Toushirou percebe que eles não o conhecem e, muito provavelmente, não sabem que é o atual líder do clã Yuki e um poderoso Jonin da Aldeia da Névoa. Afinal de contas, a menção de Toushirou sobre aparência é por experiência própria: frequentemente, inimigos lhe subestimaram por sua aparência “juvenil ou quase infantil” e não permaneceram de pé para se arrepender em tempo…

— Percebo que conhece a nossa fama, jovenzinho – pontua Musashi, ainda sorridente.

— O suficiente para saber que vocês não estão no campo de atuação tradicional de vocês – estipula o Espadachim da Névoa, alterando o olhar entre os dois Nukenins diante de si. – O que lhes traz até este país?

— Não estamos aqui para responder suas perguntas, amiguinho – afirma o outro Nukenin, esboçando uma expressão de completa seriedade na sequência. – Pelas bandanas dos dois garotos, percebemos que vocês são da Aldeia da Névoa.

— E pela espada em suas costas, apenas tivemos certeza – completa a mulher, analisando o que lhe é visível da arma embainhada de Toushirou. – Uma das Sete Espadas Lendárias da Névoa… Um artefato que seria muito bem aproveitado por nós.

Toushirou pensa em se colocar em posição de batalha, mas uma ideia vem à sua mente: “E se eles não forem os únicos Nukenins atuando no País da Geada?”. “E se outros inimigos até mais poderosos, como Kamui Yato, estiverem por aí?”. Considerar tais hipóteses leva Toushirou a imaginar que não é o ideal consumir suas energias contra dois Nukenins de periculosidade média. Por isso, dando as costas para a dupla, o Jonin cruza os braços e observa com atenção cada um dos Gennins diante de seus olhos.

— Enfrentem-os.

— O quê!? – questiona Rei, espantado.

— Mas não era para evitarmos confrontos? – indaga Amaterasu, tão surpresa quanto.

— Sim, mas não podemos recuar agora, nem estamos lidando com alguém do nível do nosso maior problema – explica, optando por ocultar, para os Nukenins, o nome de Kamui Yato. – Será uma boa oportunidade de avaliá-los depois dos meus primeiros ensinamentos básicos.

Com isso, o mais velho se afasta em direção à sua esquerda enquanto os três Gennins dão alguns passos para a frente. Rei, Amaterasu e Tadashi se colocam em posições combativas enquanto Musashi e Kojirou também se preparam. Em sua posição, ainda de braços cruzados, Toushirou pensa ao observar os dois Nukenins:

— Também será uma oportunidade de avaliar esses dois… Será que estão trabalhando com o Yato? Ou estão aqui depois do burburinho sobre o ataque dele a membros da Aliança Shinobi? A nossa investigação começará mais cedo do que eu esperava. E caso seja necessário… – suspira profundamente, semicerrando suas pálpebras. – Eu interfiro e derroto ambos com as minhas próprias mãos!



Arco 2 - País da Geada… Começou!


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Notas finais do capítulo

– Saudações, deuses e mortais! Como vão? Espero que bem! Espere um momento… Você está acompanhando este universo, mas ainda não criou a ficha do seu personagem? Que pecado, amiguinho! Não perca mais tempo e se integre a este wonderverso! Agora é hora de voar!

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Musashi Benkei

Idade: 30 anos

Aldeia: Grama, País da Grama

Cargo: Nukenin (Chuunin, ex-Diretora da Academia Ninja)

Origem: Pokémon (Jessie/Musashi)

Musashi Benkei é uma ninja renegada de nível Chuunin da Aldeia da Grama. Especializada em técnicas com serpentes e no Estilo da Agulha Precisa, ela se mostra uma adversária recorrentemente perigosa para aqueles que subestimam suas capacidades. No passado, foi responsável pela diretoria da Academia Ninja da Aldeia da Grama, mas abandonou seu cargo por interesses pessoais. Aliou-se a Kojirou Hashiguchi para cometer pequenos delitos no País da Grama e em regiões vizinhas.



Kojirou Hashiguchi

Idade: 30 anos

Aldeia: Grama, País da Grama

Cargo: Nukenin (Chuunin)

Origem: Pokémon (James/Kojirou)

Kojirou Hashiguchi é um ninja médico, conhecedor de venenos e usuário da Arte Ninja de Flor, nascido na Aldeia da Grama. Foi colega de equipe de Musashi Benkei durante seus tempos como Gennin. Assim como ela, decidiu abandonar seu vilarejo ninja para buscar interesses pessoais que não se encaixavam naquele modelo de vida. Apesar disso, sente saudades de sua mãe: Yasuyo Hashiguchi. Embora seja de nível Chuunin, é um dos raros ninjas capazes de utilizar a famigerada Técnica de Invocação Mítica.



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— Este universo compartilhado é parte de um projeto maior chamado Wondernautas. Trata-se de um podcast de informação e entretenimento focado em cultura pop, sociedade e diversidade. Recentemente, um episódio sobre nosso universo compartilhado de histórias foi lançado e você pode ouvi-lo caso ainda lhe restem dúvidas sobre essa loucura. Visite o trabalho do meu criador no Spotify ou no Instagram para conhecê-lo melhor. Acenos virtuais a todos e que a glória de Gaia esteja com vocês!



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