Justiça: O Pergaminho de Rei escrita por Wondernautas


Capítulo 12
11 - Aquilo que o fogo consome




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/808410/chapter/12

Arco 2 - País da Geada




— Quem é você? Ou o que… É você…? – indaga Adoniz Cavillare, com uma feição intrigada.

Há pouco, o jovem adulto estava enfrentando o grupo de Gennins sob responsabilidade de Hitsugaya Toushirou Yuki. Porém, a chegada de um “visitante inesperado” batendo palmas sarcásticas parece estar prestes a mudar o rumo dos eventos neste cenário. A serpente marinha Mizurados também está presente, posicionada bem ao lado direito de seu convocador Rei Hoshigaki.

Parando em determinado ponto, a alguns metros de Adoniz, Rei, Amaterasu – ainda sem consciência – e Tadashi , Gurdo Javelin sorri. Cessando as palmas, o pequeno ser leva ambos os braços para trás do corpo e suspira. Considerando que alguns dos presentes não lhe conhecem, toma a decisão de se apresentar da maneira devida segundo os costumes de sua cultura.

— Meu nome é Gurdo Javelin, sou um caçador de tesouros e recompensas multiversal – explica, sorrindo enquanto alterna o olhar entre Adoniz, Rei e Tadashi. – E estou aqui por dois motivos. O primeiro: por vingança. E o segundo… – enfim, foca o seu olhar no ponto onde estão Rei e a desacordada Amaterasu. – Pelo maior prêmio a ser obtido em todo o Multiverso: o Cristal da Alma. A questão é que, desta vez, eu não desistirei até arrancá-la de dentro de um de vocês… Com as minhas próprias mãos!

Os olhos de Rei Hoshigaki estão arregalados. O garoto loiro se lembra com detalhes de tudo o que ele e seus colegas de equipe viveram contra Gurdo Javelin. Afinal de contas, não faz tanto tempo assim que foram atacados e que Ai Yuki sofreu ferimentos consideráveis, vítima da insanidade do viajante multiversal.

Por outro lado, Adoniz não o conhece. Seu olhar sério e sutilmente interessado observa Gurdo com atenção. Para sua breve análise, o pequenino de pele esverdeada não parece ser apenas um Gennin. De forma instintiva, ele imagina que não poderá vacilar e, mais do que nunca, terá que se esforçar para completar a sua missão. Ou será que ele deveria apenas deixar as pobres crianças exauridas à mercê do sujeito desconhecido?

— Esse esquisitão aparentemente só tem “negócios a tratar” com os garotinhos – pensa Adoniz, alterando o seu olhar com cautela entre Gurdo Javelin, Rei Hoshigaki, Amaterasu Terumi e Tadashi Uzumaki. – Eu tenho um prazo para entregar a espada daquele Jonin da Névoa para o meu contratante. Se eu simplesmente deixasse este lugar… Seria perfeito para mim. Mas…

Um dilema ético parece tomar conta da alma de Adoniz. Ele sempre viveu tendo que se esforçar para sobreviver à sua dura realidade. Para tal, cometeu atos dos quais não se orgulha, mas nenhum que tenha incluído tirar a vida de alguém. Se ele deixasse crianças desgastadas à mercê de um assassino em potencial, poderia se considerar inocente daqui por diante…? Se Gurdo Javelin, quem exibe um instinto assassino quase palatável, matar esses Gennins… O sangue deles também não estará nas mãos de Adoniz?

No passado, o ninja independente originário do País do Fogo prometeu para si mesmo que jamais cruzaria essa linha. “Matar jamais, não importa o quanto as coisas se tornem difíceis para mim…”. Adoniz cresceu acreditando que as dificuldades de uma vida, em nenhuma circunstância, são justificativas para ceifar outra vida. Para ele, a justiça é a luta pela sobrevivência que não retira o mesmo direito daqueles ao seu redor. Roubar, enganar, mentir, dissimular e se vender… Ele está acostumado com tudo isso há anos… Mas… Matar? Negligenciar crianças em perigo emergente? Dar as costas para o que pode se tornar um massacre…?

— Quem eu serei amanhã se me beneficiar disso…? – Adoniz pergunta para si mesmo em seus pensamentos, abaixando o seu rosto enquanto Gurdo Javelin observa Rei Hoshigaki com total atenção. – Qual será o sentido de tudo o que suportei até aqui…?

Enquanto o sujeito se perde em suas próprias considerações, o solo abaixo dele e dos Gennins começa a vibrar. Em seguida, de um ponto no chão pouco atrás de Gurdo Javelin, três fragmentos de terra maiores do que um ser humano adulto se desprendem e começam a levitar. Direcionando uma mão contra Rei e uma mão contra Tadashi, a criatura arremessa os detritos em alta velocidade contra cada um deles. O garoto Uzumaki não entende muito bem a situação, mas Rei se lembra da primeira vez que presenciou a técnica Arremesso de Pedra Psíquica do inimigo que está atacando.

— Estou quase sem chakra… – pensa Tadashi, retirando uma kunai de sua bolsa de ferramentas com a mão direita para manuseá-la com ambas as mãos. – Mas não preciso pensar muito para considerar que esse tal Gurdo prefere lutar à distância. Dadas as circunstâncias, preciso avançar…

Enquanto as pedras se aproximam, cada uma de um alvo específico, Rei e Tadashi agem de maneiras distintas. O filho de Halibel permanece bem posicionado onde está enquanto Mizurados, sua serpente marinha, toma a dianteira. Com um movimento rápido de sua cauda, a criatura choca o seu corpo na rocha atirada pela técnica de Gurdo Javelin, esmigalhando-a com certa facilidade. Ao mesmo tempo, Tadashi espera os últimos instantes para saltar para o alto, escapar da trajetória da pedra e atirar a sua kunai na direção do oponente.

— Patético – articula o esverdeado, olhando na direção do projétil com evidente desdém. – Não estou interessado em você.

Através da Dispersão Psíquica, o caçador de recompensas consegue mudar a trajetória da arma atirada em sua direção com grande facilidade. Na sequência, manipulando-a através de forças telecinéticas, Gurdo Javelin lança a kunai de volta com o movimento de sua mão direita. Para o espanto de Tadashi, a velocidade do projétil redirecionado é extremamente superior ao disparo original. Por ter saltado para o ar, quase sem forças para prosseguir combatendo, o Gennin nada é capaz de fazer… A kunai o acerta em cheio na barriga, cravando em sua carne com extrema brutalidade devido à velocidade da projeção.

— Tadashi! – exclama Rei, desesperado ao observar seu companheiro de equipe sendo atingido com tanta violência.

O sangue do garoto Uzumaki voa pelos ares enquanto ele cai de costas em direção ao solo. Gemendo de dor, o jovem leva ambas as mãos em direção ao ferimento. Com dificuldade, consegue observar que a kunai está quase que completamente cravada em sua carne. Ao longe dele, Rei também nota isso e imagina que tudo o que está acontecendo por aqui não pode durar por muito mais tempo…

— Tadashi e Amaterasu precisam de atendimento médico o quanto antes! Mas o que eu sozinho, já cansado, vou conseguir fazer contra um cara que me enfrentou junto da Amaterasu e do Ai sem nenhum problema…? – pensa o loiro, observando Tadashi enquanto Mizurados se desloca no solo como uma serpente, indo em direção a Gurdo Javelin com as presas à mostra.

— Vou contar um segredo para você, garotinho – afirma o viajante multiversal, parado enquanto a serpente marinha se aproxima. – Naquela ocasião, vocês enfrentaram a minha projeção mental. Desta vez, estou aqui pessoalmente… E isso significa que estou com meus plenos poderes… Arco da Mente: Projeção Astral.

Com um rápido movimento de suas mãos, Gurdo Javelin coloca dois dedos de cada uma ao redor de sua cabeça. Em seguida, ele dispara uma poderosa rajada psíquica invisível em linha reta. Essa onda de choque, embora seja proveniente de forças mentais, possui um alto poder destrutivo testemunhado por Rei quando a mesma avança rasgando parte do solo pelo caminho. Mizurados é atingido com violência e o seu convocador logo consegue perceber a diferença de poder em relação à primeira vez que presenciou esse ataque.

Porém, devido à velocidade do ataque somado ao desgaste físico de seu corpo, Rei apenas arregala os seus olhos enquanto a rajada invisível se aproxima. Tudo o que o filho de Halibel é capaz de ver são as distorções no ar causadas pelo movimento extremamente acelerado da onda mental. Por instantes, o garoto sente como se não tivesse salvação, mas…

  — Estilo Fogo: Técnica da Grande Bola de Fogo!

Esforçando-se ao máximo para se mover depressa, Adoniz disparou a Técnica da Grande Bola de Fogo contra a trajetória do ataque de Gurdo. As técnicas se chocaram e, embora a projeção de energia mental tenha prevalecido, ela se atrasou o tempo suficiente. Com isso, correndo na direção de Rei, o mais velho consegue pegá-lo pela barriga com o seu braço esquerdo. De tal modo, o mais velho tem sucesso em sair da trajetória do ataque de Gurdo enquanto carrega o filho da Mizukage.

— O que você tá fazendo!? Tá querendo me vender junto com a espada!? – se revolta Rei, movimentando-se de maneira alucinada na tentativa de se desvencilhar do mais velho.

Ofegante, Adoniz pousa em determinado ponto no campo de batalha. Ele se esforça para manter Rei consigo com o seu braço esquerdo enquanto o braço direito permanece ferido – e dele seu sangue continua pingando, ainda que de maneira mais sutil do que antes. Sorrindo levemente, Gurdo analisa o atual estado do sujeito enquanto, ao longe, Tadashi Uzumaki permanece gemendo de dor quase imóvel ao chão.

— Pare de se mexer, você está me atrapalhando – articula Adoniz, mantendo o olhar fixo nos olhos do inimigo dos Gennins.

Ao ouvir isso, Rei nota que a Espada Lendária do seu mestre não está mais sendo carregada por Adoniz. Olhando para todos os lados do local, o garoto busca reencontrá-la com seus olhos. Logo, o filho da Mizukage consegue realizar tal feito: a espada está caída ao chão como se nada valesse, no mesmo ponto onde Adoniz estava parado até então.

— Você… – articula o menor, surpreso enquanto redireciona o seu olhar para o rosto sério acima de si.

— Já pedi para ficar quieto – reforça Adoniz – Não vou conseguir lutar sem os dois braços e ainda tendo que suportar seu falatório irritante.

Rei se cala sem contestar. Isso porque ele compreende o que aconteceu: Adoniz decidiu lutar para ajudá-los, mesmo que não precisasse. Não… É mais do que isso. A aparição de Gurdo era o cenário ideal para Adoniz, uma vez que ele teria espaço para escapar com a espada de Toushirou e nunca mais ser visto por nenhum deles. Mesmo assim, o ninja independente optou por ficar e proteger os Gennins.

— Não precisa me carregar, eu…

— Ele não se importa comigo – Adoniz o interrompe. – Não vai desperdiçar energias comigo a menos que eu esteja com o que ele quer. Se deixá-lo longe de mim, esse desgraçado vai focar os ataques em você de novo. E talvez eu não consiga reagir a tempo para te proteger na próxima vez…

É quando Gurdo Javelin começa a rir. E, em seguida, a gargalhar. Tanto Rei quanto Adoniz e Tadashi se surpreendem com a situação. Afinal de contas, onde está a graça em tudo o que está acontecendo aqui? Para pessoas como eles, que não conhecem o prazer pela crueldade, tudo isso é irracional. Para Gurdo, no entanto, acostumado a mergulhar no desespero e sofrimento de seus inimigos, tudo isto é perfeitamente cômico. Um sujeito qualquer, que há pouco estava enfrentando as crianças… Agora se esforça, mesmo que ferido e cansado, para proteger um deles.

— Isso não é hilário!? – questiona a criatura verde, ainda entre gargalhadas. – Vocês do Universo Alfa-2 são realmente fascinantes! Não dão valor às suas vidas medíocres mesmo quando estão diante de um predador implacável! Isso é hilário! Fascinante! Alucinante! Magnífico! Estontean…

— Cala a boca, seu anão mutante feioso do caramba! – exclama o ninja independente, começando a correr em direção a Gurdo Javelin.

— Sabia que você poderia sofrer um processo do setor de Direitos Humanos da Aliança Shinobi por essa fala intolerante? – questiona Rei, arqueando as sobrancelhas enquanto observa a expressão facial de Adoniz: e como se mal se importasse com o fato de estar sendo carregado por um “inimigo” como um simples objeto. – Como filho da Mizukage, eu preciso te alertar sobre esse fato.

— Meu Deus, garoto! – reclama Adoniz, cada vez mais perto do seu alvo. – Fecha essa matraca!

Apesar da situação “divertida”, Gurdo decide se concentrar na batalha outra vez. Realizando um novo uso da sua técnica de Arremesso Psíquico, o viajante multiversal faz o solo tremer novamente. Em seguida, um grande fragmento de terra, duas vezes maior que as rochas atiradas anteriormente contra os Gennins, surge a poucos metros diante de Adoniz.

Porém, devido ao tamanho, a projeção do detrito acaba por se deslocar em uma velocidade inferior. Mesmo cansado e carregando Rei Hoshigaki, o ninja independente de Tanzaku faz o surpreendente: se esquiva da trajetória da rocha e se aproxima de Gurdo por sua direita. A criatura verde não tem tempo de reagir e, antes que faça qualquer outra coisa…

— Agora você pode falar – articula Adoniz, carregando Rei com seu braço enquanto sufoca Gurdo com um aperto de suas pernas. – Quem sabe essa coisa horrorosa desiste por ficar atordoado com os seus discursinhos motivacionais!?

Graças aos seus rápidos movimentos, Cavillare conseguiu se colocar atrás de Gurdo, atacá-lo no pescoço com o aperto de suas pernas e imobilizá-lo sem dificuldades. Aproveitando-se da sua grande vantagem muscular adquirida por treinos físicos diários, Adoniz deixa Gurdo à sua mercê. Ao longe, Tadashi consegue entender o que está acontecendo.

— Ele é realmente muito bom. Conseguiu chegar à mesma conclusão que eu, proteger o Rei e atacar com o Estrangulamento da Serpente sem usar nenhum dos braços – pensa Tadashi, com as mãos sobre seu ferimento tentando resistir à dor. – Mesmo assim, ele arriscou muito partindo contra um inimigo desconhecido estando tão vulnerável. Por que fez isso se poderia simplesmente fugir com a espada e nos deixar para morrer…?

— Peça a proteção dos Direitos Humanos agora, coisa feia! – exclama Adoniz, apertando suas pernas ainda mais contra o pescoço do seu inimigo enquanto se mantém assentado sobre os ombros do pequenino.

— Hey, não fique debochando de coisa séria! – retruca Rei, emburrado e ainda carregado pelo mais velho.

Gurdo, quase sem ar, se esforça ao máximo para tentar afastar as pernas do inimigo. No entanto, suas mãos pequeninas são como grãos de areia tentando penetrar poderosas rochas de músculos de um homem adulto no auge do seu condicionamento físico. Ciente de que só existe uma saída… O viajante multiversal toma a única escolha possível neste cenário.

Repentinamente, os “olhos adicionais” da cabeça do caçador de recompensas começam a brilhar de forma intensa. Com esforço, antes que perca a consciência, a criatura direciona seu olhar “extra” para a desacordada Amaterasu Terumi ao longe. Dessa maneira, de forma instantânea, o esverdeado troca a sua posição no campo de batalha com a garota.

— O quê!? – Adoniz, incrédulo ao perceber que agora é Amaterasu quem está à mercê do aperto de suas pernas.

Por estar inconsciente, a garota não permanece de pé. Desse modo, tanto ela quanto Adoniz e Rei caem ao chão. Ao mesmo tempo, levantando-se do ponto para onde Gurdo se teletransportou, ele gargalha enquanto declara:

— Insetos insignificantes! Todos vocês vão morrer! E o Cristal da Alma será meu!

Tanto Rei quanto Adoniz sentem uma poderosa força psíquica sobre seus corpos, imposta a eles pelo par de olhos adicionais de Gurdo. Ambos se esforçam, mas não conseguem se mover. Tadashi, por sua vez, assiste a tudo sem ter qualquer capacidade de fazer algo devido ao seu estado atual. Preparando os dedos em sua cabeça, disposto a aplicar um novo disparo da Onda de Choque Psíquico, Gurdo sorri largamente.

Veias ao redor de sua cabeça saltam evidenciando o grande esforço que lhe é necessário para manter abertos os seus dois olhos extras. A Troca Psíquica, técnica que lhe permitiu escapar do nocaute certo, é um recurso extremamente desgastante que não pode ser usado de maneira leviana. Contudo, neste momento, Gurdo tem a plena certeza de que usou na hora ideal para sua inevitável vitória. Porém…

— O… Cristal da Alma…? – questiona uma voz feminina inesperada. – Você o deseja…?

Todos os presentes se surpreendem. Afinal, Amaterasu deveria estar desacordada. Porém, não é o caso. Colocando-se de pé com o corpo curvado para a frente e os braços estendidos diante dela mesma, a jovem do clã Terumi prossegue falando enquanto seu rosto permanece cabisbaixo:

— Eu, Amaterasu das Chamas Negras, jamais permitirei que alguém toque nele…

Rei, apesar de estar atrás das costas de sua amiga, percebe que o timbre de voz da garota está diferente. É como se as palavras entoadas pelos lábios dela fossem resultado de um coro de vozes imponentes e aterradoras. Em seu âmago, ele se questiona… O que diabos está acontecendo aqui…?

Quando o rosto da filha adotiva de Valir Terumi é direcionado para Gurdo Javelin, ele arregala os seus “olhos normais”. Afinal, os olhos de Amaterasu foram totalmente tomados por um intenso brilho negro. Ao longe, também capaz de observar o que está ocorrendo, Tadashi se arrepia dos pés à cabeça. Para ele… É como se a própria manifestação da morte ardesse nos olhos da kunoichi como brasas imortais.

— Queime até os ossos, mortal. E pereça – impera Amaterasu com uma tremenda autoridade.

Ainda que assustado, Gurdo decide disparar sua técnica de uma vez por todas. Diante dele está apenas uma garotinha inofensiva como qualquer uma das outras crianças presentes. Que ameaça ela poderia representar a essa distância contra ele? Como alguém que foi ovacionado por seu povo como o mais poderoso dos guerreiros em combates de longa distância, Gurdo acredita que nada que ela faça poderá salvá-la da morte. Entretanto…

— O quê!? – Gurdo se surpreende ao sentir algo queimando em ambas as mãos.

Ao abaixar as mãos, afastando-as do rosto, o pequenino fica perplexo. Poderosas chamas negras estão ardendo em suas mãos, afetando-o com uma dor incalculável. Gurdo berra em agonia enquanto sente sua pele, carne e ossos derretendo em instantes.

— Maldita!!! – grita a criatura, tomado por sua mais absoluta ira. – Não pense que irá me matar tão facilmente! Se eu morrer, levarei todos vocês juntos comigo!

Um brilho roxo preenche os dois pares de olhos de Gurdo Javelin. As chamas avançam por seus braços, lentamente transformando seus membros em cinzas enquanto se aproximam dos ombros. Sofrendo de maneira bem dolorosa com o avanço do fogo negro, o viajante multiversal declama:

— Queimarei toda a minha energia psíquica em um único ponto! Meu corpo explodirá causando uma destruição psicocinética em um raio de, pelo menos, 30 metros! Não importa se irei morrer… Vocês também não vão sobreviver!

Em total silêncio, Amaterasu continua olhando na direção de Gurdo. Seus olhos brilham como jóias obscuras assim como o corpo da criatura verde reluz como uma tocha de brilho lilás intenso. Rei Hoshigaki, Adoniz Cavillare e Tadashi Uzumaki apenas observam a tudo incapazes de fazer qualquer coisa a respeito do que está prestes a acontecer…


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

– Saudações, deuses e mortais! Como vão? Espero que bem! Meu criador anda tão atarefado que até eu estou ficando maluquinho. Se você está gostando desse wonderverso, considere apoiá-lo visitando o @wondernautas naquele tal de Instagram. Se quiser conteúdo fluido e interessante enquanto faz tarefas do dia-a-dia, procure o Wondernautas no Spotify. Fica a dica, hein? Agora é hora de voar!

…/–/–/…



Arco da Mente: Projeção Astral

Rank: C

Classificação: Ninjutsu

Requerimento: Arco da Mente

Descrição:

Embora simples, trata-se de uma rara habilidade que permite projetar a consciência através dos universos ou realizar viagens multiversais com sua forma corpórea. A técnica exige um tempo mínimo de concentração para ser realizada e suas duas variações possuem finalidades distintas. Viajar em forma astral permite ao usuário se projetar em distâncias mais longas sem expor o seu corpo. As desvantagens nesse caso é que, embora possa usar suas técnicas mesmo em forma astral, elas são menos eficazes e qualquer dano recebido nesta forma pode afetar o cérebro do usuário diretamente. Além disso, a projeção será quebrada se a concentração do corpo original for interrompida. O segundo caso é mais útil para combates que exigem força total, dispensando a necessidade de se manter concentrado. Por outro lado, o usuário se coloca em risco diante dos riscos de se atravessar os limites entre os universos.



Estrangulamento da Serpente

Rank: C

Classificação: Taijutsu

Requerimento: Habilidade em Taijutsu, força física elevada nas pernas

Descrição:

Movimento de Taijutsu no qual o usuário imobiliza o inimigo com uma chave de pescoço usando as pernas. Basicamente, utiliza-se a força das pernas para envolver o pescoço do alvo por trás e estrangulá-lo. O objetivo pode ser obter sua rendição, desmaiá-lo ou aplicar outro movimento com os braços, visto que os membros superiores ficam completamente livres durante a execução desta técnica.



…/–/–/…

— Hey, você gostou? Uma última coisa antes da minha despedida: este universo compartilhado é parte de um projeto maior chamado Wondernautas. Trata-se de um podcast de informação e entretenimento focado em cultura pop, sociedade e diversidade. Recentemente, um episódio sobre nosso universo compartilhado de histórias foi lançado e você pode ouvi-lo caso ainda lhe restem dúvidas sobre essa loucura. Visite o trabalho do meu criador no Spotify ou no Instagram para conhecê-lo melhor. Acenos virtuais a todos e que a glória de Gaia esteja com vocês!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Justiça: O Pergaminho de Rei" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.