Um dia para recomeçar escrita por xdrome


Capítulo 2
Os doces mais amargos do Recife




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Pina- dias atuais.

Cecil estava na sala, terminando o jantar, quando Simone entra visivelmente abatida, o casal estava junto a mais de 10 anos, tinham uma relação estável.

— Como foi o aniversário da Luisa?

— Eu não fui, Cecil eu estou exausta, se me der licença.

— O que aconteceu?

— Eu atropelei um cara, logicamente prestei socorro.

— Descanse querida.

Emergência da Unimed.

Roger foi liberado na companhia dos filhos, chegando em casa, ele pôs um saco plástico no gesso e foi tomar banho, não parava de pensar nos olhos da mulher do hospital.

No outro dia, ele havia sido liberado do trabalho por um mês, segundo o atestado médico, estava comendo antes de ir para a fisioterapia.

— Isso foi um ato criminoso. Diz Antônia.

— Tia, a culpa foi minha.

— Era a milionária mesmo?

— Sim, Tia Cleo, foi ela.

— Esses ricos lá de Boa Viagem não sabem dirigir. Diz Antônia convencida.

— Oi pai.

— Oi Juninho.

— Tão falando da tia ricaça? ... Ela é bem bonita.

— Ela sabia o meu nome, foi tão estranho, era como se eu a conhecesse.

—Como assim? Kevelyn. Pergunta Antônia curiosa.

— Tia, ela deve ter escutado enquanto eu tentava avisar vocês.

— Deve ter sido isso Roger, Kevelyn já tá cheia de coisa.

Espinheiro.

Ella estava na varanda do apartamento colocando água nas plantas, enquanto Simone estava sentada.

— Eu vi os meus filhos, Ella.

— Eu sei e entrei em uma hora propicia, antes de vocês fazer alguma besteira.

— Eles amam o Roger.

— Simone...

— Ele me reconheceu pelos olhos e eu acho que a Kevelyn...

— Ele tava dopado de analgésico, amiga e a pirralhinha queria crescer pra cima de tu.

— Kevelyn Rayssa sempre foi muito protetora, Juninho ainda é uma incógnita, não sei como é.

1996- Avenida Conde da Boa Vista.

Sheyla trabalhava como confeiteira na Padaria Imperatriz, uma das mais tradicionais do Recife, porém sonhava em seu próprio negócio, quando vê em um cartaz na rua, sua chance:

CURSO DE CONFEITARIA NO MAR HOTEL 

DIA 15/08/1996.

INVESTIMENTO R$ 250,000 REAIS.

Ainda era junho e ela tinha dois meses para juntar o dinheiro, então raspou a poupança para fazer o curso de confeitaria, porém no dia, quando chegou a o Mar Hotel, acabou presenciando algo que nunca sairia de sua cabeça.

— Eu quero você esta noite no meu quarto.

— Senhor Cecil não me importune, eu sou casada. Responde Lucylenne com vergonha.

Tempos depois Sheyla recebeu uma visita aleatória em seu local de trabalho.

— Oi boa tarde, meu nome é George.

— Oi.

— A senhora é Sheyla Francisca da Paixão?

— Sim.

— Meu patrão Cecil Andrew Baxter tem um negócio a lhe propor, a senhora viu algo que não devia, no dia em que esteve no Mar Hotel, ele oferece R$ 600 mil reais pelo seu devido esquecimento.

— Onde eu assino? Pergunta ela.

Rosarinho, dias atuais.

Sheyla provava o Chantilly e sentia o amargor de suas ações refletida no doce que ela havia errado o ponto e não acreditava no estava vivenciando.

Boa Viagem, Baxter S. A.

Cecil Baxter estava em seu escritório, ele olhava para uma foto de Simone vestida de noiva, a amava, o milionário pegou o telefone e ligou para George, o seu homem de confiança.

— Senhor Cecil?!

— George, eu quero que você descubra: Quem a minha esposa atropelou?

— Deixe comigo.

5 horas depois.

O Audi preto entrava na Praça de Casa Forte, lugar onde jamais Cecil havia colocado os pés, mas ele tinha de visitar este homem, o motorista havia chegado ao seu destino.

— Tem certeza que é aqui?

— Sim senhor.

Cecil tocou a campainha e Roger atendeu puxando a maçaneta do portão.

— Você?! Reage Cecil surpreso.

— Cecil Baxter!

— Depois de tantos anos... Pelo que vejo, você usou a minha “ajuda” para comprar esta bela casa.

— Seu porco! Eu nunca teria aceitado....

— Teria sim, afinal a afinal sua ex esposa Lu.ylenne matou a senhora Buarque de Holanda.

Kevelyn chega em casa nesse momento.

— Pai, o Cecil Baxter tá aqui?

— Entra Kevelyn! Diz Roger nervoso.

— Minha esposa lhe quebrou o braço senhor Roger, podemos chegar a um acordo?

— Foi um acidente, vocês não devem nada.

— Obrigado Roger! Diz Cecil em tom irônico.

— Seu verme! Grita Roger.

Cecil entra no Audi preto.


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