Um dia para recomeçar escrita por xdrome


Capítulo 1
Simone




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Simone.

Pina- Recife, dias atuais.

Do auto de sua cobertura, Simone Baxter observava a praia, com sua taça de vinho tinto seco, tentava não pensar nos últimos 20 anos de sua vida.

Em sua vivência como esposa de milionário, se formou Doutora em História pela Sorbonne, além de aprender como se portar, vestir e ser uma senhora de sociedade, seu celular toca enquanto ela saboreia o vento.

— Oi.

— Simone, tenho a pasta que me pediu, estou enviando para o seu e-mail.

— Obrigada Ella.

Casa Forte.

Roger chegava em casa após um dia de trabalho, havia digitado 150 páginas, a casa estava vazia, suas tias haviam ido a missa, Juninho estava na escola, Kevelyn ainda não havia chegado do trabalho.

Era o momento perfeito para recordar a mulher que amou e que era a mãe de sus filhos, naquela noite que era diferente das outras, na mesinha que ficava ao lado da cama e possuía tranca, ele guardava suas lembranças de uma época que não ia voltar.

1989- Vila da Fábrica- Camaragibe.

Lucylenne estava comemorando seu 25 aniversário, com seu micro vestido animal print, ela sambava chamando a atenção das pessoas.

Roger entregava panfletos de campanha do Collor, mas não tirava os olhos da mulher de cabelos pretos, ela se aproxima dele.

— Tu vai votar no Collor?

— Isso daqui é meu trabalho, tá?!

— Fica nervoso, não.

— Desculpa, eu sou o Roger e você?

— Lucylenne, sou daqui mesmo da Vila da Fábrica.

— Eu moro na Várzea, pega meu telefone.

— Ok.

— 3268-7621, Roger.

— Anotado, Roger.

Pina, dias atuais.

Era um domingo á tarde, Simone e Ella saim de carro do prédio onde a advogada morava, tudo ia bem entre a as amigas que riam, até na altura da Cruz Cabugá no sinal do Senai, um ciclista descuidado é atropelado por elas.

— Cuidado Simone! Grita Ella.

— Droga!

Elas descem do carro.

— O sinal estava fechado pra você por que foi pra cima do carro? Pergunta Simone, visivelmente nervosa.

— Moça... Ai, acho que eu quebrei o braço.

— Calma a gente te leva pro hospital, consegue andar?

— Sim.

— Com cuidado, abre a porta de trás, Ella, por favor.

No caminho para o hospital, Simone estava ofegante, aquele homem lembrava alguém de seu passado, Ella estava no banco de trás com o ciclista.

— Pega meu telefone, aqui no porta celular, por favor.

— Ok e o que quer que eu faça?

— Ligue pra minha casa, avise as minhas tias ou a um dos meus filhos.

— Ok.

Na casa de Roger, quase ninguém estava lá exceto Juninho, o filho mais novo.

— oi, quem fala?

— Aqui é o Juninho, a senhora quer o quê?

— Então, meu nome é Elizabeth Moura, é que seu pai sofreu um acidente e estamos levando ele para a emergência da Unimed.

— Ok, eu e a minha irmã estamos indo pra lá.

— Quem era? Juninho. Pergunta Kevelyn.

— Uma mulher... Elizabeth, ela disse que Painho tá no hospital.

— Que hospital?

— Emergência da Unimed.

Kevelyn e Juninho vão para o hospital, enquanto isso, Simone tem um encontro com alguém que não via a muito tempo.

— Nome?

— Roger Severino Couto da Costa.

— A senhora é a esposa?

— Não, eu estou prestando socorro a ele, Simone Dosse Baxter.

Na sala de espera, Simone estava descomposta, Roger voltava para a sua vida de uma forma repentina, ela nem prestou atenção quando o médico a chamou.

— Senhora Simone?

—Sim.

— Ele quebrou o braço, mas já tá no gesso e demos um remédio pra dor, quer vê-lo?

—Claro.

Na enfermaria ele ainda estava meio dopado do remédio pra dor, quando ela entra.

— Esses olhos são inesquecíveis...

—Descansa um pouco.

— Eu conheço você...

— De alguma revista, eu acho.

Kevelyn e Juninho entram na enfermaria.

— Pai, o que aconteceu? Pergunta Juninho.

— Ele sofreu um acidente, eu o atropelei.

— O que a senha faz com meu pai? Pergunta Kevelyn.

—Foi um acidente, Kevelyn.

Simone começa a chorar.

— O que está acontecendo aqui? Pergunta Ella.

— A moça tá nervosa, Ella, vamos embora.


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