Don't Forget Us escrita por Bê s2


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Voltei! To empenhada esse ano: dividindo a atenção entre escrever, cozinhar e postar ahahha
Espero que estejam gostando!
Até mais.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/808292/chapter/5

Os dias que sucederam a briga entre Sara e Grissom no laboratório foram sem questionamentos por parte dos colegas. Num acordo mudo, eles decidiram não se intrometer na vida dos amigos até que as coisas estivessem mais tranquilas.

 

Na casa de Sara, ela e Grissom mantinham uma distância razoavelmente segura de seus corpos. Passavam a tarde juntos, conversavam bastante, mas não se tocavam de maneira íntima. Grissom percebia como ela estava magoada e queria conquistar novamente sua confiança sem abusar.

 

No laboratório, as investigações corriam bem e eles já tinham um suspeito em vista. Philip Gerard os observava de longe, pois diferentemente do caso de Tom Haviland, agora eles estavam do mesmo lado.

 

Greg, Sara e Nick estavam sozinhos analisando o carro do suspeito. Sara estava com uma aparência descansada e mais sorridente. Trabalhava com Grissom como nos velhos tempos e isso causava estranheza nas pessoas ao redor. Greg, que a observava curioso há dias, não se conteve ao perguntar:

 

—Vocês estão dormindo juntos?

 

Nick o cutucou com o cotovelo e Sara o encarou. Ela não parecia ofendida, era como se já esperasse por isso:

 

—Não, não estamos dormindo juntos.

 

—Mas estão na mesma casa. -Ele parecia confuso.

 

Ela respondeu com sua atenção voltada para o carro:

 

—Fiquei na sua casa quando tive aquele problema no meu encanamento. Nem por isso dormimos juntos.

 

Greg não se convenceu:

 

—Não é a mesma coisa. Eu sou seu amigo, ele é seu ex marido.

 

Ela suspirou e não respondeu nada. Nick, aproveitando a brecha, resolveu entrar na conversa:

 

—Você parece descansada. Mais feliz.

 

—Mais um sinal de que estou dormindo, e não passando horas acordada.

 

—Horas, é? -Greg perguntou malicioso.

 

Sara finalmente parou o que estava fazendo e os encarou:

 

—Nós conversamos muito. Temos uma ligação muito forte e estamos tentando não perder isso. Eu não estou criando expectativas ou me iludindo achando que ele vai permanecer aqui depois da investigação.

 

—Nós nos preocupamos com você. -Nick falou. -Não queremos que se machuque novamente.

 

—Obrigada, mas eu vou ficar bem. -Ela sorriu francamente. -Estamos finalmente resolvendo isso sem mágoas ou culpa. Terminar assim é mais fácil.

 

Os dois amigos se entreolharam e a engolfaram num abraço apertado que a fez rir alto.

 

—Obrigada, meninos… Mas temos muito o que procurar.

 

—________________________________________________________________________

 

Em casa, após o trabalho, Grissom preparava um jantar para os dois. Ele cozinhava muito bem e ela adorava. Ele preparava uma massa, enquanto ela bebia vinho e o observava.

 

—Acha que Smas é nosso cara? -Sara perguntou.

 

—Eu não sei. As evidências concretas deixam dúvidas.

 

Ele mexia vagarosamente a panela e a observava. Ah, como ela estava linda naquele pijama leve, com os lábios levemente rosados por conta do vinho tinto.

 

—Sabe… Desde o começo eu achei estranho a família pedir justo para seu mentor acompanhar o caso. Nós dois sabemos que ele foi corrompido há muito tempo.

 

Grissom assentiu com a cabeça.

 

—Eu também pensei nisso, mas não quis causar alvoroço. -Ele desligou o fogo. -A comida está pronta.

 

Ela liberou um espaço na mesa e eles se acomodaram.

 

—Parece bom. -Sara salivava. -Me lembro daquele período que passamos na Itália e você fazia massa todas as noites… cada dia uma diferente.

 

O entomologista sorriu com a lembrança.

 

—Foi um tempo muito bom. -Ele concordou. -Mas se eu me recordo bem, você me obrigou a parar de fazer massas depois de engordar um pouquinho…

 

Talvez fosse pela lembrança, talvez fosse pelo vinho, mas eles gargalharam gostosamente. 

 

—Sinto falta disso. - Ele disse sorrindo de lado.

 

— Das massas? -Ela perguntou se servindo.

 

—Não. -Eles se encararam. -Da sua risada.

 

As borboletas no estômago de Sara deram algumas cambalhotas, mas ela se conteve. Segurou um sorriso e se sentou frente à Grissom, mudando de assunto:

 

—Acho que devíamos expor essa situação do Gerard para o Russell. -Ela deu uma garfada e suspirou. -Gil, isso está simplesmente delicioso.

 

O entomologista agradeceu sorrindo e disse:

 

—Russell não poderá fazer nada sem provas. Pensei em outra coisa… -Ela fez um gesto para que ele explicasse. -Pensei em fazermos uma pequena investigação paralela, só para tirarmos isso das nossas mentes. Se ele estiver do lado errado com a família, nós os pegaremos sem que ele atrapalhe ou perceba.

 

—Faz sentido. -Ela respondeu pensativa. -Posso acessar os arquivos de casa… De repente, pedir uns dias pro DB. Assim teremos privacidade. Devemos falar com os meninos?

 

Ele ponderou e respondeu:

 

—Acho que ainda não é o momento. Se algo der errado, eles vão se prejudicar. Vamos esperar.

 

Ela assentiu com a cabeça, degustando seu delicioso jantar. Terminaram de comer em silêncio. Em agradecimento pela refeição, Sara foi organizar as louças na máquina. Grissom preparava um chá e a observava. Com a voz baixa, comentou:

 

—Catherine e Brass vieram me perguntar se estamos dormindo juntos.

 

Ela parou o que estava fazendo por alguns segundos, suspirou, e respondeu sem encará-lo:

 

—Nick e Greg também. 

 

Ela se endireitou e o encarou enquanto enxugava as mãos em um pano de prato.

 

—Eu não sabia o que responder. -Ele admitiu. -Mas não comentei sobre aquele dia…

 

Grissom estava acanhado. Já fazia alguns dias do ocorrido, mas eles não tocaram mais naquele assunto. 

 

—Eu sei que você é reservado, Gil. -Eles se encararam. -Eu também não falei sobre aquilo

 

Ela corou levemente e ele percebeu, então aproveitou a deixa:

 

—Honey, em algum momento nós dois precisaremos conversar sobre nosso relacionamento.

 

—Gil, nós não temos o que conversar. Nós nos casamos e nos divorciamos. Acabou. -Grissom a encarou com pesar e ela se segurou para não chorar. - Eu precisava sair de Vegas e enterrar meus fantasmas… não imaginei que conseguiria voltar. Você largou tudo por mim, vivemos algo incrível, mas eu retornei para ajudar no laboratório e fiquei.

 

Ela engoliu em seco e ele permaneceu em silêncio.

 

—Eu errei em ficar aqui e você errou em desistir de tudo. -Ele virou seu olhar. - Você tomou a decisão por nós dois e agora, mesmo que tudo voltasse a ser o que era, eu não poderia simplesmente abandonar tudo e ir com você. Estou insegura quanto a isso, quanto a nós.

 

Ela sussurrou a última frase com muito pesar em sua voz. Grissom compreendia claramente o que ela dizia e não tirava a razão dela. Os dois estavam errados e ceder não parecia uma opção viável agora.

 

Após um tempo em que cada um encarava seus próprios pensamentos, Sara finalizou com pesar:

 

—Independentemente de tudo o que vivemos e sentimos, temos que aceitar que acabou. -Ela engoliu o choro. -Que simplesmente não dá mais para nós dois.

 

Dito isso, Sara largou sobre a pia o pano que segurava e saiu da cozinha sem encará-lo. Ainda assim, Gil sabia que lágrimas dolorosas escorriam pelos olhos da mulher da sua vida.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Don't Forget Us" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.