Don't Forget Us escrita por Bê s2


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Bom diaaa! Papai noel passou por aqui e deixou um capítulo fresquinho. Espero que gostem!



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O táxi de Grissom estacionou em frente à sua antiga casa poucos minutos depois de Sara já ter entrado. Nervoso, não hesitou em colocar a senha do alarme e entrar sem avisá-la. A morena, que estava sentada no sofá, apoiando a cabeça nas mãos, se levantou num pulo. Os olhos dela estavam turvos pelas lágrimas, ela ofegava e tremia.

 

A culpa o dominava, assim como a raiva de si mesmo, o desespero de vê-la novamente sem tê-la… Ele jamais imaginou que se arrependeria tanto de ter se separado. Nem a desculpa de ter feito isso pelo bem dela, impedira seu coração de pular em seu peito quando a viu novamente.

 

—Você não mora mais aqui! -Ela tinha tanta raiva na voz, que Grissom quase recuou.

 

Quase.

 

Munido de todos os sentimentos conflituosos que sentia, ele venceu a distância que os separava e enlaçou sua cintura, tomando seus lábios em um beijo profundo. Sara se debateu, tentou se desvencilhar, mas se rendeu ao beijo.

 

As lágrimas dela salgavam suas bocas. Até Grissom precisou segurar as suas. Quando seus lábios finalmente se separaram, ela se rendeu abertamente ao choro. Soluçava e batia os punhos fechados no peito dele, mas sem força. Ele apenas a abraçou e pediu com a voz embargada:

 

—Me perdoe, honey. Por favor. 

 

O som abafado dos soluços de Sara preenchiam a casa. E foi assim por vários minutos, até ela se render ao abraço dele. E ele a confortou e beijou o topo de sua cabeça. Quando sentiu que ela estava mais calma, se afastou o suficiente para olhá-la nos olhos.

 

—Eu pensei que você seria mais feliz. Eu não queria te prender a um casamento tão complicado. -A voz dele saía baixa e rouca. -Eu achei que você ia seguir em frente, que ia achar alguém jovem e disposto a ficar aqui com você.

 

Ela negou com a cabeça, sentindo seus olhos marejarem mais uma vez.

 

—Você foi a única família que eu tive. Ter você, mesmo longe, me dava a segurança de um lar. -Ela soluçou. -Eu senti tanta raiva de você que tentei seguir em frente, e tudo aquilo aconteceu…

 

Grissom segurou as mãos dela. Seu peito estava apertado e um nó se formava em sua garganta. Como ele podia ter sido tão idiota?

 

—Eu te amo tanto que só quis que você fosse feliz, mesmo que fosse com outra pessoa… 

 

Ela o olhou nos olhos. Ele dissera que a amava.

 

—Eu jamais serei completamente feliz sem você. -Sara admitiu, sustentando seu olhar. 

 

Foi a vez dela unir seus lábios aos dele. Ainda estava profundamente magoada com ele, mas seu peito transbordava de saudade. Saudade de ter seu amor nos seus braços, saudade de ser cuidada e protegida, saudade de ter sua família de volta. 

 

E a saudade foi mais forte do que a mágoa ou que o orgulho. Ela tinha maturidade o suficiente para conversar e resolver isso tudo depois, pois no momento ela só precisava de uma coisa: tê-lo para si mais uma vez.

 

Sara aprofundou cada vez mais o beijo, se rendendo ao homem de sua vida. Ele não deixou por menos: envolveu sua cintura e a trouxe para mais perto de si. As mãos dela percorriam aquele corpo tão conhecido, e ela se deixava ser tocada como há muito não acontecia.

 

A morena estava arrepiada e ofegante. Ele se aproveitou disso para despi-la e beijá-la. A cada mordiscada, ela arfava e ele sorria. Sara jogou as almofadas do sofá no chão, ao lado de suas roupas, e passou a despir o homem à sua frente.

 

Ela se deitou no sofá e com ele sobre seu corpo, se rendeu ao desejo. Há meses não sentia aquele prazer. Com pressa, puxou-o para si, fazendo com que ele a preenchesse. Os movimentos inicialmente lentos e saudosos tornaram-se rápidos e urgentes.

 

Gemidos e gritos abafados tomavam conta da sala, que agora era o cenário de uma paixão envolvente. Sara perdia suas mãos nos cabelos de Grissom, enquanto ele a abraçava com força, a fim de preenchê-la mais e mais. O ar estava abafado e extremamente quente quando, juntos, chegaram ao clímax. Aconchegados nos braços um do outro, adormeceram.

 

—________________________________________________________________________

 

O dia amanhecia lá fora quando Sara acordou com um cheiro de café invadindo a casa. Ela sorriu se lembrando da noite anterior, mas logo a mágoa invadiu seu coração. Como podia sentir tantas coisas opostas ao mesmo tempo?

 

Sara se vestiu rapidamente e foi até a cozinha, onde Grissom preparava um café da manhã. Como sentira falta daquilo… Quando moravam em Paris, ele sempre preparava as refeições pra ela. Sempre cuidava dela.

 

Ela se sentou na bancada e o observou. Ele tinha um sorriso no rosto, o que a fez sorrir de lado também. Grissom serviu uma caneca generosa de café para ela e se sentou à sua frente.

 

—Bom dia. -Ele disse.  -Dormiu bem?

 

Ela assentiu e sorveu um gole da bebida quente.

 

—Estava cansada. -Disse simplesmente.

 

Os dois se encararam por alguns minutos, apenas curtindo o café e a companhia um do outro. Depois de algum tempo, ele disse:

 

—Acho que precisamos conversar.

 

—Eu acho que não. -ela respondeu, surpreendendo-o. -Eu sei dos seus motivos. E agora você sabe o que eu passei com isso. Não temos mais o que nos desculpar ou perdoar… Só precisamos de tempo para a dor diminuir.

 

Ele arqueou uma sobrancelha. Estava preparando argumentos a favor de ficarem juntos desde que se levantara. Estava disposto a lutar por ela, a merecer seu perdão.

 

—E como ficamos…? --Perguntou incerto.

 

Ela suspirou e respondeu:

 

—Vamos dar tempo ao tempo. Acho que está bem claro que nosso relacionamento não estava dando certo. Mas sabe de uma coisa? Quando a vida ficar louca…

 

—...Deixa rolar. -Ele completou.

 

Ela assentiu e sorriu.

 

—Onde está hospedado?

 

—No Eclipse. É o mais perto do laboratório. 

 

Ela ponderou um pouco e sugeriu:

 

—Pode ficar aqui, se quiser. O quarto de hóspedes nunca recebeu ninguém. -Ela deu de ombros. -Acho que vai ficar mais à vontade.

 

Ele agradeceu e sorriu abertamente. Aquela podia ser a oportunidade para se reaproximar dela, talvez tentar novamente…Pela primeira vez em muito tempo, o coração daquele casal se encheu de esperança.

 


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Notas finais do capítulo

Feliz natal!



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