Minha Jornada e Vida em Outro Mundo (Isekai) escrita por Blight Mansion


Capítulo 6
Oficialmente uma Aventureira




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Após uma outra parada ao anoitecer nós continuamos até o sol raiar pela manhã e para a nossa sorte um comerciante de especiarias nos viu e nos ofereceu uma carona em sua carroça. Ele iria para a mesma cidade que nós para conseguir algum dinheiro lá provavelmente mas claro antes disso que ele nos fez perguntas afinal éramos figuras um tanto suspeitas, mas não iríamos fazer nada. 

— Obrigado mais uma vez Senhor. - Agradeceu Kenneth - 

— Não foi nada, foi muita sorte eu ter passado pelo caminho eu não sei quanto tempo vocês iriam demorar vindo andando daquela distância até a cidade, ou vocês são loucos ou tem muita energia.

— Hahaha, é mais ou menos isso, mas acho que a energia de alguém já estava no fim.

Ele observou a garota sentada de cabeça baixa cochilando na carroça. Um tempo havia se passado enquanto ela dormia mesmos distantes já podiam ver a entrada da cidade.

— Hm? *Boceja* 

— Olha só a Senhorita Dorminhoca. Veja

Estávamos nos aproximando da cidade de longe já conseguia ver a entrada mas parece que tem algo diferente.

— Talvez eu ainda esteja com sono, eu estou vendo a entrada mas estou vendo penhascos também? 

— Não julgue antes de ver. - alegou Kenny - 

Se ele está dizendo é possível ter uma cidade atrás daqueles penhascos? Parece algo surreal de se pensar.

Depois de um tempo nos aproximamos da entrada principal havia uma fileira de pessoas na entrada algumas utilizavam roupas simples como a daqueles moradores da vila que salvamos e outros estavam bem mais equipados acho que são aventureiros assim como Mestre Kenny. Como a entrada principal era grande haviam duas fileiras uma para essas mesmas pessoas e outra para os comerciantes e suas carroças haviam alguns guardas ali parece que são responsáveis pela inspeção de quem entra na cidade, eu mesma consigo ver algumas pessoas um tanto ameaçadoras que eles deixaram entrar como se não fosse nada de mais, creio que a segurança por aqui deixa a desejar.

Após o fluxo de algumas carroças seguirem finalmente chegou a vez deles um dos guardas se aproximou.

— Qual o motivo da visita? 

—Venda de especiarias. 

O carroceiro mostra suas mercadorias, caixas com ervas e sacos contendo tempero foram mostrados para aquele guarda.

— Certo tudo em ordem. E quanto a vocês? 

— Não se preocupe sou licenciado pela guilda como pode ver. 

Kenneth então mostra um colar prateado com um brasão e uma espada.

— Certo, e você?  - apontou para Anne - 

— Ah eu...

— Ela está me acompanhando ela ainda não tem a licença.

— Entendo, como ela está acompanhada por você deixarei passar, mas terão que fazer uma visita a guilda para que ela faça o seu registro.

— Sim Senhor. 

O guarda apenas faz um sinal com a cabeça para o outro liberar a entrada para eles.

— Certo podem passar.

Após aquela inspeção a carroça finalmente seguiu seu caminho os guardas liberaram a entrada para que ela passasse.

— Você achou que não teria uma cidade por aqui não é, mas dê uma boa olhada agora.

A carroça se aproximava depois de um pequeno trecho ela finalmente passa a entrada da cidade.

— Seja bem vinda a Cidade de Yort.

— Uah!

Incrível! Uma cidade dentro de vários penhascos! Eles utilizaram essa formação natural como um tipo de muralha e as casas por aqui são feitas de areia e pedras mas não são do tipo simples e mal feitas pelo contrário até que são bem construídas o terreno é um pouco desregular não é toda reta algumas casas ficam nas partes superiores mas tudo parece concentrado na parte de baixo.

— Incrível!

— É eu também pensei isso na primeira vez que pisei aqui.

Antes de prosseguirmos para...seja lá o que fôssemos fazer, para falar a verdade não combinamos nada do que iríamos fazer aqui, enfim como sinal de gratidão o mínimo que poderíamos fazer era ajudar aquele bom homem que nos deu uma carona, ele não era tão velho mas acho que descarregar isso tudo não seria uma coisa boa para ele, descarregamos tudo na sua tenda que ficava ao lado de uma casa e um outro homem que saiu de lá veio ajudar a colocá-las lá dentro.

Mesmo que isso tenha sido um gesto de gratidão foi ele quem nos agradeceu, nos despedimos dele em seguida.

— Hm - ela estica os braços para cima - Bom o que faremos agora?

— Temos que dar uma passada no salão da guilda antes.

— Salão da Guilda?

— Sabe você pode achar que sou apenas um cara com o rostinho bonito que ajuda quem precisa, bom isso é verdade mas também sou uma pessoa e por ser uma pessoa eu preciso dar um jeito de ganhar uma grana então porque não unir o útil ao agradável.

— Então você é mesmo um aventureiro.

— Em partes, sim.

— Então se tornou aventureiro para ajudar pessoas e ganhar dinheiro?

— Falando assim soa que sou uma pessoa mesquinha e gananciosa, mas não é o real motivo, quer dizer não todo ele. 

Eu entendo o que ele falou, afinal todos nós humanos passamos por necessidades e em ambos os mundos não é diferente afinal todos precisam dar um jeito e ter o seu ganha pão. Andamos um pouco e ainda pude observar a cidade com mais calma enquanto íamos ao salão da guilda. 

Pude observar que aqui passava um córrego de água pois haviam algumas pontes observei algumas crianças brincando e correndo por ai, não havia notado antes mas estamos em uma zona de comércio, podia ver os vendedores gritando e anunciando os seus produtos, a maioria deles eram vendedores de especiarias assim como aquele Senhor ,tecido e minérios, bom saber que há outras formas de adquirir dinheiro sem ser por aventuras como Mestre Kenny faz.

E uma coisa interessante que não pude deixar de notar foram as pessoas algumas delas eram humanas isso é claro mas outras eram um pouco diferentes mesmo tendo a aparência humana apresentavam algumas características animalescas como orelhas e até mesmo caudas, então existem outras raças nesse mundo? Incrível! Não deixo de me surpreender com as novidades.

— Hey não se distraia muito a cidade pode parecer calma mas tome cuidado.

É claro que nem tudo é perfeito alguns grupos nos encaravam, mas claro que não iriam nos atacar...eu acho meio que estavam nos julgando de cima a baixo.

— Estamos em perigo?

— Nah não se preocupe você tem que se acostumar com esse tipo de coisa, mas claro deve sempre estar em alerta por aqui. 

— Você já foi atacado alguma vez?

— Ah várias mas já conseguia me virar esse tipo de coisa geralmente acontece com gente sem experiência.

Mas nem experiência eu tenho não devem ter feito nada com a gente por causa do Mestre.

— E chegamos. 

Era a maior construção que tinha nessa área era óbvio de saber onde era apenas vendo esse grande brasão esquisito em cima de sua entrada além das suas duas grandes portas. Até mesmo consigo escutar o som alto das vozes e das risadas

O homem então abre a entrada do salão com suas duas mãos, o som abafado ficou mais alto quando os dois adentraram o local.

— Seja bem vinda a Guilda dos Aventureiros. - Disse Kenny - 

Como eu podia definir esse lugar ao ver...bem cheio eu diria. 

— Hahahaha

— Hey está me desafiando? Eu te detono aqui mesmo! 

Pessoas felizes e até mesmo algumas encrenqueiras por aqui todas reunidas em um só lugar, mesmo sendo grande com o tanto de pessoas que tem aqui deixa o local mais cheio do que o esperado. Há mais homens aventureiros do que mulheres por aqui todos com vestimentas quase semelhantes a do Mestre Kenny e outras mais simples alguns portavam até mesmo armas como nós ,espadas ,machados e escudos, alguns estavam bebendo aqui é meio que uma taverna também? É um lugar um pouco confuso mas ainda assim estou bem animada por ter visto algo assim.

Há um outro andar, presumo que é lá que os bens de outros aventureiros são guardados e também há algumas prateleiras com livros e alguns quadros com papéis pendurados diria que são ali que as missões ficam.

Os dois então se aproximaram do balcão principal, haviam duas recepcionistas do outro lado, uma delas estava entregando algumas moedas para um outro aventureiro.

— Bom trabalho a guilda mais uma vez agradece os seus esforços. - saudou a mulher ao entregar a recompensa. - Ah Senhor Kenneth finalmente retornou! 

Ela deve ser uma das responsáveis da guilda assim como a outra mulher, ambas estavam com um uniforme uma blusa de manga cumprida branca e um colete azul e uma saia longa preta.

— E para onde mais eu iria depois de concluir...o trabalho.

Ele retira de seu bolso o cristal negro que foi deixado para trás pelo goblin xamã. Em seguida ele o entrega para a Recepcionista. Ela retira de seu bolso um monóculo especial e olhou atentamente para o cristal comprovando que era verdadeiro.

— Incrível! O Senhor deu conta mesmo.

— O que foi duvidaram de mim mais uma vez? 

— Imagina, e como você concluiu esse trabalho sozinho você será promovido de aventureiro de prata um para dourado dois. 

— Sério uma promoção dupla? - disse Kenneth surpreso. -

— Sim, afinal seu trabalho era rank A+ e você concluiu em um período curto de tempo antes do prazo estimado.

— Bom eu fico lisonjeado mas eu tive uma pequena ajuda nesse trabalho

Ele ergue a mão mostrando Anne a pessoa quem o ajudou

— E-eu? Não fiz nada de mais. 

— A Senhorita é uma aventureira também? 

— Bom ela ainda não tem registro nós viemos resolver isso também.

— Entendido, então, vamos lá.

Antes de entregar a recompensa do trabalho para o Mestre ela foi fazer o meu registro primeiro. Ela me explicou o processo de como isso era feito primeiro uma placa mágica é colocada sobre a mesa me parece que ela é feita de vidro mas diria que é algum tipo de minério mágico que foi modelado nesse formato, o que? acho que uma coisa assim nesse mundo é possível não é?

Encima dela havia um medalhão quase igual ao que o Mestre Kenny mostrou na entrada da cidade mas diferente da cor prateada ele era um pouco mais escuro como era feito de ferro, então coloquei minha mão sobre ele.

— Agora diga o seu nome.

— Anne. 

A placa então começa a brilhar e então o medalhão começa a tomar uma forma de um pequeno escudo de ferro com 3 marcas de arranhada. 

— Pronto! Está feito.

— Incrível. - disse a garota admirada, em seguida ela pegou o medalhão e colocou em seu pescoço. 

— Todo aventureiro novato começa no rank de ferro 3. 

— Ferro 3?

— As missões são divididas em diversos ranks isso facilita a divisão de trabalho entre os que estão começando e os mais experientes conforme um número de trabalhos são realizados você é avaliado para uma possível promoção e todo aventureiro pode aceitar um trabalho um rank acima do seu.

Entendido, esse tipo de divisão me lembra vagamente o sistema de um jogo online do qual eu cheguei a jogar uma vez. Ela continuou essa explicação dizendo que havia ao todo 8 ranks eles eram: Ferro ,Bronze, Prata, Dourado, Platina, Esmeralda ,Diamante e Adamantino sendo o mais alto desses ranks. Dentre eles apenas os 3 últimos não possuem essas subdivisões de 3 níveis ela explica que foi necessário fazer isso para que qualquer um não suba rápido de rank, é como se fosse uma medida de segurança afinal requer tempo e preparo para você avançar de posição, se essa divisão não existisse alguém menos experiente podia se tornar um aventureiro adamantino com apenas poucos trabalhos e serviços realizados para a guilda.

"Ferro 3 , essa garotinha é uma aventureira novata? "

É claro não podia faltar os comentários. 

— Senhor Kenny eu presumo que vocês dois formarão um grupo de aventura não é mesmo?

— Conseguiu ler a minha mente. isso deixará as coisas mais fáceis para nós dois.

— Jovem Anne você está de acordo?

— Ah sim, meio que já havíamos concordado em fazer isso antes.

— Certo, então vou colocar no registro que os dois formaram um grupo, e Senhor Kenny como o trabalho foi em conjunto sua promoção será apenas para dourado 3 está de acordo com isso?

— Sem problemas.

Acho que acabei atrapalhando ele nisso eu não sei se ele almeja chegar ao topo dos ranks de aventureiro mas mesmo assim...

— E como a Jovem Anne lhe ajudou em uma missão desse nível ela subirá para Ferro 1.

— Eh uma promoção logo de cara?

O medalhão de Anne então perde duas das marcas de arranhada restando apenas uma.

Incrível! Então é assim que eles mudam. A medalha do Mestre também mudou até mesmo a cor e o símbolo virou um escudo com 3 espadas douradas.

Ela explicou que essa missão era considerada nível dourado eu poderia ir até mesmo para bronze 2 mas há regras quanto a isso devido a distância dos nossos ranks minha pontuação acaba sendo bem menor na hora dos ganhos. A lógica é simples e justa até afinal eu não poderia receber uma boa promoção logo de cara por ter feito uma missão 3 vezes acima do meu nível.

Ela complementou que essa regra é valida mesmo que nós dois tenhamos formado um grupo de aventura oficial, para falar a verdade houve uma exceção pois ele admitiu isso abertamente antes, caso eu tivesse feito o registro e ele tivesse dito isso depois apenas ele ganharia o suficiente para ser promovido para a posição mencionada antes, acho que ele já havia planejado fazer isso desde o começo.

— Agora que tudo já foi resolvido, hora de entregar a recompensa da comissão a vocês. 

A mulher então vai até um dos cofres com um pequeno saco de pano. 

— Desculpe a demora, aqui está 10 moedas de ouro e 50 de prata.

— Muito obrigado. - Agradeceu Kenneth ao pegar os sacos de moedas. - 

Então há uma divisão nos valores das moedas então? Não precisa ser um gênio para saber que as moedas de ouro são mais valiosas do que essas de prata.

— A guilda agradece o trabalho e o esforço de vocês dois. - disse a recepcionista os saudando - Tenham uma boa viagem e continuem com o ótimo trabalho.

Os dois ao pegarem suas recompensas saem do salão.

— Desculpe, acho que acabei atrapalhando você a subir de rank.

— Ah aquilo? Não se preocupe como eu disse não me tornei aventureiro pelo sucesso.

— Mas mesmo assim.

— Esqueça isso tá bom, agora estamos juntos nessa e se serve de consolo pegaremos uma comissão com uma boa recompensa tá?

— Certo e então o que faremos agora?

— Como eu te disse ontem, vamos procurar um lugar que venda boas roupas para você e bom *ele joga o saco de moedas para cima* temos o recurso para isso agora. 

Mais uma vez sigo ele as cegas, no caminho conversávamos eu perguntei para ele há quanto tempo ele fazia isso, ele disse que já faz um ano que ele entrou para a guilda mas que estava começando a fazer trabalhos oficiais há alguns meses atrás, ele tinha apenas o registro e começou a agir recentemente, acho que se ele tivesse o ritmo que tem e o desempenho que eu vi durante a missão provavelmente já estaria no rank de esmeralda ou até mesmo diamante.

Eu ainda sinto que ele é um pouco reservado em nossas conversas mas mesmo falando pouco já consigo ter uma noção de que tipo de pessoa ele é e como age. Ele também me disse que ainda não visitou todos os lugares do país mas que conhece apenas pelos nomes e sempre complementa dizendo sobre o seu senso de direção ruim, bom uma coisa é certa se não fosse esse defeito dele provavelmente eu não estaria aqui agora. 

Retornamos a Zona Comercial ao lado de várias lojas que vendiam tecidos haviam várias que vendiam equipamentos para aventureiros, ele ignora algumas que pareciam ser interessantes e depois de procurar a certa ele adentra uma porta de madeira.

— Oh sejam bem vindos. 

Uma Senhora com os braços cruzados nas costas havia nos saudados.

— Com licença, por acaso você ainda teria roupas para os mais jovens, eu soube que apenas a Senhora vende roupas sob medida.

— Oh então ainda existem jovens aspirantes a aventureiros? Pensei que todos haviam ido para a Capital tentar a sorte na Academia.

— É eles realmente estão experimentando algo novo.

— Vejo que você é uma jovem bem bonita, fique a vontade e procure o que lhe agrada.

Então pelo visto não existem muitas pessoas jovens que são aventureiras? Eu sou um tipo de caso especial por acaso ou estou fazendo algo de errado? Melhor ignorar isso.

A loja havia mais roupas para adultos o que é óbvio já que são os que se tornam aventureiros mas haviam algumas para jovens como eu. Assim como roupas também haviam alguns acessórios e adereços realmente dá para combinar muitos estilos havia um provador na parte de trás também. Bom é hora das compras eu acho.

Um tempo depois...

Após a garota escolher algumas peças de roupas e acessórios e os vesti ela sai do provador. 

— E então?

— Oh ficou bom em você minha jovem - elogiou a Senhora. - 

— Agora se parece com uma aventureira de verdade. 

Tentei algumas outras combinações antes mas acho que essa ficou melhor. Um top Azul e uma blusa branca de mangas longas cinzas com um pequeno colete com alguns botões e uma pulseira preta nos dois braços mas claro que também tive que pegar algo para usar por baixo. Um Short que chegava um pouco acima do meu joelho e um cinto que em alguns lados dele havia alguns suportes,  assim como o do Mestre que ele utilizava para colocar o suporte de sua espada e uma meia que batia até minha canela e um sapato preto.

— Aqui está 20 moedas de prata.

— Obrigado meu jovem. 

Os dois então se retiram da loja

— E aqui garota. 

Ele então joga um saco com algumas moedas para ela.

— Não precisa me dar dinheiro?

— Hey somos um grupo tudo entre nós é dividido igualmente tá bom? Digamos que cada um pagou um pouco daquelas roupas para você.

Ele dividiu as moedas em quantidades iguais para nós dois, 5 moedas de ouro e 15 de prata para cada, mesmo que não precisasse me dar algum dinheiro ele fez questão de me dar.

— Ainda temos que passar em um lugar antes, venha. 

E lá vamos nós de novo, fazendo um desvio e descendo mais um pouco chegamos a outro estabelecimento um pouco diferentes era uma loja de armas e equipamentos. 

— Bem vindos

Um homem de barba e careca os saudou. 

— Estão interessados em alguma coisa? Um novo estoque de lâminas foi feito recentemente. Ou vieram para reparar o equipamento.

— Não as armas ainda estão inteiras, mas a garota precisa de uma nova espada.

— Eu preciso? A que você me emprestou não basta?

— Bom você pode ter conseguido lutar com ela mas era perceptível que você não se adaptou a ela.

Ele está certo, eu senti que a lâmina era um pouco leve para mim, meu movimentação era um pouco aberta e rápida quando eu não queria.

— Você precisa acha uma espada que se adeque a você para facilitar nas suas aventuras e em seu treinamento.

— Seu Mestre está certo minha jovem, uma boa lâmina é quem define o guerreiro, e então o que a jovem procura? 

— Uma espada média com empunhadura para as duas mãos e de lâmina de peso médio.

— Hey isso não foi um tanto específico. - disse Kenneth surpreso. -

É...até de mais isso foi estranho...

— Haha uma dama de bom gosto, acho que tenho o que você procura.

O Dono da loja então vai para atrás em seu armazém depois de um tempo ele consegue encontrar a espada que a garota solicitou.

— Talvez essa seja de seu agrado . - ele entrega a espada. -

Incrível essa aqui é bem melhor o peso é adequado e a empunhadura é perfeita para uma ou duas mãos e sua lâmina não era tão grande nem tão pequena era do tamanho ideal. 

Ao receber a espada a garota se vira de costas e se afasta ela testa o peso de sua espada e os movimentos foram bem precisos era a arma com a medida perfeita para ela.

— A garota tem a técnica, você a treinou bem.

— É acontece que eu não ensinei isso a ela.

— Incrível essa aqui é perfeita. - ele a entrega para o ferreiro . -

— Que bom que gostou irei afiá-la para você espere um momento. 

O ferreiro retorna com a espada para seu armazém e então um som de algo sendo lixado era escutado.

— Eu não te disse era só procurar a arma certa, eu não sei de onde você tirou aqueles movimentos mas foram ótimos.

— É foi estranho para mim também.

— Desculpe a demora, já está pronta.

O preço era de 40 moedas de prata, eu havia pago com uma moeda de ouro e recebi 10 moedas de prata como retorno, então presumo que 50 moedas de prata equivale a uma de ouro assim como provavelmente 50 moedas de cobre equivalem a uma de prata, é um cálculo bem simples de se entender.

Basicamente nós dois não utilizávamos nenhuma proteção sequer o que de certa forma meio que é uma desvantagem para nós dois mesmo assim não fomos para a loja de equipamentos para defesa pessoal. Ah e também havia a possibilidade de comprar equipamentos que continham algum tipo de encantamento neles, vimos alguns pelo caminho, mas ele me disse que esses por enquanto estão fora de questão já que são uma fortuna e a maioria é claro poderia não ser dos mais confiáveis, ele disse que é mais fácil adquirir os materiais e pagar um valor razoável para que um ferreiro forje para você o equipamento.

Ele me mostrou o lugar todo passamos um bom tempo andando por ai, uma pequena parta da zona comercial dessa cidade eu já conhecia, minha barriga começou a roncar então ele sugeriu uma parada para comermos algo já fazia tempo desde nossa última refeição.

Enfim saímos daquele lugar e fomos para uma taverna, assim como foi achar a guilda achar esse não foi tão difícil havia uma caveira de algum animal com chifres na sua entrada e portas de madeira iguais aquelas que vemos em filmes de caubóis.

Diferente de como estava o salão da guilda havia poucos aventureiros aqui dentro, não reclamo afinal prefiro muito mais um lugar silencioso e vazio do que um lotado e agitado acho que o Mestre também prefere assim. 

Deixei nas mãos dele a escolha dos pratos afinal eu não tenho ideia do que é servido por aqui, me sentei na mesa do canto como ele mandou e ele foi fazer o pedido.

Por sinal é uma taverna apenas com barmaids, belas mulheres com blusas brancas com alguns babados e saias um tanto curtas e meias até os joelhos e algumas até mesmo são meio humanas essas até mesmo utilizavam um acessório em suas orelhas animalescas...Acho que encontrei o paraíso desse mundo heheh~~

A garota observava atentamente as mulheres enquanto tentava disfarçar o seu olhar.

— Ho?! Então você gosta desse tipo então?

— O q--que você está falando? 

— Você está babando para as belas moças desse bar você ainda é jovem não sabia que já tinha essa mentalidade. 

— Eu ainda não sei do que está falando eu não estava fazendo nada tá? 

Droga esse cara tem um olhar afiado não posso fraquejar diante dele.

— Me desculpe a demora, aqui está o pedido de vocês.

A bela moça com orelhas de gato finalmente nos entrega, ele pediu um pedaço de carne mal passado de algum animal presumo que seja de javali selvagem o cheiro estava ótimo, para mim um ensopado e acho que é da mesma carne o cheiro também estava ótimo o gosto deve estar excelente também, e claro ele pediu uma grande caneca de cerveja para acompanhar e para mim Suco de Uva, pelo menos ele é sensato e não me ofereceu algum tipo de bebida alcoólica. Bom, hora de provar um pouco

— Desejam pedir mais alguma coisa? - Perguntou a Barmaid. - 

— Só isso está bom por enquanto e Senhorita a minha jovem parceira achou você encantadora.

— Gah!? - Se espantou enquanto provava de sua sopa. -- 

— Sério? - disse olhando para a garota - 

— Eu não disse na...

— Você também é uma graça - disse enquanto passava a mão na cabeça da garota o rosto de Anne estava totalmente vermelho. - Bom se isso é tudo aproveitem a refeição de vocês. 

Ela se afasta deixando a garota totalmente envergonhada, após ter metido ela nessas situação Kenneth apenas continha a sua risada disfarçando olhando para o lado.

— Eu vou matar você - dizia com a mão no rosto. - 

— Pff ,você devia me agradecer por isso...hahaha. 

É sério você provavelmente vai acabar me metendo em alguma confusão algum dia...Melhor ignorar esse momento e me concentrar apenas em minha refeição...

— Hey não precisa ficar emburrada comigo eu estava apenas brincando ok? 

— Bom tudo tem limite tá legal? 

— Com você acho que minhas viagens ficarão divertidas eu diria.

Se com divertido quer dizer tirar uma com a minha cara então temos um conceito diferente sobre essa palavra.

— Um brinde a uma nova dupla de aventureiros. 

Ele levanta o seu copo a garota então faz o mesmo e os dois fizeram um brinde a essa ocasião.

Bom ignorando a parte vergonhosa desse momento uma coisa ele tem razão, acho que as viagens serão bem interessantes com ele por perto, eu finalmente me tornei uma aventureira eu nem sequer imaginaria que eu faria uma coisa dessas até mesmo consegui minha primeira arma e roupas novas, eu ainda não tenho um objetivo claro do que devo fazer ainda mas acho que vou apenas deixar as minhas viagens decidirem isso para mim.

— E você não perde uma oportunidade para beber não é? 

— Hey todo dia é dia não é?

— O que isso quer dizer afinal? 

— Quando tiver idade o suficiente para beber você vai me entender.

— A última coisa que quero é entender o que se passa nessa sua mente.


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