Minha Jornada e Vida em Outro Mundo (Isekai) escrita por Blight Mansion


Capítulo 5
Primeiras Lições




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Estava revigorada depois do descanso de ontem meu corpo estava detonado após aquela luta claro que além do esforço excessivo eu acabei fazendo algumas coisas da qual eu nem tinha ideia de que poderia fazer. Posso ter conseguido replicar as técnicas do Senhor Kenneth mas meu corpo acabou pagando o preço maior mas por sorte ele me disse que não teria um problema grave.

Falando no Senhor Kenneth, bom ele não gosta de que eu o chame dessa maneira achei que deveria ser educada e formal por não ter tanta intimidade com ele, mas ele prefere que eu o chame apenas de Kenny ele diz que parece menos estranho não está acostumado a ser chamado dessa maneira pelo visto.

Havíamos partido daquela vila e mais uma vez nos agradeceram antes, havíamos dormido um pouco mais além da conta também com o tanto que ele bebeu não duvidei que isso ia acontecer a última coisa que ele mencionou foi sobre minhas roupas e então ele apagou em seguida, eu por outro lado de alguma forma eu consegui dormir, como meu corpo já estava exausto presumo que isso tenha ajudado no processo pois ele ronca de mais provavelmente deve ser o efeito da bebida. 

Ele mencionou antes que seu senso de direção era um pouco ruim, mas ele confirma que a direção em que estamos indo nos levaria a próxima cidade presumiu ele que levaria um ou dois dias dado o nosso ritmo. Bom é compreensível visto que estamos a pé, mas ele também disse que alguém como ele deve se acostumar com essas longas viagens. 

Enquanto estávamos andando por ai eu tentava adivinhar o que exatamente Senhor Kenny era, é sério não tenho nem ideia afinal tem muitas coisas que ele pode ser dado sua experiência.

— Um Cavaleiro talvez? 

— Continue assim uma hora você acerta.

— Um aventureiro? Um andarilho? Um salvador de vilas?

— Um pouco de cada uma das 3 opções, mas não.

— Ah sei lá, um nobre? 

— Garota se eu fosse um nobre você acha que eu estaria andando por ai fazendo esse tipo de coisa? 

— Então porque não me fala quem é você

— Nem é mais divertido te ver tentando quebrar a cabeça. Mas e você é alguma dessas 3 coisas?

— Não chego nem perto disso, acho que a única coisa em comum que temos é que de certa forma sabemos nos virar com uma espada em mãos.

— Isso você pode ter certeza.

É claro que só optei por opções leves, não presumi que ele fosse alguém perigoso como um saqueador ou um assassino, bom ele poderia ter se aproveitado daquelas pessoas naquele momento de dificuldade mas não o fez, resolveu ajudar a todos então tirei essa possibilidade da minha mente.

Continuávamos a jogar conversa fora, bom era bem melhor do que ficar andando por ai e olhando para o nada, por sinal não havia muito o que se ver apenas uma grande estrada e a natureza a nossa volta.

Como havia descansado um pouco a mais de tempo minhas pernas não estavam tão cansadas consegui encarar esse caminho numa boa, depois de um tempo tomamos um desvio, podíamos ouvir o som do córrego de água, ele sugeriu que fôssemos por lá e seguimos até um pouco mais perto de sua nascente.

Como a água era um tanto cristalina podíamos ver alguns peixes saltando ali. Então ele esticou as suas calças até os joelhos e entrou ali mesmo. Como não havia algo mais convencional como uma vara de pesca conforme os peixes iam se aproximando dele rapidamente ele cravava sua espada em um deles, claro que esse processo era um pouco demorado, eu não podia deixar de rir da sua expressão brava quando não conseguia acertar um peixe, mas ele obteve sucesso depois de várias tentativas.

Mesmo sendo engraçado de se ver isso podíamos ver algumas árvores com algumas frutas, das quais eu não conhecia, porque não subimos nas árvores e pegamos algumas? Ele me disse que mesmo elas parecendo inofensivas não devemos confiar nelas, por serem silvestres podem ser venenosas mas não o suficiente para nos matar seria exagero mas poderíamos passar muito mal e bom estamos bem longe da próxima cidade eu acho.

Ao invés disso nos afastamos um pouco daquele lago, ele pediu para mim colher alguns galhos e folhas e de quebra pegou algumas pedras de cores pretas que estavam ali perto após juntar um pouco ele me entregou elas.

Em seguida ele começou a limpar aqueles peixes que havia pego. Acho que já estava óbvio o que eu teria que fazer com as pedras, mas ele ainda me explicou que bastaria apenas algumas batidas que uma pequena faísca sairia delas e bom com um pouco de dificuldade consegui acender essa pequena chama em seguida ele colocou os peixes em galhos separados ao lado da fogueira para assá-los depois de um tempo já estavam prontos para comer.

Acho que posso aproveitar esse momento de descanso para conhecer ele melhor.

— Senhor Kenny como foi que você ficou bom com a espada.

— Por que não tenta adivinhar isso também?

— Ah cansei desse joguinho já.

— Hahaha! Bom eu não posso te explicar como eu consegui ficar bom, mas eu dei muito duro para aperfeiçoar meu talento e até mesmo evoluir minhas técnicas com a espada.

— Tomarei isso como um conselho para uma iniciante como eu.

— Acho que eu não chamaria alguém como você de iniciante, apenas lhe falta prática, algumas pessoas nascem com o talento para algumas coisas na vida talvez você seja uma sortuda que acabou conseguindo isso.

Talvez, mas não acho que esse seja o caso, eu duvido que eu tenha talento para isso eu nem sequer sei como eu fiz aquilo, foi puramente por instinto e um pouco de intuição resumindo, foi pura sorte.

— É quem sabe você tem razão.

Os dois então terminam a sua refeição.

— Bom, porque não começar com o básico então? 

— Como assim? 

— Se vamos andar por ai juntos você tem que estar preparada, embora possa ter copiado meus movimentos e até mesmo as técnicas o seu corpo não suportou o estresse depois de um tempo.

Faz sentido eu não posso apenas copiar o que ele faz e sofrer uma enorme pressão no meu corpo caso a gente se meta em algum problema por ai.

— Poupando a maior parte dos longos detalhes, antes de você compreender essas técnicas e até mesmo utilizá-las você deve não apenas preparar o seu corpo, mas também a sua mente, afinal, deve sempre pensar rápido quando for executá-las.

Ele está falando como se fosse um tipo de professor agora, mas tudo isso faz sentido.

— Entendo, então o que devo fazer primeiro acho que não posso ficar só balançando a espada para todos os lados até acertar o alvo.

Meio que foi isso o que eu fiz lá no vilarejo.

— Você está certa quanto a isso, então, vamos ver como está a sua técnica, venha.

Ele então saca a sua espada.

— O que? Agora?

— É, agora dê o seu melhor golpe.

Como se eu tivesse um melhor golpe para esse momento, bom pronta ou não lá vou eu.

A garota se prepara para atacar mantendo sua postura ela se aproxima com tudo em direção a ele, por ter experiência apenas se desviou para o lado colocando o seu pé na frente da garota que simplesmente caiu no chão.

— Hey! - Gritou a garota após seu ataque improvisado. -

— É sério você esperava conseguir fazer alguma coisa com um ataque desses?

— É...quer dizer talvez.

— Vamos levante-se agora tente de novo só que pense dessa vez.

Mais uma vez ela tenta atacá-lo  dessa vez corrigindo seu erro de atacar de maneira aberta.

— Bom agora sim. 

Conforme ela atacava ele conseguia se defender e se esquivar de todos eles e então em um contra ataque depois de alguns minutos de ataques consecutivos ela perde a postura e ele aponta a espada para o seu pescoço.

— E você perdeu.

Droga quando achei que tinha pego o ritmo. 

— Bom você tem mesmo o jeito como havia imaginado só falta a prática. 

— *Ofega* Então porque só eu estou cansada.

— Hey eu também tive de me esforçar aqui tá legal? Eu me mexi um pouco para lá e para cá também.

— Engraçado. 

— O seu problema é que você confia muito nos seus instintos, o que não está errado mas por você não ter prática você acaba tendo várias aberturas, quer dizer por sorte lutamos com monstros que não tinham certo nível de inteligência, mas algum dia você terá que se defender de um ataque real provavelmente de uma criatura mais inteligente ou até mesmo pessoas.

— Entendi...

É estranho pensar que eu devo ter lições de autodefesa e esgrima nesse mundo, não sei se isso é bem a primeira coisa que gostaria de aprender sobre esse lugar, mas até que estou gostando de ouvir as explicações dele e claro mesmo que seja cansativo foi até interessante lutar com ele quer dizer tirando o fato de que fiquei um bom tempo tentando acertar alguns golpes nele e falhei miseravelmente.

— Bom agora vamos treinar a sua defensiva.

— Agora você vai me atacar?

— Nah provavelmente eu acabaria te ferindo não estou me gabando mas até mesmo um amador poderia te ferir gravemente em uma sessão de treino como essa. Vamos começar apenas pelo básico ok?

Ele me mostrou algumas posturas que devo assumir ao tomar um ataque direto, como eu devo me defender e ser rápida, ele começou dessa maneira conforme ia me explicando enquanto demonstrava com ataques leves.

— Memorizou a sequência?

— Sim.

— Certo então vamos lá. Esquerda! Em cima ! Direita ! Em cima! Estocada! 

A garota se defendeu de todos os golpes como era apenas uma demonstração ele não estava indo muito rápido. 

— Agora vou intensificar um pouco.

Ele aumentou um pouco o ritmo do treinamento atacava um pouco mais rápido nas direções que ele determinou.

— Esquerda! Em cima! ! Direita! Em cima!....

A garota então se preparava para se defender da estocada.

— Direita! 

O homem rapidamente se aproxima a espada encostando levemente no ombro direito da garota.

— E você perdeu um braço.

— Não seria estocada agora?

— Você pensou isso porque eu te falei a sequência dos meus ataques, mas no calor da batalha em um combate real espere sempre o inesperado.

Mais uma vez ele me surpreende com seus ataques surpresa, eu não fico frustrada com isso pode ser estranho mas até que foi divertido treinar com ele.

— Parece que ainda tenho muito que aprender.

— Não se preocupe ninguém fica bom do dia para noite, antes de eu ser esse homem que você conheceu há poucos dias e já admira fortemente já passei por muitas dificuldades.

— Admiro?

— Sim, admira, mas o que eu quero dizer é que só precisa treinar e se dedicar para se aperfeiçoar com a espada.

— Sim! 

— Bom foi bom para aquecer os músculos mas devemos partir.

— Ah, vai ser uma longa caminhada.

— É, mas pense no que eu te falei, você deve preparar a sua mente e seu corpo, pense nessa caminhada como um meio para deixar o seu corpo preparado.

Podia ter inventado uma justificativa melhor para isso.

— Bom vamos indo então.

— Ok.

Os dois então se prepararam para seguir viagem, o homem então enche o seu cantil com a água daquele córrego ele alegou para Anne que como os peixes viviam ali a água estava pura para se beber, ela então usa suas mãos para pegar um pouco e bebe daquela água cristalina em seguida os dois se afastam do córrego dentro da floresta e retornam para a estrada de terra e pedras.

— Acho que desse jeito soa bem melhor.

— O que você está falando?

— Como eu deveria te chamar, Mestre Kenny, que tal?

— Hey desde quando eu virei o seu mestre?

— Bom você me deu algumas lições agora pouco ali atrás.

— Sim ,mas eu não sirvo pra essas coisas e outra eu não quero nenhuma aprendiz.

— Então não deveria ter sugerido um treino após a refeição Mestre Kenny.

— Você...- disse o homem em um tom de indignação. - Você não vai parar com isso não é?

— Já se acostume, e não soa tão ruim não é?

— Tanto faz, melhor do que ser chamado de Senhor. 

Continua...


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