Minha Jornada e Vida em Outro Mundo (Isekai) escrita por Blight Mansion


Capítulo 4
Parceria Inesperada




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Depois de um tempo correndo nós dois conseguíamos ver o vilarejo, gostaria de dizer que tudo estava indo bem, no caminho não vimos nada de mais depois que fomos surpreendidos daquela maneira a poucos minutos atrás, mas conforme íamos nos aproximando já podíamos ver o que estava acontecendo lá.

— Droga está pior do que eu imaginava. - Falou o homem enquanto se aproximava do vilarejo e observava aquela situação.. -

Eu não sei qual tipo de cenário bom ele teria dessa situação. As pessoas estão sendo atacadas por monstros, eu ainda não processei a ideia de que coisas assim existem de fato, mas parece que é o caso. 

Assim como aquela toupeira que vi há pouco, agora me deparo com outra peculiaridade, uma ninhada  de aranhas estava ali por perto, mas não eram de um tamanho comum muito pelo contrário, eram bem maiores do que o imaginado, mesmo não sendo absurdas de gigantes ainda assim parecem ser perigosas ou até mesmo venenosas se não tomar cuidado alguém pode acabar sendo picado por esse monstro

E acompanhado delas também vejo um grupo de pequenos seres verdes com orelhas pontudas creio que sejam goblins, mas estão com uma aparência mais grotesca do que os que são vistos em livros de fantasia e jogos de RPG e claro também estavam portando adágas afiadas e alguns deles também estava com uma certa proteção, como uma coisinha dessas consegue ser tão perigosa?

Não estão apenas por um lado, mas parece que estão espalhados por todo esse vilarejo. Os homens parecem estar defendendo suas terras, mas não possuem muitas armas, não, estão usando ferramentas comuns daquelas que vemos em fazendas, acho que a coisa mais afiada que eles têm provavelmente seriam os machados e as foices, mas ainda assim temo que não sejam o suficiente para eles se defenderem disso.

Um homem que estava se afastando de um grupo de goblins acaba escorregando, como estava desarmado as criaturas viram oportunidade para atacá-lo. 

GWARR GRRR

— Socorro!

Ao se desesperar ele não tem opção a não ser cobrir o rosto para sua sorte o outro rapidamente saca a sua espada e como o vento consegue cortar a cabeça de dois goblins e ferir mortalmente o outro.

Ele parece ter agilidade o suficiente para surpreender essas criaturas com um ataque surpresa desses mesmo há poucos metros de distância ele conseguiu chegar lá como se fosse um raio, nem eu consegui acompanhar sua movimentação de fato ele tem um bom manejo com a espada.

— Corra daqui rápido! - Gritou o espadachim após salvar o homem desarmado. - 

Os ataques continuavam de maneira desordenada. Um pequeno grupo de homens com suas ferramentas de trabalho faziam ao máximo para se defender daquelas criaturas mesmo assim elas não recuavam.

— Droga se isso continuar assim as baixas serão numerosas...

Ele está em uma situação complicada ele parece querer ajudar a todos mas tem noção de que é impossível fazer isso sozinho. E esse sentimento dentro de mim diz que devo fazer alguma coisa confesso que estou nervosa com tudo o que está acontecendo, foi tudo tão rápido mas mesmo assim eu quero....

— Hey me deixe ajudá-lo também.

— Garota olha só eu não tenho tempo para lidar com você ok? Vá e se esconda junto com os outros e se conseguir corra o mais longe possível daqui.

— Você parece saber o que está fazendo, mas você sozinho não vai conseguir controlar uma ameaça dessas me deixe ajudá-lo.

O homem observou atentamente para a garota ele nota a determinação em seu olhar naquela hora. Ele então entrega uma de suas espadas para a garota.

— Você já usou alguma dessas alguma vez?

— Bom, tem sempre uma primeira vez pra tudo não é.

Estranhamente me sinto familiarizada com isso, a empunhadura parece ser bem leve assim como a lâmina não é tão complicada de se manejar.

Após conseguir uma arma a garota observa ao seu redor ela notou que o pequeno grupo estava cercado pelos dois lados praticamente estavam contra a parede e não haviam por onde escapar quando tentam se defender a aranha simplesmente devora as ferramentas daqueles homens

— Eu cuido de um lado e você do outro. - disse enquanto corria. - 

— Hey espera você!...

O homem parecia estar pensando de mais enquanto bolava uma maneira de controlar aquela situação a garota por outro lado corria em direção ao perigo rapidamente ela ataca uma das aranhas da qual estava cercando aquele grupo de pessoas.

 O golpe foi superficial, ela então após atacar atraiu a atenção das duas aranhas.

— Vocês entrem para suas casas e protejam-se! Vou atrair a atenção delas.

Como não podiam fazer nada para ajudar todos então correm dali o mais rápido possível.

Bom isso de certa forma funcionou, eles conseguiram se afastar para bem longe daqui, mas ainda asism estou com um problema agora.

As aranhas então após terem sua atenção atraída por ela planejam um ataque em conjunto a que estava ferida mantém distância enquanto atacava com suas teias na direção da garota enquanto a outra pulava em cima dela.

Essas coisas são espertas mesmo pelo o que parecem, mas ainda assim é bem lento.

A garota então se esquiva daquele ataque de teias, seus movimentos eram perfeitos parecia mesmo que ela já estava habituada a lutar com esse tipo de monstro após isso ela desfere um golpe cortando a cabeça daquela que havia pulado em sua direção.

Tá bom isso foi...inesperado. De fato eu podia saber que seus ataques eram lentos mas ainda assim o meu corpo parece ter agido sozinho consigo sentir que já lidei com coisas como essa antes...

— "Seus movimentos não parecem ser de uma amadora mas ainda falta um pouco de técnica" - pensou o homem enquanto a observava enquanto se aproximava sorrateiramente da outra. -  Tá legal vou confiar em você por enquanto, vamos nos dividir assim podemos controlar essa ameaça.

— Sim senhor. 

Formal de mais? Não importa agora, cada um de nós dois fomos para um lado, não era tão difícil detectar as ameaças que tinham mais para frente afinal o som dos gritos poderiam ser escutados por quase todos os lados.

Essa vila não é tão grande então ficou mais fácil nós dois cobrirmos os lados desse lugar. Eu não sei como ele está lidando com isso, mas não devo pensar nisso agora.

A garota continuava a correr, onde haviam pessoas sendo atacadas ela forçava a atenção dos monstros para ela o que funcionava tempo o suficiente para que os outros pudessem recuar daquele lugar para o mais longe possível. 

Ela lidava com aquelas criaturas de maneira hábil conseguia até que prever algumas ações que elas iriam tomar e assim desferir um golpe de contra-ataque.

Era para eu estar cansada em meio a essa situação claro que não é o mesmo que correr uma maratona mas ainda assim sinto que estou fazendo um certo esforço mas ainda assim não estou indisposta.

Até consegui chamar um pouco de atenção dessas coisas e por sorte aqueles que estavam indefesos conseguiram contornar a situação felizmente. Mesmo que a quantidade de monstros não sejam o suficiente para causar uma grande destruição a esse vilarejo ainda assim foram capazes de causar um grande tumulto por aqui. 

Não estou me gabando nem nada mas consegui lidar com essa ameaça facilmente é uma abordagem um tanto imprudente mas quando todos tem sua atenção para mim fica bem mais fácil de lidar com esse problema.

O número de monstros havia sido reduzido significativamente graças aqueles dois ali presentes no momento ambos conseguiram deter a ameaça que assolava aquele lugar eles então se reúnem novamente.

— Acabou? 

GWAARG GWAH 

O homem fincava a espada no crânio de uma aranha. 

— É, acabou. 

As pessoas haviam notado que o ataque havia acabado naquele momento e começaram a sair de suas casas.

— Acabou!

— E-eles conseguiram, eles são os nossos salvadores! 

Todos do vilarejo comemoram o sucesso daqueles dois em proteger o lugar. 

Wow! Todos apareceram do nada para nos parabenizar? Eu não sei como eu deveria me sentir nesse momento, mas estou feliz que pude ajudar essas pessoas a se proteger disso tudo.

Em meio aquela breve saudação comemorativa um homem mais velho se aproxima daqueles dois.

— Vocês chegaram bem a tempo, mais um pouco eu não sei o que poderia ter acontecido nós não temos palavras para dizer o quão grato estamos, se houver algo que vocês queiram estamos a disposição.  - disse o mais velho enquanto abaixava a cabeça. - 

*ROOONC*

A barriga da garota começou a roncar o som foi tão alto que a deixou constrangida

— Um convite para uma refeição talvez? - sugeriu o homem. - 

Que vergonha! Só queria poder enfiar minha cabeça em um buraco agora, mas o que posso fazer isso é normal! Esquecendo isso tudo após a chuva de agradecimentos foi recomendado que todos ficassem em suas casas ou nas redondezas do vilarejo, alguns se ofereceram para ajudar na limpeza do lugar. Estranhamente algumas dessas coisas desapareceram ao ser cortadas mortalmente pela espada, mas alguns ainda ficaram.

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Nos reunimos na casa do Chefe da Vila, ela não era a maior do lugar, meio que quase todas tinham o mesmo padrão de tamanho. Ignorando aquela onda de ataque esse lugar até que é bem bonito, mesmo as estradas sendo de terra e pedras as construções bem simples dão um charme ao local.

E dentro da casa não era surpreendente, alguns cômodos normais que uma casa possuí, mas claro que eles não tem coisas que uma casa normal da qual eu estou acostumada a ver tem. Até mesmo o fogão do qual era utilizado era antigo no caso era utilizado lenha para esquentar a comida e as panelas eram feitas de argila, assim como a tigela. 

Uma doce Senhora que eu chutaria que seria a esposa do chefe me serviu uma tigela quente de sopa da qual levou alguns minutos para ficar pronta. O gosto estava ótimo, mesmo sendo toda feita de legumes sem nenhuma carne foi uma festa para o meu paladar, talvez seja apenas exagero afinal é a primeira coisa que eu comi desde que vim para cá.

Mas é claro que não viemos apenas para comer uma sopa na casa de um estranho. Para falar a verdade isso foi um pretexto para uma outra conversa.

— Não é muito mas aproveitem a refeição de vocês.

Disse o homem enquanto sua esposa entregava uma tigela para cada um deles.

— Senhor me diga uma coisa, esses ataques ocorrem com bastante frequência. 

O mais velho cruza os seus braços pensativo.

— Não essa onda de ataques começou recentemente. Não sabemos a origem disso infelizmente, mas conseguíamos lidar com a ameaça quando necessário ou até mesmo evitá-la assim que possível, mas hoje não foi o caso.

— Eu entendo, mas não pensou em evacuar a todos desse lugar mesmo assim?

— Naturalmente mas esse seria o último caso e também estávamos com medo de sermos pegos no caminho. Eu não me importo com as casas ou até mesmo as plantações, isso tudo pode ser reconstruído ou até mesmo substituídos, mas as pessoas não, eu não quero arriscar a vida dessas pessoas. Já tentamos alertar as forças da Capital na cidade mais próxima, mas como nossa vila fica bem isolada eles demorariam muito tempo para chegar.

— Tsc .contar com eles é um problema -- Disse o homem olhando para o lado com olhar de julgamento. --

Isso de certa forma parece ter incomodado e muito ele, deve ter alguma rixa com a "capital" ou tem algo haver com seu passado? Mas claro que isso não é da minha conta.

— Podem me dizer mais ou menos o local que se originou o primeiro ataque?

— Bom, nossos campos de batatas fica um pouco longe daqui, foi por lá que o primeiro ataque ocorreu segundo um dos nossos trabalhadores. Fica a noroeste e a alguns metros há uma montanha.

Após a conversa terminamos a nossa refeição. O homem que me acompanhava apenas endossou o que o chefe ordenou a todos para permanecerem na vila até que tudo estivesse bem. Ele de fato parece querer ajudar essas pessoas. Em seguida nós saímos da casa e nos afastamos um pouco.

É mesmo eu estou segurando isso desde aquela hora que ele me emprestou, eu nem havia notado.

— Hey Senhor! Aqui sua espada. 

— Hm? Ah, eu nem havia notado que você ainda estava com ela em mãos, geralmente essa é minha reserva eu costumo utilizar apenas uma.

Ele pega a espada de volta das mãos da garota.

— E não precisa me chamar de Senhor tá bom? Eu não sou tão velho. 

— Então como devo chamá-lo? 

— Hahaha acho que com toda essa bagunça pulamos a coisa mais importante, as apresentações nós nem sequer sabíamos o nome um do outro e acabamos trabalhando juntos de certa forma. 

O homem então coloca a mão em seu peito.

— Kenneth Redwood ao seu dispor. 

— Sou Anne, só Anne.

Os dois então se cumprimentam com um aperto de mão.

— Bom Senhor...Kenneth? Você é algum tipo de cavaleiro andarilho? 

— É interessante que sua mente tenha levado para esse lado. Vamos dizer que sou apenas uma pessoa que sabe se portar e estava de passagem. E você? Ainda não sabe como veio parar aqui? 

— Vamos dizer apenas que estava no lugar certo na hora errada, mas sim eu não tenho ideia de como vim parar aqui e muito menos sei o que devo fazer.

O homem então fica reflexivo por um momento. 

— Bom eu não sei o que você vai fazer daqui pra frente, mas eu sei o que eu vou fazer nesse momento. Esse ataque foi apenas uma centelha de um fogo muito maior.

— Então quer dizer que há alguém que comanda essas criaturas?

— Bom, é isso que eu vou confirmar uma ajuda para um último trabalho?

— Agora confia em mim?

— Não, mas um par de mãos extras viria a calhar e mesmo lhe faltando prática você é até boa no que faz.

Eu não sei bem se isso foi um elogio mas dá para o gasto. Provavelmente iremos nos separar daqui e eu terei que tomar o meu próprio caminho então acho que posso pelo menos fazer alguma coisa de útil enquanto tento entender como as coisas funcionam por aqui.

— Certo, conte comigo.

— Obrigado Milady então, vamos indo.

==========

==========

Continuamos o caminho em direção a noroeste, era lá que ficava a plantação que o chefe da vila mencionou tomamos o caminho mais longo perto da montanha ele tinha algumas suspeitas daquele lugar. 

Estávamos em um ponto estratégico do qual podíamos ver tudo.

— Então o que estamos fazendo aq--

Ele então puxa a garota de repente a escondendo. Ele aponta para alguns goblins que estavam vigiando aquela área. Eles olham para ver se haviam mais alguém em seguida desviam o seu olhar de onde os dois estavam e então vão para uma pequena entrada daquela montanha.

— Ali está como eu suspeitava.

— Então o "Líder" dessas coisas está lá dentro?

— É apenas um palpite, geralmente esses monstros não se organizam dessa maneira em um únnic lugar

Bela observação eu achava que essas criaturas eram irracionais por natureza mas parece que possuem um certo senso de organização até mesmo possuem um tipo de "monstro mor" que os comanda.

— Então o que vamos fazer? Bater na porta da frente e detonar a todos?

O homem apenas sorri.

— O que? É sério?

— Tem uma ideia melhor.

— Não...quer dizer, essa é a única opção?

Obviamente ele não tinha outras ideias, de maneira improvisada planejamos um ataque por ambos os lados. Como ele havia previsto os monstros naquela caverna reforçaram a sua ronda demorou um tempo tivemos que esperar para entender como aquilo funcionava ele é mesmo um profissional quando se trata em lidar com esses monstros.

Após pegarmos o padrão a primeira etapa do plano foi iniciada. Nós lidamos facilmente com aquelas coisas, mesmo sendo pequenos ainda dão um certo trabalho por resistirem.

— Pronto, vamos entrar agora.

— Logo atrás de você.

Ambos adentraram o local.

Esse lugar é bem maior do que aparenta ser e bem úmido também entramos com um pouco de dificuldade. Continuamos andando com cuidado.

— Por aqui. 

Continuamos seguindo em frente por sorte a caverna não havia bifurcações no caminho porém era um terreno difícil por seu chão ser bem úmido.

Finalmente nós encontramos o suposto alvo que ele esperava. Estávamos a uma certa distância observando.

— Como eu suspeitava. Um xamã. 

— Xamã?

— Algumas dessas coisas não são apenas pequenas e agressivas algumas delas conseguem ser mais espertas a ponto de poder utilizarem mana assim como nós.

De longe já consigo ver, assim como os outros goblins, ele era um pouco maior do que os menores e utilizava a carcaça de um felino gigante como manto e também portava um cajado feito de algum osso presumo que seja do mesmo animal com uma espécie de cristal negro em sua ponta.

— Ele não é perigoso? 

— Eu já lidei com muitos desses não são tão espertos assim mas sua capacidade de usar magia não é algo que devemos subestimar. Veja.

O Xamã Goblin se preparava para realizar um ritual o cristal negro na ponta de seu cajado começa a brilhar e novos goblins e aranhas começam a surgir ali mesmo.

Então é assim que essas coisas aparecem? Então foi por isso que Senhor Kenneth veio para cá queria literalmente cortar o mal pela raiz. Mesmo assim acho que uma tarefa assim não será fácil deve ser por isso que ele quis a minha ajuda.

Após o ritual está completo os outros monstros invocados por ele se retiram para o fundo da caverna. Leva algum tempo até que eles se retiram daquele local.

— Ele vai demorar alguns minutos para fazer isso de novo, essa é a nossa chance.

Kenneth então ao ver uma oportunidade se revela para enfrentar aquela criatura.

GWAARRGH

— Vamos acabar logo com isso. 

Se preparando para um ataque ele saca sua espada o xamã corresponde com um feitiço de gelo e rapidamente estacas afiadas voam em direção ao homem.

— Arte Marcial! Desvio.

Ao proferir essas palavras seu corpo brilha por um momento e rapidamente se desvia daquele ataque em seguida avança com tudo em sua direção.

Incrível! Isso foi algum tipo de magia? De repente sua velocidade foi dobrada repentinamente e seu corpo brilhou por um breve momento. 

Ao chegar perto o suficiente da criatura ele desfere um ataque contra ela, o xamã por sorte havia se protegido com um tipo de feitiço de proteção, mas ainda assim não conseguiu sair ileso.

GRRRWWRR 

Após ser levemente ferido o xamã então dá um enorme grunhido que é escutado por toda a caverna e os outros monstros rapidamente aparecem. Quando Kenneth estava prestes a dar o golpe final uma rajada de teia é expelida em sua direção ele rapidamente as corta mas é surpreendido com o ataque de algumas aranhas.

Droga a coisa tá ficando feia achei que ele poderia dar conta mas não levamos em consideração os outros monstros é melhor eu ajudá-lo.

Anne então também se revela para ajudá-lo.

— Bem a tempo garota.

— Você disse que acabaria logo com isso mas acho que não é o caso.

— Fazer o que houveram complicações. Vamos.

— Certo!

Após Aranhas aparecerem o restante dos monstros aparece para ajudar seu líder. 

— Parece que temos mais companhia. Tente ficar o mais recuada o possível para não se ferir.

— Não se preocupe com isso.

— Como queira então. 

Os dois então começam uma ofensiva contra aqueles monstros, como haviam lidado antes com essas criaturas já sabiam o seu padrão de ataque, mas como estavam em maior número ambos tem algum trabalho para lidar com isso.

Agora que todos estão juntos em um pequeno espaço isso pode ser um problema mesmo no vilarejo ainda tinha uma área grande para desviarmos mas aqui temos pouco espaço.

Duas aranhas então se juntam para desferir um ataque em ambos como estavam cercados era a chance perfeita dos monstros atacarem eles.

Droga outro ataque coordenado, dessa vez eles tem a vantagem!

— Arte Marcial! Desvio! 

Simultaneamente os dois proferiram essas palavras, ambos tiveram sua agilidade aumentada por um tempo e cada um conseguiu se desviar daquele ataque.

Uaah! Realmente isso funcionou! Foi institivamente por reflexo eu nem sequer pensei em fazer uma coisa dessas mas acabei conseguindo.

— Você sabe das Artes Marciais também?

— Não, foi minha primeira vez.

— Sério é? Você é cheia de surpresas afinal, mas se você conseguiu fazer isso, tente me acompanhar. 

O homem então se prepara para intensificar o ataque.

— Arte Marcial. Ataque! 

Seus ataques se tornam mais intensos, junto com o encantamento anterior a agilidade somada a força ele conseguiu lidar com os monstros do seu lado.

— Vamos nessa então.  Arte Marcial. Ataque! 

A garota então faz o mesmo, diferente dos ataques perfeitos de Kenneth de maneira improvisada ela também conseguiu lidar com os outros monstros.

— Agora só falta um. Tudo bem com você?

— Sim, nenhum arranhão.

— Vamos lá então.

GRRRR

O xamã sendo o último dos que sobrou utiliza outro feitiço, seu corpo começa a se expandir e ficar mais forte sua aparência também muda conforme a expansão corporal. O cristal de seu cajado some rapidamente como se ele tivesse o consumido.

— Droga, as coisas realmente chegaram a esse ponto. - Disse Kenneth preocupado. -

Okay agora eu estou mesmo assustada. Essa coisa já era bem maior do que os outros, mas agora está enorme, consigo sentir sua pressão ameaçadora.

GRROORWR

— Dessa vez teremos que ir juntos. Está pronta? 

— Bom é isso ou morrer.

— Hahaha, gosto do jeito que você pensa, agora me acompanhe.

Ambos então se preparam para atacar cada um de cada lado, a criatura sabe que o homem é o mais experiente então fica em alerta máximo a ele, mesmo assim seu esforço não foi o suficiente, mesmo que ambos estejam lutando juntos pela primeira vez a sincronia nos ataques eram notáveis. Kenneth então conseguiu achar uma abertura mas ao atacar é surpreendido com um contra ataque

— Droga. Arte Marcial Bloqueio! 

Mesmo fazendo isso o punho pesado da criatura conseguiu atacá-lo ele voa a alguns metros. A criatura então também contra ataca Anne mas ela consegue se desviar mas ainda assim é afetada pelo impacto.

Droga! Ele foi apunhalado, essa coisa sabe que ele é o mais perigoso entre nós dois então está se concentrando apenas nele, eu não consigo fazer muita coisa.

O xamã então vai com tudo para cima de Kenneth para desferir um golpe para neutraliza-lo de vez.

— Droga, mesmo se eu me defender esse golpe ainda acabará comigo. Acho que só me resta um único golpe.

— Cuidado! 

Kenneth rapidamente se levantou era evidente que estava machucado mas ainda assim se prepara para um possível último golpe a criatura vai com tudo em sua direção mas então de repente um círculo mágico aparece nas mãos de Anne e uma barreira aparece para proteger o homem.

GRRWAARR

Mais uma vez eu fiz algo por reflexo! É sério como é que eu estou fazendo essas coisas sem saber? Mas ainda assim acho que não será o suficiente.

O monstro então dá alguns socos naquela e ela então se desfaz. A criatura então volta a sua atenção ao homem.

— Tarde de mais. Arte da espada Sentença Final!

O homem então dá um salto rápido desferindo um corte no pescoço da criatura o sangue era visível na sua espada e então a criatura começa a sangrar pelo pescoço e gritar em agonia, ela então se ajoelha e ele dá o golpe final em sua nuca. Momentos depois quando ela morreu seu corpo todo desapareceu deixando apenas aquele pequeno cristal negro.

— Bom, poderia ter sido pior eu acho. - Disse ele pegando aquele cristal e o guardando. - 

— Você acha? 

— Ainda estamos vivos não é? E inteiros *Cof* Quer dizer, quase inteiros.

Ele está com as mãos apoiando em suas costelas, parece que estão fraturadas e perfurou algum órgão importante não sou especialista mas era evidente presumir pelo sangue em sua boca. Mas eu acho que eu posso...

— Hey o que está fazendo? 

A garota se aproximou dele colocando suas mãos nas costelas fraturadas um círculo mágico aparece novamente nas mãos dela e então o homem é curado.

— Deixa eu adivinhar? Primeira vez fazendo isso?

— Pois é, magia eu acho.

Até eu estou assustada. Primeiro eu consegui copiar os movimentos que ele estava fazendo, em seguida consegui criar um tipo de barreira de proteção que sabe-se lá como eu fiz isso e agora acabei de curar os ferimentos internos de alguém. É sério o que está acontecendo comigo!

A garota então começa a cambalear sua visão fica turva por um momento e ela cai no chão.

— O que tá rolando?

— É como eu suspeitava mesmo sua mente estando preparada para copiar meus movimentos seu corpo ainda não estava preparado. Não se preocupe com isso é passageiro.

— Por que não me avisou antes?

— Ah que besteira, a gente não tava se divertindo juntos agora há pouco? E também eu achei que você aguentaria o tranco, mas parece que eu estava enganado.

— Hahaha, engraçado.

— Aqui! Vem.

O homem então se abaixa de costas para a garota.

— O que está fazendo?

— Bom, de certa forma você salvou a minha vida e também cuidou dos meus ferimentos o que me deixa te devendo uma então lhe carregarei até a vila como sinal de gratidão e também acho que você não sairia daqui tão facilmente.

— Acho que novamente não tenho escolha. 

A garota então se apoia nas costas do homem ele então se levanta enquanto a carregava.

— Algumas garotas considerariam um privilégio serem carregadas por um cara bonitão como eu.

— É, mas eu não sou como as outras garotas.

— Cruel assim você me magoa. 

E assim fomos até a vila, ele foi me carregando pelo caminho ele devia ter me dito que copiar seus movimentos daquela forma teria um grande preço no meu corpo, não é que eu perdi a capacidade de andar, parece que acabei correndo uma maratona enquanto estava com pesos nas mãos e nos pés estou acabada...

Esse foi o dia mais insano da minha vida acabei salvando pessoas lutando com monstros, ainda estou surpresa de que isso não é um sonho.

Não havia percebido mas já estava de tarde quando retornamos para o vilarejo. Nos reunimos novamente com o Chefe da vila para falar para ele que a ameaça havia sido neutralizada e em seguida então ele anuncia para todos que rapidamente comemoraram. E então todos propuseram que um banquete de comemoração fosse feito, mesmo Kenneth negando dizendo que não havia necessidade disso todos do vilarejo insistiram em fazer isso para agradecê-lo, parece que ele planejava ir embora cedo mas por insistência ele teve de ficar e aceitar aquela comemoração o chefe da vila ainda queria recompensá-lo com dinheiro mas ele não aceitou acho que ele não se sentiria bem extorquindo as pessoas após ajudá-las. 

Estou impressionada que organizaram tudo isso rapidamente toda essa comida me parece ótima todos estavam felizes que finalmente estavam em paz e livres daquela ameaça as crianças estavam sorrindo para nós e os mais velhos estavam felizes em saber que estavam seguros novamente.

Depois de um dia cheio como esse eu tive de comer bastante por sorte aquele farto banquete estava delicioso, diferente de mim Kenneth não comeu muito mas eles serviram um tipo de vinho feito das uvas da qual eles mesmos cultivavam e bom, ele encheu a cara mas não ao ponto de ter ficado muito bêbado. 

Após a comemoração Kenneth disse que iria partir a noite, mas o Chefe da vila insistiu que ele ficasse até o amanhecer para partir. Ele aceitou então.

— Uaah, estou cheia. - Disse Anne com as mãos em sua barriga. -

— Estou impressionado que alguém do seu tamanho conseguiu comer tanto daquele jeito. Deve ser essa tal fase de crescimento. 

— Depois de um dia como esse quem não estaria com fome. Mas você não pode falar de mim afinal quase tomou todo estoque de vinho deles, estou impressionada que você ainda está sóbrio.

— Não posso perder a oportunidade de tomar um ótimo vinho, mas o deles não era tão forte assim, mas ainda assim era ótimo. Bom agora sugiro que você descanse eles insistiram para nós passarmos a noite aqui.

Eles não tinham quartos extras tanto até que o chefe da vila gostaria de ceder o seu próprio para dormirmos lá, mas Kenneth claramente não aceitou isso, e eu também não, nos contentamos em passar a noite na ádega era bem espaçosa por dentro mesmo não sendo confortável é bem melhor do que passar a noite do lado de fora.

— Ainda não sei o que estou fazendo aqui, ficaria bem melhor acendendo uma fogueira no meio da floresta.

— Por que não aproveita um pouco da hospitalidade, essas pessoas querem agradecê-lo por ter ajudado eles.

— É talvez, mas o crédito não é só meu você até que foi útil garota.

— Não fiz nada de mais lá.

— Não precisa ser modesta você me ajudou muito lá. Agora descanse não vou querer ter de te carregar amanhã quando nós partirmos.

— Certo...espera um pouco como assim "nós"?

— Bom, você mesma disse que não tem para onde ir e que está perdida e bom eu sou um cara bem entediado e eu acho que você vai deixar a viagem mais interessante então.

Ele aponta para ela em seguida aponta para ele e então faz um sinal de confirmação.

— Talvez eu me arrependa por aceitar ser sua parceira.

— Você não pega leve mesmo não é, hahaha.

— Certo eu acompanho você, talvez seja divertido mesmo.

— Que bom, vamos trabalhar juntos então, Senhorita Anne. 

— Certo. 

Os dois esticam as suas mãos e se cumprimentam

— Bom, para onde vamos em seguida?

— Vamos apenas deixar a viagem nos guiar, mas de preferência um lugar que venda roupas interessantes, não pode andar a vida toda com esse manto velho por ai.

— É você tem razão....

E foi assim que formei uma parceria inesperada com Kenneth Redwood um homem habilidoso com a espada e de fala mansa eu não sei o que esperar dele, mas acho que é uma boa pessoa para se ter em suas viagens. Eu finalmente consegui entender a situação em que eu estou isso não tem nada haver com o pós morte ou nem mesmo é um sonho isso de fato é o início, o começo da minha nova vida em outro mundo. 


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