Werewolf : A escolhida escrita por Alina Black


Capítulo 22
(Renesmee): Leah Clearwater




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A pequena casa vermelha no vilarejo quileute era uma realidade totalmente inversa da de Jacob em Seattle, mas Billy Black aparentava não se importar com toda a simplicidade em que vivia, ele era muito caloroso e acolhedor e por um momento me senti uma visita esperada e especial mesmo não nos conhecendo.

 - Economia? Indagou Billy após eu responder a pergunta feita anteriormente por ele – Vai ajudar o meu filho a gastar menos com as camisas, as roupas dele custam uma fortuna.

Olhei para Jacob e percebi pelo corar em seu rosto que ele estava envergonhado, tive que conter meu riso – Você por acaso andou bebendo velho? - Disse Jacob tentando disfarçar seu constrangimento.

— Eu estou sóbrio, mas pretendo contar para ela mais coisas a seu respeito – Respondeu Billy.

Olhei para ambos em meio a pequena discussão entre pai e filho– Bom – fiz um ruido com a garganta – Respondendo sua pergunta senhor Black...

— Ora deixe de cerimônias criança, me chame de Billy, ou velho Billy como meu filho malcriado.

Nesse momento fui eu quem me senti envergonhada, Billy era o oposto do filho, alegre, animado e para frente, era notável que ele não gostava de luxos, era um homem bastante simples, concordei explicando a ele qual era a função de uma economista, de inicio ele não entendeu mas Jacob explicou de uma forma mais simples.


Nos conversamos por mais alguns minutos e entre risos e as piadas Billy soltou algo que dava a entender que Jacob e eu éramos um casal, o olhei com os olhos arregalados, o pai de Jacob estava achando que o filho dele e eu?


Constrangido Jacob pegou as malas e o segui por um estreito corredor passando pela porta — O senhor – ao me ouvir Jacob me olhou e eu sorri timidamente lembrando do nosso trato, nada de senhor ou senhorita- Você tem certeza? Eu posso ficar em um hotel. - falei me corrigindo.

— Eu jamais vou deixá-la sozinha em um hotel – Ele respondeu– Teríamos mais cômodo se o velho teimoso me deixasse construir uma casa maior – Explicou abrindo a porta quarto -  Seus aposentos!

Franzi o cenho e entrei no quarto, era pequeno e tinha paredes pintadas em um tom acinzentado, uma cama pequena de casal, uma penteadeira e uma janela pequena de vidro coberta com a cortina azul, eu não tinha visto o quarto de Jacob em sua mansão mas deduzi que era bem mais elegante do que o da casa de seu pai – É bem simples para o senhor Black- o provoquei.

— Precisa me conhecer melhor – Ele respondeu deixando as bolsas no chão e abriu as cortinhas – Foi para isso que eu a trouxe aqui.

Sorri timidamente - Então quando vou começar a conhecer o misterioso senhor Black?

— Agora mesmo senhorita Cullen- ele respondeu caminhando até a porta, compreendi o convite e o segui saindo do quarto.

Saimos da casa de Billy e caminhamos pelo vilarejo de casa, Jacob me explicava calmamente tudo sobre os habitantes locais, suas crenças e sua organização, La push era um lugar mágico, cheio de lendas que me faziam sonhar acordada com tudo que ele dizia.


Se por um lado eu estava encantada por outro estava admirada, a imagem que eu tinha de Jacob Black era totalmente oposta a tudo que ele me mostrava, imaginei por alguns segundos Jacob criança correndo com os pés descalços pela vila, brincando como as demais crianças que alí viviam.


Seguimos pelo bloco de casas da vila pegando a trilha da parte mais fechada da floresta, Jacob conhecia o nome de cada arvore da região, olhei e cantada para a linda casa azul no fim da trilha, apesar de pequena e simples, era isso que a tornava tão bonita.– Que casa linda – deixei escapar um sorriso em meus labios olhando encantada para o lugar.


— É a casa dos Ulley – Ele respondeu ao nos aproximarmos da casa, coincidentemente um homem surgiu na porta acompanhado de uma mulher que sorriu largamente ao nos ver e correu vindo ao nosso encontro.

— Oi! Disse a moça de forma gentil, ela era muito bonita, alta, corpo atletico e com feições doces, era como uma modelo de capa de revista vestida em trajes simples – Eu imagino que você seja Renesmee, acertei?

Sorri timidamente e olhei para Jacob – Sim Leah essa é Renesmee – Jacob falou olhando para o homem que se aproximou logo em seguida.

Um clima estranho se formou, Leah olhou para Jacob e para o homem mas manteve o sorriso olhando novamente para mim – Renesmee você gosta de panquecas? Fiz algumas de frutas.

— A panquecas da Leah são deliciosas, não irá se arrepender- Disse Jacob.

— Tenho certeza de que vou adorar – Respondi de forma gentil, apesar de não conhecê -la o clima entre Jacob e o amigo tinha deixado claro que eles queriam ficar a sós, animada Leah segurou minha mão e me puxou na direção da entrada da casa.

Era tão linda por dentro quanto fora.

— Eu estou muito feliz de conhecer você - Disse Leah colocando um prato de panquecas na mesa em seguida puxou a cadeira se sentando e serviu o copo com suco - Eu estou muito feliz pelo Jake.

— Obrigada- Agradeci pegando uma panqueca e comi pelas beiradas- Você conhece o Jacob a muito tempo? Perguntei curiosa.


— Desde que éramos crianças - Ela respondeu- Ele é meu melhor amigo.


— Isso é muito, bonito- falei tomando um gole do suco.


— Nos afastamos a uns onze, doze anos, Jake tinha vinte anos na época, morei em Seattle com meus pais na casa dele, Harry e Sue.


— Você é filha do Harry? Perguntei sem esconder a minha surpresa.


Leah sorriu - Sim, então eu conheci o Sam e nos casamos- Ela me olhou e os olhos dela brilharam- Seus cabelos são lindos, você é muito linda.


— Obrigada Leah, você também é muito bonita.


— Você acha?


Concordei com a cabeça - Sim.


— Obrigada- Ela agradeceu e suspirou - Então como você se sente? Com o Jacob?


Torci os lábios não entendendo a pergunta que ela havia feito, mas antes que eu pudesse responder o som das vozes exaltadas de Jacob e Sam nos interrompeu.


— Essa não - Disse Leah se levantando saindo de forma apressada, imediatamente a segui.
Se eu não tivesse visto aquela cena com meus próprios olhos eu não acreditaria, Jacob Black rolando no chão molhado com o marido de Leah, como duas crianças brigando na escola durante o intervalo.


— O que está acontecendo? Gritou Leah – Sam para! Ela tentou puxar o marido de cima de Jacob, que chutou Sam e partiu novamente para cima dele, nervosa eu gritei tentando conter a situação.

— Jake para!

Ele parou. Talvez tivesse percebido o papel terrivel que estava se submetendo, talvez tivesse percebido que eu estava presente, ele simplesmente parou.

Os olhos dele se direcionaram para mim e então sua mão segurou meu braço e me puxou na direção da trilha caminhando de forma apressada, eu podia sentir o tremor em seus dedos– Jake espera! Falei começando a me assustar com aquela atitude- Jake está me assustando!

Ele folgou a mão em meu braço – Me perdoe por isso! Em seguida deu um sorriso timido – Sam e eu temos um assunto mal resolvido.

Cruzei meus braços o encarando eu ainda não acreditava na cena que havia visto– Desde quando Jacob Black sai brigando por aí?

Jacob manteve o sorriso e tocou a própria costela, fez uma careta mas disfarçou – Vamos para praia almoçamos por lá.- sugeriu ignorando minha pergunta.


Ele só podia estar me testando.


— Espera – Falei me colocando a sua frente, havia um ferimento acima do seu olho direito, ergui minha destra passando o dedo sobre o ferimento – Não vamos a lugar algum com você todo arrebentado.

—Eu estou bem.
Toquei a costela dele e ele gemeu — Tenho certeza de que sim, vamos para casa, precisa cuidar disso.

— Quando começou a me dá ordens?

O encarei, parece que o poderoso senhor Black havia retornado ao seu corpo expulsando o alienígena que havia se apossado de seu corpo– Você me trouxe para uma floresta onde eu não conheço ninguém, quase se matou com um homem me deixando totalmente desorientada, então o mínimo que você tem a fazer é aceitar o que eu estou pedindo.


Jacob Black ouviu atentamente em silêncio, agora a demissão vem, repeti em meus pensamentos, mas ele sorriu mais uma vez olhando para mim.

— Você fica linda brava.

Rolei meus olhos e a teoria anterior sobre está sendo testada voltou a ser cogitada, era inacreditável que ele estivesse dando em cima de mim depois de todo aquele papelão, aborrecida caminhei na direção da floresta ignorando seu chamado enquanto ele ne seguia.


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