Hogwarts: Uma História escrita por AuroraBoreal277


Capítulo 8
A Aula De Voo




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O resto da semana correu normalmente, Vivienne foi às aulas e passou um tempo com seus amigos, ela e Draco não tinham muito tempo para se ver, já que a única aula que tinham juntos era poções. Isso mudou em um dia que um aviso foi pregado na sala comunal da grifinória, avisando que as aulas de voo iriam começar, e elas seriam compartilhadas com a sonserina. A menina ficou animada com a possibilidade de ver mais seu amigo, porém a felicidade durou pouco, já que lembrou que com certeza não tinha o menor talento para voar, ela sempre foi uma das piores alunas na educação física no mundo trouxa, e voo exigia coordenação motora e aptidão física, duas coisas que ela claramente não tinha.

         Hermione também estava preocupada com isso, leu livros com táticas para se voar em uma vassoura e falava exaustivamente sobre isso, Neville também estava preocupado, e absorvia cada palavra da garota, tentando aprender alguma coisa. Harry e Rony não estavam temerosos, apenas reclamavam de ter que ver os sonserinos, o que gerava olhares reprovadores da Parker. Olívia estava animada para iniciar as aulas, já que tinha talento com a vassoura, sempre treinou com seus pais. Vivienne normalmente estaria mergulhada em livros como Hermione, mas sabia que não resolveria seu problema, voo não era algo que se pudesse aprender com a teoria.

         No dia da tão aguardada aula, as crianças se reuniram no campo de voo e ouviram as instruções da madame Hooch, então começaram a tentar chamar sua vassoura. Draco estava muito confiante, porém em sua primeira tentativa, a vassoura foi ao encontro de seu rosto e bateu em seu nariz, Rony e Harry riram abertamente disso, e Vivienne cobriu a boca com a mão, para que o amigo não visse que ela havia achado graça, o menino ficou vermelho de vergonha e emburrado, resmungando que a vassoura era de má qualidade.

         Harry Potter conseguiu chamar a vassoura na primeira tentativa, fazendo Vivienne lançar um olhar chocado para o mesmo, ele também estava surpreso, entretanto fingiu costume e sorriu convencido para a garota, que precisou de três tentativas para obter sucesso. A professora instruiu que eles decolassem em um nível baixo ao som de seu apito, porém Neville, que estava extremamente assustado, deu o impulso antes da hora, voando muito alto e caindo logo em seguida, quando atingiu o chão, ouviu-se um baque surdo e um ruído de fratura, a professora murmurou “pulso quebrado” depois de acudir o garoto, e levou-o para a enfermaria.

         Assim que eles saíram, Draco falou:

         _ Viram só que idiota? Ele é mesmo um panaca.

         _ Draco, cale a boca.

         Disse Vivienne brava, não gostava quando o amigo agia assim. O garoto continuou:

         _ Ora, mas por quê? É verdade. E ele deixou seu lembrol cair aqui, quem o lembrará de vestir as calças agora?

         Alguns sonserinos riram, e vários grifinórios o mandaram ficar quieto, mas ele era teimoso, Harry saiu em defesa do amigo e falou:

         _ Me devolva isso agora, Malfoy.

         _ Ou o quê? Se quiser essa coisa, venha pegar.

         Draco subiu em uma vassoura e começou a planar, subindo cada vez mais alto. Vivienne gritou:

         _ Desça agora mesmo, Draco, não banque o burro.

         Ele ignorou-a e continuou subindo, Harry, obstinado, também montou em uma vassoura e começou a se afastar do chão. Novamente a menina tentou impedir:

         _ Pare com isso, Potter. Não faça uma besteira.

         Ele respondeu, gritando por conta da distância:

         _ Desculpe Viv, preciso recuperar o lembrol do Neville.

         Ela ficou um pouco brava pelo apelido, entretanto ignorou na hora. Hermione murmurava que eles acabariam expulsos, e Vivienne falou:

         _ Como são idiotas!

         Olívia riu e respondeu:

         _ Só descobriu isso agora?

         Então os dois garotos começaram a se perseguir, e Draco atirou o lembrol de Neville para longe, Harry mergulhou e conseguiu recuperá-lo. Quando os garotos aterrissaram, os grifinórios comemoraram com Harry, e Draco estava furioso, até a professora McGonagall aparecer e levar Harry com ela, muitos tentaram argumentar que a culpa fora de Draco, mas a professora não ouviu, levando o Potter e deixando Malfoy com um sorriso vitorioso. A satisfação dele durou pouco, já que assim que a professora saiu, Vivienne começou a gritar com ele:

         _ Você ficou maluco? Além de agir como um completo idiota falando mal do pobre Neville, ainda pega o lembrol dele e arranja briga com o Potter. Como se tudo isso já não fosse suficiente, você o deixa levar toda a culpa, quando sabe que não foi ele que começou. Hoje você agiu como um verdadeiro covarde, Draco.

         Antes que o garoto pudesse falar qualquer coisa, Pansy Parkinson veio em defesa dele:

         _ E quem é você para falar algo dele? Draco é um bruxo de sangue puro e talentoso. Diferente de você, que não passa de uma nascida trouxa nojenta e medíocre. Ele pode fazer o que quiser, e você não tem direito a uma opinião.

         Draco saiu em defesa da melhor amiga:

         _ Não fale assim com ela, Pansy, ou eu garanto que nunca mais olho na sua cara.

         _ Mas eu estou te defendendo.

         _ Não interessa, posso muito bem me defender sozinho, quando precisar de você, o que eu duvido muito que aconteça, vou avisar.

         A menina se afastou, derrotada, e lançando um olhar de puro ódio para Vivienne. Malfoy se dirigiu à Parker:

         _ Eu não entendo exatamente porque você ficou brava comigo, mas se for preciso, eu vou tentar me comportar melhor com os seus amiguinhos grifinórios, não com o Potter e o Weasley, porém posso tentar ser mais legal com os outros. Tudo bem?

         _ Tudo bem. – Concordou Vivienne com um suspiro – Isso vai ser suficiente por enquanto, mas tem que cumprir com o que falou.

         Draco concordou com a cabeça. Ele nunca foi bom em cumprir promessas.

         No fim das contas, Harry não levou uma bronca, na verdade, foi escolhido para entrar para o time de quadribol da grifinória, uma grande exceção à regra, pois alunos do primeiro ano eram proibidos de entrar nos times. Era sobre isso que ele conversava com os outros meninos na hora do jantar, enquanto Fred e George falavam sobre como era estar no time. Vivienne revirava os olhos sempre que o via se gabando da conquista, pensando que ele era metido, já o Potter, lançava olhares para ela o tempo todo, para ver se ela prestava atenção nele, às vezes seus olhos se encontravam, entretanto a Parker desviava o olhar rapidamente para as amigas. Sempre que isso acontecia, Harry dava um sorriso bobo.

         Draco apareceu na mesa da grifinória, a princípio, Vivienne pensou que ele fosse falar com ela, porém ao ver ele se aproximar de Harry, juntamente com Crabbe e Goyle, ela ficou preocupada. Chegou mais perto, para tentar ouvir a conversa, conseguiu escutar Rony dizendo:

         _ É claro que ele sabe o que é um duelo de bruxos. Eu vou ser o padrinho dele, quem será o seu?

         Malfoy respondeu:

         _ Será Crabbe, nos encontramos hoje, meia-noite, na sala de troféus, nunca está trancada, não se atrasem.

         Mal ele acabou de dizer essa frase e saiu, Vivienne já estava correndo atrás dele, implorando:

         _ Por favor, Draco. Desista dessa ideia idiota, você pode ser expulso, machucar o Potter, ou pior, se machucar.

         _ Não se preocupe Vi, nada de ruim vai acontecer comigo.

         Ele tinha certeza disso, já que não pretendia comparecer. Ele saiu do salão, deixando uma Vivienne desolada para trás.

         Harry e Rony estavam na sala comunal, conversando com Simas e Neville, Harry estava com medo do duelo, mas não demonstrava, fingia tranquilidade. No meio da conversa, eles ouviram a porta da sala comunal ser fechada, olharam em sua direção e viram uma Vivienne Parker com uma expressão estranha, Harry ficou imediatamente preocupado. A garota se aproximou dos meninos e disse:

         _ Potter, eu preciso falar com você. Em particular.

         Ela enfatizou a última parte. O coração de Harry deu um salto, ele nem sabia que corações podiam fazer isso, na verdade, achava que só Vivienne poderia ter esse efeito sobre alguém, especialmente sobre ele. Os dois seguiram para um canto do cômodo, sendo observados pelos outros três garotos, a menina parecia estar em conflito consigo mesma, como se fosse fazer algo extremamente difícil. Harry se adiantou:

         _ Pode falar, Viv.

         O apelido teve um efeito imediato nela, que deixou de lado o desconforto e começou:

         _ Em primeiro lugar, nunca mais me chame assim, para você é Vivienne, ou melhor ainda, Parker. E em segundo lugar, estou aqui contrariando todos os meus instintos, para te pedir um favor.

         Tentando não rir da braveza dela, Harry fez um sinal para que continuasse. Ela o fez:

         _ Olha, Potter, eu preciso que você não vá ao duelo com o Draco. Isso vai acabar terrivelmente mal, vocês podem levar uma detenção, ou serem expulsos. Eu estou muito preocupada, não quero que o Draco se machuque, ele é meu melhor amigo. Sei que não gosta dele, mas faça isso por mim, se não for por mim, por você mesmo, também corre risco de se machucar.

         Harry entendeu porque ela estava tão agoniada, a ideia de pedir um favor para ele com certeza era horrível para ela. Se a mesma tivesse pedido qualquer outra coisa, ele teria feito, porém aquilo era diferente, ele não podia ser um covarde. Por isso respondeu:

         _ Olha Parker, se você pedisse qualquer outra coisa, eu faria, mas não posso desistir disso. Se eu não for vou ser um fraco, covarde, e vou ter deixado o Malfoy ganhar.

         _ Mas...

         _ Desculpe, nada que você diga vai mudar isso.

         A expressão dela, que antes era de súplica, passou a ser determinada, ela concordou com a cabeça e falou:

         _ Está bem. Então eu vou junto.


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Notas finais do capítulo

Oi gente! Espero que tenham gostado, amanhã posto o próximo capítulo. Bjs, até logo.



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