Mirrorball escrita por Minerva Lestrange


Capítulo 4
I’m still on that trapeze




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8 anos atrás

Sentindo a brisa fria do clima invernal de novembro, Hermione dobrou uma das esquinas do Beco Diagonal e rapidamente checou a hora no relógio de pulso antes de caminhar mais rápido entre os outros bruxos, que faziam o caminho na direção contrária, deixando seus trabalhos àquela hora. 

Draco, por outro lado, um completo viciado em trabalho, sempre ficava até mais tarde na fábrica de poções, repassando contratos, presidindo reuniões, testando poções, aterrorizando alguém - o de praxe, como ele se orgulhava em dizer. Apertou a bolsa contra o corpo e, finalmente, seus olhos conseguiram se erguer para a imensa sede da empresa da família Malfoy, se erguendo ao final daquela viela. 

Certamente, era um dos estabelecimentos mais luxuosos de todo o Beco Diagonal, uma vez que atendia às demandas de diversos países da Europa, Ásia e África. Logo na entrada, a típica calçada de paralelepípedo era substituída por um piso de mármore negro, que se estendia por boa parte da rua, uma vez que a parte frontal do local ocupava muitos metros de largura. As vitrines envidraçadas se erguiam iluminadas do chão ao teto, uma vez que, além da fábrica em si, também se tratava de uma loja de poções.

Essa parte ocupava apenas um pequeno, mas muito elegante espaço no térreo, onde a insígnia centenária dos Malfoy se espalhava no ambiente negro e dourado. Todos os produtos eram vendidos com uma etiqueta de tecido, onde eram explicados os ingredientes da poção, a função e a validade, terminando com a assinatura pessoal do Mestre responsável por toda a produção, o próprio Draco. 

Hermione tinha orgulho de como tomara aquele lugar para si, implementando mudanças, modernizando e expandindo. Acompanhou de perto ele colocando cada um de seus planos em prática, ouvindo enormes monólogos durante a madrugada, vendo-o, de fato, estudar poções como nunca vira alguém próximo de si fazer e isso a fascinou. Ela amava o empenho de Draco quando estava focado em um objetivo. 

O prédio se erguia em três andares de janelas envidraçadas, onde funcionavam os escritórios e, depois a fábrica, magicamente expandida enquanto o depósito ficava no subsolo. Passou pela porta giratória de maneira ansiosa e comprimentou rapidamente os funcionários, um tanto paralisados por sua presença, já que nunca havia estado ali, de fato, apesar de seu relacionamento com Draco. 

Grandes prateleiras de madeira se erguiam até o teto, abarrotadas de produtos - poções prontas, ingredientes comuns e ingredientes raros, materiais e, finalmente, livros sobre o assunto. Os aromas, inevitavelmente, se misturavam de maneira muito forte e característica, mas não era nada preocupante e ele havia lhe contado que estava estudando, junto ao seu corpo de técnicos, uma maneira de bloquear aquilo com magia. 

Seguiu para o elevador e apertou o botão do segundo andar, tão silencioso quanto o primeiro, mas muito mais vazio. Bem organizado, possuía uma recepção central e quatro corredores, que levavam à sala de reuniões, às salas dos diretores de departamento, à copa e, finalmente, à sala de Draco. 

Era o corredor melhor decorado, com iluminação embutida, alguns vasos com grandes folhagens e até mesmo um pequeno lounge com sofás negros confortáveis e um aparador com petiscos e bebidas de todos os tipos. Um grande quadro renascentista original ocupava toda a parede à frente da porta de Draco, tornando o espaço ainda mais luxuoso, mas seguiu diretamente para a larga porta de maneira marrom envernizada. 

Tentou controlar a ansiedade antes de bater com os nós dos dedos, mas de nada adiantou. Ainda sentia seu coração bater exponencialmente rápido e as mãos se apertarem ao redor da alça da bolsa, de maneira levemente suada. Ele já havia a convidado para ir até a fábrica diversas vezes, mas, desde o início, tinham combinado que, se quisessem fazê-los funcionar, teriam que evitar aparecer juntos e causar muito burburinho. Era melhor quando as pessoas e, especialmente, os jornais não tinham ideia do status de seu “polêmico” relacionamento. 

— Entre.

Ouviu a voz abafada do outro lado e empurrou a porta, alcançando-o com o olhar antes que ele pudesse vê-la. Draco estava sentado à sua comprida mesa de mogno pesado, parecendo compenetrado no documento logo à sua frente. Usava apenas camisa e gravata negros, sem o terno, àquela altura do dia, embora estivesse perfeitamente alinhado. Tinha no rosto os típicos óculos de leitura, que o deixavam ainda mais bonito e, na mão, uma caneta vermelha, com a qual parecia ter feito diversas marcações no maço de papel à sua frente. 

Quis evitar um suspiro, mas foi incapaz. Se soubesse que, aos 27 anos, Draco estaria tão lindo, certamente teria se esforçado para ficar com ele antes. Mas não conseguia enganar nem a si mesma com tal pensamento, pois ele sempre fora bonito, apesar da tradicional palidez. Talvez fosse a personalidade sarcástica e a pose de mal; ou, talvez, o fato de ter realmente um coração sob toda aquela máscara de indiferença; ou, também, a inteligência fora do comum. Tudo sobre ele a fascinava. 

Quando começou a sair com Malfoy, Hermione estava muito acostumada a ser a pessoa mais inteligente da sala e não esperava que ele fosse alguém com quem pudesse conversar de igual para igual, tanto para concordar quanto para discordar. Harry e Ron simplesmente anuíam à sua opinião, confiantes de que sempre tinha razão e de nada adiantaria teimar, mas ele tinha repertório para emendar longas discussões, geralmente embaladas à vinho e sexo. 

Ao notar que a visita apenas fechou a porta da sala atrás de si e não disse nada, Draco levantou os olhos por trás dos óculos de grau, piscando surpreso por sua presença.

— Ei! - Ainda de trás de sua mesa, ele soltou a caneta e a encarou bem, de cima a baixo, parecendo não acreditar que estava ali, de fato. - O que está fazendo aqui? 

Hermione, finalmente, saiu de perto da porta e efetivamente entrou na sala dele. Situada na curva do prédio, possuía uma grande parede de janelas que dava vista para a Londres trouxa, o que adorou. A decoração era toda em tons neutros e masculinos, como as poltronas e sofás em um cinza escuro que pareciam muito confortáveis. Porém, a coisa mais cara ali, sem dúvidas, era o enorme lustre. 

Projetado especialmente para ele, o objeto encrustado no teto saía de dentro do forro de madeira envernizada e seguia por diversas direções abstratas por quase todo o teto. Antes, achava tudo aquilo um grande exagero. Depois de passar a conhecer Draco, entendia como o luxo e a elegância eram naturais a ele e o complementavam em personalidade. Não havia Draco Malfoy sem a pompa que o sobrenome e a fortuna geracional lhe conferiam.

— Apenas… Vim ver você. - Deu de ombros, se aproximando mais da mesa dele. - Sempre me convidou para conhecer a empresa, então… Achei que fosse um bom momento. 

Retirou o casaco e a touca de inverno, ajeitando os cachos compridos enquanto ele estreitava os olhos e se levantava com um olhar mais ameno do que, certamente, aquele que mantinha costumeiramente naquele lugar. 

— É curioso que tenha sentido essa… Necessidade, justamente depois de ouvir Blásio falar da bunda da minha secretária. - Ele deliberadamente estacou à sua frente e colocou as mãos nos bolsos da calça social, tão escura quanto todo o resto de sua roupa. - Você não ficou com ciúmes, ficou? 

— Estou bastante confiante sobre minha própria bunda, querido. 

Forçou um sorriso irônico, pois sabia que Draco estava apenas a provocando. Detestava quando tinha ciúmes de fato, pois se recusava a duvidar deles. Então, mudou o tom e terminou a distância entre eles, sendo imediatamente recebida por ele ao apoiar os braços em seus ombros e se esticar para alcançar sua boca em um movimento tão automático, que sempre ficava surpresa por fazer parte do que eles eram. 

Aquele bom tipo de surpresa, que a deixava cada vez mais apaixonada. Era tão familiar, tão leve, que a fazia formigar em ansiedade e, ao mesmo tempo, tão lascivo que quase sempre tinha que apertar as pernas umas nas outras para conter aquele espasmo excitante. 

As mãos percorreram um caminho conhecedor de sua cintura, logo abaixo dos seios, aos quadris, moldando seu corpo ao dele. Era como gostava. Assim, o perfume de Draco sempre a deixava enevoada e, assim, o sentindo quente contra si, sua confiança sobre eles se renovava ante a intimidade e a liberdade daquele tipo de toque. 

Nunca imaginou que fosse se sentir tão à vontade com alguém com quem não se deu bem por tanto tempo, mas ali estava ele fazendo-a tremer com a língua contra a sua e as mãos seguindo para a sua bunda, familiarizadas, para mantê-la no lugar, mesmo que acabassem de se afastar em um ofego compartilhado. 

— Merlin, eu amo quando está de salto. 

Ele olhou para baixo, sem se afastar muito, e Hermione sorriu, se pendurando um pouco mais contra ele. Draco, realmente, tinha um certo fetiche por vê-la em saltos. Os mais altos, fossem sandálias ou scarpins. Em conjunto a saias ou vestidos colados, como era o caso, o apelo parecia aumentar. 

— Eu sei. Por isso, resolvi passar aqui depois do trabalho. - Murmurou, mordendo o lábio inferior dele de maneira suave, antes de beijá-lo brevemente, mais avidamente do que esperava, sem conseguir se afastar para quase sussurrar, como se fosse um segredo entre eles. - Na verdade… Não consigo parar de pensar que estou noiva. 

Os braços dele voltaram a rodeá-la e ele a apertou mais um pouco contra si, meramente a olhando enquanto também parecia processar aquilo que corria de um para o outro, uma expectativa tácita e silenciosa desde que ele a pediu em casamento numa noite especialmente comum quando estava em seu colo, se recuperando, após uma rapidinha no sofá de sua sala antes de um jantar com Luna e Theo, sem anel nem nada do tipo. 

Ela havia ficado tão surpresa, tão eufórica e tão emocionada que, tinha certeza que, suas bochechas se mantiveram coradas e brilhantes durante todo o jantar, sem que pudesse evitar ou processar o que havia acabado de acontecer, pois logo seus amigos chegaram. Só tinha uma certeza: estava noiva de Draco Malfoy. 

O mesmo sorriu brevemente, satisfeito consigo mesmo, e segurou seu queixo com uma das mãos, provavelmente analisando aura que não a deixava desde a noite que aceitara. 

— Acho que gosta demais dessa palavra, Granger. - Seu tom era baixo, mas leve. - Noiva. 

— Sim. - Suas unhas escorregaram pelo peito dele sobre a camisa escura, lentamente deliberada. - Me contentaria em ser sua noiva por muito, muito tempo. 

— Sra. Malfoy é um título que me agrada muito mais do que simplesmente ‘noiva’. 

Hermione sorriu novamente, porque ele causava esse efeito sobre ela, vendo-o refletir o mesmo em um pequeno, mas muito significativo sorriso antes de se inclinar para beijá-la. Porém, antes que o beijo se aprofundasse muito mais, a julgar pela intensidade e a forma como o clima mudou rapidamente entre eles, quando os dedos dele se entrelaçaram aos seus cabelos e ele a direcionou com experiência até sua própria mesa, se afastou um pouco.

— Tem outra coisa… - Ele concordou em ouvir, embora os lábios tivessem deslizados por seu queixo e seguido até seu pescoço. Hermione fechou os olhos e suspirou, meramente aceitando o carinho enquanto forçava sua mente a se concentrar. - Lembra quando estávamos em Roma e fomos aquele museu trouxa…? 

— Fomos a muitos museus, Hermione. 

Revirou os olhos e o puxou para que a olhasse de verdade. Seus olhos, então, se concentraram, nos dele, mais claros e menos tempestuosos do que quando era mais jovem. Não havia nada em Draco que a fizesse não ter certeza sobre eles, nem mesmo o temperamento combativo que tinham um com o outro, às vezes. Quando brigavam, brigavam pra valer. Quando faziam as pazes, com um gesto significativo como bandeira branca ou na cama, também era pra valer. 

— Aquele em que te expliquei sobre as alianças usadas pelos trouxas. 

Assim que assimilou o que ela disse, toda a postura de Draco mudou, esperando. No museu em questão, estava em amostra um par de alianças muito antigo, feito de bronze e com traços rústicos, lembrando o que seria um alumínio batido, pela falta de ferramentas próprias para deixá-lo delicado. 

Draco não compreendia como isso podia ser tão significativo para os casais trouxas se, quando os bruxos se casavam, havia um pacto mágico sendo feito, o qual só podia remediado por um feitiço ainda mais complexo. Enquanto isso era literal e sugerível para toda a vida, um par de alianças poderia simplesmente ser arrancado dos dedos. 

Contudo, enxergava de forma diferente. Ela sempre gostou do conceito de sentimento infinito que rodeava as alianças, do fato de elas serem a materialidade do que o casal sente, muito mais além do que o pacto de casamento. Sabia que o pacto era um nível de magia totalmente diferente, que apenas o casal poderia desfrutar daquele momento, mas as alianças eram para todos os dias, como uma lembrança da escolha. 

— Sim… - Draco concordou lentamente, meneando a cabeça para encará-la melhor. Ela nunca se sentia constrangida, mas naquele momento quase conseguia notar o próprio rubor, a pele mais quente na altura das bochechas, mas conseguia ver a expectativa nele, ciente de que se tratava de algo sobre o casamento. - O que tem? 

— Desde que faremos o pacto na cerimônia e… - Respirou fundo e percorreu os braços dele até chegar às mãos, entrelaçando os dedos de forma íntima para olhá-lo do mesmo modo, falando baixo como se estivesse murmurando algo que acontecera em seu dia para ele durante a madrugada.  - Considerando que você ainda não comprou um anel… 

— Você me fez pedi-la em casamento antes do planejado, Granger. - Ele levantou uma das mãos para ajeitar seu cabelo, parecendo distraído. - Eu disse que vou providenciar o anel, do jeito que você merece. 

Hermione sorriu, consciente de que ele a pediu em casamento pelo motivo mais romântico possível, totalmente embriagado por eles, e não se ressentia que fosse assim. Pelo contrário. Amava como Draco estava tão imerso naquele momento, que simplesmente pediu. Para ela, os grandes gestos dele estavam sempre impregnados em fragmentos como aquele. 

— Eu não preciso do anel. - O beijou rapidamente. - Na verdade, eu pensei que a gente poderia… Usar as alianças. 

— O que quer dizer? 

— Sei que o anel é uma grande coisa, especialmente na sua família… - Ele confirmou com um aceno, simplesmente acompanhando seu raciocínio, como fazia sempre que tateava um assunto novo e talvez espinhoso. - Mas eu gosto de como as alianças são tangíveis e inacabáveis, como se esse sentimento também fosse, e de como podem demonstrar o que nós somos, porque… Às vezes, é como se estivéssemos lutando contra o mundo para termos isso e as as alianças, talvez… Nos recordem a razão, então... Eu tomei a liberdade… 

Hermione abriu a palma da mão para que uma caixinha preta com um laço prateado surgisse entre eles em um feitiço não-verbal simples e voltou a encará-lo. O sonserino parecia totalmente desarmado. Não como quando fizera o pedido, mas mais… Incrédulo, ainda parecendo interpretar tudo o que dizia, lentamente compreendendo o significado por trás dos olhos azulados tempestuosos. 

O viu piscar atordoado e abaixar os olhos, rodeando sua mão por baixo e abrindo a caixinha onde duas alianças em ródio negro, simples, brilhavam refletindo a expectativa dela, principalmente. Dourado não combinaria com ele, prata era clichê demais e ouro avermelhado era pouco sofisticado. 

Por um momento, Draco apenas encarou as jóias, os dedos acariciando sua mão como se sequer percebesse o gesto, enquanto engolia em seco.

— O pacto é único e importante, assim como a cerimônia em si, mas elas são para todos os outros dias, Draco. - Murmurou, um tanto apreensiva. 

— Eu sei. - Ele voltou a olhá-la, mais convicto. - Eu sei.

— Então…? - O silêncio e a tensão do momento quase a estavam fazendo murchar por dentro. O pedido fora um grande e inesperado passo, aquele era outro, mas muito mais calculado, se fosse pensar no que as alianças implicavam. 

— Posso…? 

Draco gesticulou na direção das alianças e Hermione prendeu a respiração ao confirmar, observando-o alcançar a menor e colocar em seu dedo anelar esquerdo, admirando o efeito escuro do metal sob a iluminação do escritório. 

Encarava cada traço do rosto dele à procura de decifrar o que pensava enquanto segurava sua mão. Parecia realizar que, mesmo que não tivesse música, pompa ou contrato mágico, já soava muito maior e pesado do que um simples noivado. Não como um fardo, mas como algo importante. 

Hermione alcançou o par restante da aliança e também colocou no dedo dele, acariciando a pele clara no processo, vendo-o se acostumar com o novo anel, que, querendo ou não, combinava com aqueles que, tradicionalmente, já utilizava. Amava quando observava ou sentia a mão deslizando em seu corpo, o contraste quente de sua pele com o frio do material dos anéis soando excitante ao contato. Simplesmente adorava todos os anéis que Draco usava, desde sempre. 

— Draco. - Chamou, voltando a rodear os ombros dele para alcançar os fios de cabelo loiro na nuca, como gostava de fazer. - Acha que seremos para sempre? 

O viu suspirar e apoiar seu corpo de forma mais confortável ao abraçar sua cintura, os olhos também a analisando. Quando estava com ele, era mais simples julgar que era fácil, mas também tinha consciência de como poderiam ser atormentados pelos próprios demônios - e dos outros. 

Então, Draco apoiou a testa contra a sua e, logo, os lábios cobriram os seus de forma calma e íntima, murmurando ali para fazer com que ressoasse contra ela inteira. 

— Nós temos que ser. 

I’m still on that trapeze

I’m still trying to keep you looking at me


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Notas finais do capítulo

Um gostinho de como Hermione e Draco eram antes de todo esse caos ou... Vivendo o caos de uma forma mais apaixonada!

Me deixem saber se gostaram dessa parte, que é um pouco mais fora do clima da história, mas também para justificar o porque deles valerem a pena né?

Até breve ♥



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