Setembro - Amores Improváveis, volume 2 escrita por Julie Kress


Capítulo 4
Lista, lembranças e presentes


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo!!!

Tá emocionante.

Boa leitura!!!



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P.O.V Da Sam

Chegamos em Lake Forest Park por volta das 09h da manhã. Eu nunca havia saído de Seattle, eu ainda quero conhecer tantos lugares. Viajar pelo mundo antes de partir, criar lembranças das quais irei esquecer mas valerão à pena, porque quando a hora chegar, sei que não me restará mais nada. Serei apenas um corpo sem vida, sem alma, uma casca vazia.

Mas ao menos deixarei lembranças para o Freddie. Ele sempre se lembrará de mim. Por isso estamos criando um grande álbum de fotos nossas e algumas só minhas, para ele, para minha família e amigos, e principalmente para a minha pequena Maeve.

Quero que ela saiba que sua madrinha aproveitou seus últimos meses de vida feliz, que curtiu ao lado do amor de sua vida, que conheceu lugares incríveis. Desejo que Maeve tenha minhas fotos, que guarde elas com carinho, sabendo que mesmo eu não estando presente ao seu lado, de alguma forma sempre estarei ao lado dela.

— Que lugar lindo. - Olhei para o lago em pleno parque.

Fiz poses para o meu namorado me fotografar com sua câmera mega moderna, sorri para ele me capturar pelas lentes potentes.

— Linda é você. Eu te amo. - Deixou escapar fazendo meu coração se apertar e encher de ternura.

Como não respondi, ele parou de sorrir percebendo o que tinha falado.

— Desculpa, eu não...

— Diga de novo, por favor. - Me aproximei.

Ele abaixou a câmera, olhou nos meus olhos e novamente repetiu.

— Eu te amo. Te amo hoje. Te amarei amanhã e por toda a minha vida. - Me fez chorar.

— Você vai encontrar outra pessoa... E sei que vai ser feliz com ela... Mas enquanto eu estiver viva, vou te amar até o meu último suspiro. - O abracei.

Ficamos ali, abraçados sem nos importar com mais nada.

Curiosos nos olhavam.

Eu passei tanto tempo achando que nunca iria me apaixonar.

Que nunca encontraria um grande amor. E quando finalmente aconteceu, eu já não tinha mais tanto tempo de vida.

Passamos dois dias em Lake Forest Park.

Passeando, visitando os pontos turísticos e experimentando a culinária local.

Depois viajamos para Chicago.

Onde fomos ao famoso teatro, assistimos um lindo e emocionante musical que estava em cartaz.

Eu chorei, o musical era inspirado no livro O Brilho da Estrela.

Foi a coisa mais linda.

Depois de Chicago, partimos para Miami.

Eu sempre quis conhecer as belas praias.

Ficamos hospedados num Resort espetacular.

— Só mais um pouco de protetor solar, amor. - Espalhou a loção por minhas costas.

— Admite logo que está só tirando casquinhas. - Brinquei.

— Como ousa pensar isso de mim? - Riu.

Havíamos acabado de fazer uma chamada de vídeo com Carly e Gibby.

— Nunca se sabe... - Dei de ombros.

Ele afastou o meu cabelo, beijou meus ombros.

— Vai ter uma festa na praia hoje à noite. - Eu havia escutado mais cedo.

— Que bom. Se prepara, nós vamos dançar a noite inteira. - Me abraçou por trás.

— Até parece, você nem sabe dançar. - Achei graça.

— Por você eu faço um esforço. - Cheirou meu pescoço.

Me aconcheguei em seus braços, estávamos sentados na toalha estendida, vendo os adolescentes jogando vôlei.

[...]

Horas depois...

— O que aquele cara queria? - Freddie retornou todo sério.

Ele tinha ido buscar mais coquetéis e um rapaz se aproximou de mim puxando assunto.

— Nada. - E realmente não tinha sido nada demais.

Fiquei conversando com outro turista na festa durante uns 3 minutos.

— Hum... - Me entregou o coquetel de morango com blueberry.

Suguei minha bebida.

Ele olhou para os lados desconfiado.

— O que foi? Já quer ir embora? - Perguntei.

— Você já quer subir? - Me encarou ainda incomodado.

— Não. Aqui está legal. Estou curtindo. - Sorri.

— Que seja. - Tomou a bebida sem usar o canudo.

— Fala porque está de cara feia. O que aconteceu? Eu fiz algo de errado? - Questionei.

— Saí por uns 5 minutos e você estava dando mole para outro! - Aquilo foi a gota d'água.

— Vai se fuder, Benson! - Joguei o coquetel nele.

Molhei seu rosto e sua camisa clara.

Lhe dei as costas.

Ele havia me ofendido.

Minutos depois...

— Desculpa, Sam, eu...

— Se não confia em mim. Eu não posso fazer nada. - Fechei minha mala.

— Está indo embora? - Ficou incrédulo.

— Vou alugar outro quarto. Não tenho paciência para aturar ciúmes bobos. E você jogou na minha cara que eu estava dando mole para outro sendo que eu só...

— Eu errei. Reconheço. Por isso mesmo tô me desculpando agora. Droga, eu não queria estragar a nossa viagem. - Disse arrependido.

Parei o que estava fazendo, eu já ia arrumar minha bolsa.

Fui até ele.

— Eu sou sua namorada, ok? Sua. Somente sua! - Segurei seu rosto.

— Não vou mais dar uma de chato e ciumento. Prometo. - Me beijou.

Fizemos amor ali mesmo.

Com ele sentado na beira da cama e comigo por cima.

No dia seguinte, pegamos o próximo vôo com o destino para Toronto.

Estava nevando.

A cidade era linda demais.

Foi a primeira vez que patinei na neve. Passamos a tarde toda escorregando, patinando de mãos dadas e dando risadas.

Conhecemos a Torre CN, os museus e os aquários.

Ele filmou a nossa visita à Casa Loma.

Me senti uma princesa, aquilo parecia um castelo.

Durante a nossa estadia no território canadense, ligamos para a sua mãe.

Eu tinha uma lista de sonhos. Desejos que eu gostaria de realizar antes de partir.

— Uma tatuagem? - Olhou o papel.

— Sim. Uma tatuagem. - Confirmei.

— Visitar a Disney? Sério? - Sorriu.

— Por favor. - Fiz bico.

— Vamos logo fazer nossas tatuagens. Vou comprar nossas passagens para Orlando. - Pegou o celular.

Após ele agendar nosso vôo para a manhã seguinte, fomos até um estúdio de tatuagens.

— O que vão querer casal? - Uma tatuadora nos recepcionou.

— Vou querer o Coringa e ele vai querer a Arlequina. - Brinquei.

Freddie riu. Ele estava nervoso.

Por sorte, o estúdio estava pouco movimentado.

Escolhemos algo bonito e simbólico.

As tatuagens ficaram tão fofas.

Carly iria surtar.

Pedimos para a tatuadora tirar uma foto e mandei para minha melhor amiga.

Saímos do estúdio satisfeitos.

[...]

Me senti uma criança quando chegamos à Disney.

Aquilo era incrível.

Passamos o dia todo visitando tudo e nos divertindo no parque, curtindo todas as atrações.

Fomos ao zoológico local.

Orlando era fantástica.

Conhecemos tantos animais exóticos.

— Pular de Bungee Jumping? - Checou a lista.

— Claro. Deve ser maravilhoso. Vai me dizer que tem medo de altura? - Perguntei.

Ele engoliu em seco.

— Sabe, você não precisa ir...

— Mas com você, eu vou. - Sorriu.

— EU TE AMO TANTO, SABIA? - Me joguei em seus braços.

Saltamos juntos e foi a maior loucura que fizemos naquele dia.

O Benson quase me deixou surda de tanto berrar.

Depois da aventura, fomos jantar no restaurante especializado em frutos-do-mar.

Depois de Orlando, visitamos a Austrália.

Era para onde Freddie queria tanto me levar.

Foi mais uma viagem incrível.

Conheci onde ele trabalhava e até amamentamos bebês cangurus com mamadeiras especiais.

Os filhotinhos eram umas gracinhas.

— O que foi? - Me segurou quando chegamos no hotel.

Já estávamos no quarto.

— Só estou cansada... Me diverti muito. - Respirei fundo.

— Certeza que está bem? - Me ajudou a sentar na cama.

— Estou sim. - Garanti.

Foi emoção demais para um dia só.

Também visitamos NY e viajamos para alguns países da Europa.

[...]

Agosto.

Já estávamos no começo de Agosto.

Mais um mês.

O médico me deu até Setembro. Foi sua estimativa.

Não passaríamos o Halloween, Ação de Graças, e nem o Natal e muito menos o Ano Novo juntos.

Meus dias estavam chegando ao fim.

Escrevi cartas.

Para cada um deles.

Mamãe, Carly, Gibby, Maeve e Freddie.

E uma especial para dona Marissa.

Um dia a minha amada afilhada iria ler.

Eu tinha um diário também. Desde os meus 15 anos.

Resolvi deixar ele para o meu namorado, eu entregaria na hora certa.

Jubileu ficaria com a minha mãe. Ela amava meu bichinho de estimação.

Meu corpo estava cada vez mais cansado.

Como Freddie faria aniversário só em fevereiro, resolvi comprar seu presente adiantado.

— O que é isso, amor? - Recebeu o embrulho curioso.

— Abra. - Pedi.

Ele o fez, cuidadosamente, tirou o papel que cobria a caixa.

Depois retirou a tampa.

Dentro da caixa, havia uma Polaroid, um kit de rolos de filmes e pequenas molduras personalizadas.

E claro, uma agenda com poemas que fiz para ele.

E por último, um pendrive com uma gravação que fiz para nós.

Compus uma canção tocando violão.

— Só ouça o que têm no pendrive depois da minha partida, isso serve também para a agenda, não leia agora. Me prometa isso. - Pedi.

— Está bem, amor. Prometo. São presentes lindos. Já amo cada um deles. - Me abraçou emocionado.

Eu só estava garantido e deixando belas lembranças minhas.

Por mais que fosse extremamente doloroso... Eu não levaria nada dele comigo.

Ao menos, restaria algo de mim.

Lembranças e aqueles presentes.

— Só prometa mais uma vez, Freddie... Que você vai ser muito feliz... Que vai amar outra... Você vai ter uma família linda... Que vai dar tudo à ela... Tudo que um dia desejou dar para mim... - Segurei suas mãos.

— E-eu... Eu não... Não posso. Desculpa... Não posso fazer isso... - Soltou minhas mãos.

Comecei a chorar.

Ele virou de costas e desabou em prantos também.

Por quê aquilo tinha que acontecer?


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Notas finais do capítulo

Gostaram???

O próximo é o último.

Será o fim mesmo para Seddie?

Até. Bjs



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