Setembro - Amores Improváveis, volume 2 escrita por Julie Kress


Capítulo 3
Cada segundo ao seu lado


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas voltei com a Fic!!!

Mas o capítulo ficou do jeitinho que eu queria.

Boa leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/807838/chapter/3

P.O.V Da Sam

Eu só queria que a nossa primeira noite juntos oficialmente como um casal fosse especial. Por isso resolvi preparar um jantar bem gostoso, eu tinha um bom Vinho guardado para certas ocasiões. Fiz macarrão à bolanhesa e de sobremesa, mousse de morango com calda de framboesa. Postei a mesa colocando a louça mais bonita que eu nunca tinha usado, tomei um banho caprichado e me arrumei toda.

Freddie tinha ido até à casa da mãe dele para fazer o mesmo, se arrumar e trazer suas coisas para o meu apartamento.

Fui ver o jantar, tirei o macarrão do forno, o queijo estava derretendo, eu sempre colocava uma boa quantidade de queijo ralado e bastante molho.

Coloquei algumas folhinhas de salsinha por cima e empurrei a travessa para dentro do forno, desligando o mesmo, deixando só na temperatura para não esfriar.

O Vinho já estava gelando, e mais uma vez me olhei no espelho de corpo inteiro, decidi retocar o batom.

O vestido preto ficava perfeito em meu corpo, com o decote discreto, bem modelado e com o detalhe de renda na barra.

Até coloquei sapatos com salto.

Meus cachos estavam presos num rabo-de-cavalo lateral, com as madeixas bem definidas.

Olhos delineados e lábios vermelhos, passei meu perfume caro e claro, por baixo do vestido, eu estava usando minha lingerie da La Perla da nova coleção.

Cada centavo valeu a pena.

Cetim e renda, era um conjunto preto-azulado bem sexy.

A campainha soou quando eu estava colocando as batatas para gratinar.

Fui atender a porta já sabendo que era o meu namorado.

Namorado.

Ainda parecia ser apenas um sonho.

Freddie estava usando uma camisa cinza social, calça jeans casual e sapatênis, as mangas estavam dobradas, pude ver seu rolex bonito e ele sorriu, estava segurando um buquê de rosas vermelhas.

— Rosas vermelhas nunca falham, certo? - Mostrou as lindas flores num arranjo delicado com um laço vermelho.

— Você é mesmo tão romântico? Tirei a sorte grande, então. Entre. - Dei espaço para ele passar.

Carregava uma grande mochila nas costas.

— Com licença. - Muito educado, entrou e seu perfume delicioso invadiu minhas narinas.

Recebi o seu buquê de bom grado, eu nunca havia recebido flores na vida.

— Obrigada. - Cheirei as rosas e fui procurar um jarro para colocá-las.

— Você está linda demais... Na verdade, você é a mulher mais bonita que já tive o prazer de conhecer. - Me puxou pela cintura.

Sorri envergonhada e nos beijamos ali no meio da sala.

Seus beijos me deixavam boba, até mesmo atordoada.

— Com fome? - Passei os braços ao redor do seu pescoço.

— Com certeza. - Me roubou um selinho.

O conduzi para a mesa, fui tirar a travessa de macarrão do forno e ele me ajudou.

— Macarrão à bolanhesa? - Inalou o cheiro que impregnou o ambiente.

— Você disse que gosta de massa. - Sorri.

— Gosto muito. Principalmente de lasanha de frango. - Piscou para mim.

Ele tinha um olhar sedutor e um sorriso fofo, charmoso.

— Irei preparar lasanha da próxima vez. - Eu tentaria cumprir a promessa.

Peguei a garrafa de Vinho, Freddie abriu a mesma e despejou o líquido geladinho nas taças.

Foi um jantar simples, romântico e muito agradável.

Eu ainda queria ter muitos jantares como aquele.

[...]

Comecei a desabotoar sua camisa, ele me parou segurando meus pulsos delicadamente.

— Acho que não seria... Por mais que eu queira fazer... Agora não é certo. Ainda não. - Ele não queria apressar as coisas.

— Hum... Tudo bem. - O beijei novamente.

Aprofundamos o beijo, suas mãos subiam e desciam por minhas costas, desci a boca para o seu pescoço.

Freddie não conseguia mais evitar.

Estava ficando excitado.

Muito excitado.

Beijei seus lábios de novo, logo sua língua encontrou a minha.

Uma das mãos parou na minha bunda, dando um aperto.

Me afastei, fazendo-o cair sentado na cama, fui para o seu colo terminando de abrir sua camisa social.

Freddie beijou meu pescoço, suas mãos percorriam meu corpo.

Costas. Coxas. Seios.

Me ajeitei em seu colo, em cima de sua ereção.

Tirei sua camisa.

Saí de cima dele, me colocando de joelhos para abrir sua calça.

Ele desfez o meu penteado, segurando meu cabelo para trás, levantou o tronco, abaixei sua calça junto com a cueca.

— Não precisa... - Disse rouco.

Não falei nada.

Apenas coloquei sua ereção na boca.

Iniciei o boquete, alisando suas virilhas, massageando suas bolas.

Ousei olhar para ele, o tirei da boca e fiquei o masturbando.

— Assim você vai me fazer perder a cabeça, sabia? - Repousou a mão na minha nuca.

Voltei a chupá-lo, afundando-o até onde eu podia sem engasgar.

Eu queria satisfazê-lo por completo.

[...]

Fiquei de costas, Freddie puxou o zíper do meu vestido, tocando e beijando minha pele desnuda, sua mão boba chegou na minha calcinha, apalpando minha bunda, puxei sua outra mão para o meu seio direito, fazendo ele apertar por cima do sutiã.

Ainda me mantendo com as costas coladas contra seu peitoral, deslizou a mão para a frente do meu corpo, acariciando e alisando minha barriga e bem devagar, enfiou a mão esquerda na minha calcinha, gemi quando seus dedos longos me tocaram.

Dois dedos me invadiram, dilatando-me.

Fechei os olhos e arqueei meu corpo, sua outra mão agarrou meu seio e sua boca percorria meu pescoço, depositando beijos.

— Oh, por favor... - Me mexi em seus braços.

Eu não ia aguentar ficar muito tempo em pé, minhas pernas estavam bambas.

Freddie tirou a mão da minha calcinha e me fez virar, atacando meus lábios num beijo voraz, lutando contra o fecho do meu sutiã.

Levei as mãos para trás, ajudando-o.

Meu sutiã caiu em nossos pés.

Nos afastamos ambos ofegantes.

Seus lábios estavam inchados e minha boca não devia estar tão diferente, eu sentia o formigamento, minha pele estava quente, e eu não parava de pulsar entre as pernas, tão úmida, chegava ser doloroso ansiar por tê-lo dentro de mim.

Quando dei dois passos para trás, seu olhar percorreu meu corpo parcialmente nu, e ele viu minha cicatriz.

Não pareceu assustado e sim surpreso.

Não escondi como costumava fazer com outros homens.

Eu queria que ele visse. Aquilo fazia parte de mim.

Freddie se aproximou, e afastando meus seios abrindo o vão entre eles, contemplou minha cicatriz de perto.

— Não é nada bonita, eu sei... - Fiz ele tocar.

— Isso e nada nesse mundo tira a sua beleza, anjo... - Beijou meu seio esquerdo e depois o direito.

Ainda mantendo meus seios afastados, traçou uma linha de beijos por minha cicatriz e se abaixou diante de mim, me beijando por cima do tecido de cetim.

E segurando pelas laterais, me despiu, e mergulhou a língua em mim.

Sedento.

Estremeci enquanto ele me provava, deslizando a língua por minha carne molhada, me arrancando suspiros e gemidos de deleite.

E antes que eu pudesse chegar ao ápice, Freddie levantou me pegando no colo e me levou para a cama.

Minha cama.

Que logo seria a dele também.

— Tenho camisinha na gaveta. - Avisei.

Ele esticou o braço ainda com o corpo por cima do meu, alcançando a gaveta do criado-mudo, pegou um preservativo.

Se afastou abrindo a embalagem com cuidado e desenrolou sobre a ereção.

O tamanho não me decepcionou nadinha.

Abri as pernas pronta para recebê-lo, quando Freddie encaixou nossos corpos, me senti completa pela primeira vez na vida.

Tudo foi maravilhoso.

Cada toque, cada beijo.

E fizemos amor de novo até cairmos em exaustão.

[...]

No dia seguinte...

— Não acredito que fez tudo isso... - Olhei para o café-da-manhã que recebi na cama.

Ainda nua e enrolada no lençol, sentei na cama e coloquei a bandeja sobre as pernas.

— Desculpe por ser invasivo, prometo arrumar sua cozinha e lavar tudo que sujei. - Beijou minha testa.

— Você não existe. - Ri pegando uma torrada.

— Claro que não, sou fruto da sua imaginação. - Nós rimos.

Além de tudo, ele era engraçado.

Passei manteiga na torrada, seu café estava com um cheirinho muito bom, melhor que o meu até.

— Quais os planos para hoje? - Pegou uma uva roxa.

— Quero te apresentar aos meus amigos. - Falei.

— Não vai me apresentar para a sua mãe? - Indagou.

— Claro, mas não hoje. - Beberiquei o café puro.

Tomamos café juntinhos na cama, depois deitamos e ficamos conversando e trocando carinho por um tempo, tomamos banho juntos também, nos arrumamos e saímos no meu carro.

Carly havia nos convidado para almoçar na casa dela.

— É bom estar de volta em Seattle. Austrália faz calor pra caramba. Embora o lugar seja lindo, a natureza então, ainda vou te levar lá um dia... - Comentou.

— Eu adoraria ir... - Eu só queria ter tempo.

Como não íamos chegar de mãos vazias na casa dos Gibson, parei no caminho para comprar uma torta gelada de nozes e fomos para o almoço na casa dos meus melhores amigos.

— Esse deve ser o famoso Freddie. - Gibby nos recebeu todo alegre.

— Ela fala muito de mim? - Benson abriu um sorriso.

— O tempo todo! - Carly apareceu.

— Nada de me envergonharem na frente do meu namorado. - Pedi.

Rimos e entramos.

— É um enorme prazer conhecê-los. - Ele logo se deu bem com meus amigos.

— Cadê a minha princesinha? - Fui até o cercadinho da Maeve.

Peguei minha afilhada.

Carly levou a torta para a cozinha.

— Freddie, essa é a minha bebê. - Mostrei a pequena.

— Que gracinha. Ela é muito linda. - Se encantou com ela.

— SAM, PODE ME DAR UMA FORCINHA NA COZINHA? - Carly gritou por mim.

— Meu amor, sua mãe mandona está me chamando. Depois eu brinco com você. - Beijei suas bochechas e a coloquei no cercadinho cheio de brinquedos. — Olha, você pode ir fazer companhia ao Gibby. Ele está tentando acender a churrasqueira, eu acho. Segue reto e abra a porta de vidro. - Indiquei o caminho para a área de lazer.

— Está bem, vai lá ajudar a sua amiga. - Me deu um selinho.

Rumei para a cozinha.

— Carls, você nem imagina... - Me apoiei no balcão. - Minha primeira noite com ele foi incrível! - Sorri.

— Ele é um cara bonito, educado... E pelo visto, legal. Transaram, né? Dessa vez não vou querer detalhes. Mas e aí? A coisa é séria? - Quis saber.

— Sim, ele me pediu em namoro. - Contei.

— Ai, amiga, fico tão feliz por você. Você cuida da salada e eu vou temperar o frango. - Me empurrou uma tábua e um cesto com legumes.

Ficamos em silêncio enquanto nos mantínhamos ocupadas na cozinha.

— Quando vai contar para ele? - De novo aquele assunto...

— Ele vai saber na hora certa. - Respondi.

— Sabemos que você vai ficar enrolando e enrolando, e nunca...

— Poxa, Carly! Qual é? Não vem com essa colocando pressão em mim! Se eu contar agora vou estragar tudo! Não vê que estou tão feliz? Ele também está feliz. Me deixa viver esses momentos maravilhosos com ele. A vida é minha! A doença é minha! Porra! - Me irritei.

— Desculpa, tá legal? Eu só quero o seu bem. Ok, faça do seu jeito... - Ela disse segurando o choro.

Depois daquele climão na cozinha, almoçamos lá fora, Freddie e eu brincamos com a minha afilhada e Carly e Gibby gostaram muito dele.

[...]

1 semana depois...

— Tô começando achar que você não quer me apresentar à sua mãe. - Disse quando chegamos do mercado.

Eu sabia que ela iria mandar a real para ele, minha mãe não sabia esconder nada.

Ela contaria tudo.

— Não é isso, eu juro. - Eu só queria evitar.

— Tudo bem, então. - Suspirou.

— Não fica chateado comigo. - Pedi.

Eu havia conhecido a mãe dele e me dei bem com ela.

— Que tal irmos à praia no final de semana? - Mudou de assunto.

— Acho melhor não... - Não queria me afastar de Seattle.

— Acampar, então? - Sugeriu.

Por mais que eu quisesse, eu estava com medo de viajar com ele e passar mal.

E seu partisse antes do previsto?

— Tá legal, Sam. Eu achei que quisesse sair comigo. Passear. Fazer programas como casal. Mas pelo visto você não gosta tanto da minha companhia assim... - Estava frustrado.

— Não é verdade, eu amo ficar com você. Adoro sua companhia, de verdade... Mas não posso viajar. Não quero ficar longe da minha mãe e dos meus amigos...

— Você visita eles todos os dias. - Disse cansado.

— Freddie... Desculpa. Você não entende, e não é sua culpa. Sinto muito te decepcionar, não sou a namorada que você merece ter... - Senti vontade de chorar.

— Eu realmente não entendo. Às vezes você fica tão estranha, distante. Eu não sei qual é o seu problema. - Estava chateado.

— Você têm razão, eu sou o problema. Arrume suas coisas e vá embora. Eu sabia que seria um erro. - Falei.

— Como é? - Me encarou descrente.

— ACABOU! EU NÃO QUERO MAIS TE NAMORAR, ENTENDEU? VAI EMBORA! VOLTE PARA A AUSTRÁLIA! FOI UM GRANDE ERRO VOCÊ TER ME PROCURADO! - Gritei nervosa.

Eu só queria afastá-lo de mim.

Seria o melhor para nós dois.

Já estava muito ofegante após os gritos.

Às vezes o cansaço me abatia com força.

Meu coração batia tão acelerado, eu podia sentir como fortes marteladas em meu peito.

Chegava a ser sufocante.

Senti uma forte dor na região esquerda do peito, meu coração parecia estar sendo esmagado.

Caí de joelhos, tremendo e transpirando muito.

Eu mal conseguia respirar.

[...]

Acordei num quarto hospitalar.

Eu já estava acostumada com o ambiente.

Ouvi o choro sentido e olhei para o lado direito de onde vinha o som.

Freddie chorava sentado na poltrona.

— Freddie... - Chamei com a voz fraca.

Minha boca estava muito seca.

A máquina apitava, meu coração baqueado estava sendo monitorado.

Eu não estava no oxigênio e nem no soro.

Mas havia um acesso no braço direito.

Ele chorou ainda mais ouvindo minha voz, chegando a soluçar.

Então, eu soube naquele momento.

Benson já sabia sobre a minha condição.

Havia descoberto tudo.

Desci da cama com cuidado, fui até ele e o abracei, tentando reconfortá-lo.

— Eu ainda estou aqui... - Afaguei seu cabelo macio.

— Por favor, não me deixe... - Seus braços me envolveram.

Ele chorou desesperado e dolorosamente até cansar.

Carly tinha razão.

Eu deveria ter contado antes.

Tive alta naquele dia, foi apenas um mal-estar.

Eu me alterei por ter gritado com ele.

A culpa foi minha, não dele.

— Vou arrumar minhas coisas, nós iremos viajar, só prometa que será inesquecível. - Pedi.

Eu deixaria meu gato aos cuidados da minha mãe.

— Eu prometo, princesa. - Me abraçou e me encheu de beijos.

Eu só queria aproveitar cada segundo ao seu lado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Emocionados?

Choraram junto com o Freddie???

Coitado, que baque!!!

Claro que ele iria descobrir de um jeito ou de outro.

Até o próximo. Bjs



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Setembro - Amores Improváveis, volume 2" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.