Setembro - Amores Improváveis, volume 2 escrita por Julie Kress


Capítulo 5
Setembro - Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Eis, o último capítulo!!!

Preparados para fortes emoções?

Boa leitura!!!



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P.O.V Do Freddie

Setembro chegou com a temporada de chuvas, seria o mês mais frio e melancólico de todos. Sam e eu ficávamos a tarde toda debaixo de suas cobertas quentinhas, maratonando séries e tomando chocolate quente. Minhas férias logo chegariam ao fim.

Eu não queria me afastar dela. Tinha o maior medo da hora finalmente chegar.

Sam partiria. Seu tempo já estava praticamente esgotado.

Eu perderia o amor da minha vida... Para sempre.

Ter a ideia em mente me atormentava dia e noite, eu mal conseguia pregar os olhos, passava minhas noites em claro velando o seu sono.

Apavorado.

Eu chorava sem ela ver.

Sam estava ficando tão debilitada, sempre cansada, sentindo pontadas dolorosas no peito.

Seu coração falharia à qualquer momento, e então, iria parar de bater.

Estávamos aproveitando ao máximo seus últimos dias de vida.

[...]

P.O.V Da Sam

— Setembro... - Sorri emocionada. - Foi o melhor mês da minha vida. Prometa que sempre vai lembrar com carinho. - Pedi.

— Eu só queria que esse setembro fosse eterno... - Me apertou em seus braços.

— E será! Será eterno para nós dois... Aqui no seu coração. - Toquei na região com carinho.

Freddie pegou minha mão e a beijou.

Uma lágrima escorreu por seu rosto bonito.

Aquilo me machucava imensamente.

Ter de deixá-lo.

Voltamos a olhar para a TV, o cormecial foi interrompido por um noticiário urgente.

A notícia era sobre um acidente de carro, dois veículos que se chocaram.

Um ficou completamente amassado na frente.

— As vítimas são Cornelius H. Orenthal Gibson e sua esposa Carlotta Taylor Shay Gibson...

Parei de ouvir quando anunciaram os nomes.

Senti até o meu coração parar de bater.

Saí do torpor e entrei em pânico.

— PELO AMOR DEUS, FREDDIE! SÃO ELES! NOSSOS AMIGOS! - Gritei, chorei e passei mal.

Após beber um pouco de água com açúcar, fomos às pressas para o hospital geral.

Minha afilhada não estava no carro.

Liguei para a mãe do Gibby, ela estava em casa com a Maeve em segurança.

Chorei de alívio.

A Sra. Gibson estava aos prantos, seu filho havia morrido à caminho do hospital e Carly deu entrada em estado grave.

Aquilo não podia estar acontecendo. Não com os meus amigos.

Meus melhores amigos.

O que seria de Carly? E da Maeve?

Gibby não resistiu, teve uma forte pancada com o impacto, parece que os airbargs falharam.

Spencer estava no hospital arrasado, era o irmão mais velho da Carls.

— Sam, ela está em coma, os médicos estão tentando de tudo, mas... - Ele chorou feito uma criancinha.

Havia até perdido as esperanças.

Freddie me abraçou, aquele era um dos piores dias da minha vida.

3 dias.

3 dias de angústia, tristeza e aflição.

Carly lutou pela vida até o seu último segundo.

Ela se foi às 01h:23min daquela madrugada.

Teve morte encefálica.

Senti o meu mundo desabar.

Spencer deu permissão para desligarem os aparelhos, não tinha mais nada a se fazer.

Meus amigos de longa data estavam mortos.

Minha afilhada havia ficado órfã de pai e mãe.

Maeve só era um bebê.

Sem o meu namorado ao meu lado, eu não teria suportado tanta dor.

[...]

— Samantha Joy Puckett? - Ainda estávamos no hospital quando recebemos a notícia.

Fui chamada no consultório do meu cardiologista.

— Meu Deus... - Choque, surpresa e emoção.

Quando o doutor falou comigo e explicou sobre as minhas chances.

Eu mal conseguia acreditar naquilo.

O coração de Carly era compatível com o meu.

Estava pronto para ser transplantado.

E Spencer que foi comunicado primeiro, aceitou e assinou os termos de doação de órgãos, alegando que Carly iria amar saber que poderia salvar a minha vida.

Eu ganharia o coração da minha melhor amiga.

A cirurgia tinha que ser realizada o mais rápido possível.

[...]

P.O.V Do Freddie

— Ela é forte. - Minha sogra falou.

Estava toda confiante.

E realmente, existe males que vem para o bem.

Sam estava na sala de cirurgia.

Duas vidas se foram e uma poderia ser salva.

Pedi tanto a Deus.

Foram longas horas, seu transplante foi um sucesso, lógico que ela ainda iria passar horas na sala de observação.

Após quase 12 horas, Sam foi levada para o quarto hospitalar, para repouso total.

Não corria mais riscos.

O coração de sua melhor amiga batia em seu peito.

Sam nem pôde ir ao enterro. Fomos apenas ao enterro de Gibby.

— Já podem visitá-la. - Fomos avisados.

Eu estava triste e ao mesmo tempo feliz.

— Vá primeiro. - Sua mãe mandou.

Fui ansioso, eu só queria vê-la.

O amor da minha vida estava descansando, pálida, ela chorou assim que entrei.

— Dói tanto, dói tanto, Freddie... - Não era dor física e sim emocional.

— Amor, eu sinto muito por eles... - Sentei na cadeira ao seu lado.

Ficamos conversando por pouco tempo. Ela precisava se recuperar e ter alta.

2 semanas depois...

Maeve estava em casa.

Sua avó paterna ficaria com a guarda.

Sam estava enchendo a bebê de carinho e atenção redobrada.

— Ela é como uma filha para mim. - Terminou de arrumar a criança.

Iríamos ao cemitério, visitar nossos amigos, Sam queria levar flores.

Fomos.

Eles foram enterrados lado à lado.

— Oh, minha amiga, você salvou a minha vida... - Ela se abaixou com a minha ajuda. - Graças a você, agora eu tenho um novo coração. - Deixou as lindas flores ali no túmulo. - Você nem imagina o quanto significa para mim. Ter uma parte sua comigo. Um pedacinho tão importante seu. Carls, eu prometo que irei cuidar da Maeve. Darei tudo a sua filha. Nossa menina. Eu a amo como se fosse minha filha, você sempre soube disso. Descansa em paz, minha irmã. - Beijou as pontas dos dedos e passou pela lápide.

Ela também colocou flores para o Gibby e disse algumas palavras emocionantes.

Chorou e se despediu.

Maeve estava quietinha no meu colo o tempo todo. Voltamos para casa.

Eu iria pedir transferência para Seattle. Sam não iria sair de perto da menina.

Tomei uma decisão.

Também seria como um pai para Maeve, seu tio já era o padrinho.

[...]

3 anos e meio depois...

P.O.V Da Sam

Nossas filhas nasceram saudáveis.

Carly e Cassie.

Bivitelinas.

Carly era a cópia de Freddie e Cassie herdou até o último fio do meu cabelo.

Foi um parto normal.

Ambas pesaram um pouco mais de 3kg.

Deixamos a maternidade com as gêmeas, minha sogra e a Maeve.

— Mamãe, posso ver as maninhas de perto? - Minha doce menina perguntou.

— Lá em casa, meu amor, você vai poder ver elas. - Sorri.

Eu estava cansada, mal consegui dormir.

Sua avó havia nos dado a guarda da minha afilhada.

Quando a depressão veio, a coitada não conseguiu mais cuidar da menina.

Freddie e eu viramos seus responsáveis legais, adotamos a Maeve.

— Sou o homem mais sortudo do mundo. E claro, terei cabelos brancos antes do tempo, e dores de cabeça triplicada. - Freddie nos fez rir.

3 filhas.

Não seria fácil como pai. Ele era babão e ciumento.

Minha sogra iria me ajudar em casa com as recém-nascidas.

Cassie abriu o berreiro antes que chegássemos. Pelo visto, Carly era a mais calminha.

Eu estava feliz. Muito feliz.

Casei com o homem da minha vida.

Construimos uma grande família.

Eu teria uma longa vida pela frente.

Sempre que eu olhava para Maeve, eu via a doçura e o brilho da Carly no seu olhar.

Meu coração se enchia de ternura.

Eu tinha duas partes dela. Sua filha e seu precioso coração.

E por coincidência, minhas filhas nasceram em Setembro, quase na mesma data que recebi o transplante.

Aquela data especial ficaria eternizada.


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Notas finais do capítulo

Esperavam por essa reviravolta???

Sam conseguiu o transplante e por mais triste que seja, recebeu o coração de Carls.

RIP Carls e Gibby.

Felizes? E tristes? Eu sei, eu sei...

Maeve foi adotada por Seddie. Ela não podia ter pais melhores, né?

As gêmeas... Gostaram da homenagem??? Bjs



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