DEVIL MAY CRY 5-Devil Never give Up escrita por Daniela Lopes


Capítulo 17
Escolha


Notas iniciais do capítulo

O retorno de V traz esperança para a recuperação de Inanna.
Acostumado a ser sempre solitário e fechado para interações com outras pessoas, Vergil em sua forma humana se torna vulnerável aos sentimentos, o que pode trazer algumas surpresas para todos.
Enquanto isso, Dante também sente o coração cada vez mais tocado por Rheia, a personificação da Natureza.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/807779/chapter/17

Dante estava parado junto à escada. Rheia estava abraçada a Maud que chorava baixinho. Nico, Nero e Kyrie foram para a van na companhia dos familiares de V, enquanto a noite avançava.

            O caçador olhou para o jardim e falou em tom de voz baixo e desanimado:

—Vou andar um pouco...

            Rheia ajudou Maud a se sentar e falou:

—Descanse, minha querida. Você fez o que era possível. Agora resta a Inanna encontrar o caminho...

            Antes que a anciã falasse alguma coisa, Rheia tocou a testa da mulher e ela desfaleceu, adormecida. Gentilmente, a medicastra a colocou apoiada na mesa da cozinha e seguiu para a porta, atrás de Dante. Eles andaram pelo jardim em silêncio e o caçador olhou para os pés:

—Você sabia o que meu irmão ia fazer?

—Não. Mas senti a intenção dele.

—Sempre pensei que Vergil se sentia mais à vontade no submundo do que aqui...

—Isso incomoda você?

—Achei que a gente podia recuperar o tempo perdido. Principalmente agora que ele e Nero se conectaram. Esse lance de família e tudo o mais...

            Rheia sorriu e tocou as folhas de uma planta. Uma leve luminescência envolveu o vegetal:

—Vergil ficará bem. Dei a ele um presente especial. Uma lembrança minha e algo que lhe dará alento enquanto existir...

            Dante ficou surpreso. Rheia olhou para o farol e seus olhos dourados estavam entristecidos:

—Eu superestimei as responsabilidades de minha Inanna nessa ilha. Me esqueci que a humanidade é capaz de doar tanto amor, mas pode desejar ser amada também a ponto de se perder de alguma forma ou se ferir... Sou grata por sua ajuda, Dante. E feliz por conhecer você e seus amigos.

            Dante sorriu:

—Posso me gabar por ter conhecido uma deusa de verdade, além de uma guerreira formidável!

            Rheia sorriu e aproximou-se do caçador:

—Adeus, valoroso guerreiro...

            A medicastra abraçou Dante e ele envolveu-a com seus braços. O cheiro que vinha dela invadiu os sentidos do caçador e ele foi remetido a uma miríade de lembranças de sua infância. Era inebriante e ele sentiu-se tonto e aquecido. Seus olhos encheram-se de lágrimas e ele apertou-a contra o corpo. Então ela desfaleceu e tornou-se o títere de Inanna. Apenas a forma, sem alma ou consciência.

            Enxugando o rosto e fungando, Dante pousou o corpo inerte sobre a grama macia do jardim:

—Obrigado...

            Saiu do santuário e desceu rumo à praia, onde sentou-se na areia à espera do nascer do sol.

            A alvorada trouxe uma brisa fresca que soprava do mar sobre a ilha de Enuma. V abriu os olhos e percebeu a cama vazia ao seu lado. Levantou-se de uma vez e procurou a presença de Inanna. Chegando à varanda do outro aposento, olhou o jardim e a viu.

            Ele desceu rapidamente e passou pela cozinha, encontrando Maud ocupada com a ceia matinal. Ele saudou a anciã:

—Senhora...

—Maud, por favor...

            Ele assentiu:

—Maud.

            Ela concordou e aproximou-se, beijando o rosto de V:

—Obrigada, meu querido.

            A mulher voltou a seus afazeres e ele saiu do farol.

 Inanna estava de costas para a escadaria e V aproximou-se devagar, incerto de como se daria aquele contato. A jovem tinha alguns ramos floridos nas mãos e parecia distraída. Então falou:

—Eu ouvi você.

            Ele desceu até Inanna. Podia sentir o perfume dela novamente e isso acalmou seu coração. Ela virou a cabeça em sua direção e o homem viu a íris verde pontilhada de dourado em seus olhos:

—Estou contente de ver que se recuperou bem. Eu...

            Ele se calou. Era estranho estar ali, tentando uma aproximação. Ao contrário de Dante, Vergil parecia ter dois pés esquerdos no quesito se relacionar com outras pessoas. Ela olhou para a saída do santuário:

—Onde ele está?

            V passou a mão pelos cabelos brancos:

—Ele ficou no submundo. Era o mais sensato a ser feito...

            Ela encarou o homem. Havia surpresa e um certo pesar em seu semblante:

—Eu fui rude com ele e ainda assim, enviou você por minha causa. Sinto muito.

—Ele sabe.

            A voz de Dante tirou os dois daquele momento:

—Bom dia! Ei!

            O caçador avançou para Inanna e abraçou-a, erguendo a jovem do chão:

—Que susto nos deu! Como se sente, querida?

            A jovem riu e abraçou Dante de volta. V fechou o semblante e afastou-se devagar:

—Vejo vocês na mesa de café...

            O caçador observou seu irmão se afastar e sorriu. Inanna olhou V à distância sem entender a mudança de humor. Dante ergueu o braço para ela:

—Estou faminto! Me acompanha?

            Ela segurou o braço musculoso do caçador e subiram as escadas até a entrada do prédio. Naquele momento, Nico, kyrie e Nero subiram a trilha, seguidos dos familiares de V. As criaturas estavam agitadas com o movimento das pessoas naquela manhã.

            Maud pediu ajuda de Inanna e Kyrie para montar a mesa do desjejum. Nico sentou-se ao lado de Dante e falou:

—Trish ligou para o telefone da van. Está acontecendo algum movimento nas proximidades de Red Grave. Ela e Lady falaram em uma boa recompensa!

            Dante suspirou, desanimado:

—O destino conspira para me ferrar...Bem! Vou pensar em minha estadia aqui como as férias que nunca tirei!

            O grupo riu e a ceia matinal seguiu tranquilamente. Só V permaneceu silencioso e concentrado todo o tempo. Pouco depois, enquanto Kyrie e Nico ajudavam Maud na arrumação da pequena cozinha, Inanna levou Nero para o andar de cima e falou:

—Deixe-me examinar seu curativo. Enquanto eu estive... Dormindo, não monitorei seu estado de saúde. Me desculpe.

            O rapaz sorriu e tirou a camisa. A fina rede vegetal que cobria a pele sobre a ferida cicatrizada estava seca e amarelada. A pele estava quase totalmente fechada onde havia a ferida e, ao toque, o jovem caçador já não sentia incômodo.

            Inanna retirou a cobertura, limpou a pele com um pano úmido e aplicou um unguento que ficava sempre ao lado da cama ocupada por Nero. Feito isso, ela colocou a rede de volta e segurou-a por alguns minutos. A trama antes amarelada e ressequida tornou-se verde claro e tenra como se fosse nova. O rapaz abriu muito os olhos e exclamou:

—Uau! Isso é demais!

            Ela sorriu e quando a rede aderiu à pele de Nero, ela afastou-se e falou:

—Está feito! Pode vestir sua roupa. O processo de cicatrização se completou sem complicações. Você está liberado para ir pra casa e fazer o que quiser.

            Ele concordou e vestiu a blusa. Ainda permaneceu sentado, observando a moça organizar os apetrechos do tratamento, então perguntou:

—Inanna? O que você sente por meu pai? Por V?

            A jovem se virou de uma vez, tomada de surpresa pela pergunta. Cruzou os braços atrás das costas e olhou para o nada, como se pensasse que resposta poderia dar. Nero baixou o olhar e sorriu de leve:

—Desculpe! Isso foi grosseiro da minha parte... É que... O que aconteceu com você foi bem... Estranho, não?

            Inanna sentou-se numa cadeira próxima. Ela olhou na direção da varanda, para o horizonte adiante e suspirou:

—Essa ilha é meu lar e o único lugar no mundo que conheço. Eu não tenho um contato estreito com outras pessoas que não os pescadores e suas famílias. Mas eles têm um tipo de reverência em relação ao farol, ao santuário e a mim... Então minha experiência é um tanto... Limitada.

            Nero concordou. Inanna ergueu os olhos para o rapaz, o rosto corado:

—O senhor Sparda... V... Eu me sinto aquecida quando ele está por perto...

            Nero assentiu e tocou o ombro da jovem:

—Eu ficava assim perto da Kyrie, mas ela me mostrou como chegar até seu coração...

            Inanna baixou o olhar novamente:

—Só porque eu sinto algo, não quer dizer que ele sinta também, mas Vergil foi muito gentil em querer me ajudar... Eu entendo agora e sou grata.

            A moça se levantou da cadeira e acenou com a mão, descendo as escadas. Nero balançou a cabeça e murmurou:

—Ah, pai... Não seja um idiota!

            A tarde avançava e Maud convidou Nico e Kyrie a irem ao vilarejo buscar peixes para o jantar. Dante e Nero decidiram treinar na praia com suas espadas e V permaneceu na biblioteca, entretendo-se com a leitura.       

Inanna estava sentada na escadaria de entrada, quando a familiar felina aproximou-se e lambeu as mãos dela. A jovem sorriu e tocou a cabeça do animal místico:

—Você é tão bonita... Sabia que nasceu de um sonho? Você e seus amigos...

            O animal aproximou-se e deitou o corpo liso e pesado junto da moça, recostando-se nela. Então vieram a ave e o homúnculo e Inanna tocou-os também, oferecendo afago e palavras gentis. Aos poucos, a presença das três criaturas acalmou a jovem e ela se inclinou na direção do felino, adormecendo com o calor aconchegante dele. Logo, Inanna e as três criaturas estavam envolvidas num abraço, dormindo ali mesmo, no chão de pedra.

            V levantou-se da cadeira e foi até a varanda do quarto. A visão de Inanna e os três familiares encheram o homem de impressões diversas. Ele desceu até o jardim e aproximou-se do grupo. Os animais notaram sua presença e ele ergueu um dedo junto aos lábios:

—Shhhh...

            V dobrou um joelho e levantou a jovem nos braços. Seguiu com ela de volta ao farol e levou-a até o quarto. Ela moveu-se lentamente na cama e encolheu o corpo na direção dele, sentado ao seu lado. Os familiares haviam seguido V e observavam seu mestre. Ele tocou a cabeça daquela que parecia uma pantera:

—Nada será como antes, concorda?

            O pássaro voou até o ombro de V e ele afagou as penas de seu pescoço:

—Se eu deixá-la entrar, essa será nossa casa daqui por diante.

            O homúnculo apoiou seus braços grossos e pesados nos joelhos do homem, como se buscasse seu colo e V sorriu, resignado:

—Ela vai precisar ter muita paciência comigo.

            Inanna abriu os olhos lentamente e olhou onde estava. Espreguiçou-se e percebeu V, sentado na cama perto dela, distraído com os familiares aninhados junto de suas pernas. A moça sentiu o coração disparar, mas respirou fundo e controlou o desejo de levantar-se de uma vez e fugir dali:

—Senhor Sparda...

            Ele virou-se:

—Podemos passar desse ponto? V está bom pra mim...

            Ela concordou e sentou-se. Ele analisou o rosto dela e voltou sua atenção para os familiares:

—É inacreditável vê-los aqui, tão vivos quanto eu ou você... Sabe a origem deles?

—Gostaria de ouvir.

—Não é uma bela história...

—Nem todas as histórias são belas, mas o que importa é que são contadas, não?

            Ele sorriu e acomodou-se mais confortavelmente na cama. Os olhos de Inanna não se afastaram daquele rosto sério e agradável, dos olhos verdes melancólicos e doces. A voz dele era aveludada para ela, pronta para uma palavra de afago ou gratidão. E enquanto V falava, Inanna permitiu-se devanear que algo nascia entre eles.

            No andar de baixo, silenciosos, os caçadores, a artesã, Kyrie e Maud ouviam a conversa. Era inevitável que sorrisos surgissem ou olhares de advertência quando Dante e Nico queriam aprontar alguma situação para constranger V ou Inanna, sendo impedidos por Kyrie e Nero.

            O jantar estava pronto e Maud subiu até o quarto. Encontrou V deitado, os familiares aninhados a ele e Inanna parada junto à proteção da varanda, pensativa.    A anciã aproximou-se a abraçou a filha, sussurrando:

—Está com fome? Posso trazer um prato...

—Não. Obrigada...

            Maud olhou o homem:

—Ele está bem?

—Sim. Falar sobre si mesmo parece algo difícil pra ele.

—Como se sente, filha?

            A jovem abraçou a mãe de criação e apoiou o rosto no ombro dela:

—É possível se sentir repleta de amor por alguém, mãezinha?

            Maud sorriu:

—Totalmente, minha querida...

            Assim, elas deixaram o quarto e desceram até a cozinha. De lá, ambas caminharam até a mesa do jardim, onde o grupo comia o jantar feito por Maud.

            A noite era alta quando V acordou. Estava sozinho no quarto e havia silêncio. Ainda sonolento, saiu do farol e percebeu movimento na vila dos pescadores, fogueiras acesas, o som de palmas, violões e tambores e uma voz suave cantando.           Ele desceu devagar e viu Kyrie cantando para os presentes. Dante bebia de uma caneca e sorria, o rosto corado e os olhos brilhantes, enquanto Nero observava a noiva com o semblante apaixonado. Nico também bebia e conversava com um pescador, rindo e apontando para lugar nenhum. Maud batia palmas no ritmo da canção e sorria.

            Poucos metros abaixo da alegre reunião, V percebeu Inanna dançando e sorrindo, cercada pelos familiares que saltavam ao redor dela. Ela estava descalça, trajando um vestido leve de alças finas. Os cabelos estavam soltos pelos ombros, mas tinha pequenas tranças que partiam das têmporas e circundavam sua cabeça, como uma tiara natural. A luz das fogueiras emprestava um dourado à pele bronzeada da jovem mulher e os olhos dela refletiam as chamas.

            Nisso, a voz forte e embriagada de Dante trouxe V de volta da sua distração:

—Ei, irmão!!! Venha! Junte-se a nós e prove isso! É dos deuses!

            Dante ergueu o caneco e depois tomou outro gole, sorrindo e balançando a cabeça. V aproximou-se e sorriu:

—Alguém vai ser carregado daqui!

            Uma moradora da vila aproximou-se e entregou um copo para V, enchendo-o da bebida local, algo que ele ergueu a mão:

—Assim está bom... Obrigado!

            Ele sentou-se ao lado do caçador e tomou um gole. O álcool queimou-lhe a língua e o céu da boca, arrancando uma careta engraçada do homem. Dante riu e afagou o ombro do irmão:

—Vá com calma, poeta!

            Nico riu e ergueu seu copo:

—Quem sabe até o fim da noite, V nos brinde com uma de suas poesias!

            O segundo gole da bebida foi mais agradável para V e ele sentiu o corpo aquecido do vento frio que soprava do mar. O mesmo vento que movia o vestido de Inanna em voltas ao redor do corpo esbelto. Que balançava os cabelos dela em ondas douradas pela luz das fogueiras.    

            Kyrie terminou a canção e todos aplaudiram. Nero levantou-se e abraçou a noiva, beijando seu rosto, fazendo a moça corar. Um pescador tomou o centro da roda e com seu violão, iniciou uma canção local. O ritmo lembrava as canções flamencas do oriente e todos mergulharam naquele som cativante e hipnótico, levando Dante a se levantar e puxar Nico para uma dança.

            Inanna virou-se para o grupo e riu do jeito que Dante dançava, tentando imitar um toureiro. Foi nesse momento que seus olhos encontraram os de V. O rosto dele estava levemente corado e os olhos brilhavam perigosamente para ela.

            O corpo de Inanna estremeceu e ela recuou um passo sem perceber. V deixou o copo no chão, perto do banco onde estava sentado, e levantou-se. Caminhou para fora da roda e seguiu rumo ao gramado onde Inanna estava. Ela continuou olhando para ele, agora à sua frente:

—Senh...

            Ele tomou a mão dela e colocou sobre a própria face, fechando os olhos e sorrindo no canto da boca:

—Talvez eu esteja sob efeito daquela bebida... Ou sob o feitiço de sua dança! Talvez, ao nascer do sol, eu amaldiçoe minha imprudência, mas para o inferno...          

            V segurou Inanna pela cintura e a puxou para si. Sua boca parecia febril ao buscar os lábios da jovem, inclinando-se sobre ela. No momento seguinte, os braços de Inanna envolveram o pescoço do homem, estreitando ainda mais o contato.

            Kyrie cutucou o braço de Nero, apontando para o casal que se beijava e o rapaz se levantou de uma vez:

—Finalmente!

            Dante e Nico pararam sua dança e o caçador bateu palmas:

—E eu achei que você era um caso sem solução, Verge!

            V afastou-se lentamente de Inanna. Ela ainda tinha os olhos fechados e ele sorriu, encostando a testa na dela:

—Desculpe meu irmão...

            Ela suspirou e apoiou a cabeça no ombro dele, os braços agora em sua cintura, sentindo o corpo vacilante:

—Obrigada por aquelas palavras bonitas enquanto eu dormia...Elas me guiaram de volta.

—Você me ouviu mesmo?

            Ela ergueu os olhos para o homem e ele recebeu a ternura deles como um bálsamo. Inanna sorriu:

—Eu estava confusa e assustada. Nunca me senti assim... Eu tive medo de nunca mais te ver de novo.

            V apertou-a gentilmente contra seu corpo:

—Não vou a lugar algum...

            Ignorando os gritos e palmas do grupo que os observava, V conduziu Inanna pela trilha rumo à praia. Queria silêncio e tranquilidade para acalmar o coração da jovem mulher por quem estava se apaixonando. Os familiares os seguiram e quando chegaram na areia morna, deitaram-se e ficaram quietos.

            De mãos dadas, V e Inanna caminharam à beira-mar. A paisagem convidava ao romance e o homem permitiu-se oferecer isso à moça. Sentaram-se na areia e ele envolveu os braços ao redor dos ombros dela:

—Sente frio?

—Não... Mas quero ficar assim.

            Ele sorriu e fechou os olhos. Lembrou-se de uma vez contar a Nero que tudo que almejava era ser amado e protegido. Em seu coração, agradeceu sua metade demoníaca por permitir que sua humanidade vivenciasse aquilo. 

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Love is in the air...
Finalmente V abriu seu coração e permitiu que Inanna entrasse.
Por um tempo pensei em criar esse momento com o Vergil original, estoico e fechado, mas isso não combina com um personagem construído da forma que ele foi no game.
Li algumas fanfics com Vergil sendo par romântico de personagens originais dos autores. Curiosamente, todas elas mostram Vergil como um dominador, um amante frio e impaciente com a pretensa namorada. Em tempos de conscientizar as mulheres de que não podemos aceitar relacionamentos abusivos, celebrizar um personagem que age dessa forma em fanfics com teor romântico me assusta um bocado.
V é sério e um tanto introvertido, mas soa mais gentil e cavalheiro do que seria sua contraparte demoníaca. Talvez outros leitores pensem diferente, mas gosto de pensar que é mais fácil um romance com V do que com Vergil (apesar dele ter um sex-appeal incrível).
Agora Dante é sempre Dante. Não tem como não gostar dele!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "DEVIL MAY CRY 5-Devil Never give Up" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.