CN Beyond: Geração Y escrita por Primus 7


Capítulo 2
Ação e Reação


Notas iniciais do capítulo

Como o Primeiro capítulo foi bem curto, eu decidi já lançar o segundo. Este contextualizará mais a história.

Não deixem de acompanhar a trilha sonora aqui: https://open.spotify.com/playlist/7MrY6IDy9kVqxtc5z8Bls5?si=3d1403da6bf34692

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(Trilha Sonora: - Aly & A.J.-Walking On Sunshine )

Florzinha acordou de seu sono ao ouvir tocar o despertador do lado de sua cama. Espreguiçou-se de forma morosa enquanto soltava um grande bocejo e depois balançou seus longos cabelos que estavam belos e perfeitamente penteados (como sempre). Ela usava uma camisa preta com um desenho estampado do Major Glória, seu personagem favorito. A camisa era uma versão masculina, pois o tamanho mais largo era bem confortável para ela usar como pijama. A jovem Utonium desceu da cama e correu em supervelocidade até o seu banheiro, onde ela escovou os dentes, trocou os absorventes, passou um creme para a pele e botou seu icônico laço na cabeça. Em seguida, Florzinha correu até o seu armário onde pegou um adorável vestido rosa com flores brancas e o vestiu animadamente e cheia de graça e elegância. Tudo isso ela fez em menos de 5 segundos, movendo-se como um raio rosado brilhante.

A jovem ruiva respirou fundo enquanto sorria animada e saiu de seu quarto cheia de pensamentos positivos. Ela olhou para o lado e viu sua irmã Lindinha saindo do quarto que ficava ao lado do dela quase ao mesmo tempo. Lindinha estava usando um roupão branco com desenhos de coelhinhos azuis e seus cabelos estavam soltos e levemente bagunçados. 

— Bom dia, maninha. — Disse Florzinha para sua irmã loira enquanto sorria para ela. 

— Bom dia. — Respondeu bocejando por estar meio sonolenta ainda.

Docinho saiu de seu quarto que ficava à direita do quarto de Florzinha. Contudo, quando a morena saiu de sua porta, deixou suas irmãs ruiva e loira perplexas, pois a garota estava quase totalmente nua. Usava só uma samba canção que cobria as partes íntimas inferiores. Tirando isso, ela está toda nua, com os… você sabe… expostos. 

— Quanta elegância! — Zombou Florzinha. 

— Desde que os meus “meninos” cresceram eu só durmo pelada. É uma maravilha. Deviam experimentar. Além disso, eu estou na minha casa. Posso ficar pelada o quanto eu quiser. 

— Você não está na sua casa. Essa casa é da Sra. Keane. — Lembrou Lindinha.

— Mas a Sra. Keane sempre diz pra a gente se sentir em casa. — Argumentou Docinho. 

— Vá pôr uma roupa, agora! — Ordenou Florzinha vermelha como um pimentão. 

— TÁ BOM! Você são muito chatas, sabiam? — Resmungou a morena.

Como um raio, Docinho voltou ao seu quarto e botou qualquer camisa que tinha à disposição, escolhendo uma verde-escura com desenho de caveira. 

— Satisfeitas, mamães? — Brincou Docinho. 

— Obrigada. — Agradeceu Florzinha em tom de ironia disfarçada de educação.

Senhorita Keane levantou-se e saiu de seu quarto acompanhada por seu gato de 

estimação. Estava de roupão, com cabelos despenteados e usando uma máscara facial. Estava lenta e exausta após o dia puxado que teve na sexta-feira passada, onde teve que corrigir quinhentas provas do ensino médio. 

— Bom dia, meninas. — Bocejou a professora exausta apesar de acordada.

Sem exitar, as trigêmeas Utonium sorriram bem animadas para sua tutora, disfarçando qualquer aborrecimento causado pela situação anterior e, em seguida, elas disseram juntas:

 — Bom dia, Professora Keane!

— Quanta animação por parte de vocês. Eu adoro isso. Bom… me deem só cinco minutos que vou fazer o café e…

— Não mesmo! — Gritou Florzinha eufórica. — Você tem trabalhado muito duro, sendo nossa Professora e figura maternal. Hoje é seu dia de folga, você não deve fazer nada além sentar na sua poltrona e ver aquela série que você ama na HBO Max.

— Meninas, obrigada mesmo. — Agradeceu a Professor. — Mas, eu não posso relaxar. Tenho que fazer o café, cortar a grama, alimentar o gato, fazer compras, limpar a casa… 

Docinho, Lindinha e Florzinha trocaram olhares audaciosos uma para a outra e rapidamente se moveram na velocidade de um raio, transformando-se em vultos coloridos que iam por toda a casa. A Srta. Keane piscou e quando abriu os olhos estava em sua poltrona em frente a TV, segurando uma xícara de café com a mão esquerda e acariciando o seu gato na outra. 

— Deus! — Disse Keane com os cabelos arrepiados e com expressão de choque. 

— Pronto! Tudo feito! — disseram as trigêmeas Utonium em sintonia. 

— Isso foi muito rápido. — elogiou a professora. — Obrigado, Meninas. Eu acho que vocês têm razão. Vou tirar mesmo o dia pra relaxar. Estou precisando disso. 

— Disponha. — disseram às três. 

Com todas as tarefas feitas e sua mentora relaxada, as meninas sentaram-se na cozinha e tomaram o seu café enquanto conversavam sobre aleatoriedades. 

— Eu amo a Senhorita Keane! — Disse Lindinha quase esbravejando ao ser dominada por um amor furioso. — Eu quero que ela seja nossa nova mãe!

— Que isso, Lindinha?! — Repreendeu Florzinha. — Sei que ela tem sido ótima pra gente, mas ela nos acolheu por altruísmo e gentileza, não por que queria nos adotar. Juridicamente falando, nosso responsável legal ainda é o Professor.

— Eu sei disso! — Afirmou a garota que não conseguia conter seus sentimentos puros e amorosos cheios de sonhos e expectativas. — Mas, imaginem só se Senhorita Keane e o Professor se apaixonam e começam a namorar, ou melhor ainda, se eles casam e ela vira legalmente a nossa mamãe. — Sonhou Lindinha com um brilho notável em seus olhos. — Talvez eles até tenham outra filha e aí seriam 4 superpoderosas! 

— Tá fanficando demais! — Zombou Docinho jogando um balde de água fria nos sonhos da loira. — O papai e a Senhorita Keane? Não funcionaria. Eles não têm nada em comum. 

— Ah é?? Diz uma coisa em que eles não combinam? — Duvidou Lindinha exigindo argumentos. 

— Quer um exemplo? A Keane gosta de gatos, o professor odeia. — Apontou Docinho enquanto tomava um gole de seu café.

— Que motivo fútil para um término de relacionamento! — Berrou Lindinha. — Com certeza, amor deles daria um jeito. 

— Sai da Terra do Nunca, querida. — Zombou Docinho. — O que mais rola por aí é relacionamentos acabarem por motivos fúteis. 

— Você é tão estraga prazeres, Docinho! — Chorou Lindinha com sua fantasia estragada. — Florzinha, você pensa a mesma coisa?

Florzinha ficou quieta e demorou para responder. Por alguns segundos ela apenas encarou a espuma do café e pensou no que iria dizer com palavras cuidadosas e sinceras. 

— Olha, eu acho que não quero ter outra mãe. Eu sei que parece egoísmo e arrogância da minha parte isso, mas entendam que eu não tô dizendo que eu não quero que o Professor seja feliz. Se ele casar com outra mulher, eu com certeza aceitaria ela na família e ficaria feliz por ele. Mas, mãe? Eu acho que não. Eu também amo demais a Senhorita Keane e agradeço ela de verdade pelo que faz conosco. Mas, eu acho que ninguém pode ocupar esse lugar além da nossa mãe. 

Após a ruiva dar a sua opinião, criou-se um clima estranho e pesado ao redor da mesa do café que deixou todos em silêncio, até que Docinho corajosamente e com muita animação resolveu quebrá-lo. 

— Vocês querem saber o que eu acho? Bom, eu acho que estamos grandinhas o suficiente. Não precisamos mais de uma "mãe". — Declarou Docinho com convicção. — Vejam bem! Nós já temos 16 anos, a idade para dirigir. Aprendemos a usar absorventes sozinhas. Nosso pai tá longe, mas estamos nos virando super bem. Estamos mais maduras e responsáveis, não precisamos mais de alguém para nos educar. Em dois anos, vamos atingir a maioridade e concluir o ensino médio e aí a única “coisa” que vai importar dali em diante são nós realizarmos nossos objetivos. Florzinha pode ir naquela faculdade super requerida da Inglaterra, Lindinha pode casar com quem ela quiser e ter filhos como ela sempre sonhou e eu, vou cair na estrada e viver livremente. Não conseguem ver? As possibilidades não têm fim!

— Acho que você tem um ponto, Docinho. — Concordou a Lindinha. 

— Você até que tem razão, Docinho. — Admitiu Florzinha. 

De repente, as três escutam um de seus celulares tocarem. Era de Florzinha que logo atendeu ao ver que a ligação vinha do aplicativo especial do Prefeito. Quando a ruiva Utonium atendeu, escutou a voz da própria Srta. Bellum dando novas missões para as jovens heroínas. 

— Entendi. Estamos indo. — Disse a ruiva ao encerrar a ligação. — É, meninas, espero que não tenham feito planos para hoje, porque o dia está bem cheio. 

— Oba! Tava mesmo a fim de dar uns socos! — Disse Docinho entusiasmada. 

— Se tiver missão envolvendo animaizinhos, eu quero! — Anunciou Lindinha. 

As três correram até a porta e ativaram os dispositivos em seus cintos que fez seus trajes sofisticados de heroínas emergirem em seus corpos, sendo este uma pequena cortesia de um certo jovem cientista ruivo. Em seguida, o trio decolou aos céus deixando uma aura colorida para trás. A Sra. Keane, percebendo tardiamente a saída das irmãs, tentou correr atrás dela para lhes dizer uma coisa:

— Voltem antes da hora de dormir!

(Trilha sonora - No Hero is Born from Lies )

E assim, Florzinha, Docinho e Lindinha se perderam nos ares em velocidade supersônica, indo mais uma vez salvar o dia em algum lugar. Chegaram rapidamente na parte central da cidade de Townsville, onde havia os maiores prédios e edifícios da cidade, onde o trio rapidamente diminuiu a velocidade do voo para permitir que os curiosos e os admiradores pudessem contemplar sua presença. Por onde o trio voava, as pessoas olhavam maravilhadas e orgulhosas de suas heroínas. Dois anos depois do chamado "Evento X" causado pelo apelidado pelos jornais de “Macaco Louco”, que foi detido por elas, fez com que a opinião pública em relação as Superpoderosas mudasse positivamente. As pessoas não as temiam mais, agora elas eram amadas e respeitadas. O trio de garotinhas que desafiou a morte e que salvou a cidade, tocou os corações dos townsvillianos, e as evidências disso estavam em todos os lugares. Em várias esquinas, havia grafites de corações pintados de rosa, azul e verde, a marca de heroína das trigêmeas Utonium; haviam bonecos, balões sendo vendidos em lojas e até sorvetes esquisitos com seus rostos nos mercados de esquinas; e é claro, os sorrisos e aplausos resplandecentes dos cidadãos ao verem o trio chegando seja de onde for. Ver os sorrisos de confiança e alegria é a maior recompensa dessas jovens super-heroínas.

Após esse momento contemplativo, as meninas aceleraram sua velocidade e voltaram a correr em alta velocidade para salvar o dia, seja de qual for o problema. Naquele exato momento, coincidentemente, uma rádio popular começou a tocar a música tema oficial das Meninas Superpoderosas, escrita e composta pela dupla de cantoras japonesas Puffy AmiYumi como forma de agradecimento pelo trio ter as resgatado de incêndio de um de seus shows. 

( Trilha sonora - “The Powerpuff girls” )

 

Powerpuff!

Powerpuff!

Blossom, Commander and the leader

Bubbles, She is the joy and the laughter

Buttercup, 'N' She's the toughest fighter

Powerpuffs save the day

Fighting crime, trying to save the world

Here they come just in time

The Powerpuff Girls

Fighting crime, trying to save the world

Here they come just in time, the powerpuff girls

Oh no, it's the mad Fuzzy Lumpkins

Watch out, it's the repulsive Roach Coach

Get him, it's evil Mojo jojo

Chasing evil, it won't stop

Powerpuffs save the day

Fighting crime, trying to save the world

Here they come just in time

The Powerpuff Girls

Fighting crime, trying to save the world

Here they come just in time, the powerpuff girls

And they'll be

Fighting crime, trying to save the world

Here they come just in time

The Powerpuff Girls

Fighting crime, trying to save the world

Here they come just in time, the powerpuff girls

Fighting crime, trying to save the world

Here they come just in time

The Powerpuff Girls

POWERPUFF!

Bom dia, Townsville! Aqui quem fala é Anjinha, sua querida companheira da rádio 46.” Disse a radialista que seguiu com seu anúncio: “Hoje, começamos nossa manhã com uma energia pop-rock SUPERPODEROSA com a famosa música da banda Puffy AmiYumi que em seis meses não sai da cabeça dos ouvintes e sempre aparece nos tops 10 das mais requisitadas da nossa rádio. E não é por menos, muitos consideram essa música a representação da reconstrução da nossa cidade depois do chamado “Evento X” que completou 2 anos mês retrasado, o qual feriu muito a nossa cidade. No entanto, todos nós superamos essa fase e agora a cidade está de novo no topo, sendo um dos municípios que mais se desenvolveu na nação dentro desse período. E tudo isso se deve a elas, as novas queridinhas da américa! Contudo, queremos ouvir as opiniões de vocês sobre elas, as nossas heroínas. Não deixem de ligar! Opa! parece que já temos uma ligação. Alô, com quem eu falo?

Oi, eu sou a Frank, Frankie Foster. Da Zona Oeste

“Olá, Frankie”

“Eu devo muito as Meninas Superpoderosas. Elas salvaram a minha vida e a vida da minha avó no evento X. Devo muito a elas e acredito na causa delas. Não tive a chance de dizer naquele dia, mas digo agora. Superpoderosas, se tiverem ouvindo, obrigada” 

"Emocionante, Frankie. Próxima ligação… Alô?”

“Oi, sou Robert. Tenho 48 anos e sou professor de história do fundamental na zona norte” 

“Olá, Robert! Então, qual sua opinião sobre as jovens heroínas?”

“Parte de mim, gosta muito delas, mas por razões científicas. Estou escrevendo um artigo científico mostrando evidências de uma nova era dos heróis que se inicia com elas”

“Uma nova era de heróis? Tipo, igual à época do Space Ghost, Falcão Azul e Birdman lá dos anos 40 e 50?”

“Precisamente. Junto às poderosas, têm surgido vários outros aspirantes a heróis. Não sei dizer se tem relação com elas, mas em cadeia, vem surgindo vários relatos de heróis”

“É verdade. Além das meninas, tem o jovem Dexter Tartakovsky, aquele EVO da Providência, Rex Salazar, aquele Samurai misterioso e os heróis alienígenas de Bellwood. Parece até uma epidemia de heróis”

“Sim. O problema, é que a presença de heróis, apesar de boa, pode indicar ser a consequência de uma crise. 

“Como assim?”

“Olhe para a era clássica dos heróis, por exemplo. Parte de sua ascensão se deve pelos fatores históricos da época, como a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria. E se a presença de tantos heróis for um sintoma de uma crise, estamos vivendo ou iremos viver no futuro? É algo a ser estudado”

“Muito interessante, Robert. Vou querer ler esse artigo quando você publicar. Vamos ao próximo… Alô?”

“Oi, eu sou Amanda Chavez. Sou da zona oeste”

“Olá, Amanda. Nos diga sua opinião das Superpoderosas”

“Eu acredito na causa delas, mas, desculpe, não consigo aprová-las. Eu acho elas perigosas”

“Em que sentido?”

“Eu estava lá no dia que elas brigaram e destruíram um quarteirão. Eu sei que foi só uma briga de adolescentes que saiu do controle. Mas, é por isso mesmo. Elas são só crianças. Por mais controle que elas tenham, eu não acho que elas deveriam lidar com esse tipo de coisa. E se machucarem alguém sem querer numa luta? Ou estarem em dia ruim e surtarem? Eu sou mãe de dois adolescentes e um deles tem TDAH, então e sei muito bem como é difícil nessa idade”

“Entendo o seu ponto”

“Por outro lado, eu aprecio elas. A minha caçula ama muito a Florzinha desde aquela vez em que ela fez aquele homem armado do banco se render apenas conversando com ele. Dios mio, aquilo foi lindo! Eu chorei e minha filha pulou de alegria e disse que quer ajudar os outros como ela”

“Eu lembro. O vídeo viralizou na internet ano passado. Foi muito bonito mesmo. A Lindinha ainda ajudou o homem que rouba pra cuidar da filha doente juntando dinheiro nas redes sociais. Hoje, ela está em tratamento e o homem pegou uma redução de 2 anos de 5 na pena” 

“Eu entendo as razões delas e sei que estão tentando ajudar, mas eu não consigo aprovar. É uma coisa de mãe, sabe? Você deixaria seu filho ser bombeiro ou policial aos 14 anos? Por mais boas intenções que ele tenha, eu não deixaria. É perigoso”

“Você deu um ótimo ponto, Amanda. Vamos ao próximo… Alô, com quem eu falo?”

“Jerry. Tenho 56 anos, moro no centro” 

“Olá, Jerry. Qual sua opinião sobre o assunto?”

“Eu acho que elas são fedelhas mimadas. Ser herói não é coraçãozinho, não é discursinho fresco que essas fedelhas fazem. Heróis de verdade, sangram e fazem sangrar, são homens que morrem pelo nosso país todos os dias como os soldados americanos”

“A criminalidade diminuiu bastante desde que elas apareceram”

“F#&@!$! E para onde os marginais que elas pegam vão? Pra cadeia, onde fogem e começa tudo de novo. Heróis de verdade fazem o serviço completo, sujam a  p@#$% das mãos. Essa merda de governo tem lá o tal do elemento X e podia usar pra fazer heróis de verdade com poderes mais que suficientes para varrer essa escória de aberrações científicas. Quem sabe até aniquilar ameaças ao mundo livre como a China e a Rússia”

“Isso seria imprudente. Foi essa mentalidade que levou ao Evento X, que fez até o governo criar a Lei Townsville que proíbe o uso da substância no país. A Lei foi feita pela demanda popular”

“F@#$%+$ a lei tá errada! Se o mundo tivesse mais heróis com esses poderes não estaríamos nessa merda. O Mundo precisa de mais heróis!”

“Ok, foi o bastante. Obrigado a todos que se manifestaram. Agora voltemos a nossa programação musical”

 

(Trilha: Frankenstien’s Monster - Henry Jackman )

— Desligue Rádio. — Ordenou um homem para o seu motorista que rapidamente obedeceu às ordens do chefe. 

Após escutar a última conversa da rádio 46, um homem que usava óculos e tinha um cabelo loiro comprido preso em um rabo de cavalo, sorriu com declarações do tal Jerry. Era a indicação de que seu grande momento havia finalmente chegado. Este era o grande e único Dick Hardly, dono das indústrias Hardly e sua mente estava corrompida por ideias gananciosas.  Ele ouve de fora de sua limusine um leve estrondo que lhe era familiar. Ele abaixou o vidro da janela de seu carro e viu as próprias irmãs Utonium cruzando o céu por cima de suas cabeças. Ele sorriu perversamente, e disse para si mesmo:

— Aproveitem, meninas. Pois, a sua era, está chegando ao fim. 

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Na rua 104, havia um impasse entre policiais e bandidos. Os bandidos, que eram filiados da gangue do Trio Ameba (antes conhecidos como Irmãos Protozovsky), estavam fortemente armados com metralhadoras e submetralhadoras traficadas. Após roubarem uma joalheria, eles fugiram para um armazém abandonado. No entanto, não despistaram a polícia que os seguiu e iniciando-se assim o impasse. Os policiais esconderam-se atrás de uma barricada de carros e vários deles estavam feridos. Quem liderava o esquadrão era a própria Comissária Snyder, a mãe de Robin Snyder, a melhor amiga do trio Utonium. Ela estava bem, mas estava ajudando um colega que levou tiro perto da barriga e estava sangrando desenfreadamente. Tanto os policiais quanto os bandidos estavam exaustos com o impasse. Um dos bandidos que temia o fim da munição decidiu usar uma arma mais radical. Pegou uma bazuca e apontou para os guardas. Daquela distância, a explosão poderia atingir ele ou alguns de seus colegas, mas estava disposto a arriscar. Ele apontou e disparou mirando a comissária. 

No entanto, antes do rojão atingir os policiais, um vento gelado foi soprado do céu, não só congelando o rojão, como formando uma barricada de gelo protegendo ainda mais os guardas. 

Snyder olhou para o céu e se deslumbrou com a heroína Florzinha sorrindo enquanto sobrevoava confiante em cima das cabeças dos policiais. 

— Oi dona mãe da Robin. — Disse Florzinha anunciando sua presença com graça. 

— Ainda bem que você chegou. — Tão metendo bala na gente desde cedo. Meu amigo precisa ir a um hospital. 

— Relaxa. Vou ensinar uma lição a eles e seu amigo vai ficar bem. — Afirmou a heroína. 

Florzinha saltou e ficou bem no meio do tiroteio sem qualquer preocupação, pois as balas não a feriam. Os bandidos ficaram assustados com a presença dela e cessaram fogo por alguns instantes. 

— Vou dizer só uma vez. Rendam-se, ou serei forçada a dar uma surra em vocês. 

No entanto, ninguém respondeu. A garota só ouviu silêncio.

— Oi?!! Será que alguém me ouviu? Ou eu estou falando sozinha de graça aqui? 

De repente, a ruiva teve um retorno, porém, não era o que esperava. Ao invés de gritos de rendição ela ouviu gritos de… socorro!

Em hipervelocidade, Florzinha arromba as portas trancadas do armazém e se depara com algo que lhe deixa perplexa e chocada: uma dúzia de cadáveres espalhados no chão. Todos estavam ou com os crânios e pescoços quebrados ou com furos duplos na área do peito. Florzinha, rapidamente, reconhece os padrões dos furos que junto ao cheiro de queimado indicavam que alguém usou uma visão a laser, uma habilidade que ela suas irmãs tinham. Ela ouviu mais um grito e correu até o outro lado do armazém para ajudar. 

Foi então que a garota viu um homem usando uma balaclava típica que bandidos usam sendo erguido pela garganta por outro homem misterioso. 

— Larga ele! — Gritou Florzinha. 

O homem misterioso fez um leve movimento com os dedos, como quem abre uma garrafa de refrigerante, torcendo assim o pescoço do marginal matando-o na hora. Depois, largou o corpo no chão.  

— Você matou ele! —  Berrou Florzinha chocada e furiosa. 

(Trilha -  The Wolf - Hi-finesse )

O homem virou e olhou para a garota Utonium revelando a face. Porém, para sua surpresa, seu rosto estava coberto por uma máscara atípica. Parecia daquelas usadas para operações militares secretas que cobriam a boca, nariz e tinha óculos especiais que escondiam os olhos, porém não cobria os cabelos do misterioso que eram quase do mesmo tom ruivo que o de Florzinha, porém, levemente mais escuros. O Homem misterioso usava um traje preto com nuances claramente militares, cheio de detalhes vermelhos, especialmente da cintura para cima, na área da camisa. Havia um símbolo no peito dele: um crânio com ossos cruzados, como usado nas bandeiras dos piratas. O traje dele parecia quase um traje de super-herói, mas claramente havia algo diferente. Algo que transmitia uma ameaça.  

— Quem é você? —  Ela perguntou, no entanto foi respondida com mais silêncio. 

Percebendo que palavras não surtiram efeito, ela parte para o ataque. Florzinha ergue os punhos e se prepara para socar a fuça do homem. Todavia, para o azar da heroína, o homem consegue desviar do ataque com uma facilidade que só podia ser explicada se tivesse a mesma supervelocidade que ela tinha. A ruiva não perdeu tempo e já foi para outro soco, porém, o homem a bloqueia com uma precisão surpreendente. E assim, Florzinha tenta sucessivas vezes socar o rapaz misterioso, contudo, em todas às vezes ele consegue bloquear seus ataques de algum jeito. Era como se ele já soubesse a forma como ela lutava. Eram como se ela lutasse contra um espelho, um espelho distorcido. 

Esperta, Florzinha percebe esse padrão e rapidamente pensa em algo diferente. Ela decide imitar um movimento que nunca havia feito, mas via o tempo todo em um seriado de TV. Com uma destreza e velocidade perfeitas, Florzinha levanta a perna direita, dá um rápido rodopio e depois estica para dar um pontapé na cara do mascarado. O golpe o fez tombar um pouco para trás arrancando uma das lentes dos óculos da máscara. Florzinha não perdeu tempo. Concentrou sua força e poder em seu punho para criar um golpe capaz de derrubá-lo. Disparada em velocidade supersônica, a ruiva lança seu punho rumo ao rosto do novo adversário. No entanto, algo acontece. Seu soco foi bloqueado por alguma coisa tão dura quanto uma muralha de aço. Florzinha olhou e viu o braço do sujeito segurando seu punho com uma precisão única. Ela ficou abismada, não querendo acreditar que alguém conseguiu segurar um soco daqueles. Foi nesse instante que a filha de Utonium olhou para o rosto do rapaz que lhe dirigiu a palavra pela primeira vez apenas para lhe dizer em tom de arrogância e superioridade:

— Patético! 

E então, ele olhou nos olhos rosados da garota que o olhou de volta através da abertura da lente quebrada da máscara. Ela vê uma expressão assustadora que lhe gelou a espinha e congelou as pernas pela primeira vez em muito tempo. Um olhar franzido violento que abraçava desejo de matança e no centro da expressão, havia um olho com uma pupila de tom tão vermelho quanto sangue e que brilhava… ou melhor, queimava uma luz forte e poderosa como se fosse chamas saídas do inferno. 

O rapaz percebeu o momento de distração da ruiva, e logo, cerrou os punhos e deu um poderoso golpe na barriga Florzinha, com uma força igual a aquele soco que ela queria dar nele. Ela é jogada vários metros para trás, atravessando paredes do armazém até chegar a rua onde cai em cima de um poste de luz. 

Após a vitória, o homem misterioso olha ao seu redor e contempla os cadáveres dos bandidos apreciando a destruição que causou. Ele ativa um botão máscara e relata ao seu superior:

— Desculpa, chefe. A missão deu errado. Eu acabei sendo visto — Disse o rapaz mascarado. 

Relaxa, Vermelho. A missão foi um sucesso” — Respondeu a voz no comunicador que claramente era a Dick Hardly. “Esses bandidos eram só uma isca que eu plantei. A verdadeira missão era a garota. Como ela estava?”

— Parecia perturbada. — Respondeu o mascarado. 

“Perfeito! Era isso que eu queria. Quero ela completamente furiosa amanhã. Bom trabalho, Vermelho. Venha para a base, pois temos que nos aprontar porque amanhã é o nosso grande dia!”

— Entendido. 

E assim, o homem mascarado decolou aos céus deixando um rastro vermelho escuro para trás. 

No dia seguinte, Florzinha se encontrou no shopping com suas irmãs e amigos da escola na lanchonete Mega Meaty Meat, onde o ex-inimigo de Docinho, Mitch Mitchelson, trabalhava como operador de caixa. Lá, Florzinha descreve o ocorrido na noite anterior para Lindinha que tentava ilustrar com seus desenhos. 

— …e ele tinha cabelo ruivo, parecido com o meu, mas era mais escuro e era um pouco longo assim, passando na nuca.

— Entendi. — Disse Lindinha concentrada com o lápis na mão tentando botar no papel as descrições dadas por sua irmã. — Pronto! Acabei. 

Lindinha entregou o desenho a Florzinha, que na hora ficou chocada ao ver que o desenho era extremamente realista e bem próximo ao que ela viu. 

— Loira, isso tá incrível! É quase idêntico ao cara de ontem. — Afirmou Florzinha.

— É mesmo. Você poderia ser uma daquelas desenhistas criminalistas. — Elogiou Docinho. 

— Só que a máscara que não tá parecida. Você desenhou parecendo um pano na cara dele, mas parecia mais aquelas coisas que personagens do Mortal Kombat usam na cara. — Apontou Florzinha. 

— Valeu, pessoal. Eu entendo bastante de desenho e espero que isso ajude. — Sorriu a loira corada devido aos elogios. 

— Então, Flor, esse foi o FDP que te bateu ontem? — Perguntou Docinho. 

— Foi. A grande questão é: como pode aparecer um cara com os mesmos poderes que a gente ainda mais do Elemento X? Com a Lei Townsville isso é impossível de rolar.

— Pode não ser exatamente os mesmos poderes mais parecidos. — Sugeriu Docinho. — Ele pode ser alguém com poderes parecidos, mas de outra fonte. Ele pode ser um daqueles EVOs, quem sabe… 

— Ou então, talvez, ele possa ser um alien? — Sugeriu Lindinha, o que deixou suas irmãs confusas e perdidas com a sugestões.

— Alien? —  Questionou Docinho. 

— Sim. — Afirmou Lindinha meio constrangida, sentindo que suas irmãs não estavam a levando a sério. —  Eu conheci um garoto de Bellwood que luta contra aliens do mal o tempo todo e ele entende tudo sobre eles. Eu posso ligar para ele pra confirmar…

— Não precisa. Eu tenho certeza que aquele cara é como a gente. — Alegou Florzinha com convicção.  

— Como tem tanta certeza? — Questionou a morena. 

— Quando lutamos, eu consegui sentir a energia dele. Era a energia X, aquela energia que alimenta nossos superpoderes. Porém, a dele era diferente…

— Diferente como? — Questionou a Lindinha curiosa. 

— É como se nos três fossem 1, mas ele fosse tipo igual, mas invertido, algo tipo, menos -1. É como se a energia dele fosse a energia X negativa. Entende?

— Acho que eu entendi. — Disse Lindinha. —  Você contou isso para a polícia? 

— Sim. Eu contei. Mas, a maioria deles parecia, como posso dizer, agradecida pelo cara de máscara. Acho que a única que me ouviu de verdade foi a mãe da Robin. 

De repente, a própria Robin Snyder chega na lanchonete, com respiração acelerada e gritando os nomes das suas melhores amigas, as trigêmeas Utonium o mais forte que conseguia.

— Florzinha, Lindinha e Docinho! 

— Falando na diaba… — Ironizou Docinho. 

— Mitchelson, liga a TV agora e bota no canal 5! — Ordenou Robin. 

— OK. — Obedeceu o garoto da lanchonete que rapidamente pegou controle remoto de baixo do balcão e ligou a TV colocando no devido canal. 

Na TV, uma repórter afroamericana dizia nas câmeras: 

“...o CEO das Indústrias Hardly, Dick Hardly, acaba de realizar um anúncio bombástico  que promete mudar tudo. Vejam o vídeo:

'Nós das indústrias Hardly vivemos a serviço deste país, de nosso povo. E esse país implora, ou melhor, súplica por uma nova era, uma nova geração de super-heróis. Super-heróis que trazem segurança, paz e liberdade. Senhoras e Senhores, eu, o Professor Dick, trouxe a vocês o futuro da segurança e da defesa não só da cidade, mas do mundo. Eu os apresento, a GERAÇÃO Y”

A câmera do telejornal então foca em três rapazes que emergem do fundo desfocado. Rapidamente, nota-se que os três usavam trajes militares com desenho de caveiras sobre ossos cruzados no peito, idênticos aos que Florzinha descreveu antes. No entanto, nenhum deles usava máscara. O do canto esquerdo, usava traje preto e azul, tinha um cabelo loiro levemente encaracolado e carismaticamente sorria acenando bem animado para as câmeras e fotos. O do canto direito, usava preto e verde, tinha cabelos negros espetados para frente, uma barbicha discreta na área do queixo e também um par de sobrancelhas chamativas bem grossas e expressivas. Era levemente mais alto e ligeiramente mais musculoso que seus colegas do lado e sorria de forma bem mais discreta para as câmeras. Contudo, o do meio era o que mais chamou a atenção de Florzinha. Quando o viu, levantou-se na cadeira perplexa e com os olhos esbugalhados. Era o mesmo uniforme preto e vermelho e o cabelo ruivo que tinha visto antes, porém, agora a garota podia ver o rosto por trás da máscara. Era o rosto de um jovem rapaz com sinais de uma barba leve nascendo ali. E o mais importante, ela viu os mesmos olhos vermelhos que havia visto antes. Não havia mais dúvidas que era o mesmo cara. 

— Eu não acredito! — Gritou Docinho. — Plagiaram a gente PORRA!


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Notas finais do capítulo

1) Como sugerido no final da história anterior, Florzinha abraça seu lado nerd usando camisetas do seu super-herói favorito, Major Glória, que é um dos personagens de “Amigos da Justiça” que nesse universo são equivalente aos personagens da Marvel/DC
2) Lindinha sonhando com o Professor e a Srta. Keane tendo um relacionamento é uma referência ao episódio "Keen On Keane" (Temporada 4, episódio 11a) onde as meninas tentam fazer os dois namorarem e conseguem, porém ambos acabam terminando por conta do gato dela e o Professor odeia gatos.
3) Ami e Yumi, ambas personagens do desenho “ Hi HI Puffy AmiYumi” baseado em cantores japoneses que existem. Neste universo, elas escreveram essa música que é a música tema de encerramento do desenho original.
4) A primeira personagem a falar na rádio é a Frankie Foster, que apareceu na história anterior ao ser resgatada pela Florzinha. Frankie é do desenho “Mansão Foster Para Amigos Imaginários" que também é uma obra do Craig McCracken, criador de PPG.
5) Space Ghost, Falcão Azul e Birdman são personagens da Hanna-Barbera. Como a Cartoon Network é uma sucessora da Hanna-Barbera, eu reimaginei os heróis da H-B como heróis dos tempos de Guerra, uma estratégia semelhante à que Marvel fez com os seus heróis quando de era Timily Comics (Capitão América, Jim Hammond, Whizzer, etc.)
6) “Além das meninas, tem o jovem Dexter Tartakovsky, aquele EVO da Providência, Rex Salazar, aquele Samurai misterioso e os heróis alienígenas de Bellwood” esse trecho faz referência ao Dexter da história “O Laboratório”, Mutante Rex, Samurai Jack e Ben 10. Que diferente dos tópicos anteriores, são heróis que surgiram na era moderna.
7) Nesse limbo de dois anos entre primeira e segunda história, ocorreram alguns acontecimentos significativos. Como o surgimento de EVOs do desenho Mutante Rex e um encontro de Lindinha com o Ben 10. Algum dia, eu espero contar esses eventos.
8) “Rádio 46”: O Número 46 é uma homenagem à numeração da Cartoon Network na NET nos tempos dos anos 2000. Quando eu era criança não sabia dizer o nome do canal então eu chamada de “Canal 46”
9) O símbolo de “Ossos Cruzados” estilo pirata é o símbolo dos Meninos Desordeiros no desenho. Um contraponto aos "coraçõezinhos" das meninas. .
10) Depois dos eventos de Elemento X, foi criada uma lei nacional que proíbe o uso da substância em território americano.
11) O nome Geração Y, é um nome inventado por mim. Escolhi esse nome por duas razões. Dar nome ao time de heróis formados Fortão, Durão e Explosão e eu achei que nenhum time de heróis iria se chamar “Meninos Desordeiros”. O “Geração’ vem do fato de ser uma “nova geração” de heróis em ascensão e escolhi chamar de “Y” pq além de ser letra que vem depois do “X” e essa é sequência de Elemento X, simboliza o cromossomo “Y” que determina o sexo masculino e achei que esse seria o nome brega perfeito a um time de heróis que se tentam vender como “machões”.
12) Os Meninos Desordeiros serão reimaginados como “Anti-Heróis”. Inicialmente parecendo super-heróis simples, mas com tempo cada vez mais merecendo o título de “Meninos Desordeiros”.
13) Agora respondendo a pergunta que todos devem ter se feito assim que descobriram que os Desordeiros estão nessa história: VAI ROLAR PPGxRRB? A resposta é… não sei. Estou ciente que 99% do fandom amam esses ships fortemente ( e eu sou um deles), mas eu sou do tipo que a “história vem antes do ship”. Acho que antes de qualquer romance, eu tenho que explorar eles como “rivais” primeiro. Se achar que funciona e vocês gostaram da caracterização deles na história talvez role.



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