Daniel Valencia - presidente (Betty a feia) escrita por MItch Mckenna


Capítulo 5
Capítulo 5




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Depois de alguns dias, Armando ligou na casa de Betty.

—Residência dos Pinzón.

—Por favor, senhora,  posso falar com Beatriz?

—Quem deseja?

—Armando Mendoza.

—Mendoza?

—Quem é Júlia?

—É para Bettica.

—Mas quem?

—Ai, Hermes! É para Betty!

—Vai chamá-la!

Ao ver que Júlia subia as escadas, Hermes pegou o telefone.

—Quem deseja falar com minha filha?

— Senhor, por favor, ela está?

—Um homem. E quem é o senhor e o que quer com minha filha?

—Armando Mendoza! Da empresa onde sua filha foi buscar emprego. –pensou na hora.

—Ah! (faz o costumeiro barulho)

—Papai, é para mim.

—_________

—Alô?

—Alô, Betty?

—Doutor Mendoza?

—Ah, por favor, assim chamam meu pai.

—Está bem.

—Estive pensando no seu currículo, conversei com uns amigos. E eles gostaram  do seu currículo, vou indica-la.

—De verdade?

—Inclusive queria saber se teve tempo de ver meu plano de negócios.

—É e...

—Está tão ruim assim?

—Não, não é que está ruim.

—Então, o que diz?

—Teria que ter ajeitado umas coisas. Não acha as metas impossíveis?

—Como assim?  Olha, não consigo entender nada. Não gostaria de tomar um café comigo para conversarmos sobre isso?

—Eu?

—Sim. Inclusive vou passar uns contatos de onde poderia conseguir emprego. 

Assim, os dois combinam em uma padaria.

—UI! Já vai sair? Tem planinhos?

—Profissionais, Caldeirón. Vou conversar com aquela moça, a Beatriz!

—O quê? A feia?

—Olha ela é feia, mas é muito inteligente. Já viu o currículo dela?

—Desde quando liga para estas coisas? E nem vai ser o presidente, vamos Mendoza, tigre, vamos sair por aí e pegar uma gazelas.

—Depois, Mário! Agora tenho um compromisso!

Armando vai ao encontro daquela moça. Ao vê-lo chegar, Beatriz suspira. Estava ainda mais bonito que quando o conheceu com seu terno azul marinho combinando com sua gravata azul clara. Era divino. Como um ator de novela.

—Espero que não tenha esperado muito.

—Imagina. Acabei de chegar. –disse Beatriz que o esperava a mais de meia hora.   -Aqui fazem um café maravilhoso com umas arepas. Não tão boas como de minha mãe ojojo

—Sua mãe é cozinheira? 

—De verdade, não,  só cozinha para a família.

Depois de pedirem os lanches, os dois começaram a conversar.

—Sabe, conversei com alguns amigos e ficaram impressionados com seu currículo. Vou te passar o contato deles.

—Grata, don Armando.

—Assim, está melhor.

—Olhei seu plano de negócios, está bem elaborado, suas ideias são boas e tudo.

—Mas...

—Economicamente, tudo o que propõe, é inviável!

Armando não pode crer no que ouve. O que aquela menininha pensava que era?

—O que está dizendo?

—Este plano está inconsistente, jamais poderia lucrar isso tudo em apenas um ano.  Não tirou as despesas. Não contou com imprevistos.

—Olha, senhorita! O que pensa que está dizendo?

Armando sente-se ferido em seu orgulho, pois o plano a seu parecer estava ótimo e ousado assim como concordava Mário Caldeirón com ele.  Havia ficado realmente irritado com o que aquela menina havia lhe dito e pensar que havia pensado que,  ao invés de indicar-lhe um trabalho, montaria um escritório e a chamaria para ser sua secretária. Mas sentia-se agora com o ego ferido. Pensou em levantar-se. Mas continuou sentado. Apesar de estar criticando seu plano, assistiu impaciente. Que interesse teria ela em fazer isso assim, senão de o ajuda-lo?

—E pensa que poderia fazer melhor?

—Sim, se tivesse os dados certos da empresa.   Por que não pediu que o economista da empresa o ajudasse?

—Porque este tipo é amigo de Daniel, entende? Foi colocado lá por algum motivo.

—Entendo. Bem, e o que pensa em fazer?

—Não sei. Talvez procurar um emprego.

—Mas não é sua empresa também?

—Entenda eu não poderia trabalhar ali com Daniel.

—E o que pensa fazer?

—Tirar um ano sabático.

—Vocês ricos podem fazê-lo! Imagina eu fazendo algo assim, ojojo  meu pai me mata!

—Mas não tem nada demais. Você sabe do que estou falando?

—Claro que sei!  Por isto mesmo!

—Não entendo, Beatriz!

—Meu papai é muito restrito, não me deixa ir até à esquina, imagina se digo que tenho que viajar?

—Nunca viajou?

—Nunca! Nunca!

—Puxa. –Armando ficou triste.  E gostaria?

—Muito.

—Pois então vou separar desses trabalhos que vou te indicar um que possa viajar representando a empresa.

—Ojojo Esqueça! Meu papai não concordaria!

—Por que não?

—Não o conhece.

—Tome esta lista. Ah, já está na minha hora. Vou ver um trabalho. Pode deixar que vou levar em conta suas anotações. Afinal, poderei tentar a presidência em dois anos!

—E se por acaso Doutor Valência não lograr seus objetivos e tiver que deixar o cargo antes?

—Não creio. Apesar de insuportável Danielzinho é muito competente e inteligente. Meu medo é não tem empresa para eu dirigir daqui a dois anos!

—Por que diz isso? Ele não é competente?

—Até demais! Mas só   se tornou presidente para dividir a empresa, tenho certeza! Não gosta, trabalha para o Governo!

—Sim, eu sabia!

—Pois é, qual interesse teria em ser presidente com um cargo desse?

—É a empresa da família dele também.

—Gostaria de pensar assim, mas o conheço.  E tem o apoio incondicional de meu pai, que não enxerga que Daniel tem outros interesses.

—Não sei, é um grosseiro, mal-educado, mas pode ter boas intenções.

 -Não seja tão ingênua, Beatriz!                             

Betty ficou incomodada com aquele comentário, mas resolveu continuar, afinal, ele deveria conhecer bem o tal homem.

—Se está procurando trabalho, por que não tenta algo na sua área?

—Como?

—Disse que era engenheiro industrial, não?

—Sim.

—Por que se formou nisso?

—Porque é algo que gosto muito.

—Então, quer melhor motivo que esse?

—É que não tenho experiência, quer dizer só de reformar maquinário de Ecomoda.

—Que seja!

—Não sei se me contratariam por isso.

—Não vai saber se não tentar!

—Bem, vou pensar a respeito.  Tenho que ir mesmo.  Posso te deixar na sua casa.

—Não é necessário.

—Faço questão.

—Pode me deixar no centro, como da outra vez!

—Quero te deixar em sua casa e ter a certeza que ficará bem!

—Está bem. Mas não é um bairro como o que o senhor está acostumado!

—Ora, Beatriz.

Já a estava deixando na porta de sua casa. Neste momento Nicolás também estava chegando.

—Olha só. Finalmente!

—Ah! Olá, Nicolás.

—Onde estava Betty que a procurava o dia inteiro? Pensei que os Ets a haviam abduzido para fazer experiências!

—Aomenos eles não achariam que sou tão feia! Ojojo

—Ojojo  (dando o famoso giro)

—E este quem é?

—Don Armando.

—Um doutor?

—Sou amigo de Beatriz.  E o senhor quem é?

—Prazer, Mora, Nicolás Mora!  -cumprimentando como James Bond   -Também sou amigo de Betty, mas desde muito tempo.

—Desde sempre.  –Armando franziu a testa.

—Betty!  Onde estava? 

—Resolvendo umas coisas, Nicolás.

Armando não estava nada contente com aquele tipo que ficava cobrando Betty, parecia que queria mandar nela. Se era só um amigo...

—Seu pai também estava preocupado.

—Agora não ficará mais!

Armando viu que Betty abria a porta de sua casa e que Nicolás sem a menor cerimônia entrava. Franziu a testa de novo, logo, Betty virou-se e sorriu-lhe.

—Até mais, don Armando. Ojojo Grata por tudo.

—Ah!  -Ficou decepcionado, achou que ela o convidaria para entrar.

—Se precisar, lhe monto outro plano de negócios. Nos vemos.


Constrangido, Armando sorriu e deu a meia-volta.

—De onde conhece o galã?

—Hã?   –disse Beatriz suspirando constrangida

—Ei, Beatriz, vai ficar aí parada?

—Eu....  –falava por monossílabos olhando Armando se afastar e subir em seu carro.

—Está apaixonada?

—Eu?  Imagina Nicolás!   Ojojo

—Pois estes olhinhos aí dizem outra coisa. Onde conhece este galã?

—AH, ele é dono daquela empresa na qual fui ver a vaga naquele dia.

—Ecomoda?

Sim.

—E um tipo como este te traz até sua casa?

—Shiu. Já te explico, meu pai pode ouvir. Oi, papai, já cheguei.

—E esta demora senhorita?  Saiu o dia inteiro!

—Sim, saí, mas estava procurando trabalho.

—Até esta hora? E achou algo?

—Ainda não.

—Escuta e aquele senhor Mendoza que ligou aqui?

—Ah,  é... é o senhor Mendoza. Entreguei-lhe o currículo e ficou de ver uma vaga para mim.

—E por que chamou aqui?

—Olha, papai. Espero que ele me indique para alguns colegas, pois do currículo ele gostou, mas não é o presidente, senão seria sua secretária.

—E ficou o tempo todo falando com ele?

—Não. Fui ver outras coisas.

Depois de despistar seu pai, Beatriz subiu as escadas e Nicolás foi com ela. Teve que explicar-lhe porque passou a tarde com doutor Mendoza.


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