Daniel Valencia - presidente (Betty a feia) escrita por MItch Mckenna


Capítulo 6
Capítulo 6




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Depois de deixar Betty, Armando se encontrou com Mário e umas amiguinhas, depois foi para seu apartamento, serviu-se de mais uísque, brincou com Galã, seu cachorro e entrou em seu quarto já passado de tragos. Ao chegar no quarto, se deparou com Marcela deitada em sua cama.

—Marcela?

—Oi, Armando?

—O que faz aqui?

—Se não me queria aqui, por que deu a chave?

—Sobre isso....

—Onde estava?

—Fui tomar uns tragos com Caldeirón.

—Só isso?  Cheira a mulher.

—Creio que não é o melhor momento para conversarmos.

—Tem razão, não quero falar.

Logo, ela o puxa para a cama. Estava só de lingerie preta de renda, sabia que ele era louco por isso. Armando estava com raiva de Marcela, por ter prometido seu apoio e não comprido. O que sentia vontade era livrar-se de Marcela e ir dormir na cama de hóspedes. Mas a mulher sabia como fazer as coisas, de modo que ela foi para cima dele, e começou a beijá-lo, esfregando seu corpo no dele. E como não havia ficado de todo satisfeito com as magrelas que Caldeirón lhe arrumou, decidiu que apesar de irritante, aquela mulher era muito sexy e não custava nada satisfazê-la como queria, era apenas sexo sem compromisso e mais nada. Jogou-a na cama, baixou as calças, se protegeu (como sempre) e cumpriu com seu dever de homem.

Ao terminar, ficou olhando o teto, confuso, pensando no fútil que era, enquanto, Marcela dormia ao seu lado satisfeita. Depois acabou dormindo. Ao acordar foi surpreendido por uma mesa posta, a qual Marcela havia encomendado, pois mal sabia fazer café que não fosse na cafeteira.

—OI, meu amor!

—Oi, Marcela!

—Fiz um desjejum completo com tudo que gosta.

—Meu estômago está revirado, Marcela. Só um café para a ressaca.

Marcela sorria-lhe e Armando engoliu em seco, receava que ela não havia entendido.

—Marcela, como disse ontem precisamos conversar. Sabe que não há nada entre nós.

—Não foi o que comprovei ontem.

—Marce, como faço você entender, sem que a ofenda? Você estava de lingerie na minha cama, sabe como sou e você é uma mulher bonita e sou homem. Não havia como resisitir!

—Que não resista nunca! –beijo. –Por que não fazê-lo com sua noiva?

—Marcela, sabe que não somos mais noivos.

Marcela fez que não estava ouvindo, para ela interpretava que aquela união de sexo era paixão e que sua rejeição era resistência a um compromisso mais sério.

—Perdão, se não o apoiei, mas meu irmão. Sei que nosso amor é superior a isso.

—Marcela, sabe quão Ecomoda é importante para mim. Nada é superior a isso. O de ontem foi apenas sexo, creio que espera mais e merece mais e isto não é o que posso oferecer=lhe.

Marcela riu. Estava convencida que ele dizia isso por raiva de não ter-lhe dado apoio e queria castigá-la.

—Não é apenas sexo! É amor!

Sem fazer-se entender, ele resolve deixar para lá, tomando seu café, então, ela muda de assunto, convencida que ele aceita.

—Quando volta à empresa? -perguntou.

—Irei na reunião de diretoria. –respondeu Armando, secamente.

—E não voltará a trabalhar lá?

—Ao lado de seu irmão?   Nunca!

—Podem se dar bem

—Se o interesse dele fosse a empresa, tudo bem, mas sabemos que não é!

—Dê-lhe uma chance.

—Não quero falar disso. Vou ver umas coisas no Centro.

—Creio que terei que ir sozinha trabalhar. –beijo.

Armando havia passado o dia, visitando alguns amigos a fim de oferecer seu trabalho como engenheiro industrial e também como administrador. Muitos não entenderam como podia deixar a empresa de seu pai assim. 

Betty desde aquele dia não havia pensado nele, tampouco ele havia voltado a chamá-la.

—Como vai chamar você, Betty?  E para quê?


Ela, apesar de seu bom currículo, não conseguiu as vagas indicadas por Armando, apenas em uma pequena empresa, na qual o dono que era casado com uma senhora muito ciumenta a havia contratado para meio período.   Era um escritório que prestava serviços de assessoria para empresários iniciantes abrirem sua empresa, assim como prestava serviço de contabilidade para as mesmas.

 Ao menos desta vez não seria secretária e sim assessora.

Armando, por outro lado, estava trabalhando de engenheiro industrial na Tejicol, enquanto prestava serviços para a Ragtela, em outro período.

—Não entendo, Armando como que sendo você herdeiro de uma empresa como Ecomoda não trabalha mais lá! –disse o diretor da Tejicol.

—Creio que para você posso falar. Não é nada fácil trabalhar com Daniel.

—Isto vimos.  Imagina que ele quer pagar bem menos e nos propôs cancelar o contrato, sendo que trabalhamos mais de 20 anos com vocês. Mário que teve que intervir.

—Infelizmente, não posso fazer nada. Escute, soube que estavam trocando de secretária.

—Sim, a que tínhamos se aposentou.

—Não ligou uma senhorita aqui, de nome, Beatriz Pinzón?

—Sim, mas tínhamos acabado de contratar nossa nova secretária. Uma beleza, magrinha, alta, cabelos loiros, parece uma modelo.

—Se diz assim, deve ser uma delícia!  - o lado cachorro de Armando fala mais alto (jaja)

—Vou chamá-la.

Tal como o diretor da Tejicol havia dito, a tal secretária que contrataram parecia uma modelo daquelas de Ecomoda: alta, loira, olhos verdes, pernas longas, tal como encantavam Armando.

—Pode ir, senhorita!

—Realmente uma delícia!

—Mas não a olhe, esta já é minha! Entendeu porque não podia contratar sua “amiga”, mesmo tão bem recomendada e com um currículo impecável?

—Posso entender, esta mulher aí é...

—Mas o que tem de gostosa, tem de burra! Uma pena que não se pode ter tudo no mesmo lugar!

—Realmente!

—_________

Por outro lado,  sabia que a Ragtela necessitava de uma assistente financeira para tratar dos contratos, pois nem sempre Diana e Miguel podiam cuidar disso, mas eles também não contrataram Beatriz, pois como disseram, embora ela fosse muito inteligente, sua aparência não era condizente com o que precisavam. Armando ficou desconsertado, está certo que era verdade e sua aparência não favorecia, mas seu currículo a favorecia e muito. Assim, ficou preocupado, pois Betty havia lhe dito que precisava trabalhar, pois a firma na qual seu pai trabalhava há vinte anos havia terminado.

Naquele dia, Armando havia ido ao centro para conseguir assessoria para abrir uma empresa, afinal, tinha que se registrar como prestador de serviços da Tejicol e Ragtela.

—Claro, Armandito! Lógico que fazemos este trabalho para você. Não dá para acreditar que não está mais em Ecomoda!

—Só como acionista.

—Soube que Daniel está mudando tudo.

—Sim, cortando nossos fornecedores antigos. Mas não vim falar dele.

—Sim. E que espécie de empresa pensa em criar?

—Não sei! Não sou muito bom nestas coisas. Nunca precisei pensar nisso...

—Neste caso, vou devolver-lhe o favor.

—Como assim?

—A moça que me indicou!  Esta Dra. Pinzón é impressionante.

—Ela está trabalhando aqui?

—Sim.

—Não sabe o alívio que me dá!  Indiquei-a para muitos conhecidos e estava ficando preocupado que ninguém a contratasse.

—Isto que não entendo, pois seu currículo é respeitável. Até minha senhora gosta dela e sabe que ela não gosta que eu trabalhe com mulheres. Bem, vou chamá-la. Dra Pinzón, por favor, venha aqui temos um cliente muito especial para atender.


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