ARISINGTALE | CAPÍTULO 3

— Alphys, me conta só mais uma vez, para eu conseguir entender de vez...

ASSIM QUE VOCÊ SUBIU PARA A SUPERFÍCIE, EU FUI MANDADA NOVAMENTE PARA O MEU LABORATÓRIO E LÁ EU ENCERREI AS MINHAS EXPERIÊNCIAS COM DETERMINAÇÃO E LOGO COMECEI A FAZER PESQUISAS PARA ENCONTRAR UMA NOVA EXPERIÊNCIA PARA EU ME OCUPAR. INFELIZMENTE NOS 3 ANOS SEGUINTES EU NÃO ACHEI NADA QUE DESSE O PRAZER DE RECOMEÇAR E FOI UM DOS PRINCIPAIS MOTIVOS DE EU CONTINUAR POR MAIS TEMPO EMBAIXO DO SUBSOLO COM ALGUNS OUTROS MONSTROS QUE PREFERIRAM FICAR; ATÉ QUE UM DIA O NOSSO GOVERNADOR, ASGORE, FEZ UM ACORDO COM A SUPERFÍCIE E TANTO OS HUMANOS PODIAM DESCER COM SEGURANÇA E OS MONSTROS PODIAM SUBIR SEM RESTRIÇÃO ALGUMA. MAS ESTRANHAMENTE ENQUANTO ESTAVA CAMINHANDO, PENSEI QUE ESTAVA LOUCA MAS, UM HUMANO USAVA HABILIDADES QUE NÓS TINHAMOS E ISSO ME DEIXOU MUITO SURPRESA. ESSE EPISÓDIO FEZ COM QUE EU COMEÇASSE PESQUISAS SOBRE ESSE ASSUNTO, ATÉ EU FAZER UMA INCRÍVEL DESCOBERTA, EXISTIAM MUITAS OUTRAS ALMAS QUE NÃO TINHAMOS CONHECIMENTO E EU NÃO SABIA MUITO BEM COMO CLASSIFICA-LAS E PARA ISSO DEMOREI OS OUTROS 2 ANOS, FIZ UMA TABELA E DEPENDUREI EM MEU LABORATÓRIO. 

HAVIA HUMANOS QUE INVOCAVAM GASTER BLASTERS, OUTROS QUE TINHAM LANÇAS ENERGÉTICAS E HAVIA UNS QUE FAZIAM BOLAS DE FOGO, EU ESTAVA SURPRESA AO FATO DE QUE OS HUMANOS HAVIAM SE TORNADO COMO NÓS, HAVIAM SE TORNADO HUMANOS MONSTROS. ASSIM VIM PARA A SUPERFÍCIE EM BUSCA DE POSSÍVEIS NOVAS ALMAS QUE NÃO TINHAMOS CONHECIMENTO, ACABEI DESCOBRINDO QUE ALGUNS MONSTROS QUE VIERAM PARA A SUPERFÍCIE ESTAVAM DEIXANDO DE USAR SEUS PODERES E NA MAIORIA DOS CASOS FICAVAM INCAINCAPAZES DE UTILIZÁ-LOS; ESTES EU NOMEIEI DE MONSTROS HUMANOS. ALGUNS MESES DEPOIS, UM CONHECIDO DE UNDYNE QUE ERA UM VIZINHO ME DEU A INFORMAÇÃO DE SEU PARADEIRO E FUI ATRÁS DE VOCÊ, SABIA QUE DESDE AQUELA ÉPOCA VOCÊ NÃO DESCIA AO SUBMUNDO E TINHA CERTEZA QUE SUA VONTADE DE DESCER ATÉ LÁ NOVAMENTE ERA MUITO GRANDE E QUIS LEVÁ-LA DE VOLTA.

Ela então deixou de falar, tinha terminado o que tinha para dizer:

— Caramba, mudou bastante o ideal de Asgore não é.

— Sim, agora a nossa população anda tão mesclada que parece uma única cultura onde cada um está adaptando da maneira como pode; é até lindo de se ver.

Frisk pensou como poderia ser muitos humanos e monstros juntos em convivência e harmonia, parecia que aquilo que viu de primeira aparência de seus amigos nunca havia acontecido:

"...Se eu não tivesse feito aquela promessa, você estaria morto onde está."

"EU DETESTARIA SER AMIGA DE UMA ASSASSINA!!"

"NeStE MuNd0 é MaTaR oU sEr MoRtO"

É claro que demonstraram serem diferentes do que pareciam (com excesso de um) e se tornaram seus amigos, seria incrível todos terem mudado para uma convivência melhor.

O elevador já chegava no fundo da caverna, mas os pensamentos de Frisk estavam bem longe dali, voltou rapidamente pois não queria que Alphys falasse para ninguém mas não pode resistir... além de tudo ela já nem estava mais falando.

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Ela abriu os olhos...

Olhou para cima e percebeu a altura de que havia despencado, como sobreviveu daquela queda? Tinha 9 anos e seu corpo era muito frágil para aguentar um impacto desses; é claro que em uma semana seria seu aniversário e isso aconteceu, seria presente adiantado?

Começou a olhar em volta e viu um amontoado de flores que amorteceram a sua queda, pura sorte ou já preparado? Olhou com mais atenção ao fundo, uma eterna escuridão ao fundo que arrepia sua nuca e que desse e formiga as suas pernas,(não queria ir mas suas pernas a encaminharam) foi caminhando até lá naquela densa escuridão até não enxergar nada, mas em um estante:

— Howdy!

Olhou em volta, mas não enxergou nada além de uma espécie de girassol em um minúsculo cubículo único de grama que tinha naquela terra árida:

— Aqui mesmo!

Não achou ninguém mesmo com a voz muito próxima:

— Essa flor que está a sua frente.

Virou rapidamente em direção à flor a qual a mesma virou para vê-la:

— Como vai?

Frisk escorregou e caiu de costas naquela terra cheia de pequenas pedras a qual a feriu:

— Eu sou Flowey, Flowey a flor!

— Eu-eu sou Frisk... v-você...

— Humm...pelo o que parece é a sua primeira vez no subsolo não é?

Um pouco tímida e aparentemente amedrontada, ela acena como sim:

— As coisas parecem confusas para você não é, acho que irei lhe ensinar algumas coisinhas para você, o que você acha?

Mesmo aquilo sendo completamente estranho, respondeu com um pouco de relutância:

— Ótimo!

Tudo em sua volta ficou em uma escuridão amedrontadora, de repente sentiu uma guinada em seu corpo, como se alguma coisa estivesse se esvaindo de seu corpo.

O porém era que... realmente alguma coisa estava se esvaindo de seu corpo, alguma coisa vermelha em sangue que havia aparecido bem à frente de seu peito, tinha um formato de coração:

— Vê esse coração? Essa é a sua ALMA, a própria culminância do seu ser! Sua alma no começo é bem fraca, mas pode ficar bem mais forte se ganhar bastante LV.

— LV?

— Você não sabe? Ora, é LOVE é claro!

Love significa amor, o que mais, ele não é confiável sua consciência disse para ela, isso não a deixou mais confortável:

— Eu vou compartilhar um pouco de LOVE com você para sentir a sensação incrível que você pode ter ao receber!

Logo, vários pequenos pontos branqueados apareceram atrás da pequena flor:

— Aqui em baixo, LOVE é compartilhado com essas... pequenas "balinhas da amizade"!

Porque parecia que aquilo não era verdade?

— Vá, corra e pegue todas as balinhas que conseguir!

Fazer o que, correu atrás daqueles estranhos pontos que haviam vindo com tudo pra cima dela, ao pegar um desses pontos desabou no chão e uma dor insuportável correu por todo o seu corpo, olhou novamente para aquela flor do chão mesmo é percebeu que sua face havia se tornado uma amedrontadora cara carrancuda:

— Hahahahaa, SuA IdiOtA, PeNsA MeSmO QuE AqUi SeRiA TãO sImPLeS? AqUi É MaTaR oU sEr MoRtO! QuEm DeSpErDiÇaRia uMa cHaNcE PreCi0sa CoMo EsSa?

Logo, tudo ao redor dela se encheu de pequenos pontos brancos como aqueles e diminuía o espaço entre eles vagarosamente; ali ela iria morrer? Não queria, relutava, Se recusava , mas estava muito ferida para sair do lugar. Não queria parecer fresca, mas seu corpo não se mexia como queria, chorava com todas as forças que restava em seu corpo, silencioso e indetectável:

— MORRRA!

Suas forças acabaram e desmaiou com seu final trágico... ou não?

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— Frisk!

Alphys a havia chamado umas duas vezes, mas ela não estava com atenção voltada para aquele momento:

— Ah! Perdão Alphys, eu não prestei atenção, me desculpe o que estava dizendo?

— Nada, além de querer dizer que nós chegamos!

Sua pele se arrepiou inteiramente, já estavam chegando aonde planejaram nas últimas 4 horas... bem, sinceramente estavam demorando bastante, viu lá não um montante de flores, mas muitos deles espalhados por todo aquele recinto. Até um montinho de grama que Flowey havia aparecido pela primeira vez (teve um calafrio) estava lá:

— Ehhh... nós estamos quase lá Frisk.

Ela assentiu; quase, logo veria seus amigos, e os sentiria, conversaria com eles, brincaria com eles e... Veria o seu san... seu... amor?

Uma dor de cabeça invadiu Frisk, mas prosseguiu sem excitação