Millennium Odyssey: Réquiem do Último Solstício escrita por Aquele cara lá


Capítulo 6
Nada quebra a determinação de uma nação




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O grupo está caminhando pelo campo.

Kaito solta um bocejo. "Mal posso esperar pra descobrirmos onde o Decker tá. A gente precisa de um navio urgentemente."

"Não precisamos de um navio. Só precisamos de amigos de volta. Amigos são mais importantes." - Luna diz.

"Dá no mesmo." - Kaito diz.

"Como é que isso dá no mesmo ?" - Cirius pergunta.

"Eu preciso falar alguma coisa pra consumir espaço. Tô muito quieto, ultimamente." - Kaito diz.

"Tá falando do que, hein ?" - Mira pergunta.

"Nada. Falta quanto tempo ?" - Kaito pergunta.

"Não muito. Na verdade…" - Mira diz. Ela força sua visão. "Eu já consigo ver Mako, com meu Kekkai."

"Finalmente !" - Cirius diz. Ele começa a correr.

"Espera Luna, marido !" - Luna diz, correndo atrás de Cirius.

"Espera, Cirius !" - Mira diz, preocupada.

"Qual o problema ?" - Kaito pergunta.

"Os dois ficaram isolados do resto da sociedade esse ano inteiro, então provavelmente não devem saber do que aconteceu." - Mira diz.

Conforme Cirius e Luna vão correndo, pode se ver Mako. A cidade está caída no chão, em ruínas. Lentamente, eles param de correr, enquanto encaram os destroços.

"O que… aconteceu aqui ?" - Cirius pergunta, sem acreditar no que vê.

Mira e Kaito alcançam os dois.

"Isso é o que sobrou de Mako, Cirius." - Kaito diz.

"Sem as quatro Deidades e o rei, Mako lentamente entrou em ruínas." - Mira diz. "Não existia mais ninguém para proteger a cidade, e, com os constantes ataques de Wrath, a igreja teve de tomar o poder. O que significa que eles não podiam mais tomar conta das correntes que seguravam a cidade. Foi só uma questão de tempo, até tudo vir à baixo."

"Somos… os culpados… ?" - Luna pergunta.

"Longe disso. Não ia demorar muito, até esses idiotas descobrirem o quão ridículos eram, só precisavam ficar desprotegidos por um tempinho. Bom, descobriram um pouquinho tarde demais." - Kaito diz.

Cirius balança sua cabeça. "Que seja. Mako tem de ser reerguida por pessoas de Mako." - Ele vai embora. "Vamos. Não temos tempo pra pensar em ajudar uma cidade inteira a se reconstruir."

"Falou como um príncipe de Ignis." - Kaito diz.

Eles seguem Cirius. Algum tempo depois. O grupo chega em um local repleto de barracas. Há pessoas feridas e em estado deplorável por todos lados.

"Parece até Simetra..." - Kaito diz.

"É… A situação aqui não é lá uma das melhores…" - Mira diz.

"Eles aprenderam alguma coisa com isso ?" - Cirius pergunta.

"Marido está bravo com Mako ?" - Luna pergunta.

"Eles mataram meus parentes, destruíram meus sonhos e fizeram da minha vida um inferno. Como acha que eu me sinto ?" - Cirius pergunta.

"Bom, quando você fala assim-" - Mira diz, sendo interrompida por Cirius.

"Porque surpreendentemente, eu… não sinto ódio." - Cirius diz.

"Huh, essa é nova." - Kaito diz.

"Na verdade, eu não sinto nada." - Cirius diz. "Ódio… Alegria… Tristeza… Não sinto nenhuma dessas emoções, quando me lembro desse lugar. É só... vazio."

"Profundo." - Kaito diz.

As pessoas notam o grupo e começam a se juntar em volta deles.

"Aqueles não são os criminosos ?" - Uma mulher cochicha.

"Tenho certeza de que são." - Um homem cochicha.

"S-Será que vieram terminar de destruir Mako ?" - Outra mulher cochicha.

"Precisamos chamar alguém, rápido !" - Outro homem cochicha

Kaito solta um suspiro. "Continuam com a mesma recepçãozinha calorosa de sempre."

"Que tumulto é este ?" - Uma voz fria pergunta. A multidão abre caminho. Credo se aproxima do grupo, com seu olhar sério e frio de sempre. "Oh. São vocês."

Cirius, Kaito e Luna pegam suas armas.

"Abaixem suas armas. Não lhes ofereço nenhum perigo." - Credo diz. Ele vai embora. "Venham comigo."

Mira segue Credo. "Vamos lá, gente."

O trio abaixa suas armas e segue Mira. Eles chegam em uma cabana maior e entram nela.

"Tá querendo o que com a gente ?" - Kaito pergunta. "Se quiser brigar, nós temos coisas mais importantes pra fazer."

"Eu já disse que não tenho nenhuma intenção hostil direcionada à vocês." - Credo diz.

"Parem de atormentar ele, gente." - Mira diz. "Como vão as coisas por aqui, amor ?"

Todos se espantam.

"A-A-Amor !?" - Cirius pergunta.

Mira se aproxima de Credo, sorrindo, dá um beijo na bochecha dele e o abraça. "Talvez eu tenha esquecido de mencionar isso. Eu e o Credo estamos namorando~♥"

"C-Cacete, cara… Essa é nova…" - Kaito diz.

"Então vocês são como Luna e marido ?" - Luna pergunta.

"Pela última vez ! Não ! Estamos ! NAMORANDO !" - Cirius diz, bravo.

"Marido pode dizer o que quiser, mas Luna sabe que é mentira~" - Luna diz.

"Não assuma nada baseado em suas vontades." - Credo diz. "Disse que apenas entraremos em um relacionamento se seus parentes permitirem. Tendo isso em mente…" - Ele se vira para Cirius. "Permitiria minha pessoa se relacionar com sua irmã ?"

"Mas nem ferrando ! Sai de perto da minha irmã, seu esquisitão !" - Cirius diz.

"Cirius !" - Mira diz, brava. "Não se preocupa com ele, amor. Você não precisa da aprovação de ninguém pra ficarmos juntos."

"Para uma relação poder funcionar, os dois lados precisam estar em acordo." - Credo diz.

"Pior que ele tem razão." - Kaito diz.

"De quem a Luna precisa pegar permissão pra casar com marido ?" - Luna pergunta.

"Não vamos casar ! E não estamos namorando !" - Cirius diz.

Mira se aproxima de Cirius, põe seu braço pelo pescoço dele e começa a dar um cascudo nele. "Viu só o que fez ?! Vai dizer sim agora mesmo !"

Cirius força, até conseguir se soltar de Mira. "Enquanto eu estiver vivo, não vou deixar ninguém chegar perto da minha irmã !"

"Entendo. Até lá, esperarei." - Credo diz.

"Vai demorar muuuito tempo. Pra minha sorte, vivo mais do que as pessoas normais." - Cirius diz.

"Poxa, amor ! Não precisa esperar esse idiota dizer nada. Tenho certeza de que meus pais deixam." - Mira diz.

"Então pedirei para eles." - Credo diz.

"Não se eu convencer os dois !" - Cirius diz.

"Eu te mato !" - Mira diz, brava.

Kaito limpa sua garganta. "Parabéns pelo relacionamento, e essas coisas. Agora, dá pra você me falar se sabe onde a minha namorada tá ?"

"Viemos aqui saber se homem mau sabe onde a Èris está." - Luna diz.

"E a Galadriell também." - Cirius diz.

"Infelizmente, não tenho nenhuma notícia sobre o paradeiro de Galadriell. Ela não voltou para Mako desde o dia em que vocês foram embora." - Credo diz.

"Mas sabe alguma coisa sobre a Èris, não é ?" - Kaito pergunta.

Credo concorda com sua cabeça. "Sim. De fato, ela está aqui."

"Onde ? Eu preciso pedir desculpas pra ela." - Kaito diz.

"Sua amiga está ajudando a família dela, no momento." - Credo diz.

"Tanto faz. Eu vim em paz. Só quero bater um papo." - Kaito diz.

"Presumo que saibam do desastre que aconteceu em Mako." - Credo diz.

"E o que isso tem haver ?" - Kaito pergunta.

"Mako, na verdade, foi construída com um propósito além de só ser uma cidade. Este local também era um selo." - Credo diz.

Cirius inclina sua cabeça, confuso. "Um… selo ?"

"O buraco gigante debaixo de Mako era a prisão de uma besta horrenda, Selaphiel, capaz de usar magia divina." - Credo diz. "Por gerações, a família da sua amiga vem fortificando o selo e mantendo ele intacto. Com essa infestação de Wrath, o selo foi cada vez ficando mais fraco, até que se rompeu."

"Espera… Se você tá dizendo isso, significa que…" - Kaito diz, assustado.

"Há dois dias atrás, a besta voltou. Os Ringabell estão contendo-a, enquanto sua filha mais jovem batalha contra a besta." - Credo diz.

"Sozinha ?!" - Kaito pergunta, bravo.

"Mako não tem forças para lidar com a besta, e os residentes da igreja precisam selar a criatura, ou ela irá destruir o que restou da cidade." - Credo diz.

"Que se dane isso ! Me fala onde ela tá, agora !" - Kaito diz, bravo.

"Não atrapalhe o processo. A opção mais inteligente é esperar um resultado. Caso ela perca, a besta estará enfraquecida o suficiente. Caso ela ganhe, não precisaremos mais nos preocupar." - Credo diz.

"Você… o quê ?" - Kaito diz, surpreso. Ele pega Credo por sua túnica. "Você quer arriscar a vida dela por um povo preguiçoso ?!"

"C-Calma aí !" - Mira diz.

"A culpa das outras Deidades terem falecido é de vocês." - Credo diz.

"Kaito tem razão !" - Luna diz.

Cirius solta um suspiro e sai da tenda. O grupo se olha e vai atrás dele.

Cirius chega no meio das pessoas. "Ei !"

Ninguém presta atenção.

Cirius limpa sua garganta. "Ei !"

Novamente, ninguém olha.

"OLHEM PRA CÁ, SEUS IDIOTAS !" - Cirius grita, bravo.

O povo começa a olhar para Cirius.

"Ótimo." - Cirius diz. Ele aponta para um homem de cabelo castanho e olhos pretos. "Você. Qual seu nome ?"

"Javier." - O homem diz.

Cirius olha Javier de cima à baixo. "É tão magro que uma espada é mais pesada que você. Provavelmente, vai morrer com um ou dois golpes. Três, se tiver sorte."

"Como é ?!" - Javier pergunta, bravo.

Cirius aponta para uma mulher loira de olhos azuis, que está colocando algumas faixas em seu corpo. "E você ?"

"Madeleine." - A mulher diz.

"Não me casaria com você nem se fosse a última mulher do universo." - Cirius diz.

"Ora ! Quem acha que é para nos julgar, seu pivete ?" - Madeleine pergunta.

"Eu sou alguém com decência e compaixão. Olha pro seu lado." - Cirius diz.

Do lado de Madeleine, há um garoto com machucados espalhados por seu corpo.

"Como é que você tem coragem de se cuidar, quando tem uma criancinha precisando de ajuda literalmente do seu lado ?!" - Cirius pergunta, bravo.

"Você não é ninguém, seu moleque atrevido !" - Madeleine diz, brava. "Não faz ideia da dor que estamos passando !"

"Se tem alguém que sabe o que é sofrimento, é o meu irmão-" - Mira diz, sendo interrompida por Cirius.

"Talvez eu possa não saber nada sobre o que vocês estão passando, mas isso não é desculpa para virarem essas cascas vazias que viraram." - Cirius diz. "Olha só pra vocês. Sem reino, sem orgulho, sem nada ! Você, Javier !" - Ele pega Yaldabaoth.

Todos se assustam. Javier cai para trás, amedrontado.

"Viu só ? Isso é ridículo ! Em vez de me desafiar, a primeira coisa que vocês pensam é em fugir, como animais assustados !" - Cirius diz.

"E o que espera que façamos ?! O fim dos tempos chegaram ! Não temos mais para onde correr !" - Javier diz.

"Pra mim, isso não são palavras, são só sons saindo da sua boca." - Cirius diz. "Vocês têm pernas para andar ! Olhos para ver ! Boca para se comunicar ! E, mesmo assim, decidem deixar que outras pessoas façam isso por vocês. Eu conheço gente que mataria para ter um pouco do que vocês tiveram a vida inteira por dez minutos. Se acham que são tão espertos assim, então me respondam: por que todos os humanos sangram ?"

"Do que você tá falando ?!" - Madeleine pergunta. "Isso é óbvio ! É porque nos machucamos !"

Cirius nega com sua cabeça. "Você sangra porque é humana. Humanos sangram para serem lembrados de que, não importa o quão fraco ou forte alguém é, no final do dia, continua sendo só um humano, e não uma divindade. É extremamente fácil fazer um humano, e é mais fácil ainda destruir outro. Você sangra para ser lembrado de que ainda está vivo, e que ainda tem mais vida em seu corpo. Cada gota de sangue que sai do seu corpo é um pouco da preciosa vida que te deram indo embora. E é por isso que eu dedico cada gota do meu sangue para que ninguém mais precise derramar o próprio."

Todos encaram Cirius, em choque.

"Whoa… Esse… Esse é mesmo aquele moleque despreocupado de antes… ?" - Kaito pergunta.

Mira nega com sua cabeça. "Essas são palavras que um príncipe diria."

"Marido seria um bom príncipe." - Luna diz.

Cirius se aproxima de Credo. "Onde a Èris está ?"

"Se deseja a morte, não irei negá-la à você." - Credo diz. Ele aponta para a distância. "Caminhe nesta direção e verá um globo feito da magia divina. Não está muito distante."

"Obrigado." - Cirius diz. Ele vai embora. "Vamos, pessoal."

O grupo segue Cirius.

"Uh… O que exatamente foi aquilo, carinha ?" - Kaito pergunta.

Cirius solta um suspiro. "Eu sei lá. Ver aquele povo daquele jeito já tava me dando nos nervos. Me lembra de todas as conversas que eu ouvia dos escravos, lá em Ignis. Você podia perguntar pra qualquer um o que essa pessoa mais queria e a resposta seria a mesma: 'Eu quero qualquer coisa, menos estar aqui.'"

"Era o que Luna e as outras meninas também pensavam, no buraco em que estávamos." - Luna diz.

Um domo de luz dourada em uma cratera pode ser visto.

"Deve ser aquilo !" - Kaito diz.

O grupo começa a correr. Eles se aproximam do domo e vêem Augustus, Emily e Mary. Dentro do domo, está Èris, com seu cabelo amarrado em rabo de cavalo, vestindo uma camiseta laranja, uma jaqueta preta aberta, um shorts marrom, meias longas também pretas, botas de couro e segurando suas duas espadas. Na frente dela, há uma criatura pálida, com o corpo coberto por olhos completamente negros, com pupilas brancas e dentes afiados nas pálpebras, com a parte debaixo de seu corpo esguia, como a de uma cobra, e com dois braços na frente e atrás, parte de cima do corpo lembrando uma mulher magra, com sua coluna e costelas expostas, quatro braços longos, segurando uma espada e um escudo de luz com dois deles, oito asas, também com olhos, e um rosto de cabeça para baixo, com olhos completamente negros e sem pupilas, marcas de lágrimas debaixo deles, e uma boca com dentes afiados e uma língua fina e negra.

"Q-Q-Que merda é aquela !?" - Kaito pergunta.

"AQUILO tava escondido debaixo de Mako !?" - Mira pergunta.

Augustus nota o grupo. "Vocês ! O que pensam que estão fazendo aqui ?!"

"Escuta, coroa. Que você me odeia, coisa e tal, a gente já sabe." - Kaito diz. "Agora, dá pra abrir isso aí pra a gente matar essa coisa, antes que eu tenha um pesadelo ?"

"Abrir a barreira ?! Você já tentou destruir Mako uma vez, quer fazer isso de novo ?!" - Emily pergunta.

"Não deveria ter voltado aqui, escória !" - Mary diz.

"Tch. Era óbvio que não iam me ouvir." - Kaito diz.

"Escuta, nós precisamos que vocês abram a barreira para matarmos o que quer que seja aquele pesadelo ambulante !" - Mira diz.

"Amiga de Luna está em perigo !" - Luna diz.

"Minha filha não precisa da ajuda de vocês ! Ela consegue muito bem derrotar aquilo !" - Augustus diz.

Èris bate suas espadas em Selaphiel, mas nada acontece. A criatura ataca ela. Èris consegue desviar, mas é acertada pelo impacto da espada batendo no chão e acaba sendo jogada contra a barreira.

"Tem certeza disso ? Porque não é o que parece." - Mira diz.

Augustus hesita. "Tenho… total certeza."

"Agora, sumam daqui." - Mary diz.

"Ou teremos de expulsar vocês à força." - Emily diz.

Kaito fecha seus punhos e começa a ranger seus dentes. "Quer saber ?! Pra mim, já deu ! Se você não liga pra sua filha, eu não tô nem aí ! Mas aquela garota ali não é qualquer pessoa, é a garota que eu amo e pretendo passar o resto da minha vida com ela ! Eu vou fazer de tudo pra proteger a Èris..." - Ele põe uma pedra em sua luva. "…mesmo que isso signifique matar você."

"Ora, sua escória-" - Mary diz, sendo interrompida por Augustus.

"Desfaça a barreira." - Augustus diz.

As gêmeas olham para Augustus, espantadas.

"Mas, pai, se fizermos isso, não teremos forças para erguer outra !" - Emily diz.

"Eu sei muito bem das consequências. Mas é um risco que decidi tomar." - Augustus diz.

"Obrigada por entender." - Mira diz.

Augustus olha firmemente nos olhos de Kaito. "Se as palavras que me disse têm alguma verdade, eu peço encarecidamente que as cumpra. Por favor, salve minha filha e Mako."

Kaito solta um suspiro. "Viu só ? Quando rola uma conversa, as coisas fluem melhor. Devia tentar isso mais vezes."

Èris desvia de mais um golpe de Selaphiel. As pedra que saem no impacto são jogadas na direção dela. Èris corta as pedras com sua espada. "Hah… Hah… Eu… preciso aguentar só mais um pouco…"

Selaphiel rapidamente bate em Èris, que se defende com suas espadas, mas é jogada para trás. Èris se recupera do golpe. A criatura está na frente dela, preparando outro ataque. Selaphiel ataca novamente.

Èris põe suas espadas na frente do corpo. "Ugh... ! Eu não vou ceder para você... !"

De repente, uma explosão acontece em Selaphiel, fazendo a criatura se afastar de Èris. O grupo chega.

"Tudo bem com você ?" - Kaito pergunta. "Bom, é uma pergunta retórica, já que você tá aqui há um tempo, e não tá no melhor estado- Você entendeu."

"Kaito… ? Pessoal... ?" - Èris pergunta, confusa.

"A gente tem um dom de chegar à tempo." - Cirius diz.

"Luna fica feliz de ver amiga bem." - Luna diz.

Mira sorri. "Faz um tempo, não é ?"

"Olha, eu… sinto muito. Não devia ter deixado minhas emoções tomarem conta de mim." - Kaito diz.

"Eu é que peço desculpas. Em vez de fazer alguma coisa, eu só corri, como uma covarde. Deveria ter entendido sua dor e ficado ao seu lado." - Èris diz.

Kaito abraça Èris. "Vamos só dizer que os dois são idiotas e pronto, ok ?"

Èris abraça Kaito de volta. "Eu senti muito sua falta."

"Também, cavaleira. Também senti." - Kaito diz.

"Quando é que Luna vai ganhar um abraço assim, hein ?" - Luna pergunta.

"Arranja um namorado que ele faz isso pra você." - Cirius diz.

"Mas Luna já tem marido." - Luna diz. Ela tenta agarrar Cirius, que consegue desviar.

"Boa tentativa, mas eu já tô esperto !" - Cirius diz.

Mira limpa sua garganta. "Não acham que temos uma coisa mais importante aqui ?"

"Mira tem razão." - Luna diz.

"Fica aqui, cavaleira. A gente cuida disso." - Kaito diz.

"Nem pensar ! Eu vou proteger a terra que minha mãe amava custe o que custar." - Èris diz.

Kaito solta um suspiro. "Só não exagera."

O grupo corre na direção de Selaphiel. Mira começa a atirar na criatura e Kaito joga uma labareda nela, mas Selaphiel usa seu escudo para se defender. Luna se aproxima e soca a criatura. Selaphiel segura o ataque com seus braços debaixo. Luna se abaixa. Cirius pega impulso nas costas dela e ataca Selaphiel, que põe sua espada na frente. Os dois começam a competir. Selaphiel consegue jogar Cirius para trás. Èris se aproxima e ataca, mas a criatura se defende com sua espada novamente.

Èris força mais. "Nós vamos acabar com sua existência ! Pela glória desta terra sagrada !"

De repente, a espada de Selaphiel começa a ceder. Uma rachadura aparece nela. Em questão de segundos, a espada se quebra ao meio.

"Boa, cavaleira !" - Kaito diz.

"Essa coisa ficou mais fraca ! Vamos !" - Mira diz.

O grupo corre na direção de Selaphiel novamente. A criatura solta um grito estridente, fazendo todos pararem, e começa a bater no chão.

"COMO É QUE A GENTE FAZ ESSA COISA CALAR A BOCA ?!" - Kaito pergunta.

"EU NÃO FAÇO A MÍNIMA IDEIA !" - Èris diz.

"PORRADA ! PORRADA VAI FAZER ISSO CALAR A BOCA !" - Cirius diz.

Mira acerta o peito de Selaphiel, que para de gritar.

"Valeu…" - Luna diz, zonza.

"Saiam dos seus lugares ! Agora !" - Èris diz.

Todos se jogam para direções diferentes. Do chão, onde cada um estava, sai um feixe de luz.

"Essa foi por pouco." - Kaito diz.

Cinco humanoides de luz se formam. Cada um cria uma corrente e a prende no pescoço de alguém. Cirius tenta cortar sua corrente, mas não consegue.

"Luna ajuda marido !" - Luna diz. Ela soca a corrente de Cirius, que começa a agonizar.

"Ugh ! Isso dói pra cacete !" - Cirius diz.

"Como resolvemos isso, Èris ?" - Mira pergunta.

"Não faço a mínima ideia ! Essa coisa não fez isso, enquanto estávamos lutando !" - Èris diz.

"Era só o que me faltava..." - Kaito diz. "Pelo que parece, não dá pra arrebentar as correntes, ou você se machuca."

Mira está de braços cruzados, pensativa. Ela chega à uma conclusão. "Desculpa aí, pessoal !" - Ela atira em cada um dos humanoides.

"Ai ! Isso dói, sabia ?! Que droga foi essa ?!" - Kaito pergunta, bravo.

"Eu não senti quase nada." - Mira diz. "Isso significa que minha teoria tá certa. Quando o Cirius tentou atacar a própria corrente, não reclamou. Mas quando a Luna atacou, doeu pra caramba."

"Saquei onde você quer chegar ! Só nós podemos atacar nossas próprias 'sombras'. Se atacarmos a de alguém, essa pessoa recebe 100% do dano." - Kaito diz.

"Isso facilita as coisas." - Èris diz. "Mas não significa que não vamos receber nenhum dano. Então preparem-se pra se machucar."

"Isso não é nenhuma novidade, pra mim." - Cirius diz. Ele corre na direção de sua sombra. Quando chega perto, Cirius a ataca, mas a sombra pula para trás. Ele joga Yaldabaoth, mas a criatura desvia novamente. Cirius corre na direção da sombra, que se joga para o lado. Ele encosta a mão em sua espada. Um pilar de chamas roxas sai do chão, incinerando a sombra. A corrente em seu pescoço se quebra. Cirius se apóia em um joelho e põe a mão em seu rosto, em dor. "Gah ! Não devia ter atacado tão forte…"

Luna pula para trás. A sombra dela acerta um soco no chão, onde ela estava. Luna revida, socando a criatura, que pega seu punho e a bate no chão. Enquanto segura o punho de Luna, a sombra pisa no peito dela. Luna morde seu lábio, para aguentar a dor. Ela pega a perna da criatura e a torce, fazendo a sombra soltá-la. Luna rapidamente se levanta, pega sua sombra pelo rosto e começa a bater a cabeça dela no chão. Ela torce a cabeça, quebrando o pescoço. A corrente no pescoço de Luna desaparece. Ela fica ofegante e um pouco de sangue começa a escorrer de sua boca.

"É impossível você ser eu, não é nem um pouco bonito." - Kaito diz. Ele cria uma marreta de gelo. Sua sombra faz o mesmo. Os dois começam a se atacar. Kaito bate sua marreta com força, a quebrando. Ele põe outra pedra em sua luva. Kaito cria uma ventania, que joga os estilhaços de gelo na criatura. A corrente em seu pescoço desaparece. Algumas manchas de sangue aparecem nas roupas dele. Kaito pensa consigo mesmo. "Ugh ! Para de sangrar, corpo idiota ! Isso não foi nada."

Èris ataca sua sombra, que se defende com duas espadas de luz. A sombra ataca ela com força, a jogando para trás e corre na direção dela. Èris põe uma espada em sua boca, pega a outra ao contrário e se vira de costas. A sombra ataca. Èris se defende com a espada em suas costas e aproveita o impacto para se virar rapidamente, fazendo um corte no rosto da criatura. Ela pega a espada em sua boca e usa suas duas armas para cortar sua sombra ao meio. A corrente desaparece. Èris se ajoelha e cospe sangue. "Gah ! A… Aguenta firme…"

Mira começa a atirar em sua sombra, que faz o mesmo. As balas começam a ricochetear umas nas outras. Mira atira para cima. A criatura faz o mesmo. As balas se colidem. "Tch. Eu odeio gente que me copia." - Ela corre na direção da sombra. Mira chuta a cabeça da criatura, a jogando para o lado. A sombra se recupera e atira na direção dela. Mira põe suas bestas na frente, para se defender. Uma de suas armas acaba sendo jogada para cima. Ela atira em sua sombra. Que faz o mesmo. Mira dá um sorriso confiante e se abaixa. A bala dela acerta a da sombra e volta, indo na direção da besta de Mira. Quando acerta a arma, a bala ricocheteia e volta para a sombra, atravessando o peito dela. "Copiar ações é fácil. Quero ver copiar minha mente." - A corrente desaparece. Mira põe a mão em seu peito e se ajoelha.

Todos se levantam, ofegantes.

"Ugh ! Qual é, galera… ! Precisamos fazer alguma coisa… !" - Cirius diz.

"É mais fácil falar... do que fazer… !" - Kaito diz.

"Eu tenho… uma ideia…" - Èris diz. "Se conseguirem ganhar tempo… eu posso cortar aquilo ao meio… com meu Kekkai…"

"E as más notícias são... ?" - Mira pergunta.

"Só tenho forças... para mais um golpe… E aquilo precisa… ficar parado…" - Èris diz.

"Eu consigo… usar meu Kekkai… pra parar aquilo…" - Kaito diz.

"Luna vai… se esforçar ao máximo… para parar aquela coisa…" - Luna diz.

"Eu também..." - Cirius diz.

Selaphiel começa a rastejar rapidamente na direção do grupo.

"Então, vamos… É tudo ou nada…" - Èris diz.

Todos se preparam para atacar. De repente, uma parede de terra se ergue. Selaphiel acaba acertando essa parede e parando.

"Eh… ?" - Cirius diz, confuso.

Os moradores de Mako começam a rodear a cratera. Eles estão com armas em mãos. O povo de Mako começa a invadir a cratera e jogar suas armas em Selaphiel. A criatura põe seu escudo na frente, mas a quantidade de projéteis é maior e a acerta. Selaphiel se recupera e balança seu braço, jogando uma multidão para trás. Mesmo com o ataque, as pessoas continuam atacando a criatura.

"Mas o que é que esses idiotas tão fazendo !?" - Kaito pergunta, surpreso.

"Não é um vista muito recorrente, não é ?" - Uma voz familiar pergunta. Credo chega no local.

"Amor ! O que tá acontecendo aqui ?" - Mira pergunta.

"Um príncipe Igniano. Foi isso que aconteceu." - Credo diz.

Cirius inclina sua cabeça, confuso.

Credo se aproxima de Cirius. "Suas palavras tocaram mais do que apenas a consciência do povo de Mako, tocaram seus corações. Assim que vieram para cá, todos começaram a refletir as palavras que Cirius lhes disse e decidiram que Mako sofrerá uma drástica mudança. Todo e cada indivíduo merecerá e receberá uma segunda chance."

"Que bom que colocaram a mão na consciência, coisa e tal." - Cirius diz. "Mas isso não significa que eles têm de vir aqui ! Isso é suicídio ! E você podia muito bem ter parado esses caras."

Credo dá um leve sorriso. "Por acaso, consegue convencer uma matilha de que eles não devem caçar uma presa ?"

Cirius tenta dizer algo, mas não consegue. "Bom ponto."

"Tá aí a distração que você queria, cavaleira." - Kaito diz.

"Isso é..." - Èris diz, encarando a multidão lutar contra Selaphiel. Ela começa a chorar. "Isso é exatamente o que a mamãe queria… !"

"Mãe de Èris pode descansar em paz, agora." - Luna diz

Èris enxuga suas lágrimas. "Agora não é hora disso. Vamos acabar com essa coisa." - Ela fecha seus olhos e começa a respirar fundo.

"Heh, hora da minha parte." - Kaito diz. Ele estrala seus punhos e pescoço. Kaito dá um sorriso confiante e estala seus dedos. "Kekkai." - Ele desaparece, em uma nuvem de fumaça negra.

O grupo se assusta.

"E-Eh !?" - Mira diz, confusa.

"P-Pra onde Kaito foi !?" - Luna pergunta.

"Fascinante… Uma técnica de desaparecimento tão bem aperfeiçoada que…" - Credo diz. Ele força sua visão. "Como esperado. Eu sequer consigo vê-lo. Mas seu amigo deixou algo para trás."

"Como assim ?" - Luna pergunta.

"Há um fio aqui." - Credo diz.

"Fio ?" - Cirius pergunta.

"A olho nu, é impossível de se ver. Mas como possuo uma Visão Arcana, consigo detectar traços de magia espalhados pela atmosfera local." - Credo diz.

"Ele me ensinou essa habilidade e eu dei uma... aprimoradinha~" - Mira diz.

"Há um fio composto por magia aqui, estrategicamente passando por cada pessoa. Esta é a primeira vez que vejo alguém capaz de manipular a magia em seu corpo desta forma. Este amigo de vocês certamente é alguém muito intrigante." - Credo diz.

De repente, os braços e asas de Selaphiel são colocados para trás.

Kaito aparece atrás de Selaphiel, segurando um fio azulado. "Ei, rapaziada ! Me ajuda com isso aqui !"

Várias pessoas seguram o fio. Selaphiel tenta se soltar, mas Kaito e as pessoas seguram mais forte.

"Ugh ! O PALCO TÁ PRONTO ! BRILHA, CAVALEIRA !" - Kaito grita.

A multidão abre caminho. Èris solta sua respiração, abre seus olhos e começa a correr na direção de Selaphiel.

"Você consegue, Èris !" - O grupo diz.

Èris segura suas espadas mais firmemente, se aproxima mais de Selaphiel e pula. "Aeternum Tormentum !" - Ela desce, cortando a criatura ao meio. Èris faz outro corte, um horizontal, deixando o corte no formato de uma cruz de cabeça para baixo.

Silêncio e olhares repletos de ansiedade tomam o local.

Èris balança suas espadas, tirando o sangue nelas. "Que teu sangue seja usado para escrever um novo capítulo em Mako." - Ela guarda suas espadas nas bainhas em sua cintura.

No momento em que Èris guarda suas espadas, a criatura se rasga, onde ela fez os cortes. Os pedaços caem no chão. Todos começam a comemorar. O grupo, exceto Kaito, se aproxima de Èris.

"Yo ! Aquilo foi maneirasso ! E estiloso pra caramba !" - Cirius diz, maravilhado.

Èris se envergonha. "N-Não foi nada. Ehehehe..."

"Eu queria não fazer 'nada' que nem você." - Mira diz.

"Èris é incrível ! Èris é a nova heroína de Luna !" - Luna diz, animada.

"V-Valeu..." - Èris diz.

Credo se aproxima. "Meus mais sinceros parabéns. Não só demonstrou um exemplo de como os cavaleiros de Mako devem agir, como também se sacrificou por seu país sem pensar em consequências."

"Só cumpri meu dever, senhor." - Èris diz, se curvando.

"Sem sombra de dúvidas, alguém como você merece ser uma das Deidades de Mako." - Credo diz.

"Com todo respeito, senhor, mas eu terei de negar." - Èris diz.

O grupo se espanta.

"E-Essa é nova !" - Mira diz.

"Mas Èris sempre quis ser uma Deidade, não ?" - Luna pergunta.

"É uma Deidade, Èris !" - Cirius diz. "Qual é ! Não são cavaleiros normais ! São a elite da elite !"

Èris nega com sua cabeça. "Não vou ser uma Deidade porque Mako não precisa mais de ninguém pra se defender. Olhem em volta. Todas essas pessoas lutaram por um país quebrado e quase inexistente. Mako não precisa mais de ninguém para nada."

"É, acho que tem razão." - Cirius diz.

"Além disso..." - Èris diz. Ela começa a cair.

Kaito pega Èris com suas costas, antes que ela caísse. "Heh, meu relógio biológico de sempre chegar na hora certa ainda tá funcionando perfeitamente~"

Èris põe seus braços pelo pescoço de Kaito, para se segurar. "Bem na hora..."

"Eu vou sempre te levantar, quando cair." - Kaito diz.

Èris se aconchega mais em Kaito. "Obrigada por sempre me pegar…"

"Aw, se não é o casal mais fofinho que eu já vi~" - Mira diz. Ela se aproxima de Credo e encosta nele. "Podia ser a gente, né, amor ?"

"Peço que não faça isso na presença do seu irmão. Não gostaria de incomodá-lo." - Credo diz.

Cirius solta um suspiro. "Tá bom."

"Como ?" - Credo pergunta, confuso.

"Escuta cara, eu vou dizer isso só uma vez." - Cirius diz. "Eu dei… xo… Eu deixo… Eu…" - Ele não consegue dizer. Cirius respira fundo. "Eu deixo você namorar a minha irmã."

"Fico extremamente contente e grato com sua decisão. Miranda é uma mulher incrível, e ficarei eternamente feliz em passar minha vida ao lado dela." - Credo diz.

"Seu rosto não diz isso..." - Kaito diz.

"Poxa, maninho. Valeu mesmo." - Mira diz.

Cirius dá um sorriso confiante. Ele começa a rir de uma maneira maléfica.

"Uh… Qual a graça ?" - Mira pergunta.

"Seu idiota. Acabou de cair na minha armadilha." - Cirius diz.

"Cirius… O que você quer dizer com isso ?" - Èris pergunta.

"Eu acho que vocês se esqueceram de um pequeno detalhe. Meu nome é Cirius Esdeath, o que significa que minha irmã é a Rosaria. Então, você acabou de aceitar namorar com ela ! Ahahaha !" - Cirius diz.

Mira franze uma sobrancelha. "Eu… vou matar você."

"Ahahaha- Como é que é ?" - Cirius pergunta.

Mira pega suas bestas. "Eu vou matar você, moleque !"

Cirius começa a correr. "D-Desculpa ! DESCULPA !"

"VOLTA AQUI, SEU PIVETE ! EU VOU ACABAR COM A SUA RAÇA !" - Mira grita, com ódio.

Augustus, Mary e Emily chegam.

"Aqueles dois estão bem ?" - Augustus pergunta, apontando para Cirius e Mira.

"Nada fora do normal." - Kaito diz.

Silêncio toma o local.

Augustus limpa sua garganta. "Eu gostaria que você soltasse minha filha, por enquanto. É um pouco… estranho ter uma conversa à sério com ela assim."

"Compreensível." - Kaito diz. Ele põe Èris no chão.

"Então..." - Èris diz, desconfortável.

"Peço perdão, filha." - Augustus diz. "Acho que realmente exagerei muito em te proteger. É que não queria que minha melhor memória com Lucrécia desaparecesse da minha vida."

"Tudo bem, pai. Eu te entendo. Também não queria que mamãe desaparecesse." - Èris diz. "Mas eu tenho de fazer o que eu quero fazer. E, se for a decisão errada, que eu aprenda com ela."

"Eu… concordo." - Augustus diz.

"É bom ver uma família unida..." - Kaito diz para si mesmo. Ele põe a mão em um bolso em seu sobretudo.

"Só porque nosso pai decidiu gostar de você, não significa que vamos fazer o mesmo." - Mary diz.

"Isso mesmo. Continuamos achando que você é a parte podre da família." - Emily diz.

Èris começa a tossir para disfarçar. "Idem."

"Ora, sua !" - Emily diz.

"Meninas, por favor. Sem discussões." - Augustus diz.

"Eu nem me importo. Tenho uma coisa que vocês nunca vão ter mesmo~" - Èris diz.

"E o que é tão especial assim ?" - Mary pergunta.

"Um namorado que me ama muito por quem eu sou~♥" - Èris diz. Ela beija Kaito.

"Nós conseguimos um namorado também, se quisermos !" - Emily diz.

Èris dá um sorriso presunçoso. "Certeza ?"

"Vamos, irmã ! Vamos provar que ela está errada !" - Mary diz.

Emily e Mary vão embora.

"E lá se vão as duas." - Kaito diz.

Augustus limpa sua garganta. "Eu… admito que tive uma impressão errada sobre você, rapaz."

"Relaxa. Não é a primeira vez." - Kaito diz.

"As palavras e ações que teve... Conheci uma pessoa assim, antes. Acabei até me casando com ela." - Augustus diz. Ele se aproxima de Kaito e põe suas mãos nos ombros dele. "Eu confio a vida da minha filha em suas mãos."

"Péssima escolha." - Kaito diz. "MAS… Eu prometo que vou proteger ela com todas as minhas forças."

"Eu vou me lembrar dessa promessa." - Augustus diz. Ele solta Kaito.

Kaito solta um suspiro, aliviado. "Um pouquinho mais de pressão e eu ia explodir."

Èris abraça Augustus. "Obrigada, pai. Por tudo..."

"Não há de que, filha." - Augustus diz.

"Não é justo ! Luna continua solteira ! Luna quer marido também !" - Luna diz.


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