Millennium Odyssey: Réquiem do Último Solstício escrita por Aquele cara lá


Capítulo 27
Começo ao ataque final - Parte 3


Notas iniciais do capítulo

Três capítulos de Millennium Odyssey em uma semana ?????????????????



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Os navios atiram em Umibozu, mas as balas mal ferem o colosso. A criatura se vira para o navio de Vipera.

"Achou ruim ?! Tem mais de onde veio !" - Vipera diz. "Disparar !"

O navio dispara mais bolas de canhão. Elas acertam a cabeça de Umibozu.

"Bem na mosca !" - Vipera diz.

Nenhuma ferida é deixada na criatura, mas fica furiosa e levanta seus braços, preparando um ataque.

"Boa sorte com isso, babaca !" - Vipera diz.

Fulgur e Tiamat entram na frente.

"Mas não vai mesmo !" - Fulgur diz.

Tiamat bate sua cauda na cabeça Umibozu, fazendo a criatura perder um pouco seu equilíbrio.

"Você tá mexendo com os Black Lambs, otário ! Vai tomar uma porrada tão sinistra, que vai esquecer até que é um Wrath. Isso é, se você sair vivo, né." - Fulgur diz.

Tiamat aponta seu chifre para o peito de Umibozu e ataca, o enfiando na criatura. O colosso começa a ser eletrocutado e urra de dor.

"Hahaha ! É disso que eu tô falando !" - Fulgur diz.

De repente, Umibozu começa a aguentar os choques, pega Tiamat pelo pescoço e a tira de si, a imobilizando.

Fulgur tenta socar a mão da criatura, mas também acaba sendo pego. "Gah !"

"Ei, seu convencido idiota ! Eu já não falei pra não ficar fazendo gracinha na frente do inimigo ?!" - Mary diz, brava, mas preocupada. Ela se vira para seus marujos. "Tão fazendo o que parados aí ?! Atirem !"

"É melhor não, capitã…" - Um dos piratas diz.

"Tá contrariando sua capitã ?!" - Mary pergunta, brava.

"N-Não é isso, capitã ! É que… Bom, se acertarmos a Tiamat, vamos machucar ela." - O pirata diz. "E meio que é difícil não acertar ela, já que é bem grande."

Mary permanece em silêncio.

"Capitã ?" - O pirata diz.

"Tch. Droga ! Não temos o que fazer. Vamos ter que atacar pelas costas." - Mary diz.

"Mas nossos canhões não fazem efeito, capitã." - O pirata diz.

"ESSES CANHÕES não fazem efeito." - Mary diz. "Ainda temos o meu 'presentinho'~"

"Mesmo assim, ainda precisamos tirar Fulgur e Tiamat de lá, capitã." - O pirata diz.

"Detalhes." - Mary diz.

Umibozu levanta seus quatro braços restantes, preparando um forte ataque.

Enquanto isso. Claude está remando um barquinho. Ele chega em uma pequena ponte de madeira, sobe nela e amarra seu barco. O príncipe caminha por essa ponte, olhando para todos os lados. Há casa, mas elas estão vazias. Tudo está vazio. A única coisa que pode ser ouvida é o vento soprando pela grama, árvore e casas.

Claude respira fundo. "Tô de volta, amigo." - Ele continua caminhando. O príncipe passa por uma floresta com árvores de folhas vermelhas. Toma um pouco de água em um riacho. Para um pouco para observar a natureza, com um olhar nostálgico e triste. Ele continua sua caminhada, até chegar nas portas de um grande palácio. Claude abre as portas barulhentas e entra. Ele caminha perfeitamente pelo local, como se tivesse todos os lugares decorados perfeitamente em sua cabeça. O príncipe desce algumas escadas e chega em uma área mais aberta, com um lago.

No meio desse lago, há uma pequena ilha com uma gloriosa árvore de cerejeira com flores douradas, que emitem um leve brilho. Há algumas pétalas das flores flutuando graciosamente no lago. Sentado ao lado da cerejeira, está um homem bem musculoso, com várias cicatrizes pelo seu corpo, de cabelo longo prateado, usando uma máscara demoníaca vermelha, com chifres amarelos, uma camiseta branca toda rasgada, com as mangas arrancadas à força, calças feitas de saco e usando uma corda como cinto. Ao lado desse homem, está uma bainha feita de escamas negras, com um cabo roxo nela, fincada no chão.

Claude assobia e começa a andar despreocupadamente pelo local. "Rapaz, vô te contar, hein. Esse lugarzinho daqui é esquisito. É meio tranquilo, mas se tu soubesse da quantidade de coisa ruim que já rolou aqui…"

O homem mascarado pega a bainha, a retirando do chão e se levanta, revelando sua grande altura.

"Credo. Eu tô ficando cego, ou tem duas árvores aí ?" - Claude pergunta, zombando do homem.

O homem mascarado pula da ilha e cai na frente de Claude, fazendo o chão tremer um pouco.

"Usando um pouquinho do cérebro, dá pra saber que você me queria vivo, se não, teria me matado quando teve a chance. E você teve uma boooa chance." - Claude diz. "Então, é a opção A: você quer me perguntar alguma coisa. Ou opção B: você é muito ruim em matar pessoas ?"

"O que busco não são respostas, mas sim confirmações." - O homem mascarado diz.

"Ótimo. Um gigante pensador." - Claude diz. "Alguém já te disse que você é assustador ? Tem uns dois metros e meio de altura. Chegaram a te confundir até com um Wrath."

"Sabe o que tem de fazer." - O homem mascarado diz. Ele puxa o cabo, retirando uma katana com uma lâmina com um tom escuro e forte de rosa, quase como sangue rosado.

"Opa, opa, opa, amigão ! Calma lá !" - Claude diz. "Bom, já que você não quer nada, beleza. Mas… eu quero. Primeiro, eu quero sentir minha lâmina entrando na sua carne e fazendo você sofrer pelo que fez comigo. DAÍ, quero umas respostas. Eu só conheço três pessoas que conseguem usar essa espada. Uma, tá em Jangal. A outra, tá na sua frente. E a última, tá morta. Então, você vai me dizer exatamente onde aprendeu a usar ela e como aprendeu a usar ela. Segundo, vai me dizer como é que tem um humano vivendo em Éden. Porque eu sei muito bem que você não é daqui. E, terceiro, como é que eu consigo uns músculos desses ? Você é fortão, cara."

"Deixe que nossas lâminas escolham quem é o merecedor da verdade." - O homem mascarado diz.

Claude pega Sabaoth. "Com essa atitude, você deve ser solteiro."

Mira desesperadamente puxa Momotarō e Galadriell para fora da água. "Vocês estão bem !?"

"…Não sinto… meu corpo…" - Momotarō diz.

"…Perdão, Miranda… Mas acho que… vai ter de carregar… nossos corpos…" - Galadriell diz.

"Eu vou matar aquela coisa !" - Mira diz, brava. Ela corre até o lago e pula em uma vitória-régia.

"…Não... ! Não deixe… o ódio te consumir… !" - Momotarō diz.

Mira atira para cima. "Sai daí, seu troço nojento !"

A água começa a tremer.

"…MIRANDA... !" - Galadriell grita.

A enguia abre sua boca e pula para fora da água com força, fazendo ela respingar para todos os lados. Surpreendentemente, o animal não foi atrás de Miranda, mas sim do tiro que ela deu. Miranda é jogada para fora do lago. Água respinga no peito e nas pernas dela. Mesmo com todas essas adversidades, ela dá um sorriso confiante. De repente, uma barreira de cristais coloridos, parecido com um vitral, se forma, prendendo a criatura.

"Eh… ?" - Momotarō diz, confusa.

"…Crystallum Testudine…" - Mira diz. Ela junta suas bestas, formando uma arma ainda maior, e começa a carregar um tiro. "Morre logo de uma vez, praga." - Mira atira, sendo jogada para trás pela força. Ela bate em uma árvore e cospe sangue.

O tiro atravessa a criatura e quebra a barreira. A enguia cai no lago, solta um último grito de dor e morre. Seu corpo começa a desaparecer lentamente, até que vai embora por completo. A água se limpa e fica cristalina.

Momotarō começa a mexer seu corpo. "Finalmente…" - Ela se levanta. "Aquilo foi impressionante. Como ela sabia o que fazer ?"

Galadriell se levanta. "A senhorita Miranda sempre foi muito engenhosa e inteligente. E a habilidade de percepção dela é incrível."

Mira começa a se levantar. "Ugh… Tenho que maneirar na dose disso… Quase quebrei minha coluna…" - Ela sente uma dor nas costas. "Gah ! D-Deixa quieto… Acho que quebrei sim…"

Galadriell e Momotarō se aproximam dela.

"Tudo bem, Miranda ?" - Galadriell pergunta, preocupada.

"Mais ou menos…" - Mira diz.

"Como sabia que seu plano ia dar certo ?" - Momotarō pergunta.

"Simples. Eu não fazia a mínima ideia." - Mira diz, com um sorriso em seu rosto.

"Uh… Colocou sua vida em risco à toa ?" - Momotarō pergunta.

"Também não é assim." - Mira diz. "Eu percebi que aquele troço não era tão cego assim quando fizemos o plano. Em vez de ir para o pedaço de madeira, ele foi direto na sua direção. Especificamente na SUA direção. O que você tem de diferente da gente ? Pensei que poderia ser porque você é meio Wrath, mas isso não faria sentido. Então foi quando percebi que era porque você era a única que tinha encostado na água."

"Mas o que encostar na água tem haver com tudo isso ?" - Galadriell pergunta, confusa.

"E é aí que eu tenho total direito de falar o quão boa caçadora eu sou." - Mira diz, cheia de si. Ela limpa sua garganta. "Viram como aqueles cristais brilhavam um pouco ? Era porque eles emitiam uma leve energia. Essa energia ressoava com a gosma e a enguia sentia onde a gosma estava. O que significa que nem veneno era. Era só a energia eletrocutando seus nervos que causava a paralisia. Pode parecer ridículo, mas existem alguns peixes que fazem coisas quase iguais."

"Natureza é uma coisa interessante, não ?" - Galadriell diz, com um sorriso em seu rosto.

"Fico muito grata que isso tudo tenha acabado." - Momotarō diz. "Agora, só precisamos achar o mestre Genbu e ele colocará o selo novamente."

Mira se lembra de algo e se desespera. "Ih ! É mesmo !" - Ela corre até o lago e pula nele. Mira volta com Genbu. "Hah… Hah…"

"Mestre Genbu !?" - Momotarō diz, surpresa.

"Ele tava dentro da barriga daquela coisa ! Até esqueci de falar !" - Mira diz.

"E-Essa não ! Espero que esteja tudo bem !" - Momotarō diz, nervosa.

Genbu tosse e começa a acordar. "Ugh…"

Momotarō solta um suspiro, aliviada. "Graças aos Dez…"

"Rostos familiares... Finalmente…" - Genbu diz.

"O que aconteceu com o senhor ?" - Galadriell pergunta.

"Fiquei sabendo sobre o que aconteceu com os Mahamatra e os animais e vim resolver o problema, mas acabei bebendo a água por engano e o resto não deixa muito a se imaginar." - Genbu diz. "Realmente achei que estava perdido. Ainda bem que vocês vieram."

"Bom, sua preocupação acabou." - Mira diz. "Acha que consegue fazer o selo ?"

"Não subestime esta velha tartaruga, jovenzinha. Ainda tenho muito mais força em mim do que parece." - Genbu diz.

Enquanto isso, em Laut.

"SEGUREM-SE NO QUE CONSEGUIREM !!!" - Mary grita.

Umibozu bate seus dois braços livres na água com força, jogando todos os navios em volta de si para o alto.

"C-Capitã, o que vamos fazer !? Little Lamb não vai aguentar o impacto dessa queda !" - Um pirata diz, desesperado.

"…Tch. A melhor coisa que podemos fazer é rezar para Ddraig nos mandar pra um lugar que não seja tão ruim." - Mary diz, não querendo aceitar a situação em que se encontra.

O pirata se desespera.

Mary fecha seus olhos e pensa. "…Eu só queria poder ver meu Deckerzinho mais uma vez, antes de bater as botas..."

Pouco a pouco, os gritos de medo dos piratas vão parando.

Mary lentamente abre seus olhos. "…Huh-"

Magicamente, as águas do oceano estão mantendo os navios no ar. Essas águas se transformam em caminhos, levando as embarcações de volta ao mar em segurança.

"Mas o quê... ?" - Mary se pergunta, confusa.

"EI ! VOCÊS ESTÃO BEM ?" - Uma voz feminina pergunta.

"Capitã !" - Uma pirata na proa do navio diz, apontando para a frente.

Mary corre até essa pirata. Na frente do navio, está Vega. Em cima da água.

"NÃO SE PREOCUPEM, EU SOU UMA ALIADA ! DECKER PEDIU PARA EU VIR AQUI !" - Vega diz.

"VALEU PELA AJUDA ! TODOS OS AMIGOS DO MEU DECKERZINHO SÃO BEM-VINDOS !" - Mary diz.

"CUIDADO !" - Vipera diz, chamando a atenção de Vega.

Umibozu junta duas mãos para socar Vega.

"Não mesmo !" - Vega diz. Ela junta água em cima de si, formando uma barreira.

Umibozu soca a barreira, mas não consegue quebrá-la. O colosso começa a forçar.

"…Ugh… ! Não… vai… ser… tão... fácil... !" - Vega diz, forçando o máximo possível. Ela consegue empurrar as mãos de Umibozu para trás.

Umibozu rapidamente se recupera e volta a socar Vega, que faz outra barreira para se segurar. Ela se joga para cima com água e finca sua guandao no braço de colosso. Vega usa isso para se jogar em cima do braço. Ela começa a correr até a cabeça da criatura. O colosso tenta tirar Vega com sua outra mão, mas ela se joga para fora do braço.

Vega joga sua guandao dentro do oceano. "Qinglong !"

Qinglong toma sua forma de dragão serpente e começa a absorver a água do oceano, ficando maior, do tamanho de Umibozu.

Vega cai em cima da cabeça da cabeça de Qinglong. "Chegou a nossa hora de entrar na ação, parceiro !"

Umibozu tenta pegar Qinglong, mas o dragão se esgueira habilidosamente pelos seus braços e os prende com seu corpo.

"Agora, parceiro !" - Vega diz, pulado para fora de Qinglong.

Qinglong bate o que restou de seu corpo no peito de Umibozu com força, criando uma forte ventania.

A ventania joga Vega para perto dos outros dois braços de Umibozu, que estão segurando Fulgur e Tiamat. "Estilo Dìguó Hóngliú: Qiān Zhēn Yǔ !"

Água do oceano rapidamente se junta em cima de Umibozu. Essa água toma o formato de diversas agulhas grandes. As agulhas são disparadas nos dois braços do colosso, cuidadosamente evitando Fulgur e Tiamat. Umibozu agoniza de dor e acaba soltando os dois. Eles se recuperam e rapidamente voltam a ação. Qinglong usa a parte livre do seu corpo para bater em Umibozu novamente, se solta e pega Vega em sua cabeça.

Vega acaricia a cabeça de Qinglong. "Bom trabalho, parceiro."

Fulgur se aproxima de Vega. "Huh, tem um dragão também, mas não é uma Quetzal. Essa é novidade."

"Depois eu explico. Agora, precisamos acabar com essa coisa." - Vega diz.

Fulgur dá um sorriso confiante. "Uma garota de atitude e prioridades. Gostei de você." - Ele dá um leve toque na cabeça de Tiamat. "O que acha ?"

Tiamat dá um rugido alto.

"Essa é a minha garota ! Se falou, tá falado ! Simbora, Tiamat ! Vamo arregaça esse desgraçado !" - Fulgur diz.

Umibozu bate suas quatro mãos juntas, criando uma forte onda de vento. Vega rapidamente cria uma parede de água, protegendo todos. A onda bate na parede, a dissipando. Vega transforma os resquícios da parede em agulhas e as joga no peito de Umibozu. Tiamat morde um dos braços do colosso, enquanto Fulgur soca o peito. Os dois espalham raios pelo corpo de Umibozu, que são amplificados pelas agulhas de Vega. Umibozu agoniza e acaba franquejando. Qinglong se joga para o céu. O dragão toma o formato de um arco e flecha.

Vega começa a se concentrar. "Estilo Dìguó Hóngliú: Jīliú Jiàn !" - Ela dispara a grande flecha de água na direção do peito de Umibozu.

Umibozu se recupera. O colosso junta todas as suas forças e segura a flecha.

"Mas não vai mesmo !" - Fulgur diz. "Tiamat !"

Tiamat junta raios em sua boca e dispara uma rajada na flecha, a empurrando mais e eletrocutando. Mesmo agonizando de dor, Umibozu continua se segurando o máximo que consegue.

"D-Do que essa coisa é feita !?" - Vega diz, assustada.

De repente, várias explosões acontecem no corpo de Umibozu.

"OS PIRATAS BLACK LAMBS NÃO SÃO CONHECIDOS POR DESISTIR FÁCIL, SEU MARINHEIRO DE ÁGUA DOCE DESGRAÇADO !" - Vipera grita.

"O MAR É NOSSO, NÃO DE UM CARANGUEJINHO QUE NEM VOCÊ !" - Mary grita.

"ISSO AÍ !" - Os piratas gritam.

Um pirata se aproxima de Mary. "Capitã ! Siren Song está pronto !"

Mary dá um sorriso confiante. "Bota meu bebê pra funcionar agora mesmo."

O pirata bate continência e vai embora. A boca do crânio de bode no navio de Mary se abre. Um grande canhão prateado, com detalhes dourados e rosas desenhadas nele, sai dela. Mary aponta esse canhão para a flecha. Energia começa a se juntar no canhão.

"O MAR NÃO É LUGAR PRA AMADORES, SEU TROÇO NOJENTO ! VOLTA PRA POÇA DE ONDE VOCÊ VEIO !" - Mary grita.

O canhão termina de juntar energia e dispara um forte bala, empurrando o navio de Mary para trás. A bala acerta a flecha. Umibozu não tem tempo de reagir, e a flecha atravessa seu peito sem nenhum esforço, acertando o mar e jogando muita água para cima. O corpo do colosso cai, imóvel, no oceano e começa a afundar lentamente, até não sobrar mais nada em cima da água.

Uma grande onda se forma, por causa da flecha.

"…Oh…" - Mary diz, olhando a onda se aproximar rapidamente. "…Isso, uh… não tava nos planos…"

Vega rapidamente cria uma parede e segura a onda. Ela solta um suspiro, aliviada. "Quase…"

Tiamat vai até Little Lamb e se senta no navio. Fulgur desce de sua amiga.

"Cacete ! Eu achei que você tava brincando, quando disse que esse seu brinquedo novo fazia barulho !" - Fulgur diz, impressionado.

"Heh, eu sou uma mulher de impressões." - Mary diz, confiante.

Vipera chega. "Vou te contar, capitã, esse seu namorado tem jeito pra melhorar navios."

"Qualquer presente do meu querido Deckerzinho é maravilhoso, não é~♥" - Mary diz, soltando um suspiro apaixonado.

Vega dissipa a parede de água e vai até o navio de Mary. Qinglong volta a ser pequeno. Ela faz carinho na cabeça de seu parceiro. "Você foi muito bem, amigão. Juntos, somos imbatíveis."

Qinglong se esfrega em Vega, alegre.

"Aliada estranha, você." - Vipera diz. "Tu tem uma competição, raiozinho."

"Pfftt ! Nenhum dragão é mais maneiro que a Tiamat !" - Fulgur diz, se gabando. "MAS... !" - Ele se vira para Vega. "Vocês não são tão ruins assim."

"Parem de atormentar a garota, seus idiotas !" - Mary diz, dando um soco na cabeça de Fulgur e Vipera.

"F-Foi mal, capitã !" - Fulgur e Vipera dizem.

"Como eu já disse, todo amigo do meu querido Deckerzinho é muito mais do que bem-vindo nos Black Lambs." - Mary diz. "E aí, qual teu nome ?"

"É Vega." - Vega diz. "Esse aqui é o Qinglong. Meus amigos me contaram sobre vocês. São uma tripulação incrível !"

"Os melhores de toda Bastion Spei !" - Os piratas dizem.

"Tão animadinhos demais pro meu gosto !" - Mary diz, brava. Ela se acalma. "É brincadeira. Dessa vez, eu deixo exagerarem na comemoração."

Os piratas começam a comemorar.

"V-Vocês definitivamente são um grupo bem… peculiar." - Vega diz.

"Bom, já que você tá aqui. Vamos tomar uma e contar umas fofocas umas pras outras." - Mary diz.

"E-Eu adoraria, mas não posso aceitar. Meus amigos ainda precisam de mim." - Vega diz.

"Heh, meu queridinho e a tripulação dele não descansam nunca. Tenho que ensinar ele a tirar um dia de folga." - Mary diz. "A gente vai ficar por aqui, cuidar pra que ninguém tente mais nenhuma gracinha por essas águas e ajudar quem se feriu. Se precisar de qualquer coisa, é só chamar nessa concha esquisita que eu ainda não faço ideia de como funciona- Butch !"

Um pirata gordo se aproxima. "Sim, capitã ?"

"Como é que esse troço funciona de novo ?" - Mary pergunta, confusa. Ela solta um suspiro, indignada. "É por isso que eu odeio mexer com tecnologia e essas coisas. É muito mais fácil sair por aí atirando. Por isso que eu preciso da minha Rosariazinha querida. Vô te falar, ô garotinha esperta, hein."

"…Sobre isso…" - Vega diz, cabisbaixa.

"O que foi ?" - Mary pergunta.

"…A Rosaria… Ela…" - Vega diz. Ela respira fundo. "…Ela deu a própria vida para proteger um amigo…"

Todos param de comemorar e ficam em silêncio.

O silêncio continua por alguns instantes, até Mary soltar um suspiro. "Meu velho costumava me dizer 'Mary, minha menina. Piratas afogam as mágoas na cachaça pra ser mais fácil quando as mágoas vierem afogar eles.' Nunca entendi o que ele quis dizer, até começar juntar minha própria tripulação. Ele era um cara maneiro. Sempre colocava o navio na frente do mar, como a minha mãe gostava de dizer. Bom, quando não tava bêbado feito um golfinho cheirando baiacu. Me ensinou que morrer é parte de viver. Não dá pra fugir." - Ela abaixa seu chapéu, cobrindo seu rosto. "…Mesmo que seja difícil de aceitar..."

"Eu aposto que ela tá arregaçando todos os otários, onde quer que nossa florzinha esteja." - Vipera diz.

"Heh, e você ainda tem dúvidas ?" - Fulgur diz.

Mary respira fundo, se recompondo. "Que conversa idiota ! Ela é uma capitã dos Black Lambs ! Óbvio que tá metendo a porrada em qualquer um que entrar na frente dela !" - Ela se vira para os piratas. "Escutem, cambada de imprestáveis ! Nós vamos proteger essas águas até toda essa confusão acabar ! E, depois disso tudo, vamos festejar tanto que nossa irmã vai ouvir de onde ela estiver !"

"Certo, capitã !" - Os piratas dizem. "Pela capitã Rosaria !" - Eles começam a comemorar.

Mary solta um suspiro, desapontada. "Eu falei pra comemorar depois que a gente terminar aqui, seus idiotas…"

Enquanto isso, em Salji.

Kaito termina de conversar com um Wrath canino e vai embora. Ele se aproxima de Èris, que também termina uma conversa. "Novidades ? Porque eu não descobri nada."

"Na verdade, sim. Essa última pessoa com quem eu falei disse que comprou carne com Zieks hoje e me disse onde fica a barraquinha dele." - Èris diz.

"Então simbora !" - Kaito diz.

Os dois vão embora. Eles caminham por alguns minutos, até chegarem em uma barraquinha vazia, com algumas carnes nela.

Kaito rola seus olhos. "Por que eu não tô surpreso ?"

"Ele fugiu ! Precisamos achá-lo, antes que faça mais vítimas !" - Èris diz.

"O culpado não fugiu." - Kaito diz. "Muito pelo contrário, ele tá bem…" - Ele pega uma pedra e a joga em um beco.

Essa pedra incendeia um lixo. De perto desse lixo, sai um Wrath urso branco humanoide, usando um avental cheio de sangue, e segurando Louche em um braço, com um cutelo apontado para a garganta dele. As pessoas em volta percebem a situação e começam a se desesperar.

"P-P-Para trás ! Não cheguem perto de mim, suas farsas !" - Zieks diz, ameaçando todos com o cutelo.

"Ugh ! N-Não machuque ninguém, por favor !" - Louche diz, assustado.

"Essa não ! Louche está em perigo !" - Èris diz. Ela corre para ajudar seu amigo.

"Louche- N-Não ! Espera aí, cavaleira !" - Kaito diz.

Èris joga uma de suas espadas em Zieks e acerta sua pata, fazendo ele soltar o cutelo. Ela se aproxima e o derruba no chão, nocauteando Zieks. As pessoas começam a bater palma, parabenizando Èris. Louche dá um sorriso maléfico. Ele pega Èris pelas costas e a imobiliza.

"Ugh ! Louche !?" - Èris diz, surpresa.

"Heh, não devia virar as costas pro inimigo." - Louche diz. Ele pega uma faca. "Ninguém chega perto ! Ou a garganta dela já era !"

Kaito solta um suspiro. "Eu não tava falando do urso esquisito aí, cavaleira. Tava falando desse otário. ELE é o verdadeiro inimigo."

"Confesso que estou surpreso. Descobriu minha identidade rápido demais." - Louche diz.

"Você escondeu bem, mas nenhum crime é perfeito." - Kaito diz.

Èris se debate, mas não consegue se soltar. "Louche ! O que pensa que está fazendo ?!"

"Eu tenho o prazer de explicar, cavaleira. Esse cara aí é um dos subordinados de quem tá no comando de toda essa maluquice de destruir os selos." - Kaito diz. "Não é tão difícil assim de perceber. Pô, qual é ! O cara, literalmente, ajudou mais gente do que os Dez. Não acha meio estranho que um desconhecido ia querer ficar tanto assim com as pessoas ? É pra manipular a memória delas mais fácil. Toda vez que a gente ia fazer alguma coisa, ele pedia pra ajudar sem nem saber o que era. Nem a Luna é assim. E olha que ela ajuda até animal."

"Grande coisa ! E daí que você descobriu minha identidade ? Eu ainda tô no controle da situação !" - Louche diz.

Kaito solta um suspiro. "Detesto ter que admitir, mas você tem razão."

"Me ajuda, Kaito !" - Èris diz.

Kaito dá de ombros. "Não tem nada que eu possa fazer."

"Eu vou matar os dois, refazer a memória desses idiotas e não vai mais existir ninguém pra me impedir !" - Louche diz. Ele pega a pedra que Kaito deu. "O que acha de ver sua namoradinha morrer pelas suas próprias mãos ?"

"Isso não seria uma situação legal. Seria traumática, eu diria." - Kaito diz. "Mas, se eu fosse você, não fria isso. No momento que chegar à um centímetro dela, vai morrer."

Louche se enfurece. "Seu convencido de merda ! Morre !" - Ele bate a pedra em Èris, mas, antes que encostasse nela, o braço de Louche para de se mexer. Seu pescoço é torcido.

Kaito dá de ombros. Ele põe as mãos nos bolsos de sua calça. "Gente teimosa não aprende nunca."

Louche acaba soltando Èris. "M… Mas… como… ?"

Kaito tira uma mão do bolso e estala os dedos. O fio azul dele aparece em volta do pescoço de Louche e amarrado mão do criminoso.

"…N… Naquela hora… na pousada…" - Louche diz, bravo.

"Eu disse, não disse ?" - Kaito diz. Ele joga uma pedra dentro da boca de Louche e puxa o fio, fazendo ele socar o próprio rosto e engolir a pedra.

Louche começa a ficar vermelho e inchar.

Kaito olha seriamente nos olhos de Louche, sem nenhum remorso, compaixão ou pena. "Eu disse que ia fazer o desgraçado queimar vivo."

"…K… KAITO-" - Louche implode.

"Ugh ! Droga ! Esqueci que disse que ia ver ele queimar lentamente, não rápido !" - Kaito diz. Ele dá de ombros. "Nah. Tanto faz. O que importa é que acabou, e que, daqui a pouquinho, a memória de todo mundo vai voltar."

Èris se aproxima de Kaito. "…Isso era parte do seu plano… ?"

"Duh. Claro que era." - Kaito diz. "Heh, eu sou um gênio, eu sei. Não precisa me agradecer."

"Grr ! Você colocou minha vida em perigo sem me avisar, seu mané !" - Èris diz, furiosa. "Nakaitokura Hexallem ! Você é um homem morto !"

"Eeekkk ! F-Foi mal, cavaleira ! Desculpa !" - Kaito diz, assustado. Ele começa a correr.

Èris corre atrás dele, com suas espadas em mãos.

Enquanto isso, em Shāmò.

Shenhe desvia de um ataque de Huli Jing, que cria uma ilusão e a ataca novamente. A serpente também desvia desse ataque, junta chamas em sua katana e as joga na Wrath. Cirius dispersa essas chamas com suas próprias. Ele corre na direção da inimiga e a ataca. Shenhe se defende do ataque. Os dois começam a forçar.

Shenhe dá um sorriso confiante. "Nada mal, pivete. Mas você ainda é só um humano patético." - Ela dá uma cabeçada em Cirius, fazendo a ferida dele sangrar.

Cirius fraqueja. Shenhe aproveita essa oportunidade para desarmar ele, jogando Yaldabaoth para trás. Ela o pega pelo pescoço e joga ele na lava.

"Cirius !" - Huli Jing diz, desesperada. Ela vira raposa e se joga na lava. A Wrath pega impulso em uma parede e se joga para cima, conseguindo resgatar Cirius, e cai na plataforma. "Tudo bem ?"

"Mais ou menos…" - Cirius diz.

Huli Jing volta a forma humana e ataca Shenhe, que também se defende.

"Todo esse tempo que passou com humanos te deixou fraca. Começou a considerar eles como 'amigos', 'familiares'. Você é uma Wrath !" - Shenhe diz. "Humanos não passam de uma raça inferior com complexo de superioridade ! Acham que são melhores que todos só porque estão em maior número !"

"Não fale come se nos conhecesse ! Você não sabe o fardo que os Wrath carregam !" - Huli Jing diz, brava.

As das começam a trocar golpes.

"Luna precisa ajudar marido… !" - Luna diz, preocupada.

Cirius gesticula para a garota parar, antes mesmo dela fazer um movimento. Ele se levanta, ofegante. "Eu tô bem, Luna... Se preocupa… em ajudar… a Suzaku..."

Luna fecha seus punhos, frustrada. "Por quê... ? Por que Luna tem de ser tão inútil assim... ?!"

"Tá tudo bem. Nem todo mundo é um herói o tempo todo." - Suzaku diz.

"Não é só isso…" - Luna diz. "Marido chamou Luna de emotiva e compulsiva… E, por mais que Luna odeie, Luna admite que é… Não é a primeira vez que isso acontece… Uma vez, Luna…" - Ela pensa em algo. " Será que…"

Luna se lembra de uma conversa que teve com Leona, quando era criança. A mulher está treinando socando uma árvore.

"Mamãe é muito forte ! Luna quer ser forte igual mamãe quando Luna crescer !" - Luna diz.

Leona para. Ela limpa o suor em sua testa e solta um suspiro. "Huh, isso é inesperado. De onde veio isso, filha ?"

"É que a mamãe tá sempre batendo em caras maus, ajudando as pessoas e sendo super legal !" - Luna diz. Ela para de sorrir. "E, se Luna fosse mais forte, o papai não iria…"

Leona faz carinho na cabeça de Luna e sorri. "Filha, infelizmente, não existe força nesse mundo que consiga salvar todos. Alguma hora, coisas ruins vão acontecer e você não vai poder fazer nada para evitar."

Luna fica cabisbaixa.

"…Mas…" - Leona diz.

Luna levanta sua cabeça.

"Se você perguntar pra mim, força de verdade vem daqui." - Leona diz, apontando para o peito de Luna. "Você pode ser forte o suficiente para levantar Kalian inteira do chão, mas essa força não vai servir de nada se você não tiver alguém importante aqui. Bom, outras coisas também vem do coração, mas você é muito emotiva para eu te ensinar isso. É muito perigoso."

Luna também se lembra do que Cirius disse.

"Tudo que eu sei é que se ela ficar muito brava, o sangue começa a ferver e os músculos ficam mais fortes." - Cirius diz.

"É isso… !" - Luna diz. "Agora Luna entendeu-" - Ela acaba caindo e começa a agonizar.

"O-O que foi !?" - Suzaku pergunta, surpresa e preocupada.

Luna começa a se levantar. "Ugh… ! Tá ficando pior…"

"Se eu conseguir Ōdenta de volta, consigo curar o que você tiver-" - Suzaku diz, sendo interrompida por Luna.

"Luna não precisa…" - Luna diz. Ela respira fundo. "Alguém importante que Luna queira proteger… Marido… Moça raposa… amigos… Stella…" - De repente, um pouco de fumaça começa a sair da boca dela. As veias de Luna começam a ficar mais vermelhas e saltadas. Seus olhos também ficam vermelhos.

"Uh… Eu devia ficar preocupada… ?" - Suzaku pergunta, confusa e um pouco assustada.

Luna se olha. "Então essa é a sensação de estar no controle de Antim Sansaadhan, huh ? Eu me sinto mais… quente ? E não sinto mais aquela coisa dentro de mim- Agora não é hora disso ! Meus amigos precisam de mim !" - Ela pega uma pedra e joga em Shenhe.

A pedra passa raspando pelo braço da serpente. "Quem foi ?!" - Ela vê Luna. "Você !"

"Você não vai mais machucar meus amigos !" - Luna diz.

"Aquilo é..." - Cirius diz, vendo o estado de Luna. Ele sorri. "Ela conseguiu."

"Se quer tanto assim morrer, vai ser a primeira !" - Shenhe diz, furiosa. Ela corre na direção de Luna.

"Volte aqui-" - Huli Jing diz, sendo impedida por Cirius.

"Deixa. Eu confio nela." - Cirius diz.

Luna corre na direção de Shenhe. Ela pega Yaldabaoth e se defende de um ataque. "Eu vou te dar uma chance pra desistir."

"Vai a merda, sua mestiça desgraçada !" - Shenhe diz. Ela dá uma cabeçada em Luna, mas quem se machuca é ela mesma. "E-Eh !?"

"Seu aviso foi dado." - Luna diz.

"Convencida desgraçada !" - Shenhe diz.

As duas começam a trocar golpes com as suas lâminas. Elas acabam forçando demais e jogando suas espadas para trás. Luna soca Shenhe, mas a serpente desvia e revida com um soco na barriga dela. Ela também dá um soco na nuca de Luna, a derrubando no chão. Antes de cair, Luna se recupera, se apóia em suas mãos e chuta a cabeça da serpente, a jogando na parede do vulcão violentamente. Todo o local treme brevemente. Shenhe se recupera e volta a plataforma. Ela pega Ōdenta e corre da direção de Luna novamente. Quando chega perto, começa a atacar, mas Luna desvia dos golpes. Luna dá um mortal para trás, pega Yaldabaoth e põe a espada em suas costas, se defendendo de outro ataque. As duas trocam golpes com suas espadas novamente. Elas forçam e se empurram para trás.

"Hah… Hah… Patético… ! Você não é… forte o suficiente… para me vencer… !" - Shenhe diz, ofegante. Ela prepara um golpe.

"Você tem razão. Desse jeito, não vou conseguir te vencer." - Luna diz. "Então…" - Ela soca o chão com força, despedaçando a plataforma.

"L-Luna ! Ficou maluca !? A gente vai morrer !" - Cirius diz.

"E o selo irá junto !" - Huli Jing diz.

"Era só o que me faltava !" - Suzaku diz, brava.

"Ahahaha ! Sua garotinha estúpida ! Pra mim, isso não faz diferença ! Mesmo que eu morra, o selo vai junto ! Cumpri meu dever ! E vocês vão junto comigo !" - Shenhe diz.

"Muito pelo contrário. Você foi a única que falhou." - Luna diz.

De repente, os destroços começam a subir e reformar a plataforma. Todos, menos Shenhe, também são puxados para cima e voltam à plataforma.

"M-Mas o quê !? I-Isso não é possível !" - Shenhe diz, desesperada. "Não ! NÃO-" - Ela cai na lava e começa a derreter.

"Uh… Luna… ?" - Cirius diz, confuso.

"Eu não estava lutando contra ela. Todo esse tempo, só estava jogando o máximo de poeira que conseguia em vocês para poder puxá-los de volta. Como Shenhe não estava usando roupas e poeira não gruda em escamas, não tinha como ela voltar." - Luna diz.

"Um jeito criativo de usar sua habilidade, devo dizer." - Huli Jing diz.

"Qual é, raposinha ! Ela quase me matou do coração !" - Suzaku diz, brava.

Luna sorri. "Algumas vezes, para enganar o inimigo, você tem de enganar seus aliados."

"Minha namorada é um gênio. Bom, essa versão dela." - Cirius diz.

Fumaça começa a sair do corpo de Luna. "Ah ! Antes que eu perca a memória ! M lembre de respirar fundo e pensar em você, amor !"

"Ok..." - Cirius diz, confuso.

Luna cai. Cirius pega ela em seus braços, antes que acertasse o chão. Ele solta um suspiro, aliviado. "Quase…"

"Marido… ?" - Luna diz, percebendo onde está.

"Ainda não controla direito, mas pelo menos você acordou rápido, dessa vez." - Cirius diz.

"Luna se sente bem melhor…" - Luna diz.

Huli Jing está tentando esconder um leve sorriso atrás de um livro.

Cirius nota a ação dela. "Você sabia, né ?"

Huli Jing limpa sua garganta e tira o livro de seu rosto. "Mas é claro. Eu jamais colocaria um discípulo meu em perigo por nenhum motivo."

Cirius levanta uma sobrancelha.

"…de novo…" - Huli Jing diz, disfarçadamente. "Mesmo que ela não conseguisse usar sua habilidade, não coloquei células o suficiente para corrompê-la. Só causar dano temporário." - Ela dá um leve sorriso sádico. "O que é a vida sem um pouquinho de sofrimento agonizante, não é mesmo ?~"

Um arrepio corre pelo corpo de Cirius. "Huh, do nada, me veio um medo de ficar perto de você."

Enquanto isso, em Onigashima.

Claude pula para trás. O homem mascarado cai onde ele estava, fincando Muramasa no chão. Ele puxa a katana com força, jogando pedaços do chão para cima. Claude pula nesses pedaços e começa a chutá-los para o homem, que os corta facilmente com Muramasa. O homem mascarado põe a espada na frente do corpo, se defendendo de um ataque de Sabaoth. Ele percebe que é apenas a espada. Claude cai atrás do homem, que se vira, mas não consegue se defender de um chute na cabeça. Ele é jogado para trás, mas consegue se recuperar. Imediatamente, o mascarado se defende de um ataque do príncipe. Os dois começam a colidir suas lâminas rapidamente. O barulho de metal colidindo ecoa pelo vazio local. Ambos forçam, jogando um ao outro para trás.

"Hah… Hah… Nada mal, coroa… !" - Claude diz, ofegante.

"Se cansou apenas com isso ? E você ainda tem a decência de se chamar de Grão-Mestre ?" - O homem mascarado pergunta.

Claude dá um sorriso confiante. "Tá falando muito cedo, não ?"

Uma foice de gelo vem rodando rapidamente, atrás do homem mascarado. Ele põe Muramasa em suas costas. A foice atinge a katana e se quebra ao meio.

Um pedaço é jogado em Claude, que move sua cabeça para o lado levemente, desviando. "Tch. Você já tá começando a encher meu saco, coroa."

O homem mascarado corre na direção de Claude. Quando chega perto, ele ataca, mas o príncipe consegue desviar. Claude põe sua espada perto de seu pescoço, se defendendo de um ataque. Ele revida com um chute, mas o mascarado consegue pegar sua perna e jogar o príncipe no chão. Claude rola para o lado, desviando de um soco. Ele agarra o homem mascarado pelo braço com todo seu corpo e o derruba no chão. Os dois se levantam, pegam suas espadas e voltam a se golpear. O homem mascarado consegue fazer Claude fraquejar, o pega pelo rosto e joga ele em uma parede com força, fazendo ele cuspir sangue. Claude se recupera do impacto e pula para o lado, desviando de um golpe. Ele revida com um golpe, que o homem consegue defender. Os dois se empurram para trás.

Claude cobre a lâmina de Sabaoth com chamas roxas. Ele olha seriamente para o homem mascarado. "Amigo ou não, eu não vou deixar você quebrar o selo. Vou te parar, nem que eu precise te matar."

"Essa é determinação que eu queria ver." - O homem mascarado murmura para si mesmo. Ele prepara um ataque.

Claude também se prepara. Os dois correm na direção um do outro e atacam. Sabaoth é lançada para fora das mãos de Claude e se finca no chão.

Claude cai de joelhos. "Gah !"

"Nosso duelo foi decidido." - O homem mascarado diz.

"…Digo o mesmo..." - Claude diz.

O homem mascarado pula para trás. De repente, um pilar de chamas roxas sai do chão, acertando o braço dele. Ele deixa Muramasa cair no chão. "Ugh !"

Claude se levanta e pega Sabaoth. "Últimas palavras ?"

"Nada mal, garoto." - O homem mascarado diz. Ele se levanta. "Esperava mais de você, mas já vi tudo que precisava."

"Eu quero respostas, coroa. Agora. Não me faz ter que te bater de novo." - Claude diz.

O homem mascarado pega uma gaita prata, com detalhes chiques dourados e verdes, e a entrega para Claude. "Essas são todas as respostas que vou te dar. Agora toque."

"Tá ficando gaga ? Eu não faço a mínima ideia de como se toca isso, velhote !" - Claude diz, encarando a gaita confuso.

"Improvise uma música." - O homem mascarado diz.

"Tu é esquisito, hein, velhote." - Claude diz. Ele põe a boca na gaita e começa a explorar o instrumento. Pouco a pouco, nota por nota, o príncipe começa a entender como funciona. Em questão de segundos, Claude começa a tocar uma música melancólica.

O homem mascarado fica em silêncio, ouvindo o jovem tocar.

Claude termina. Ele fica surpreso com isso. "Eh… ? Essa é nova..."

Lágrimas caem do rosto do homem mascarado.

"Você tá legal, cara ? E, como é que sabia que eu sei fazer isso ?" - Claude pergunta, confuso.

"Me faça um favor, garoto. Toque essa música, de vez em quando. Ela vai gostar de ouvir." - O homem mascarado diz.

"Do que você tá falando ?" - Claude pergunta.

O homem mascarado põe a mão no ombro de Claude. "Continue com essa determinação. E, garoto…"

O vento sopra, balançando o cabelo dos dois e espalhando algumas pétalas douradas em volta deles.

"..saiba que nós estamos orgulhosos de você. Principalmente eu." - O homem mascarado continua. Ele vai embora. "A propósito, olhe debaixo do instrumento."

Claude vira sua gaita. "Eh ?"

Há algumas palavras desgastadas pelo tempo no instrumento, mas duas estão visíveis: "From: M" e "To: O".

"Eu não faço ideia do que isso significa !" - Claude diz. "E trata de voltar aqui ! Não terminei minhas perguntas !"

"Quando souber o significado dessas palavras, suas perguntas serão respondidas." - O homem mascarado diz. "E não se preocupe com esse lugar. Eu vou dizer para aquele pirralho que não existe mais jeito de quebrar os selos."

"Espera, cara ! Uma respostas ! Eu só preciso de uma resposta !" - Claude diz.

O homem mascarado para. "…Sim…"

Claude começa a chorar. O homem mascarado volta a andar. Ele guarda Muramasa na bainha, a finca do lado da cerejeira e desaparece em um portal.

Mesmo com lágrimas em seu rosto, Claude começa a rir. Ele se ajoelha e soca o chão. "Aquele desgraçado ! Eu vou fazer questão de arrebentar sua cara, pelo que fez com a gente ! Mas, primeiro…" - Ele segura a gaita com mais força. "…preciso descobrir o que essas palavras significam." - O príncipe se recompõe e se levanta. "Claro, depois que eu encher a barriga com comida gostosa e bebida gelada."


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