Millennium Odyssey: Réquiem do Último Solstício escrita por Aquele cara lá


Capítulo 26
Começo ao ataque final - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Dois capítulos de Millennium Odyssey em uma semana ? É um milagre dos Dez :)



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Rosaria chega perto de Vega. Há alguns machucados no corpo dela, e a jovem está ofegante. "Hah… Hah… Sinto muito por ter me afastado por mais tempo, hoje. Mais Wrath apareceram do nada- Mas não precisa se preocupar ! Eu dou conta deles !"

"Tudo bem… com você... ?" - Vega pergunta. "Se quiser, Qinglong pode-" - Ela é interrompida por Rosaria.

"Não precisa !" - Rosaria diz. "A-Ah ! Perdão por ter elevado minha voz. É que eu me curo sozinha. Não preciso que se esforce mais ainda para me ajudar."

"Ultimamente… você vem se esforçando demais… Não faz bem… para o seu corpo…" - Vega diz.

"Não precisa se preocupar com isso, doutora. A única coisa boa sobre meu corpo é que ele se cura rápido..." - Rosaria diz.

"Isso é verdade…" - Vega diz.

As duas ficam em silêncio, não achando um tópico para conversar.

Esse silêncio é quebrado por Rosaria. "…Doutora, eu estive pensando…" - Ela fecha seus punhos. "SE eu conseguisse achar um catalisador forte o suficiente, em quanto tempo Claude estaria bem ?"

"Hmm… Se eu conseguisse... usar a magia da maneira correta… Claude estaria recuperado… imediatamente..." - Vega diz.

"Essa possibilidade não acontecerá." - ??? diz.

Uma figura misteriosa completamente coberta por um manto negro aparece.

"Precisa de ajuda, senhor ?" - Rosaria pergunta.

"Seria de grande ajuda se vocês perecerem." - A figura misteriosa diz.

Enquanto isso. Cirius, Luna e Huli Jing estão andando pelo pequeno vilarejo.

"Nenhum sinal de Suzaku ainda." - Huli Jing diz.

"Tudo bem com você ?" - Cirius pergunta para Luna.

"Luna está bem…" - Luna diz. Ela põe mão na frente da boca e cospe um pouco de sangue. Algumas gotas são negras.

"I-Isso não é normal, Luna !" - Cirius diz, preocupado.

"Luna e marido precisam se preocupar em ajudar povo daqui…" - Luna diz.

Um homem com uma bainha vermelha chega, ofegante. "Hah… Hah… Finalmente te encontrei, mestra Huli Jing... !"

"Qual o problema ?" - Huli Jing pergunta.

"É… o selo… ! Hah… Hah… A mestra Suzaku está lutando contra o inimigo agora, tentando proteger o selo ! E ela acabou perdendo Ōdenta !" - O homem diz.

"Isso é preocupante." - Huli Jing diz. "Discípulos, precisamos ir imediatamente."

"Andar mais ?" - Cirius reclama. "Pra onde agora ?"

Huli Jing aponta para o vulcão.

"T-Tá de brincadeira com a minha cara !" - Cirius diz, assustado.

"O selo de Shāmò está dentro do vulcão." - Huli Jing diz.

"Eu-" - Cirius diz, imediatamente se interrompendo. Ele solta um suspiro de desistência. "Eu não tenho escolha, né ?"

A Wrath da um leve sorriso. Os três começam a ir para o vulcão, até chegarem na entrada de uma caverna.

"Caverna estranha foi feita por pessoas…" - Luna diz.

"Exatamente. Isso é uma mina. Shāmò possui uma incrível variedade e quantidade de minérios e pedras preciosas." - Huli Jing diz.

"Huh, não é a primeira vez que a gente vai numa cidade dessas, né, Luna ? Artemis era igualzinha." - Cirius diz.

"Luna jamais esqueceria de quando conheceu marido…" - Luna diz, forçando o melhor sorriso que consegue.

"Toma cuidado, tá ?" - Cirius diz, preocupado.

"Luna vai…" - Luna diz.

Eles entram na mina. O local é escuro, iluminado apenas por tochas. Os passos do trio ecoam pelo local. Conforme vão andando, as coisas vão ficando mais abafadas, e esquentando cada vez mais.

"Tá um pouquinho quente aqui, não acha... ?" - Cirius pergunta.

"É o que acontece quando se aproxima de um vulcão." - Huli Jing diz.

"Tudo bem com você, Luna ?" - Cirius pergunta.

"Luna é resistente ao calor… Além disso, por mais estranho que pareça, Luna não se sente tão ruim agora…" - Luna diz.

"Huh, estranho…" - Cirius diz. Ele vê um leve sorriso de Huli Jing, que volta a sua feição seria, quando vê seu aluno a olhando. "Então... Não seria legal se a gente conversasse mais sobre essa habilidade da Luna pra ver se conseguimos pensar em alguma coisa juntos ?"

"Isso seria uma ótima ideia." - Huli Jing diz. "Melhor ainda, se conseguir colocar esta habilidade em prática."

Morcegos grandes, com barrigas redondas, começam a vir na direção deles. Cirius se abaixa, desviando de um. Huli Jing rapidamente tira sua espada da bainha e corta outro facilmente ao meio.

"N-Não... !" - Luna diz, preocupada.

"Algum problema ?" - Huli Jing pergunta.

"São Bakumori… !" - Luna diz. "Bakumori vivem em cavernas e comem coisas que fazem eles…"

O morcego que Huli Jing cortou explode. A entrada da caverna e coberta por pedras e o local começa a desabar.

"A mina entrou em colapso !" - Huli Jing diz, preocupada. Ela se transforma em raposa. "Subam, e segurem firme !"

Cirius ajuda Luna a subir e também sobe em Huli Jing, que começa a correr. O desabamento começa a alcançá-los. Eles chegam em um grande buraco.

"Consegue pular até o outro lado !?" - Cirius pergunta, desesperado.

"Não precisamos. O caminho é para baixo." - Huli Jing diz. Ela pula no buraco e cai em uma pedra. A loba começa a pular entre pedras nas paredes, descendo. Pedras começam a cair. Cirius corta uma. Luna soca outra.

"Se preocupe em achar o caminho, mestra !" - Cirius diz.

"Luna e marido dão conta do resto… !" - Luna diz.

"Obrigada." - Huli Jing diz. Ela continua descendo, enquanto é protegida.

Finalmente, Huli Jing chega no fundo. Muito mais pedras começam a cair. Cirius joga suas chamas para todos os lados, brevemente iluminando o local. Não há nenhuma escapatória. Huli Jing volta a sua forma humana, cria clones e começa a cortar as pedras.

"E agora, mestra !?" - Cirius pergunta, preocupado.

Luna começa a bater levemente em todos os lados.

"Abrir mais buracos não vai resolver, Luna !" - Cirius diz.

"Se esse lugar é uma mina, então Luna tem quase certeza que…" - Luna diz. Ela encontra algo. Luna soca uma parede com força, revelando outro túnel. Ela entra nesse túnel. "Por aqui !"

"É melhor isso dar certo !" - Cirius diz, seguindo sua amiga.

Huli Jing faz o mesmo. As pedras restauram a parede que Luna socou, a fechando. Um tremor e um alto barulho acontecem, mas para rapidamente.

"Huh, eu tinha esquecido que suas manoplas fazem isso." - Cirius diz.

"Bom trabalho encontrando outro túnel. Sabia que conseguiria. E esse foi mais um dos meus testes." - Huli Jing diz.

Cirius e Luna levantam uma sobrancelha.

Huli Jing limpa sua garganta. "Avante, meus discípulos. Não podemos perder tempo."

O trio volta a andar. O chão começa a ficar mais quente conforme caminham. Muito distante, alguns barulhos podem ser ouvidos. Os três correm mais, até chegarem no fim do túnel e verem uma plataforma de pedra sendo sustentada acima da lava por quatro correntes negras. Nessa plataforma, estão se confrontando Suzaku e uma serpente humanoide vermelha. A serpente está com a espada de Suzaku em mãos. O trio corre por uma corrente, até chegar na plataforma. Cirius joga Yaldabaoth na serpente, que rapidamente se vira e se defende, jogando a espada para cima. Luna pega impulso nas costas de Cirius, se joga até Yaldabaoth e começa a deferir golpes. A serpente se defende de todos eles e consegue jogar Luna para trás. Huli Jing rapidamente avança na direção da serpente, com Mikazuki Munechika em mãos, e desfere um golpe poderoso, mas a inimiga consegue se defender. A plataforma treme com o impacto das lâminas.

Luna e Cirius se aproximam de Suzaku.

"Tudo bem com moça empregada… ?" - Luna pergunta.

Apesar do cansaço e das óbvias feridas pelo seu corpo, Suzaku sorri. "Hah… Hah… Eu tô maravilhosamente bem… !"

"Descansa. A gente cuida das coisas agora." - Cirius diz.

"…Eu ainda tô inteira, carinha..." - Suzaku diz.

Cirius nega. "Para de mentir ! Tá na cara que você tá caindo de cansaço !"

Suzaku encara o jovem. Ela solta um suspiro. "Tá bom.." - A Wrath se senta no chão. "…Justo quando as coisas começam a esquentar…"

"Presumo que não seja uma Korgen normal. Sinto energia de Wrath em você." - Huli Jing diz.

"Esperta demais, pra alguém tão fraca." - A serpente diz, com um perturbador sorriso confiante em seu rosto. Ela empurra Huli Jing para trás. "O nome é Shenhe. E eu vou ser a próxima a governar essa joça toda."

"Ha ! Vai nessa ! Você não presta pra governar nada !" - Cirius diz.

"É isso que vocês, humanos, dizem ! No fim, todos vocês são podres ! Acham mesmo que EU vou ceder primeiro ? Boa sorte !" - Shenhe diz, brava. Ela se vira para Huli Jing. "E você é uma traidora ! Se juntou com esse lixo !"

"Moça serpente tá falando do quê… ?!" - Luna pergunta, brava.

"Tch. Todos vocês são um bando de lixos ! E vão todos morrer pra mim, a nova rainha de toda Bastion Spei !" - Shenhe diz. Ela avança na direção de Huli Jing.

"Luna, eu fico aqui, enquanto você cuida da Suzaku, beleza ?" - Cirius pergunta.

"Mas Luna consegue lutar… !" - Luna diz.

"Eu sei, Luna. Mas nenhuma das duas tá na melhor condição pra lutar." - Cirius diz. "Além disso…" - Ele hesita, por um instante, mas decide dizer. "Você é... muito emotiva, Luna. Deixa muito as emoções te controlarem. Se acabar entrando em Antim Sansaadhan sem querer e fizer um movimento errado, todos nós vamos morrer."

Luna permanece em silêncio, cabisbaixa.

Cirius faz carinho na cabeça dela. "É pro seu próprio bem, tá." - Ele corre para ajudar Huli Jing.

Enquanto isso.

Decker atira em Umibozu. Seus canhões não fazem muito efeito no colosso. O capitão fecha seus punhos, frustrado. "Se continuarmos assim, isso não chegará à lugar algum. Mas o que podemos fazer ?"

Seiryu pula em Sunbreak. "Eu gostaria de dizer que trago boas noticias, meu amigo, mas temo que terei de desapontá-lo."

"Aconteceu alguma coisa ruim ?" - Decker pergunta.

"Na verdade, não sei dizer ao certo." - Seiryu diz. "Mandei um dos meus homens para cada ilha, para me reportarem a situação. Todos já me responderam, exceto o homem que mandei para Salji. Considerei a possibilidade de ser apenas uma demora na comunicação, mas Salji é a ilha mais próxima daqui."

"Kaito, Èris e Byakko estão em Salji, se não me engano." - Decker diz. "Acha que podem estar em perigo ?"

"Não posso dizer ao certo." - Seiryu diz. "Mas eu não creio que uma batalha esteja acontecendo. Meus homens são bem competentes no campo de batalha, e, mesmo que alguma coisa acontecesse com ele, Byakko e seus amigos também tem uma concha, poderiam se comunicar."

"Isso é verdade. Essa situação é realmente esquisita…" - Decker diz, pensativo. "Mas o que podemos fazer ? Não podemos deixar o campo de batalha."

"Infelizmente, é uma situação complicada…" - Seiryu diz, frustrado.

Umibozu levanta suas mãos novamente.

"Droga ! Mais um desses !" - Decker diz. Ele corre até a proa do Sunbreak e protege o navio com a água.

O colosso bate suas mãos no escudo com força.

"Ugh !" - Decker diz.

"Tudo bem ?" - Seiryu pergunta.

"S-Sim ! É apenas um pouco difícil de segurar toda essa força gigantesca. Mas nada que eu não dê conta." - Decker diz.

De repente, Umibozu revela uma de suas mãos que escondeu em suas costas. A criatura fecha seu punho e se prepara para socar.

"Um ataque surpresa !?" - Decker diz, surpreso.

"Não se preocupe ! Eu consigo defender !" - Seiryu diz.

"Mesmo que consiga, a força do impacto vai fazer Sunbreak virar !" - Decker diz. "Se eu soltar o escudo, tanto Sunbreak, quanto os outros navios vão afundar."

"Não deixarei seu precioso navio ser destruído." - Seiryu diz.

"Não temos outra escolha ! Se fizermos qualquer outra coisa, todos acabarão se ferindo, ou pior !" - Decker diz. "Eu posso sempre construir um novo Sunbreak, mas não se podem fazer novas vidas !"

Seiryu abaixa sua cabeça em respeito a Decker, mas ainda frustrado. "Você é um verdadeiro capitão. Sinto orgulho de tê-lo como amigo."

Umibozu soca. Os dois se preparam para o impacto. De repente, um rugido alto pode ser ouvido. Algo cai do céu, acertando o colosso em cheio e o eletrocutando. Umibozu dá um urro de dor e para seu ataque.

"Só um segundo… Eu conheço esse barulho…" - Decker diz.

"Heh, qual é, imperador ! Cadê a sede de vitória ?" - ??? pergunta.

Fulgur e Tiamat aparecem.

"Um Dragão Puro !?" - Seiryu pergunta, surpreso.

"São aliados." - Decker diz. "Bom te ver de novo, amigo ! Mas como me encontrou ?"

"Como NÃO te achar ? Tá sempre metido em alguma confusão !" - Fulgur diz. "Além disso, a capitã tá te seguindo !"

Algumas explosões acontecem em Umibozu, desequilibrando um pouco a criatura. Little Lamb e os outros navios começam a aparecer.

"YOOHOO~♥ ACHEI VOCÊ, MEU DECKERZINHO !!!" - Mary berra, acenando despreocupadamente para Decker com um sorriso amoroso em seu rosto.

"Seus amigos não poderiam ter chegado em uma hora mais fortuna, Decker. A sorte está ao nosso lado." - Seiryu diz.

"Fulgur ! Eu vou precisar de um favor !" - Decker diz. "Preciso que vocês ajudem os Bainhas Carmesim, enquanto eu e Seiryu ajudamos nossos outros amigos !"

"Beleza, capitão !" - Fulgur diz.

"Estou contando com vocês !" - Decker diz. Ele corre até a cabine de controle, vira Sunbreak e vai embora.

"Meu amorzinho tá fugindo de mim... ?" - Mary se pergunta, triste.

Fulgur se aproxima do navio dela. "Levanta a cabeça, capitã ! O imperador disse que aquele ali é nosso próximo alvo !"

"Eu sabia que meu fofinho não ia me abandonar~♥" - Mary diz. Ela limpa sua garganta. "PAREM DE FICAR À TOA, CAMBADA DE VAGABUNDOS ! AQUELA COISA É NOSSO ALVO, E A RECOMPENSA É A GRATIDÃO DESSE POVO !"

Os piratas se animam. "VAMOS MATAR ESSA COISA !"

Enquanto isso. Momotarō, Mira e Galadriell estão caminhando pela floresta, na beira do enorme rio.

"Estamos chegando ? Eu já tô cansada de andar…" - Mira diz.

"Paciência, senhorita Miranda. Considere isso como um treino." - Galadriell diz, com um leve sorriso em seu rosto.

"Pra você é fácil falar ! Tem treinamento de elite !" - Mira diz, brava.

Galadriell limpa sua garganta. "Detalhes."

Momotarō dá uma leve risada, se divertindo com a briga boba de suas companheiras. "Sim, estamos quase chegando na fonte de Avidya."

Elas caminham mais um pouco. Passam por algumas subidas, descidas e voltas, até chegarem em um enorme lago de água escura, com algumas grandes vitórias-régias.

Ao ver o lago, Momotarō imediatamente corre para perto dele, preocupada. "Não ! Não ! Não ! Não ! Não !"

Mira e Galadriell rapidamente se aproximam dela.

"Alguma coisa errada !?" - Mira pergunta, preocupada com a reação da sua amiga.

"O selo já foi quebrado, e a fonte está quase completamente corrompida !" - Momotarō diz.

"Chegamos tarde demais ?" - Galadriell pergunta.

"Não, ainda temos tempo. Eu só preciso restaurar o selo." - Momotarō diz. Ela põe sua mão na água.

Mira nota um leve brilho verde dentro da água escura. Ela rapidamente puxa suas amigas para longe da água. De repente, do lago, pula uma grande criatura parecida com uma engia com uma boca cheia de grandes dentes humanos, sem olhos, com o corpo coberto por uma gosma negra e com alguns cristais verdes espalhados pelo corpo. A engia cai de volta no lago, espirrando água para todos os lados. Momotarō corta o chão com sua espada, criando uma barreira de terra que absorve essa água.

"Tá todo mundo legal ?" - Mira pergunta.

"Graças a você." - Galadriell diz.

"Heh, meu Kekkai é bem útil numa hora dessas." - Mira diz, orgulhosa de si.

"Aquela água pingou em alguém ?" - Momotarō pergunta.

"Em mim, não." - Mira diz.

"Idem." - Galadriell diz.

Momotarō solta um suspiro, aliviada. "Ainda bem…"

"Qual o problema ?" - Mira pergunta.

Momotarō balança a mão que colocou na água. Ela está mole. "O veneno de paralisia não só faz efeito quando é ingerido, mas também quando entra em contato com a pele."

"Essa não ! Você está bem ?" - Galadriell pergunta.

"Me parece que o veneno só se espalha pelo corpo inteiro se for ingerido. Desde que não caia na boca, só precisaremos nos preocupar com grandes quantidades em contato com nossa pele." - Momotarō diz.

"E como é que a gente vai enfrentar essa coisa sem encostarmos na água ?" - Mira pergunta.

"Infelizmente, não podemos." - Momotarō diz.

Galadriell põe a mão em seu queixo, pensativa.

"No que tá pensando, general ?" - Mira pergunta, curiosa.

"Por um breve momento, eu vi que a criatura não possui olhos. Então, diria que é seguro assumir que é cega." - Galadriell diz. "O que significa que deve nos rastrear de alguma maneira."

"Isso é uma boa pergunta..." - Mira diz.

"Possivelmente, pelas movimentações na água." - Momotarō diz.

"É a hipótese mais provável." - Galadriell diz.

"Ainda significa que não podemos ficar na água." - Mira diz.

"Mas pelo menos é uma confirmação de que estamos seguros na terra." - Momotarō diz. "Meu plano é o seguinte: duas de nós vão para aquelas vitórias-régias, enquanto uma distrai a criatura na borda. Quando ela pular para fora da água, as duas no lago atacam."

"Eu não tenho nenhum plano, então acho melhor usar o seu." - Mira diz.

"Concordo." - Galadriell diz.

"Eu posso ficar na borda. Caso dê tudo errado, consigo usar minhas bestas pra puxar as duas pra mim." - Mira diz. Ela pega suas bestas, cria munições com corda e amarra nas duas. "Prontinho~"

"Não tenho objeções." - Galadriell diz.

"Certo. Então, vamos começar." - Momotarō diz.

Mira pega um longo graveto e começa a mexer na água com ele, levemente. "Kekkai…" - Ela começa a monitorar as ações da criatura. "Parece que está interessada, mas ainda não sabe se quer vir."

"Ótimo. Continue mantendo ela interessada no graveto." - Momotarō diz.

Galadriell e Momotarō começam a subir vagarosamente nas plantas, sem fazer muitos movimentos bruscos.

"Por enquanto, nada. Ainda tá no graveto." - Mira diz.

"Estamos à uma boa distância. Pode começar a atrair a criatura." - Galadriell diz.

"Beleza." - Mira diz. Ela começa a balançar a madeira mais forte, fazendo mais movimento na água.

A engia começa a nadar para cima.

"Preparem-se-" - Mira diz, se interrompendo quando nota que, na verdade, a criatura está indo na direção das outras garotas. "Droga ! Tá indo pra vocês !"

O balanço da água acaba fazendo Momotarō e Galadriell se desequilibrarem e caírem na água.

Enquanto isso. Kaito e Èris estão caminhando tranquilamente.

"Precisamos ir para a pousada daqui a pouco. Não se esquece, hein." - Èris diz.

"Eu nunca ia esquecer de uma coisa dessas." - Kaito diz.

Uma comoção começa. Pessoas se juntam em um lugar.

"O que será que aconteceu ?" - Èris pergunta, curiosa.

Kaito dá de ombros. Os dois vão até a multidão. No meio dela, eles encontram Decker e Seiryu, um pouco feridos.

"Capitão !?" - Kaito diz, surpreso.

"…Vocês dois… Ainda bem…" - Decker diz, ofegante, mas com um sorriso aliviado em seu rosto. Ele acaba desmaiando.

Seiryu junta o máximo de forçar que consegue para falar. "…De… mô… nio… p… r…a… t… C… u… i… d… a…" - Ele também acaba desmaiando de fraqueza.

"Essa não ! São nossos amigos ! Precisamos de ajuda !" - Èris diz, desesperada.

"Alguém aqui sabe usar magia de cura ?" - Kaito pergunta.

Um jovem de cabelo longo prateado, amarrado em rabo de cavalo, olhos verdes, vestindo uma camiseta preta, um sobretudo cinza aberto, calças marrons, botas de couro e um par de óculos levanta sua mão.

"Eu sei usar magia de cura !" - O jovem diz.

"Louche ! Você nunca me desponta, amigo !" - Kaito diz.

Louche se aproxima dos dois. Ele acaba tropeçando em si mesmo e caindo na frente de todos. "Ugh !"

Èris ajuda o jovem a se levantar. "Tudo bem com você ?"

"E-Eu tô legal…" - Louche diz. Ele ajeita seus óculos. O jovem chega perto dos dois feridos e começa a usar magia neles. "Pronto. Consegui parar o sangramento. Mas o resto vai ter de ser feito pelos corpos deles."

"Vamos levar os dois para a pousada." - Èris diz.

"Mas a gente acabou de-" - Kaito diz, se interrompendo quando Èris olha para ele com raiva. Ele desiste e solta um suspiro. "Beleza..."

Kaito e Louche pegam Decker, enquanto Èris e um homem pegam Seiryu. Eles os levam para a pousada que estavam indo. Chegando lá, vão para o quarto e colocam Decker e Seiryu em uma respectiva cama.

Èris agradece o homem pela ajuda e ele vai embora. "Agora eu posso cuidar dos ferimentos deles."

"Me deixa ajudar. Também sou bom com isso." - Louche diz.

Èris nega com um sorriso. "Agradeço a ajuda, mas você já fez demais por nós. Agora, os dois vão pra fora." - Ela expulsa Kaito e Louche do local e fecha a porta na cara dos dois.

"…Ugh… Sua esposa é educada demais…" - Louche diz.

"Mas até que ela tem razão. Você tá ajudando a gente demais, cara." - Kaito diz. "Precisa dar uma relaxada. Você já tá na LODKDGF."

"Uh… E isso é bom… ?" - Louche pergunta, confuso.

"Claro que é ! Essa é a famosa Lista Oficial Do Kaito De Gente Fina ! Qualquer um nessa lista é praticamente uma das pessoas mais legais do mundo- Depois de mim, é claro." - Kaito diz.

"V-Valeu…" - Louche diz, tímido.

"Bom, é melhor eu começar a me preparar." - Kaito diz.

"Preparar ?" - Louche pergunta, confuso.

"Duvido muito que minha gata vai deixar isso barato. E, honestamente…" - Kaito diz. Ele solta um suspiro. "…por mais que eu esteja com preguiça, tô mais é com vontade de fazer o que quer que seja que tenha atacado meus amigos queimar vivo. Lentamente."

"Eu te ajudo na investigação !" - Louche diz, confiante.

"Não tô afim de te meter nisso, carinha." - Kaito diz.

"Mas eu quero ajudar." - Louche diz. Ele fecha seus punhos. "…Sei bem como é perder alguém importante. Não quero ver ninguém passar por isso…"

Kaito permanece em silêncio, por alguns segundos. Ele dá um sorriso confiante. "É assim que eu gosto de ver, amigão !"

Èris chega. "Terminei de fazer os curativos. Com o remédio que a dona da pousada me deu, as feridas devem ficar boas até amanhã."

"E é aí que a gente começa a investigação." - Kaito diz. Ele limpa sua garganta. "Primeiro, amor..."

"Sabia que você ia me pedir por isso, então já verifiquei pra você~♥" - Èris diz. Ela também limpa sua garganta. "Como eu já disse, as feridas vão se curar rápido. Então, não foram profundas. Na verdade, rasgaram a pele deles só até o ponto onde começariam a sangrar. O que causou o desmaio foi a grande perda de sangue."

"Ótimo. Isso já elimina várias possibilidades e suspeitos." - Kaito diz. "Agora…"

"Sim... Aquelas coisas esquisitas que Seiryu disse." - Èris diz.

"Tenho quase certeza de que ele disse alguma coisa tipo 'Demônio. Prat. Cuida.', o que não soa com nenhum termo que eu conheça." - Louche diz.

Èris põe a mão em seu queixo, pensativa. "Hmm… Demônio eu até entendo, mas essas duas me parecem estranhas… Parece que ele não conseguiu terminar elas."

"Assumindo que ele não tenha conseguido terminar, as palavras poderiam ser 'prata' e cuidado 'cuidado'." - Kaito diz.

"Faz sentido. Ele pode estar tentando avisar a gente de alguma coisa." - Èris diz.

"A identidade do criminoso, provavelmente." - Louche diz. "Eu não sou nenhum gênio, mas acho que 'Demônio' deve ser um Wrath."

"Mesmo assim, não conhecemos nenhum Wrath prateado." - Èris diz.

"Louche. Conhece alguém aqui assim ? Tá a mais tempo aqui do que a gente." - Kaito diz.

"Honestamente, não. Ninguém aqui faria uma coisa dessas. Todos são tão gentis uns com os outros." - Louche diz.

"Põe essa cabecinha pra funcionar, amigão. Deve ter alguém." - Kaito diz.

Louche pensa em algo. "Bom, tem um Wrath que vem em mente. Mas é impossível."

"Quem ?" - Èris pergunta.

"Bom, tem o senhor Zieks." - Louche diz, um pouco relutante. "Ele é um Wrath dono de uma loja que vende carnes. Dizem que, antes de vir pra cá, ele morava no meio do nada e caçava a própria comida."

"É um suspeito beeem suspeito, se você perguntar pra mim." - Kaito diz.

"Mas não pode ter sido o senhor Zieks ! Ele é um Wrath tão bonzinho !" - Louche diz, preocupado.

"Todos escondem uma natureza secreta dentro de si, amigo." - Kaito diz. "A única coisa clara nesse mundo é a água. E nem ela é sempre clara."

"Sabe onde podemos encontrar esse Zieks ?" - Èris pergunta.

"B-Bom... Ele sempre fecha a barraquinha dele tarde. Então ainda deve estar na feira." - Louche diz.

"Ótimo. A gente vai conseguir um pouco mais de informações sobre ele por aí." - Kaito diz.

"E eu vou contar tudo pro Byakko e ver se ele consegue ajudar !" - Louche diz.

"Beleza." - Kaito diz. Ele se lembra de algo. "Antes que você vá !" - Kaito pega a mão direita de Louche e entrega uma pedra azul para ele. "Essa daqui é uma das minhas pedras mágicas. Se esse Wrath tentar te atacar, você joga ela nele com força. A pedra vai congelar o safado."

"Valeu !" - Louche diz. Ele vai embora, correndo.

"Beleza, amor. Vamos fazer nossa parte também." - Kaito diz. "Para as ruas !"

Os dois também vão embora.

Enquanto isso. A pessoa misteriosa aparece na frente de Rosaria, que se defende de um ataque com uma espada de sangue, mas é arrastada para trás.

"Ugh ! Quem é você ?!" - Rosaria pergunta, ameaçando o jovem.

"Eu sou o Oráculo das Trevas. E vocês estão interferindo com meus planos." - A figura misteriosa diz. "No começo, sua presença era uma mera interferência. Mas agora confesso que me atrapalharam mais do que imaginei. Isso termina aqui. Alguns de seus aliados já foram derrotados. É uma mera questão de tempo até que caiam por completo. Logo, a Juíza voltará e trará seu julgamento junto com ela."

"Não vamos deixar… você fazer… o que quer que seja… que quer fazer… !" - Vega diz.

O Oráculo levanta sua mão. "Pereçam em nome da escuridão."

"Eu não vou deixar !" - Rosaria diz, correndo na direção do inimigo. Ela o ataca.

O Oráculo se defende com sua mão. Os dois começam a trocar golpes. O Oráculo consegue segurar a espada de Rosaria entre seus dedos. "Patética." - Ele soca ela, atravessando sua mão pelo seu peito. "U-Uma boneca !?"

Rosaria cria uma lâmina com seu sangue, que faz um corte no rosto do Oráculo. Ele tira sua mão do peito dela e desaparece, aparecendo no céu.

"Onde está sua honra ?! Me enfrente !" - Rosaria diz, brandindo sua espada.

"Você é uma boneca ! Seu lugar não é com humanos !" - O Oráculo diz, bravo, mas com um tom de confusão.

"O que eu sou não me torna nem mais, nem menos humana do que qualquer outro ser ! Só porque não tenho um coração, não significa que não mereço ter emoções ou uma vida normal !" - Rosaria diz.

Para a surpresa de todos, a única reação do Oráculo foi apenas serrar seus punhos.

"Desça aqui para eu acabar com você !" - Rosaria diz.

"…Eu vou te dar um fim menos doloroso. Considere um presente." - O Oráculo diz. Ele estala os dedos e desaparece.

"Covarde !" - Rosaria diz.

De repente, o chão começa a tremer. Qinglong fica agitado.

"Qual o problema… ?" - Vega pergunta para seu amigo. "Oh… Isso não é bom…"

"O que ele disse ?" - Rosaria pergunta.

"Uma horda com mais de… centenas de Wrath... está se aproximando... pelo leste… E rápido..." - Vega diz.

"Tch. É coisa daquele covarde. Maldito Oráculo das Trevas." - Rosaria diz.

Vega começa a se mexer. "…Precisamos fugir… !"

Rosaria fecha seus punhos, olha para o céu e engole seco. Sua voz está trêmula. "Não. Não precisamos, doutora."

"…Rosaria… ?" - Vega diz, confusa.

"…Sabe, doutora… Ultimamente, eu estive pensando… Desde o meu renascimento... Desde que ganhei esse corpo, sempre considerei minha vida uma maldição…" - Rosaria diz. "Sou atormentada nos meus sonhos… Sou atormentada nas minhas memórias… Sou atormentada todas as vezes que olho para meu corpo… Sou atormentada todas as vezes que decido demonstrar afeto por qualquer coisa…" - Ela se vira para Vega com lágrimas correndo pelo seu rosto, mas com um grande sorriso. "Mas, na verdade, eu percebi o quão abençoada sou. Tenho uma linda família... Amigos maravilhosos... E todas as pessoas que me cercam são tão incríveis e fantásticas. Sempre acreditei que as pessoas tem uma chama dentro delas, e que essa chama só se apaga quando não existe mais esperança. Minha chama nunca apagou, e não vou deixar ela apagar agora. Se eu retirar meu núcleo, vai servir como um catalisador forte o suficiente para sua magia."

Vega permanece em silêncio.

"Por favor, aceite ele. Com isso, você vai poder salvar a vida do Claude." - Rosaria diz.

As duas ficam em silêncio.

Vega quebra esse silêncio. "Isso não é… uma decisão que eu… posso fazer... Sou uma médica.… Não troco uma vida… por outra… encontro um jeito… de salvar as duas..."

"Minha decisão é te ajudar !" - Rosaria diz.

"ENTÃO PARE DE CHORAR !" - Vega grita. "Você… não é mais… uma criança... ! Assuma as responsabilidades... das suas ações... !" - Uma lágrima escorre pelo rosto dela. Em segundos, Vega começa a chorar. "Só quero... que saiba… que suas ações... tem consequências…"

"…Eu sinto muito, doutora…" - Rosaria diz, triste.

"Antes que você... faça isso… eu quero um abraço..." - Vega diz.

Rosaria concorda.

"Sem as luvas…" - Vega diz.

"M-Mas-" - Rosaria diz, se interrompendo. "Certo, doutora." - Ela retira suas luvas e abraça Vega por trás. Suas mãos começam a deteriorar a roupa dela, encostam em sua pele e começam a estragar a pele de Vega, até chegarem na carne. Rosaria percebe e se solta de sua amiga. "Perdão !"

"N… Não… ! É exatamente isso… que eu queria…" - Vega diz. A pele dela começa a se regenerar, deixando duas cicatrizes no formato das mãos de Rosaria em suas costelas. Vega sorri. "Hehehe… Agora eu tenho… um pouquinho de você… pra me lembrar… Nunca vou deixar… você desaparecer…"

"…Obrigada, doutora…" - Rosaria diz, dando um leve sorriso. Ela se levanta, retira seu manto e coloca perto de suas luvas. "A mestra Huli Jing me fez isso com todo carinho do mundo, não posso estragá-los. E, tem uma última coisa que eu preciso que você diga para o Claude por mim, por favor." - Rosaria limpa sua garganta. "Eucalipto. Ultraje. Tartaruga. Estamos. Alguns. Máscara. Ontem. Entendeu tudo ?"

"Sim, mas…" - Vega diz, confusa.

"Não se preocupe. Fará sentido, quando ele ouvir." - Rosaria diz. Ela respira profundamente. Suas mãos estão trêmulas. "Heh… Não é irônico ? Alguém que passou pela morte incontáveis vezes tem medo de morrer…"

"Significa que ainda se preocupa... Isso é bom…" - Vega diz.

"É, não é ?" - Rosaria diz. "Vega. Eu tenho só mais um pedido. Uma promessa, dessa vez. Você poderia tomar conta do Claude por mim ? Ele pode ser bastante… agitado, quando eu não estou por perto para manter ele na linha."

Vega sorri. "Pode deixar comigo…"

Rosaria põe a mão em seu peito e dá um leve sorriso vazio. "Até logo, todo mundo. Meus pesadelos finalmente vão acabar." - Ela enfia a mão em seu peito e começa a puxar algo, mas o objeto não quer sair, como se seu corpo se negasse a morrer. "Ugh- Gah !" - Rosaria puxa mais forte. Com uma forte puxada, ela arranca uma esfera vermelha do seu peito.

A esfera cai do chão e rola para perto de Vega. Qinglong pega essa esfera. Lentamente, o corpo de Rosaria começa a derreter.

"…Rosaria…" - Vega diz.

"Hah… Hah… Tudo bem... Logo, meu corpo vai se desintegrar por completo…" - Rosaria diz. "Até lá..." - Ela cria uma foice e começa a ir embora. "…eu vou mostrar uma última vez para esse mundo do que a Princesa do Pecado Sanguinolento é capaz." - Rosaria sai do local.

"Qinglong, vamos começar... a preparar o ritual... para a magia…" - Vega diz.

Rosaria está fora do local. Uma enorme horda de Wrath está se aproximando pela floresta de bambu. "Criaturas amaldiçoadas, aqui derramarei teu sangue, para que Bastion Spei tenha um futuro mais próspero ! Venham !" - Ela corre na direção das criaturas.

Um dos Wrath cospe uma gosma em Rosaria, que a corta ao meio. Ela pega sua foice, pula no meio das criaturas e enfia sua foice no chão. Uma explosão de sangue acontece, matando vários Wrath. As criaturas começam a pular nela. Uma usa suas garras para atacá-la, mas ela se defende com sua foice. Rosaria empurra esse Wrath para trás, enfia sua foice no peito dele e o joga para trás de si, se defendendo de um ataque de outro Wrath que vinha rolando atrás dela. Esse Wrath é jogado para cima. Rosaria joga sua foice amarrada em um fio de sangue nessa criatura e a puxa para baixo com força, esmagando seu corpo e matando alguns outros Wrath. Ela puxa sua foice de volta, cria algumas ondas de sangue e as joga em direções diferentes, abrindo caminhos pela horda de criaturas.

Rosaria começa a desferir vários golpes no ar, criando ondas de sangue que atravessam o campo de batalha, matando inimigos. Mais partes do corpo dela começam a derreter. "Hah… Hah… Por favor… Só mais alguns segundos…"

Um Wrath voador enorme passa pelo campo de batalha, cuspindo fogo pelo caminho. Vários Wrath são consumidos pelas chamas. Toda a floresta de bambu começa a queimar.

Rosaria tenta se defender, mas não consegue. Seu corpo e engolido pelas chamas. Ela começa a derreter mais ainda. "GAH !!!" - A maior parte do seu corpo é apenas um esqueleto negro. O resto é carne queimada. "…M… Me desculpe… pessoal…" - Rosaria não aguenta e acaba caindo de joelhos, tentando se apoiar em sua foice, mas a arma se desintegra e vira uma poça de sangue borbulhante.

As criaturas que restaram começam a ir para onde Vega está.

A carne de Rosaria é completamente queimada, sobrando apenas o esqueleto negro. "…Príncipe... Claude…" - Ela diz. Uma lágrima de sangue cai de seu olho. Rosaria se lembra do sorriso de todos os seus amigos e pessoas importantes para si. "…Não... !" - Ela começa a se levantar.

De repente, todas as chamas no local começam a ficar roxas, como as de Cirius. Essas chamas cercam todos os Wrath.

"…Minha chama ainda consegue queimar mais um pouco… ! Os Dez me deram a oportunidade de fazer a diferença, e é isso que farei... !" - Rosaria diz.

Os Wrath começam a correr na direção de Rosaria.

"…Príncipe Claude… Irmãozinho Cirius... Doutora Vega… Galadriell... Miranda… Decker… Cunhada Luna… Kaito... Èris... Mestra Huli Jing… Momo... Capitã Mary Ann… Capitã Vipera… Capitão Fulgur… Todo mundo… ! Essa é minha última mensagem para vocês… !" - Rosaria diz. Ela põe as mãos no peito. "POR FAVOR, PROTEJAM A PAZ DE BASTION SPEI !!!"

Um enorme pilar de chamas roxas se ergue até o céu vermelho, além das nuvens negras, incinerando tudo. Desde os Wrath, até o esqueleto de Rosaria, não deixando nada. Vega termina seu ritual. Ela pega a esfera, coloca no peito de Claude e começa a se concentrar. Magia começa a passar pelo corpo dele, curando todas as suas feridas e limpando as manchas negras pelo seu corpo.

Vega termina seu ritual e cai no chão. Sangue começa a escorrer pela boca dela. Qinglong vai ajudá-la. "Hah… Hah… Eu tô legal, amigo…"

Um dedo de Claude se mexe. Depois, a mão. Logo, o príncipe começa a acordar. "Ugh… Meu corpo tá todo dolorido…"

Qinglong ajuda Vega a se levantar. "Claude-"

Claude imediatamente interrompe Vega, pondo a mão na cabeça dela. "Tudo bem. Eu estava em um lugar escuro e vazio, mas, por mais estranho que pareça, conseguia ouvir tudo bem distante. Todas as conversas em volta de mim… Todos se preocupando comigo… Meu irmãozinho… Todas as vezes que você conversou comigo sozinha… E até… Rosaria…" - Ele abraça Vega. "Obrigado por tudo que fez por mim, doutora. Não existe nada que eu possa fazer para demonstrar a gratidão que eu sinto por você ter cuidado de mim e de ter estado lá pela minha querida irmã."

"Só fiz meu trabalho…" - Vega diz. Ela se solta de Claude, pega a esfera de Rosaria, que está com uma rachadura, e entrega para ele. "Não tem mais nenhuma magia, mas pensei que iria querer. E desculpe pela rachadura, não consegui evitar..."

Claude encara a esfera. Ele respira fundo e relaxa seus ombros. "Huh, eu sempre soube que ela tinha um coração valioso, mas não era pra tanto." - O príncipe guarda a esfera em seu bolso e vai embora.

"Espera… ! Ainda não está… completamente recuperado… !" - Vega diz.

Claude para e solta um suspiro. "O sujo falando do mal lavado. E eu tenho certeza de que você não vai só ficar sentada aí pra se recuperar."

Vega permanece em silêncio.

"Foi o que eu pensei." - Claude diz. "Tô indo pra Onigashima. Tenho umas contas pra acertar com o otário que fez isso comigo."

"Não pode ir sozinho… !" - Vega diz.

"E você não pode ir comigo." - Claude diz. "Bom, eu não vou ser o estraga prazeres que vai te impedir de bater em alguém. Muito pelo contrário ! Eu até quero que ver você arregaçando a cara desses trouxas. MAS… Não tá em condições de me ajudar. Pode ir ajudar o Decker e o Seiryu, se quiser. Tem bastante água onde eles estão."

"…Pode ser…" - Vega diz.

Claude vai embora.

"Bom, Qinglong, vou precisar… da sua ajuda pra… fazer algumas poções…" - Vega diz. "Vamos pôr… um fim nisso…"

A floresta de bambus foi completamente queimada. Não há mais chamas no local. Uma leve brisa sopra, derrubando algumas cinzas e revelando uma bela e delicada rosa lilás.


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Notas finais do capítulo

F



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