Millennium Odyssey: Réquiem do Último Solstício escrita por Aquele cara lá


Capítulo 25
Começo ao ataque final - Parte 1




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Cirius e Luna estão conversando com o grupo, enquanto Momotarō e Huli Jing estão em outro canto, também conversando. Kaito e Rosaria não estão no local.

"E é isso. Eu sinto muito se algum dia fui idiota ou irracional com algum de vocês, e prometo que vou tentar não fazer mais isso." - Cirius diz.

Mira aperta a bochecha de seu irmão. "Olha só que fofinho. Ele acha que a gente tá magoado com ele~"

Cirius se solta de Mira. "Ugh ! Isso dói !"

"Cirius, nós gostamos de você do jeitinho que é. Tá tudo bem." - Èris diz.

"Me sinto tão orgulhosa de você. Nunca imaginei que veria o dia em que meu querido irmão menor iria achar o amor dele." - Galadriell diz, com um sorriso satisfeito em seu rosto.

Luna dá um beijo na bochecha de Cirius. "Luna finalmente pode beijar marido o quanto quiser~♥"

"Não exagera." - Cirius diz.

"Cirius, eu tenho um presente para você." - Decker diz. Ele pega um tapa olho igual ao seu e o entrega para Cirius. "Sei bem como se sente agora. Corri até o Sunbreak para pegar para você. Uso ele com um tapa olho substituto, quando o meu suja."

Cirius abre um enorme sorriso. Ele pega o tapa olho e se anima. "Não acredito que agora nós somos irmãos de tapa olho ! Valeu, capitão ! É uma honra !"

"Não é nada, marujo. Lyandre me fez vários desses. Ela ia te fazer um também, se ainda estivesse aqui…" - Decker diz.

"Não vou deixar isso aqui estragar nunca, capitão ! Pode contar comigo !" - Cirius diz, batendo continência.

"Mas marido só vai poder colocar tapa olho quando o olho sarar." - Luna diz.

"Isso é verdade..." - Cirius diz, desapontado.

Kaito chega no local, companhado de Rosaria. Ele está com seus dois braços completamente enfaixados. "Tô de volta, rapaziada."

"E então ?" - Èris pergunta, ansiosa por uma resposta positiva.

"Relaxa, cavaleira. A Vega já não disse que eu vou ficar tranquilo ?" - Kaito diz. Ele mexe seus braços. "Além disso, eu só não vou poder usar as pedras por algum tempinho. Vai passar rapidão."

Èris solta um suspiro, aliviada. "Ainda bem…"

"Fiz o máximo que pude para o procedimento ocorrer da melhor forma possível." - Rosaria diz.

"E eu fico muito agradecida." - Èris diz, dando um sorriso amigável.

Momotarō e Huli Jing terminam sua conversa e se aproximam do grupo.

"Vejo que todos estão bem humorados." - Momotarō diz.

"Pode apostar ! Não dá pra ficar cabisbaixo numa hora dessas." - Cirius diz.

"É ótimo que pensem assim." - Huli Jing diz.

"Nós estávamos conversando sobre algumas coisas, e achamos que está na hora de começarmos o último ataque." - Momotarō diz.

"Mas ainda faltam mais cinco ilhas, não ?" - Èris pergunta, confusa.

"Exatamente. É por isso que vamos nos dividir em grupos, atacar as quatro ilhas e, depois, nos juntarmos para um ataque em Onigashima." - Huli Jing diz.

"Tem mesmo certeza disso ? Se nos dividirmos, nossas forças vão diminuir." - Galadriell diz.

"Vi como lutam. Vocês são excepcionais em combate. Confio que conseguem." - Momotarō diz. "Além disso, não vão estar sozinhos. Cada Guardião do Paraíso voltou para sua ilha, então terão a ajuda deles. Sem contar que também terão os Bainhas Carmesim ao seu lado."

"Colocando desse jeito…" - Mira diz.

"Teremos de nos dividir em quatro grupos, cada um para uma ilha. Depois, iremos nos encontrar em Onigashima, invadir o palácio e derrotar quem está por trás disso tudo." - Momotarō diz.

"Cirius, seu treinamento ainda não acabou. Vira comigo até Shāmò para sua última tarefa." - Huli Jing diz.

"Sim, mestra Huli Jing." - Cirius diz.

"Luna, você nos acompanhará. Irei treiná-la também, enquanto ajuda Cirius." - Huli Jing diz.

"Eba ! Luna vai ajudar marido !" - Luna diz, sorridente e saltitante.

"Eu pretendo ir para Jangal, ajudar Genbu. Alguém pretende vir ?" - Momotarō pergunta.

Galadriell levanta sua mão. "Eu pretendo."

"Eu também vou." - Mira diz.

"Certo. Assim já está bom. Não podemos concentrar muitos membros em um só lugar." - Momotarō diz. "O próximo lugar é Salji."

Kaito e Èris levantam a mão.

"É óbvio." - Mira diz.

"Mais alguém deveria ir." - Momotarō diz.

"Se o capitão vier, não sobra ninguém pra outra ilha." - Kaito diz.

"E a Rosaria precisa ficar para cuidar da Vega." - Èris diz.

Rosaria concorda com sua cabeça. "Não posso deixar a senhorita Vega nem o Claude se machucarem."

"Isso é verdade, mas também significa que Decker terá de ir sozinho para Laut sozinho." - Momotarō diz.

"Não precisa se preocupar com isso, imperatriz. Eu e o Sunbreak conseguimos nos cuidar. Além disso, você disse que teremos a ajuda dos Guardiões Celestiais e dos Bainhas Carmesim. Isso é mais do que o suficiente, para mim." - Decker diz.

"Certo. Conto com você, Decker." - Momotarō diz.

"Não vou te desapontar, imperatriz." - Decker diz, se curvando.

"Agora que temos os times formados, sei que é muito repentino, mas vamos entrar em ação." - Momotarō diz.

"Nós entendemos." - Galadriell diz.

"Obrigada." - Momotarō diz. Ela pega dois pedaços de cristal brancos e os entrega para Decker e Èris. "São cristais para fortalecer o selo. Entreguem aos Guardiões Celestiais."

"Certo." - Èris e Decker dizem, determinados.

"Decker, você se lembra onde Laut fica, não é ?" - Momotarō diz.

"Sim." - Decker diz.

"Èris, Kaito, para vocês chegarem em Salji só precisam entrar na floresta de bambus e seguir o caminho de folhas vermelhas. Vão chegar em um pequeno porto com um homem em um barco. Ele vai levá-los até a ilha." - Momotarō diz.

"Beleza." - Kaito diz.

"Com isso dito, vamos começar." - Huli Jing diz.

"Boa sorte, pessoal." - Cirius diz.

"Você também vai precisar, maninho." - Mira diz.

"A gente se vê em Onigashima." - Èris diz.

"Vamos dar nosso melhor, pessoal. Uma última batalha, antes do fim." - Galadriell diz.

"Depois que luta acabar, Luna vai cozinhar para amigos !" - Luna diz.

"É... Isso não é lá a coisa mais motivadora do mundo…" - Kaito diz.

"Quando todos voltarem, eu farei questão de preparar a melhor refeição que conseguir." - Rosaria diz. "É o melhor que consigo fazer…"

"Tá tudo bem, maninha. Cuidar da Vega é muuuito importante, e você tá fazendo um ótimo trabalho. Estamos orgulhosos de você." - Cirius diz.

Rosaria se anima, um pouco. "Obrigada."

"Partiu, rapaziada." - Kaito diz.

Todos dão um último adeus e vão embora. Uma silhueta sombria, escondida na escuridão, os observa ir. Algum tempo depois. Cirius, Luna e Huli Jing estão andando em um deserto laranja. Algumas montanhas podem ser vistas bem longe, no horizonte. Cirius está ofegante, enquanto suas duas amigas estão bem.

"…Eu… odeio… calor… !" - Cirius diz.

"Mas marido é o líder de Suldania." - Luna diz.

"…Nunca disse… que gostava… de calor…" - Cirius diz.

"Recomponha-se. Isso faz parte do seu treinamento de resistência." - Huli Jing diz. "Sua companheira está completamente bem."

"…Isso é... injusto… ! Luna cresceu… num deserto… !" - Cirius diz.

"Sem desculpas. Melhore sua resistência." - Huli Jing diz.

"Como é que mulher raposa vai treinar Luna ?" - Luna pergunta.

"Primeiro, preciso saber dos detalhes. Não se cria uma obra de arte sem ter uma imagem em mente primeiro." - Huli Jing diz.

Cirius para e se senta. Ele recupera seu fôlego. "Hah… Luna é um caso especial. A habilidade dela não vem por vontade própria. É mais uma coisa por impulso mesmo."

"Me descreva mais sobre isso." - Huli Jing diz.

"Tudo que eu sei é que se ela ficar muito brava, o sangue começa a ferver e os músculos ficam mais fortes." - Cirius diz. "É basicamente isso."

Huli Jing fica pensativa.

"Alguma ideia do que Luna tem ?" - Luna pergunta.

"Algum tipo de habilidade ativada no subconsciente capaz de aprimorar força física..." - Huli Jing pondera. "Por acaso, alguém consegue usá-la ?"

"A mãe da Luna usava tranquilo." - Cirius diz.

Huli Jing tem uma ideia. "Posso ter pensado em algo. Luna, poderia morder meu braço ?"

"E-Eh ?" - Cirius diz, surpreso.

"Não precisa ser forte. Só coloque o meu braço dentro da sua boca." - Huli Jing diz.

"Mulher raposa é esquisita…" - Luna diz. Ela morde levemente o braço de Huli Jing.

De repente, Huli Jing soca o queixo de Luna, fazendo ela morder seu braço e arrancar um pedaço.

"Gah !" - Luna diz, em dor.

"Ei ! Pra que isso ?!" - Cirius pergunta, bravo.

Huli Jing continua andando, como se nada tivesse acontecido. "Chegaremos no vilarejo em breve."

"Luna, você tá legal ?" - Cirius pergunta, preocupado.

"L-Luna não tá nem um pouco legal !" - Luna diz, nervosa. Ela tenta vomitar, mas nada sai. Luna põe a mão em sua cabeça, em agonia.

"O que foi ?" - Cirius pergunta.

"T-Tem alguma coisa dentro de Luna ! Alguma coisa ruim !" - Luna diz, preocupada.

"O que você fez com ela ?!" - Cirius pergunta, bravo.

Huli Jing para de andar. "Agora que meu sangue entrou dentro dela, está começando a corrompê-la. Logo, em questão de horas, ela se tornará uma Wrath."

"Pra que isso ?!" - Cirius pergunta.

"Não foi uma dose grande. Ela consegue se recuperar. Se conseguir se recuperar, vai conseguir dominar sua habilidade." - Huli Jing diz.

"Mas-" - Cirius diz, sendo interrompido por Luna.

"Tudo bem… Se mulher raposa acha que isso ajuda Luna, então Luna vai aguentar…" - Luna diz. Ela força um sorriso. "Luna vai fazer o que for preciso pra ajudar marido e amigos…"

"Luna…" - Cirius diz.

Os dois voltam a caminhar.

"Para onde estamos indo, mestra ?" - Cirius pergunta.

"Para um vilarejo." - Huli Jing diz. Ela sobe em uma duna e para. "Não estamos muito distantes, na verdade."

Cirius e Luna se aproximam. Na distância, há algumas formações rochosas. No meio delas, está um vilarejo com casas feitas de madeira, alguns moinhos e trilhos para todos os lados. Muito mais adiante, se encontra um vulcão.

"UM VULCÃO !?" - Cirius diz, extremamente surpreso.

"Vulcão esquisito..." - Luna diz.

"Aquele é o vilarejo de Liuli. Servirá como nossa base de operações." - Huli Jing diz. Ela volta a andar.

"Meus pés tão me matando…" - Cirius diz. Ele vê que Luna continua ruim. "Mestra. Não tem como a senhora se transformar em uma raposa e carregar a gente ?"

"Isso é uma possibilidade." - Huli Jing diz. "Uma possibilidade que jamais ocorrerá nesta situação."

Cirius solta um suspiro. "Certo…"

Eles caminham por mais alguns minutos, até passarem por um portão de madeira desgastado pelo tempo e chegarem ao vilarejo. Logo, crianças rodeiam Huli Jing, com sorrisos em seus rostos.

"Tia Huli Jing !" - Uma garotinha diz.

"A tia Huli Jing veio visitar a gente !" - Um garotinho diz.

"Acalmem-se, jovens. Não precisam fazer tanta algazarra." - Huli Jing diz, também com um sorriso em seu rosto.

"Trouxe alguma coisa pra gente, tia ?" - Outro garotinho pergunta.

"Eu me pergunto se trouxe…" - Huli Jing diz.

As crianças ficam desapontadas. Huli Jing põe a mão em uma de suas caldas e entrega um saco para as crianças, que imediatamente se animam.

"Doces !" - As crianças dizem, extremamente contentes. Elas vão embora, correndo e brincando.

"As crianças gostam de você, huh." - Cirius diz.

"São os filhos das crianças que costumavam brincar comigo, há anos atrás. Infelizmente, seus pais perderam suas vida há algum tempo. Então venho aqui toda semana para trazer presentes e ver como estão." - Huli Jing diz.

"Moça raposa é… boazinha…" - Luna diz.

"Não se esforça muito, tá ?" - Cirius diz.

"Luna está bem…" - Luna diz.

Enquanto isso. Kaito e Èris estão usando casacos de pele aconchegantes, em uma cidade nevada com casas de aparência chique, lampiões pelas ruas, pessoas bem vestidas e algumas árvores de tronco grosso, com uma copa no estranho formato côncavo de uma vasilha. Neve se acumula na copa das árvores, derrete e começa a escorrer pelos lados, como uma fonte, em um ciclo infinito. Os dois estão andando em uma rua ocupada, com várias pessoas, Wrath e barracas de comércio.

"Hah… Até que a gente podia ficar mais um tempinho aqui." - Kaito diz.

"Você sabe que não podemos, fofinho. Temos uma missão para cumprir." - Èris diz.

"Ah, qual é ! E quando é que a gente vai poder aproveitar nossa lua de mel ?!" - Kaito pergunta, bravo.

Èris beija Kaito. "Impaciente~♥ Só precisamos ver o que Byakko quer e pronto."

Kaito solta um suspiro. "Tá..."

Eles vão embora. Algum tempo depois. Os dois entram em uma sala cheia de papéis, onde Byakko está sentado atrás de uma mesa.

O Wrath nota seus amigos. "Oh, olá. Fico muito grato por terem vindo, mesmo eu tendo os chamado de última hora."

"Nah, tranquilo. Somos amigos." - Kaito diz.

"O que queria conosco, senhor Byakko ?" - Èris diz.

"Eu disse que tinha uma missão para vocês, não é ? Na verdade, era apenas uma mentira par traze-los aqui mais rápido." - Byakko diz, dando uma risada forte. "Queria ser o primeiro a parabeniza-los pelo casamento."

"Muito obrigada, senhor Byakko !" - Èris diz, sorrindo.

"E como vão as leis ?" - Kaito pergunta.

"Como pode ver, tenho tantas leis para aprovar, desaprovar, considerar, e reconsiderar que já perdi a conta dos dias que estou aqui dentro." - Byakko diz.

"Bom, o senhor É o regente de toda Salji, afinal." - Èris diz.

"Mas tem uma coisinha que a gente vai precisar." - Kaito diz. "Consegue arranjar uma pousada pra ficarmos ? É que chegamos ontem pra casar, então nem deu tempo de preparar mais nada."

"Não podia ter pedido em um horário melhor." - Byakko diz. "A dona da pousada acabou de me mandar um recado dizendo perguntando se eu não conhecia alguém que gostaria de alugar um de seus quartos mais luxuosos."

"Esse aí vai servir." - Kaito diz.

"Tem certeza ? Acho que vai ser muito caro..." - Èris diz, preocupada.

Kaito faz carinho na cabeça dela. "Eu quero só o melhor para a minha rainha~♥"

"Aw… Eu te amo, meu fofo~♥" - Èris diz, contente.

"Vou mandar um recado para ela preparar o quarto." - Byakko diz. "Aproveitem a lua de mel."

"Nós vamos." - Èris diz.

O casal vai embora. Quando saem do local, uma silhueta os observa, na distância. Kaito se vira.

Èris nota a ação de seu marido. "Tudo bem, amor ?"

Kaito encara uma escuridão vazia. Ele se vira e dá de ombros. "Tô ficando paranóico. Só pode."

Os dois continuam andando e conversando felizmente.

Decker está navegando Sunbreak. "Me pergunto que tipo de terrores Laut está enfrentando..."

De repente, Scalderion começa a tremer um pouco.

Decker pega sua espada, estranhando o comportamento da arma. "Isso é anormal... Será que tem alguma coisa errada com o oceano ?"

Algo atinge Sunbreak, fazendo o navio tremer.

"Eu não bati em nada, então isso deve ser um ataque inimigo !" - Decker diz, preocupado. Ele sai da cabine de comando e corre até a proa do navio.

Algo começa a emergir da água.

"D-Droga !" - Decker diz, se agarrando no mastro mais próximo.

Da água, emerge metade do corpo de uma criatura humanoide colossal inteiramente coberta por algas, com quatro olhos amarelos, seis braços e uma boca cheia de dentes pontiagudos.

"M-Mas o que é essa criatura !?" - Decker se pergunta, em choque.

O colosso ergue seus braços.

"I-Isso não é bom ! Isso não é nada bom !" - Decker diz, preocupado.

A criatura desce seus braços. Decker pega Scalderion e cria uma barreira com a água do oceano. Ele consegue se defender, mas os braços colossais da criatura acertam o oceano, criando uma enorme onda que joga Sunbreak para o alto.

Decker corre até a cabine de comando e pega o leme. "Não vai ganhar tão fácil assim !" - Ele puxa uma alavanca. Algumas janelas se abrem dos lados do navio. Sunbreak começa a voar. O capitão puxa outra alavanca. De um dos canhões na proa, é disparado um arpão com corrente. Essa corrente se finca em um dos braços da criatura. Decker começa a puxar o navio para perto do colosso.

A criatura colossal prepara outro ataque com seus braços.

"Heh, é isso mesmo que eu queria." - Decker diz, confiante. Ele puxa outra alavanca.

Energia começa a ser carregada em um dos canhões. Quando termina de carregar, esse canhão dispara acertando a criatura em cheio. Surpreendentemente, nenhuma ferida ou dano aparente foi causado.

"N… Não é possível !" - Decker diz, surpreso e assustado com a resistência da criatura.

O colosso agarra Sunbreak. As madeiras do navio começam a ranger, quase cedendo a força. De repente, Seiryu cai na mão da criatura e finca sua espada nela. O colosso dá um urro estremecedor de dor e solta Sunbreak. O navio cai na água. Mais navios aparecem. Eles começam a disparar balas de canhão na criatura.

Seiryu cai em cima de um dos mastros. "Está tudo bem com você ?"

"Tudo está bem. Graças a você, senhor Seiryū." - Decker diz.

"Fico feliz em ouvir isso, amigo." - Seiryu diz.

"Que coisa é essa ? E por que está nos atacando ?" - Decker pergunta.

"Esta criatura é Umibozu, um Wrath que foi mandado aqui para destruir o selo em Laut." - Seiryu diz. "Há três dias, meus homens estão em combate contra isto. Fique apenas sabendo no segundo dia, por isso, vim para cá o mais rápido que consegui. Espero que Momotarō tenha entendido meus motivos."

"Já tem algum plano em como derrotar isso ?" - Decker pergunta.

"Honestamente, não. Estávamos apenas atacando o máximo que conseguimos, até Umibozu se esconder." - Seiryu diz. "Foi quando você chegou e tirou a criatura de seu esconderijo. Bom trabalho."

"É-É... F-Foi exatamente isso que eu vim fazer !" - Decker diz, nervoso.

Umibozu levanta seus braços novamente.

"Prepare-se, companheiro ! Nossa batalha está distante do fim !" - Seiryu diz. Ele pula do mastro.

Decker prepara os canhões no Sunbreak e também começa a atirar em Umibozu.

Enquanto isso, em uma floresta tropical gigante, com uma mata bem densa. Momotarō, Galadriell e Mira estão caminhando. Momotarō está na frente, cortando o mato com sua espada.

"Huh, esse lugar dá de dez a zero em Kalian." - Mira diz. Ela dá um tapa em seu pescoço. "Tanto em árvores, quanto em mosquitos…"

"Não é tão ruim assim." - Momotarō diz. "Depois que você se acostuma com a umidade, os insetos, todo esse mato, as criaturas gigantes e perigosas, os lugares perigosos-" - Ela é interrompida por Mira.

"Epa ! Criaturas gigantes !?" - Mira pergunta, surpresa.

"Não notou, Mira ?" - Galadriell pergunta. "É engraçado que não tenha notado. Estamos rodeados por formas de vida enormes. Consigo sentir a presença delas se espreitando pelas árvores e pelo mato."

"U-Uh... Tá…" - Mira diz.

"Hmm… Estamos quase lá." - Momotarō diz.

"Lá aonde ?" - Mira pergunta.

"No vilarejo de aliados." - Momotarō diz.

Elas andam por mais alguns minutos, até que Momotarō para repentinamente.

"Tudo bem ?" - Galadriell pergunta.

"Chegamos." - Momotarō diz.

"Só tem, uh, mato por aqui. Bastante mato…" - Mira diz, confusa.

"Essa é a intenção." - Momotarō diz. Ela assobia.

De repente, alguns arbustos rodeando o local começam a tremer. Galadriell e Mira se preparam para atacar. Dos arbustos, saem pequenas criaturas parecidas com cogumelos humanoides inofensivos, usando roupas de couro e folhas, e com armas de madeira em mãos. Esses cogumelos rodeiam as três.

"Momo veio brincar !" - Um dos cogumelos diz.

"Scherazhard sentiu saudade de brincar com Momo !" - Outro cogumelo diz.

"É bom vê-los novamente, amigos." - Momotarō diz, com um sorriso sincero em seu rosto.

"Eu vou assumir que não são inimigos." - Galadriell diz.

"Não. Esses são os Mahamatra, uma tribo de Wrath existente apenas em Jangal." - Momotarō diz.

"Aw~ Mas que criaturinhas adoráveis~" - Galadriell diz.

"Uma tribo de Wrath que parecem crianças cogumelo que falam igual a Luna, huh ? Esse lugar não fica mais estranho." - Mira diz.

"Kalyan não é criança !" - Um dos cogumelos diz, bravo. "Kalyan é Mahamatra adulto, casado Mimi e com família linda !"

"E-Eh !?" - Mira diz, surpresa.

"Os Mahamatra apenas se parecem com crianças e agem como tal. Na verdade, a maioria deles são bem velhos." - Momotarō diz.

"Ainda são umas fofuras~♥" - Galadriell diz, se divertindo com as criaturas.

"Ok..." - Mira diz.

"É mesmo ! Kalyan tão feliz que Kalyan acabou se esquecendo !" - Kalyan diz. "Mahamatra precisam da ajuda da Momo !"

"O selo daqui já foi comprometido !?" - Momotarō pergunta, preocupada.

"Scherazhard não sabe... Mas Ancião Nasiff não está bem !" - Scherazhard diz, preocupada.

"Alguma coisa aconteceu com Nasiff ? Precisamos ir !" - Momotarō diz.

"Certo !" - Scherazhard diz.

Os Mahamatra vão marchando embora. As garotas os seguem. Elas chegam em uma ponte trêmula de madeira, conectando duas ilhas por um enorme rio. Abaixo da ponte, há uma cachoeira que é morte certa.

"T-Tem certeza de que é seguro cruzar isso !?" - Galadriell pergunta, assustada.

"A cavaleira destemida tem medo de alturas ?" - Mira pergunta, com um sorriso presunçoso.

Galadriell limpa sua garganta e estufa seu peito, em uma tentativa falha de parecer corajosa. "E-Eu jamais disse isso ! A-Alturas são como uma segunda casa para mim !"

"Se você diz…" - Mira diz.

Elas começam a cruzar a ponte. Galadriell se agarra no sobretudo de Mira, tremendo. Mira se vira para sua amiga e levanta uma sobrancelha.

"N-Não é medo ! S-Só estou me assegurando que você está bem…" - Galadriell diz.

Mira rola seus olhos e volta a andar. Ela acaba batendo em Momotarō, que está parada. "Opa ! Foi mal aí !"

"Não, eu é que me desculpo por ter parado repentinamente !" - Momotarō diz.

"A-Algum problema ?" - Galadriell pergunta.

"Nenhum. É só que…" - Momotarō diz. Ela solta um suspiro e dá um sorriso caloroso. "Como já sabem, não existem muitas pessoas que aceitam os Wrath. O que significa que Jyūshima é um lugar onde eles nem sonham em pisar. Isso é uma pena. Não porque eu perco dinheiro por causa disso, mas sim porque eles perdem experiências e lugares como esses…"

Mesmo com o céu caótico e o gigantesco sol de fogo roxo no céu, ver o enorme rio cruzando a verdejante, vivida e infinita floresta no horizonte, e sentir a brisa refrescante da água da cachoeira é uma experiência inesquecível e agradável. Mira e Galadriell se maravilham com a vista.

"Eu nem tinha percebido isso…" - Mira diz.

"Mesmo com o céu da maneira que está, ainda é uma paisagem digna de uma pintura." - Galadriell diz.

"É uma pena que as pessoas preferem mais propagar o ódio do que serem compreensivas." - Momotarō diz.

Galadriell solta um suspiro. "Essa é a natureza humana. Vivemos em tempos onde acham que o desconhecido significa uma ameaça."

"Perdão, eu não queria deixar todo mundo triste. Vamos continuar." - Momotarō diz.

As garotas voltam a caminhar. Finalmente, elas chegam em uma outra escada de madeira subindo. O grupo sobe essa escada, até chegarem no meio do topo das árvores. Lá, elas ficam maravilhadas com um vilarejo de casas e estruturas simples feitas de madeira com tetos de folhas, e com Mahamatra de diversas formas e tamanhos andando para todos os lados. Todos os lugares são conectados por pontes de madeira.

"Esse é o vilarejo dos Mahamatra." - Momotarō diz.

Todos os Mahamatra no local percebem Momotarō e começam a chamar por ela e pular de felicidade.

Momotarō acena para todos, enquanto sorri. "Olá, pessoal ! É bom ver vocês de novo também !"

"Você é bem famosa, huh." - Mira diz.

"Se acha que gostam de mim, esperem só até verem o que acham do Claude." - Momotarō sussurra para as garotas.

Elas continuam caminhando, até uma casa mais detalhada. Momotarō entra nessa casa. Mira e Galadriell a seguem.

"Ancião Nasiff ?" - Momotarō chama.

Uma voz idosa a responde. "Estou aqui, querida amiga."

Um cogumelo mais velho, usando bengala e vestimentas vermelhas chega.

Momotarō se abaixa. "Me disseram que alguma coisa aconteceu com o senhor. Tudo bem ?"

"Eu gostaria de dizer que sim, mas, infelizmente, este não é o caso." - Nasiff diz. Ele tosse.

"Essa não ! O que aconteceu ?" - Galadriell pergunta.

"Momotarō, alguma coisa está envenenando Avidya. Não fui o único afetado. Vários Mahamatra também estão ruins." - Nasiff diz. "O veneno não parecer ser letal, mas incapacitou muitos."

"I-Isso é uma catástrofe ! Significa que o selo já foi rompido !" - Momotarō diz, muito preocupada.

"O que é essa coisa que vocês estão falando ?" - Mira pergunta.

"Avidya é aquele enorme rio que cruzamos. Ele é a fonte de água principal de diversos animais e plantas em Jangal." - Momotarō diz.

"Então isso significa que a fauna e a flora estão em perigo !" - Galadriell diz.

Nasiff concorda. "Exatamente, minha cara. Não só meus queridos Mahamatra, mas também toda Avidya está pedindo socorro. Nós queremos mandar guerreiros, mas metade dos nossos foram envenenados. Além disso, Genbu foi para lá há dias, mas ainda não tivemos notícias."

"Nós vamos verificar. Não precisa se preocupar com isso, tá ?" - Mira diz.

"Isso mesmo. O senhor precisa se preocupar mais em se recuperar." - Momotarō diz.

"Não sei como agradecer a vocês. Os Mahamatra tem uma dívida infinita com todas." - Nasiff diz.

"Vamos nos esforçar ao máximo para descobrir o problema e resolvê-lo." - Galadriell diz.

As três vão embora.


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