Millennium Odyssey: Réquiem do Último Solstício escrita por Aquele cara lá


Capítulo 24
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Kearchole se defende de um ataque de Huli Jing. Os dois começam a forçar. A samurai consegue direcionar Yaldabaoth para o chão com Mikazuki Munechika e bater com o cabo da katana na testa de Cirius, o jogando para trás. Kearchole rapidamente se recupera e tenta atacar, mas para, quando Huli Jing cria vários clones de si e os espalha, em volta do local. Esses clones pegam suas katanas e avançam na direção do Wrath. Habilidosamente, Kearchole vai desviando dos clones e os cortando. Ele se abaixa, desviando de outro golpe, corta o braço de um dos clones fora, pega a katana que esse clone estava usando e se defende de um outro que vinha por suas costas. O Wrath consegue desarmar o clone, enfiar a katana no peito dele e usá-lo como escudo, se defendendo de outro ataque.

Kearchole joga esse corpo em outro clone, rapidamente se vira para trás e se defende de um ataque com Yaldabaoth. "Acha mesmo que consegue me enganar com essas ilusões baratas, sua traidora de merda ?!"

"Aos olhos do ilusionista, a ilusão é mera distração." - Huli Jing diz. Ela desaparece em uma cortina de chamas azuis.

"Ora, sua desgraçada !" - Kearchole diz, furioso. Ele se vira para trás e tenta se defender, mas é fortemente jogado contra uma parede.

Huli Jing está em sua forma de raposa, segurando Mikazuki Munechika em sua boca. Ela avança rapidamente na direção Kearchole, que se recupera do impacto e põe Yaldabaoth na frente do seu corpo, para se defender. Huli Jing acerta a lâmina e os dois começam a competir. O Wrath consegue jogar a samurai para cima. Enquanto no ar, Huli Jing se cobre com suas chamas e começa a rodar, jogando-as em Kearchole. Ele consegue se defender de algumas, mas acaba sendo acertado na perna por uma.

"Ugh !" - Cirius diz, em dor.

Huli Jing se desconcentra e acaba tropeçando, quando cai no chão. Mas ela rapidamente se levanta e volta a sua forma humana.

"Sua traidora desgraçada ! Cada segundo que passa só me faz querer mais e mais rasgar sua carne e ouvir você gritar !" - Kearchole diz, furioso. Ele avança na direção de Huli Jing.

A samurai se prepara para o golpe e consegue se defender. Os dois começam a trocar vários golpes rapidamente. Huli Jing ganha a troca. Ela consegue fazer um corte no braço de Cirius, fazendo os ataques pararem.

"Gah !" - Cirius diz, em dor.

Huli Jing acaba se desconcentrando. Kearchole aproveita essa oportunidade e, surpreendentemente, enfia a ponta de Mikazuki Munechika no peito de Cirius. A samurai se assusta e acaba tirando a espada com pressa, criando outra oportunidade, que o Wrath também se aproveita. Kearchole, em um golpe rápido e preciso, joga Mikazuki Munechika para fora das mãos de Huli Jing. O Wrath enfia a espada no peito de Huli Jing, reabrindo a ferida. A samurai cai no chão e começa a agonizar.

"Kyahahaha ! Não dá pra acreditar numa coisa dessas ! Como é que uma coisa patética como você conseguiu sobreviver tanto ?" - Kearchole pergunta. "Essa é a melhor piada que eu ouvi em um bom tempo ! Você sente piedade por esse humano ? Tá com dó desse saco de carne podre e patético ? Vai me dizer que gosta tanto assim dele ? Porque advinha só, ele não gosta de você. Lembra quem fez esse corte aí ? E ele vai fazer outro, se deixar." - O Wrath dá um sorriso maléfico. "Isso é uma boa ideia. Pronto, pivete. Eu te dou outra chance. Gostei desse corpo. Juntos, vamos fazer a melhor carnificina que esse lugarzinho de merda já viu. É só matar ela."

Cirius relutantemente ergue Yaldabaoth e se prepara para decapitar Huli Jing.

"Isso mesmo ! Acabe com todos ! Abrace a crueldade dentro de si !" - Kearchole diz.

As mãos de Cirius começam a tremer.

"Vamos ! O que está esperando ?! Termine o que começou !" - Kearchole diz, bravo.

Os lábios de Huli Jing se mexem, mas nenhum som sai. Contudo, isso não impede Cirius de identificar as palavras, que são "Eu lhe perdôo". As mãos de Cirius começam a tremer mais ainda.

"Anda logo, desgraçado !" - Kearchole diz.

Tudo se escurece. Não que isso faça diferença para Cirius, afinal, bem fundo, ele sempre soube que tudo sempre foi escuro e vazio. Cada emoção... Cada sensação... Nada mais do que meras coisas inventadas para suprir a necessidade de sentir algo. Cirius está nesse local completamente escuro, sentado em posição fetal.

"Não importa quantas vezes eu repita para mim mesmo, isso não muda a realidade..." - Cirius murmura para si mesmo. "…Não faz diferença nenhuma essa criatura pegar meu corpo... Eu vou continuar sendo o monstro que sempre fui…"

Cirius começa a se lembrar de um tempo distante. Uma memória longínqua. Uma memória de quando ainda era uma criança escrava, forçada a matar pelo prazer sádico do entretenimento de outros. Ele se vê trancado em uma cela completamente deplorável e pútrida, com um fedor capaz de queimar as narinas de qualquer um ou fazer o estômago de alguém se revirar em instantes.

Um guarda usando uma armadura negra como a noite passa pelas celas, com um balde em mãos. Conforme ele anda, vai jogando uma grotesca substância dentro das celas. Quando se aproxima da de Cirius, apenas um pouco da substância é jogada.

"Você não precisa disso mais do que os outros." - O guarda diz.

Cirius se arrasta até a gororoba e começa a devorá-la. Ele sente uma sensação horrível em seu estômago e tenta vomitar, mas tapa sua boca com suas mãos e engole seu vômito.

O guarda sorri, sendo entretido pelo sofrimento do jovem. "Se não gostou, pode sempre ir matar mais gente por uma recompensazinha." - Algo vem em sua mente. "Bem lembrado." - Ele limpa sua garganta. "Escutem, desgraçados ! Vamos abrir logo ! Quem quer matar alguém primeiro ?"

Todos os prisioneiros começam a bater nas celas e berrar o mais alto que conseguem. Inclusive Cirius. Não pelo fato de que está faminto, mas sim pelo fato de saber que quanto mais lutar maior são suas chances de morrer.

"…Nunca pertenci a nenhum lugar… Nunca mereci ninguém…" - Cirius murmura.

Cirius, ainda criança, está escondido atrás de um homem, no bar. Ele lentamente põe sua cabeça para fora das pernas do homem, com um olhar triste e vazio. Mira, também criança, escondida atrás de uma mulher, faz o mesmo. Os dois se olham.

"Miranda, querida, eu gostaria de te apresentar seu novo irmão." - O homem diz.

"E-Eu não gosto dele ! Ele é esquisito e feio !" - Mira diz.

"Não seja assim, filha. Ele passou por umas coisas ruins e precisa de um amigo." - A mulher diz.

"Mas, mamãe !" - Mira diz.

A mulher solta um suspiro, se agacha e faz carinho na cabeça de sua assustada filha. "Você não disse que sempre quis um irmãozinho ? Qual o problema com ele ?"

"Vários !" - Mira diz.

Algum tempo se passa. Cirius e Mira estão trabalhando no bar, junto com sua avó. Mira tenta pegar uma caneca, em uma prateleira, mas não alcança. Cirius se aproxima para ajudá-la, mas a garota se assusta, quando ele se aproxima, fazendo Cirius dar alguns passos para trás, apreensivo.

A senhora nota a tensão no ar e se aproxima dos dois. "Cirius, faz um favor para sua avó."

"Claro, vovó." - Cirius diz, sorrindo.

"Hoje tem feira, e alguns vegetais que eu preciso acabaram. Pode ir comprar, por favor ?" - A senhora pergunta.

"Com todo prazer, vovó." - Cirius diz, indo embora cantarolando. Ele percebe algo e para. "A vovó esqueceu de me dizer o que ela queria." - Cirius volta. Quando ele vai abrir a porta, escuta uma conversa entre sua avó e Mira.

"Por que não, Miranda ?" - A senhora pergunta.

"Ele é um monstro, vovó ! Ouvi a mamãe e o papai dizendo que ele matou um monte de gente !" - Miranda diz. "O que impede aquela coisa de machucar eles ?"

A idosa solta um suspiro cansado. "Bom, você tem razão. Mas não é só porque ele fez isso, que é uma pessoa ruim. Muitas vezes, as pessoas são obrigadas a fazerem coisas que não querem."

"Mesmo assim, eu ainda não confio nele." - Mira diz.

As mãos de Cirius tremem um pouco. Mesmo com toda a angústia que está sentindo, ele respira fundo, põe o melhor sorriso que consegue em seu rosto e entra no local. "Vovó ! A senhora esqueceu de dizer o que queria !"

A idosa se recompõe e finge que nada aconteceu. "Como sou tola. Perdoe sua avó, Cirius. Essa cabecinha já não funciona como antigamente." - Ela caminha até um balcão, pega um pedaço de papel e entrega para Cirius. "Preciso disso o mais rápido possível, certo ? Os clientes já começaram a pedir os pratos."

"Certo, vovó !" - Cirius diz. Ele vai embora. Enquanto sai, Cirius nota que Mira está olhando cada passo dele pelo canto de seus olhos, tentando fingir que não está assustada. Ele ignora isso e vai embora.

Cirius chega em uma feira lotada de pessoas andando de um lado para o outro. Por onde ele passa, as pessoas o julgam discretamente com seus olhares. Mas Cirius ignora isso. O jovem vai até uma bancada com frutas e verduras.

"Como posso ajudar-" - O vendedor diz, se interrompendo quando vê Cirius. Ele limpa sua garganta e tenta o máximo possível esconder seu desgosto. "Não que eu queira ser rude, mas sua presença não é boa para os negócios. Poderia se retirar ?"

Cirius ignora a proposta e mantém seu falso sorriso inocente. Ele entrega a lista para o vendedor. "A vovó precisa disso daqui."

O homem solta um suspiro e murmura para si mesmo. "Bastardo persistente." - Ele limpa sua garganta novamente, pega alguns vegetais e legumes e os joga dentro de um saco. "Aqui. E peça para sua avó vir falar comigo depois. Preciso conversar com ela sobre certas… coisas."

Cirius concorda com sua cabeça. "Certo." - Ele põe algumas moedas em cima do balcão, pega o saco e vai embora, assobiando.

Cirius caminha por mais alguns minutos, até que quase chega no bar, mas para, quando algo acerta seu nariz em cheio. Cirius vê que foi uma pedra que o acertou. Seu nariz começa a sangrar. Mais pedras são jogadas. Uma acaba acertando o olho de Cirius, que também sangra. Ele acaba deixando o saco com as compras cair no chão e se agacha, tentado se proteger. "Eu tô bem… Eu tô bem… Eu tô bem… Eu tô bem…" - Cirius continua repetindo essas palavras incessantemente em sua mente, até que para de ser alvejado.

Até aquele momento, Cirius não pensava em nada que não fosse se proteger. Mas quando essa necessidade se cessou, o garoto percebeu o estado em que estava, cheio de feridas. E foi quando a dor agonizante em seu olho começou. Ele se agachou no chão e começou a se contorcer e agonizar. Cirius cogitou chorar, mas lágrimas iriam apenas prolongar mais sua dor. O garoto também percebe que deixou as importantes compras caírem. Ele ignora qualquer dor que está sentindo e se arrasta para as compras. Era a prioridade no momento. Cirius sabia que sua querida avó estava contando com ele, não podia decepcioná-la. Ele estende sua mão para pegar uma cenoura caída, quando alguém pisa nela. Cirius olha para cima e vê um trio de arruaceiros, com pedras em suas mãos.

A criança maior, aparentemente o líder, está pisando na mão de Cirius. "Abaixa essa cabeça, esquisitão !" - Ele pisa na cabeça de Cirius e força ela contra o chão.

"Aquela garota do bar tinha razão, ele é um esquisito mesmo. Nem revida nem nada." - Outro arruaceiro diz.

As feridas de Cirius começaram a arder mais. Agonizar mais. Ele queria gritar, berrar, urrar, fazer o barulho mais alto que conseguisse com sua garganta, mas decidiu permanecer em silêncio. Sabia que o mundo era surdo para ele. Ou pior, se fingia de surdo. As pessoas claramente podem ver o sofrimento e humilhação que está acontecendo, mas não fazem nada para impedir. Por que se preocupariam com um monstro ?

O líder dos arruaceiros cogita causar mais humilhação, mas a falta de reação de Cirius o faz desistir da ideia. E nesse momento, ao olhar de Cirius, a pior das decisões foi tomada: os arruaceiros simplesmente vão embora, como se nada tivesse acontecido. Foi quando o choque de toda a dor física e emocional fez Cirius tomar sua primeira ação no que pareceram ser anos de tortura. O garoto começou a rir. Nenhuma piada foi contada. Nenhuma piada lhe veio à mente. Mas tudo que podia fazer na situação em que se encontrava era rir. Seguido das risadas, vieram as lágrimas. Não lágrimas de desespero. Não lágrimas de felicidade. Mas sim, lágrimas de aceitação. Aceitação de que aquela era sua realidade. Aceitação de aquela era sua vida. Naquele momento, Cirius desejou que as pedras dos arruaceiros fossem lâminas. Que alguma das pedras estourasse o nariz dele e ele acabasse sufocando em seu próprio sangue. Que o líder dos arruaceiros tivesse estourado a cabeça dele com a pisada. Para acompanhar seu sofrimento, Cirius pode claramente ouvir as conversas em volta de si. Conversas que não envolvem ele, em lugares que não envolvem ele. Nada que não fosse sofrimento envolvia ele. Assim Cirius permaneceu, imóvel no chão, com seu rosto encharcado de lágrimas e gargalhando como se alguém tivesse lhe contado a melhor piada da sua vida.

"…Minha vida sempre foi uma piada doentia… Eu só trago sofrimento e tristeza para as pessoas que eu gosto…" - Cirius diz.

De repente, Cirius sente um pequeno calor aconchegante em volta de si. Ele levanta sua cabeça e vê dois braços feitos de uma misteriosa luz dourada o abraçando. Cirius se levanta, assustado. Ele olha para trás e vê a estranha silhueta do que parece ser uma mulher com longos cabelos, que vão até o chão, feita da misteriosa luz dourada. Não há escuridão perto dela.

A silhueta estende sua mão para Cirius. Ele tenta negar por medo, mas se sente estranhamente confortável ao ver aquela figura misteriosa. Como se a mera visão dela limpasse toda a agonia e sofrimento de sua alma.

Esses sentimentos calorosos de esperança fazem Cirius perceber a situação em que se encontra e voltar a si. "De que droga eu tô falando ? Meus amigos tão bem aqui. E eu tô do lado deles, onde deveria estar. E, nesse exato momento, eles tão precisando de mim. Não tenho tempo pra ficar pensando em besteiras." - Ele caminha até a silhueta e pega a mão dela.

A silhueta desaparece, deixando apenas uma pequena centelha na palma da mão de Cirius. Ele encosta a centelha em seu peito. "Eu sei muito bem o que sou, e não me arrependo nem um pouco disso."

Lentamente, a escuridão começa a desaparecer.

"Ugh ! Que maldita demora ! Vou degolar vocês eu mesmo !" - Kearchole diz, bravo. A criatura tenta mexer sua mão, mas não consegue. A mão de Cirius está tremendo. "Maldito desgraçado persistente ! Submeta-se logo a mim !"

"…Não vai…" - Cirius diz.

Todos se espantam.

"Isso é inacreditável… ! Ele recuperou o controle de sua mente apenas com pura vontade própria... !" - Huli Jing diz.

"Cirius !" - Rosaria diz, alegre.

"Se renda ! Não há como você-" - Kearchole diz, sendo interrompido por Cirius.

"Eu sei, eu sou um monstro, assim como você !" - Cirius diz. "Mas eu aprendi uma coisa na minha vida: existem pessoas mais monstruosas que qualquer Wrath, assim como…" - Ela olha para Huli Jing. "…existem Wrath mais humanos que muitas pessoas."

"Ora, seu pivete ingrato !" - Kearchole diz.

Com dificuldade, Cirius começa a mexer seu braço direito até seu olho esquerdo.

"O que pensa que está fazendo, desgraçado ?!" - Kearchole pergunta, furioso.

"Você é uma erva daninha... E se precisar ser arrancada pela raiz, faço questão de fazer isso... !" - Cirius diz. Ele põe a mão na gosma negra cobrindo seu olho esquerdo.

"Cirius, você não pretende-" - Rosaria diz, se interrompendo quando, sem nenhuma hesitação, Cirius arranca a gosma, arrancando também seu olho esquerdo, com uma puxada brusca.

Todos ficam boquiabertos com a ação de Cirius.

Um choque corre pelo corpo de Cirius. Ele sente a dor mais agonizante que sentiu em sua vida, enquanto o sangue jorra pelo buraco onde seu olho estava. "Ugh-" - Antes mesmo que começasse a urrar de dor, Cirius morde seu lábio inferior, aguentando a dor agonizante que sente. Ele cobre uma de suas mãos com sua chama roxa e coloca em seu olho, cauterizando a ferida e parando o sangramento.

"Filho de uma puta desgraçado ! Eu vou acabar com você usando o poder que absorvi do seu corpo !" - Kearchole diz, furioso. A criatura começa a crescer.

Cirius rapidamente pega Kearchole e joga a criatura o mais longe que consegue, para fora da casa. "Hah… Hah… Hah… Ugh !" - Ele se apóia em um joelho. Cirius aguenta a dor e se levanta.

Uma grande flor de pétalas roxas, com uma boca com dentes humanos retorcidos e um grande olho dentro dela, e algumas outras flores menores iguais aparecem, na floresta.

"Precisamos tirar o Claude daqui… !" - Vega diz.

"Ninguém precisa fazer nada. Eu vou acabar com aquela coisa." - Cirius diz.

"Isso é loucura ! Você não pode enfrentar aquilo sozinho ! Muito menos no estado em que está !" - Rosaria diz.

"Suas feridas são muito graves para entrar em combate… ! Isso é suicídio... !" - Vega diz.

"Deixe-me ajudá-lo… !" - Huli Jing diz.

"Comparado com todo mundo, eu tô mais inteiro." - Cirius diz. "Além disso…" - Ele se vira para Huli Jing e olha profundamente nos olhos dela. Cirius dá um sorriso caloroso e reconfortante. "…eu preciso de você no melhor estado possível pra me treinar, tia Jing."

Huli Jing mal consegue conter sua felicidade e seus olhos começam a lacrimejar. Ela sorri e concorda com sua cabeça. "Considere este como mais um de seus testes. Não desaponte sua mestra."

"Não vou." - Cirius diz. Ele corre até uma parede, pula ela e começa a correr na direção de Kearchole, com Yaldabaoth em mãos. "Você queria um monstro e aqui está ele. Vamos ver se ainda vai gostar dos resultados."

Cirius se aproxima de Kearchole. A criatura abre a boca de uma das flores menores e tenta come-lo, mas ele consegue desviar, deslizando pelo chão. Cirius rapidamente se levanta e corta o caule dessa flor com um corte preciso. A flor cai no chão. Outra emerge do chão, jogando ele para cima. As flores começam a cuspir sementes com suas bocas. Cirius corta essas sementes com Yaldabaoth. Uma das bocas tenta pegá-lo, mas ele enfia sua espada no olho dentro da boca dessa flor e cobre Yaldabaoth com suas chamas roxas. A flor incha e explode, jogando Cirius no chão. Ele rapidamente corta um bambu no meio, o pega e enfia com força no olho dentro da boca de outra flor que vinha atacá-lo por trás. Cirius retira esse bambu e se impulsiona para cima com ele, desviando de uma flor que se arrastava pelo chão. Ele cai com sua espada na flor, a cortando ao meio. Mais outra flor cresce no lugar dessa.

"Quanto mais eu corto, mais crescem, huh ? Então eu só preciso eliminar o mal pela raiz." - Cirius murmura para si mesmo.

Mais flores saem do chão. Cirius desvia dos ataques delas. Ele corta vários bambus e os joga em Kearchole. Os bambus se fincam na criatura, mas não causam nenhum efeito. Cirius corre na direção de Kearchole. As plantas avançam na direção dele. Cirius pula, desviando de uma delas. Ele sobe nessa planta e começa a correr por ela, indo na direção do corpo principal. Uma planta tenta impedi-lo, mas Cirius se desvia do ataque dela e pula nessa planta. Outra planta faz o mesmo. Ele também repete sua ação. Cirius pula dessa planta que está e se agarra em um dos bambus encravados no corpo de Kearchole e se joga para o próximo. Assim, ele começa a escalar a criatura. Kearchole se desespera e começa a se debater. A criatura consegue jogar Cirius para cima.

"Obrigado pelo atalho." - Cirius diz. Ele segura o cabo de Yaldabaoth com o máximo de força que consegue e começa a se concentrar. O fio da lâmina é coberto pelo brilho dourado. "Eu não me importo se você quebrar aqui. Desde que seja protegendo alguém, qualquer dano é válido."

Kearchole junta todas as flores em volta de si, em uma tentativa desesperada de fazer um escudo.

Cirius encosta no escudo de plantas. "Postrema Solstitium Requiem !"

Os dois começam a competir.

"Você me perguntou o que eu era, não foi ? Aqui está sua resposta." - Cirius diz. Lentamente, Yaldabaoth começa a cortar pelas flores. Cirius se lembra de seus momentos de sofrimento, mas também se lembra de seus amigos e os momentos que passaram juntos. "Eu sou a luz que brilha para guiar aqueles que perderam seus caminhos."

De repente, Yaldabaoth passa pelas flores como uma faca quente por manteiga. A espada atinge o corpo principal. Cirius chega ao chão, cortando o corpo de Kearchole ao meio pelo caminho.

Cirius vai embora, caminhando. Ele para. "Eu tomaria cuidado com o que deseja. Pode acabar recebendo." - Cirius guarda Yaldabaoth em sua cintura e volta a caminhar.

Os pedaços do corpo de Kearchole se separam e começam a queimar com as chamas roxas, assim que Cirius guarda sua espada. Em questão se segundos, a criatura é incinerada completamente pelas chamas.

O grupo na casa vê a planta monstruosa terminando de queimar.

"Ele... realmente conseguiu…" - Rosaria diz.

"Cirius é incrível…" - Vega diz.

Rosaria se vira para Huli Jing, que está com um sorriso de orgulho em seu rosto. "A senhora não parece preocupada, mestra."

"Por que ficaria ? Eu conheço muito bem o potencial de meus discípulos." - Huli Jing diz. "Dito isso…" - Ela solta um suspiro, como se estivesse tirando um enorme peso de seus ombros. "É bom saber que ele está bem."

Cirius pula a parede novamente, entrando. "Eu disse que ia voltar."

"Você disse..." - Vega diz.

"Plantinha nenhuma vai tirar uma com… a… mi… nha… c… a… r… a…" - Cirius diz, enfraquecendo e caindo no chão, como um boneco que teve suas cordas cortadas.

"Essa não ! Cirius !" - Rosaria diz, preocupada.

"Eu tô legal…" - Cirius diz. O olho dele volta a sangrar. "…Talvez nem tanto…"

Vega solta um suspiro. "Você cauterizou errado, e agora a ferida está pior... Sorte a sua eu saber concertar isso..."

"Mas você não pode parar de curar o Claude." - Cirius diz.

"É exatamente por isso que eu preciso da ajuda de vocês duas..." - Vega diz. Ela olha para Qinglong. "Você também, amigo..."

Algum tempo se passa. Cirius está deitado em um pano, no chão de um quarto depravado, iluminado por um lampião em cima de um criado mudo desgastado e empoeirado. Há faixas cobrindo seu olho esquerdo. Ele solta um longo suspiro, se lembrando de todos os acontecimentos recentes.

Huli Jing entra no quarto, com um pano e uma vasilha de madeira com água em mãos. "Fico feliz em saber que o procedimento ocorreu sem problemas."

"Bom, você e a Rosaria fizeram o possível pra melhorar esse arrombo na minha cara. Eu é quem devia agradecer." - Cirius diz.

Huli Jing se senta na frente de Cirius e começa a retirar as faixas de seu olho. Ela encara brevemente a queimadura, um pouco triste, mas se recupera, molha o pano e começa a passar nela. "…Como se sente ?"

"Idiota, com um olho a menos e estranhamente com vontade de nunca mais ir em um jardim na minha vida." - Cirius diz. "Isso é normal ?"

"Uh… Tenho quase certeza de que não... ?" - Huli Jing diz, confusa. Ela dá uma leve risada disfarçada.

"Qual a graça ?!" - Cirius pergunta, bravo.

"Perdão. É que eu apenas me lembrei de certos acontecimentos." - Huli Jing diz.

"Falando em acontecimentos…" - Cirius diz.

"Não se preocupe. Me recupero muito mais rápido do que humanos." - Huli Jing diz. Ela termina o que estava fazendo e enfaixa o olho de Cirius com novas faixas. "Pronto."

"Não é só isso… Eu…" - Cirius diz, triste. Ele solta um suspiro. "Eu sinto muito por tudo que aconteceu. Várias pessoas se machucaram por minha causa. Se eu não tivesse agido feito uma criancinha impulsiva e idiota, nada disso teria acontecido. Confesso, sabia que estava errado. No fundo, eu sei que você só queria me ajudar. Mas alguma coisa no meu cérebro não queria aceitar que um Wrath podia ser tão bondoso."

Huli Jing faz carinho na cabeça de Cirius. "Está tudo bem. Eu sei como se sente. Um dia, você acorda, vê seu reflexo, mas não se vê. Tudo que consegue enxergar é a consequência de suas ações. Mas você é mais do que apenas isso. Você é o culminado de suas emoções, suas memórias, suas feridas, seu conhecimento, seus defeitos, suas qualidades, e muito mais. Obviamente coisas ruins acontecerão. Mas enquanto houver esperança, há luz." - Ela limpa sua garganta. "Não que eu saiba como um ser humano se sente."

"Sabe, a única coisa que separa um humano de qualquer outra coisa é só a raça. Tirado isso, todo mundo é igual. Honestamente, pra mim, isso não faz diferença nenhuma. Eu sempre contei com o que tem dentro, não com o que eu vejo por fora." - Cirius diz.

"Talvez seja por isso que arranjou amigos fiéis como os seus." - Huli Jing diz.

"Heh, pode ser…" - Cirius diz, ponderando. "Posso te pedir um favor ? Tem uma coisa que eu estive pensando faz um tempo, e eu acho que você pode me ajudar com isso."

"Claro. Eu sempre farei o máximo possível para ajudar um querido discípulo." - Huli Jing diz.

"É sobre isso mesmo que eu queria conversar…" - Cirius diz, um pouco hesitante. "Toda essa confusão me fez perceber o quão idiota sou por assumir coisas que as pessoas pensam e tomar decisões por elas. O que eu quero te pedir é-"

O som de passos e conversa interrompem os dois.

Cirius se anima e se levanta. "O pessoal chegou !"

"Cuidado ! Sua condição ainda não está totalmente estável !" - Huli Jing diz, preocupada.

"V-Verdade." - Cirius diz. Ele solta um suspiro. "Viu ? Tô sendo impulsivo de novo."

"Faz parte da sua personalidade. Não pode negar quem é para si mesmo." - Huli Jing diz.

"Isso também é verdade..." - Cirius diz. Ele se curva. "Eu posso ver meus amigos, mestra ?"

Huli Jing dá um leve sorriso. "Muito bem. Mas lembre-se da sua condição física."

Cirius concorda com sua cabeça. "Certo. Não vou me esforçar." - Ele vai embora.

Huli Jing se levanta e acompanha Cirius, escondendo um sorriso com sua mão.

O grupo se aproxima de Vega e Rosaria.

Rosaria cumprimenta o grupo com um sorriso caloroso. "Olá, pessoal ! Bom saber que estão bem. E olá, Momo."

"É bom revê-la, Rosaria." - Momotarō diz.

"Vega, eu sei que você está muito ocupada, mas precisamos da sua ajuda urgentemente !" - Èris diz, um pouco desesperada.

"O que foi… ?" - Vega pergunta.

"Kaito não consegue mais mexer os braços !" - Luna diz.

"Eu fico longe por um ano, e vocês começam a cair aos pedaços…" - Vega diz.

"Sabe como concertar isso ?" - Decker pergunta.

"Primeiro, preciso saber a origem do mal funcionamento…" - Vega diz.

"Magia demais." - Kaito diz.

"Oh… Se é apenas uma descarga, seu sistema nervoso parou de funcionar por excesso de magia…" - Vega diz. "Não vai poder se mexer por algum tempo, até o fluxo de magia se concentrar dentro de você."

Èris imediatamente relaxa seus ombros e fica mais tranquila, ao ouvir as boas notícias. "Ainda bem… Nunca mais, me ouviu ?"

"Tá..." - Kaito diz.

Luna sente o cheiro de algo. "…Luna sente cheiro de marido…"

"Porque eu tô bem aqui." - Cirius diz, atrás do grupo.

O grupo se vira e vê seu colega e Huli Jing. Eles imediatamente se preocupam com as feridas em ambos.

"O que aconteceu aqui !?" - Decker pergunta, surpreso.

"Você tá legal, carinha ?" - Kaito pergunta.

Luna corre até Cirius e começa a inspecionar ele. "Marido ! Quem machucou o marido de Luna ? Luna vai bater em quem fez isso !"

Cirius faz carinho na cabeça de Luna. "Tá tudo bem, Luna. Eu tô bem, agora."

"Mas Luna não se perdoa por ter deixado marido se machucar !" - Luna diz.

"Tá tranquilo. Eu fico mais feliz ainda de saber que você tá bem." - Cirius diz.

"Que droga aconteceu com você, maninho ?" - Mira pergunta, apontando para o olho de Cirius.

Cirius solta um longo suspiro. "É uma looonga história..."

"Mestra, o que aconteceu aqui ?" - Momotarō pergunta. "Na verdade, uma pergunta mais importante seria: esse jovem… ele…"

Huli Jing concorda com sua cabeça. "Cirius Esdeath."

Momotarō caminha na direção de Cirius lentamente. Quando chega perto, ela hesita, mas acaba o abraçando.

"Uh… Ok..." - Cirius diz, confuso.

"Cirius, esta é uma de minhas discípulas, e imperatriz de Jyūshima, Momotarō." - Huli Jing diz.

"E-Eh !?" - Cirius diz, surpreso. "É-É um prazer te conhecer, vossa majestade !"

"Você não se lembra dela, mas Momotarō foi uma das pessoas que protegeu sua mãe, quando ela veio para cá. Ainda estava na barriga de sua mãe, na época." - Huli Jing diz.

"Então éramos amigos ?" - Cirius pergunta.

"'Amigos'… é um dos termos que pode ser usado. Na verdade, os dois não se davam muito bem." - Huli Jing diz. "Você costumava chutar a cara dela, toda vez que Momotarō se aproximava da barriga de sua mãe para falar com você."

"…Oh…" - Cirius diz.

"Você cresceu tanto…" - Momotarō diz, com um tom de nostalgia em sua voz. "Suas mãos são quase maiores do que as minhas…"

"Valeu… ?" - Cirius diz, ainda confuso.

Luna lima sua garganta. "Luna acha acha que mulher importante tá abraçando demais o marido."

"Marido ? Você já se casou !?" - Momotarō pergunta, surpresa.

"Nós NÃO SOMOS casados !" - Cirius diz. Ele limpa sua garganta. "O que me lembra… Olha, eu sei que todo mundo tá preocupado comigo, uns com os outros e tudo mais, mas eu preciso fazer uma coisa. Luna, pode vir aqui comigo, por favor ?" - Cirius vai embora.

"Claro, marido~♥" - Luna diz, alegremente seguindo seu amigo.

Os dois vão até o quarto em que Cirius estava. Eles se sentam um ao lado do outro.

Cirius respira fundo. "Eu te trouxe aqui porque quero pedir desculpas. Por tudo."

Luna inclina sua cabeça, confusa. "Mas marido não fez nada para Luna."

"Não, Luna, eu fiz muita coisa." - Cirius diz. "Pra começar, preciso pedir desculpas por ter mentido pra você. Luna, na verdade, não foi sua mãe quem espantou a horda de Wrath em Kalian, muito menos nós quem derrotamos o Goliath da Milena, foi você. Você que fez tudo isso. Quando alguém que você gosta se machuca gravemente, você acaba perdendo o controle de si mesma e entra em um modo de fúria extrema. Mas não se preocupa, você ainda continua sendo você mesma, só não se lembra de nada depois que acaba."

Luna permanece em silêncio.

"Eu sei que é bastante coisa pro seu cérebro processar, mas eu tinha de confessar isso." - Cirius diz.

"…Na verdade, Luna meio que já tinha uma ideia disso… Luna pode não ser a Whash mais inteligente, mas Luna sabe que amigos não estavam em condição de derrotar bicho grande da mulher malvada. Foi aí que Luna começou a pensar que tinha alguma coisa estranha…" - Luna diz.

"Me desculpa mesmo. Só não falei mais cedo porque tinha medo de que você acabasse achando que era uma aberração e ficando com medo de si mesma." - Cirius diz.

"Luna fica feliz que marido se preocupa." - Luna diz.

"E… eu também tô te falando isso agora porque acho que a mestra Huli Jing pode te ajudar. Talvez ela saiba alguma maneira de controlar isso. Assim, você não vai mais precisar se preocupar." - Cirius diz.

"Bom, Luna não sabe o que quer fazer com isso, mas se vai ajudar amigos, então Luna vai treinar bastante !" - Luna diz. Ela tenta se levantar, mas Cirius a impede. "O que foi, marido ?"

"Tem mais uma coisa que eu preciso dizer." - Cirius diz. "…Desculpa…"

"Marido não tá fazendo sentido." - Luna diz.

"Desculpa por tudo que eu te fiz, desde que nos conhecemos. Eu nunca te tratei do jeito que você merecia, sempre fui arrogante, mas você continuou do meu lado. Chuva, sol, neblina, frio, calor, triste, feliz, com fome, com sono, com sede… Qualquer que fosse a ocasião, você estava do meu lado, mas eu sempre te ignorei." - Cirius diz. "A verdade é que eu só não queria que você se machucasse. Fisicamente e psicologicamente. Não queria que você acabasse me dando muita atenção e esquecesse de cuidar de si mesma. Também não queria acabar te decepcionando, não te dando toda atenção e carinho que você merece. E isso só piorou quando eu descobri quem realmente era. Não queria que você acabasse se machucando por minha causa. E, mesmo assim, isso aconteceu. Se não fosse por minha causa, você não teria essa cicatriz enorme no seu rosto, nem essas no seu braço. Mas agora isso mudou. Eu percebi que isso não é uma escolha minha, mas sim, sua. Nunca foi uma decisão que EU tinha de tomar. Mais uma vez, sinto muito por ter feito tudo que fiz. E espero que, algum dia, você possa me perdoar e me dar uma segunda chance pra mostrar que eu realmente me arrependi e mudei."

Luna não sabe o que dizer.

"Eu sei que pisei na bola, e prometo não fazer mais isso." - Cirius diz.

É fisicamente possível ver que Luna está tentado achar alguma emoção. Ela não sabe se chora, fica feliz, fica triste, fica confusa. Então, Luna apenas respira fundo, junta uma de suas mãos a de Cirius e olha no, agora, único olho dele. "Luna já disse isso várias vezes, e vai continuar dizendo isso até que toda Bastion Spei acabe. Luna ama Cirius por quem Cirius é. Luna se sente segura e confortável do lado de Cirius. Luna ama passar o tempo com Cirius e ouvir as histórias que Cirius conta. Toda manhã, Luna acorda e a primeira coisa que faz é ver se Cirius está dando o sorriso desajeitado que Cirius dá quando acorda. Se estiver, o dia de Luna fica imediatamente um milhão de vezes melhor. Se não estiver, Luna vai fazer o melhor possível pra fazer Cirius sorrir e deixar o dia de Cirius um milhão de vezes melhor. Porque não existe pintura, paisagem, nem nada nesse mundo que traga mais felicidade pro coração de Luna do que o sorriso da pessoa que ela ama e quer passar o resto da vida com. Então, sim, Luna aceita, sempre aceitou e sempre vai aceitar Cirius, o único e verdadeiro amor de Luna."

Cirius dá um leve sorriso. "Huh, eu nunca pensei que ia me confessar pra uma garota em um quarto de madeira velha, cheio de poeira, e com um olho a menos."

"E Luna nunca pensou que Cirius ia se confessar." - Luna diz.

"Então… Isso, uh… Isso significa que a gente tá... Você sabe…" - Cirius diz, um pouco envergonhado.

Luna se inclina e beija Cirius. O jovem até pensa em resistir, mas abandona a ideia e apenas acompanha sua amiga.

Cirius nota que Luna começa a chorar e para de beijá-la. "O que foi !? Eu fiz alguma coisa !?"

Luna imediatamente se joga em Cirius e começa a dar vários beijos nele, enquanto soluça pelo choro. "Luna ama marido ! Luna ama marido ! Luna ama marido ! Luna ama marido pro resto da vida !"

Cirius sorri, abraça Luna e faz carinho na cabeça dela. "A partir de hoje, vou ficar com você pro que der e vier. Não vou te abandonar por nada, Luna. Isso é uma promessa."

E assim o recém casal continuou. Luna demonstrando sua grande quantidade de amor da melhor maneira que conseguia, enquanto Cirius afagava sua amada companheira.


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Notas finais do capítulo

Alguém gostou do jeito que eu escrevi esse capítulo ? Eu tentei uma abordagem diferente na escrita e tô com uma opinião dividida. Não sei se eu continuo escrevendo assim ou não.



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