Kháos escrita por Alice


Capítulo 15
Lene


Notas iniciais do capítulo

Sign.: 1. de maneira suave, cuidadosa. 2. através de gestos cuidadosos, com gentileza.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/807129/chapter/15

— Certo, o que vamos fazer agora?

Jackson a encarou confuso após desviar a atenção da tela do notebook apoiado em suas pernas. Ramona puxou um travesseiro para seu colo antes de cruzar as pernas abaixo do corpo e apoiar o ombro na cabeceira da cama. Eram quase meia-noite, seus olhos pesavam em cansaço e havia passado o dia remoendo sua nova decisão. Era hora de encarar a verdade de frente, quer estivesse assustada ou não. Devia prosseguir apesar do medo, não iria deixar que seus receios ditassem cada passo de sua vida. E sendo sincera consigo mesma, escutar o som do pequeno coraçãozinho que se encontrava crescendo dentro do seu útero, aquecido e protegido do resto do mundo, a impulsionou a tentar.

— Do que você está falando?

— Do bebê. - respondeu, tombando a cabeça para o lado e a apoiando na parede. - O que fazemos agora? Qual o plano?

— Viver? - indagou um tanto receoso.

— Ah, por favor, Jackson, eu sei que você tem alguma planilha de gastos em algum lugar. - gesticulou para o notebook em suas pernas.

O Fuller sorriu minimamente, abrindo uma pasta e clicando em um documento. Virou o eletrônico para que Ramona visse os tópicos escritos em uma planilha não acabada. Admitia que ainda se impressionava com a organização dele, o homem sentado ao seu lado era o completo oposto do garoto com quem cresceu, ou ele sempre esteve ali, mas ninguém o dava crédito suficiente para que amadurecesse. Bem, não iria começar a dissecar a psique de Jackson ou corria o risco de enlouquecer.

— Está mais para uma lista de itens que vamos precisar e os gastos que vamos ter. - passou o notebook para ela, apoiando o corpo nos travesseiros para que os dois pudessem ver.

Começou a ler a lista, rolando para baixo e sentindo seu peito apertar quando percebeu o quão despreparada estava. Porém, era ela quem estava gerando aquela criança, era um trabalho tremendo que exigia vinte quatro horas por dia e isso fez a sensação de desespero que sentia diminuir um por cento.

— Consultas, ok, roupas, ok, móveis? - franziu a testa, o encarando confusa. - Não está muito cedo?

— Temos quase seis meses para nos prepararmos. - a lembrou, rindo quando a escutou bufar impaciente, sabia o quanto ela detestava contagens regressivas. - Não custa nada reservar dinheiro para o futuro.

— Certo, talvez você tenha razão. - concordou a contragosto.

— Hum? O que foi isso? Ramona Gibbler acabou de dizer que eu tenho razão?

Cruzou os braços, franzindo o nariz em uma careta ao tom de exagerada incredulidade.

— Algo que você nunca mais vai escutar se continuar desse jeito.

— Aposto dez dólares que até o final da semana você vai estar dizendo isso novamente.

— Quando você ficou tão cheio de si?

— Eu sempre estive certo, você é quem se recusava a ver isso.

Argh. - ignorou as risadas altas dele, voltando à leitura. - Produtos básicos, ok, alimentação...

— Não faça essa cara. - disse, apertando seu nariz em uma velocidade que o impediu de ser estapeado. - Falei com uma conhecida médica e ela disse que nessa fase você precisa se alimentar de três em três horas com comidas saudáveis.

Ignorou o calor que se espalhou por seu peito ao saber que ele estava se preocupando tanto, os hormônios a estavam deixando ainda mais emotiva, e focou na parte que a fez reclamar alto.

— Eu sou saudável.

Abriu a boca indignada quando o escutou gargalhar como se ela tivesse dito a piada mais sem graça do mundo. Recuperando o ar, Jackson afirmou em um tom provocador.

— Só depois que eu vim morar aqui. Sua alimentação antes estava pior que a do Jackson de dezesseis anos.

— Retire o que disse!

— Nuncaaa. - cantarolou animado, rindo e desviando das mãos dela. - Você sabe que é verdade.

— Eu não vou dizer que você tem razão quando você me acusa dessa maneira tão baixa. - sorriu satisfeita ao vê-lo tentar fazer uma cara séria.

— Ei! Eu não era tão horrível.

— Mas também não era o garoto mais legal do baile. - provocou, se encostado em seu ombro enquanto o observava levar uma mão ao peito em ofensa.

— Agora você só está sendo má. - apontou, um sorriso tentando se instalar em seu rosto. - Se lembra de quando terminei com a Rocki e você me disse que teria outras garotas com baixas expectativas na vida que me dariam uma chance? Há! O que seu antigo eu diria agora?

Cruzou os braços inconformada, não iria se dignar a responder aquilo. Até porque a antiga Ramona provavelmente iria vomitar se descobrisse o que o futuro a havia reservado. E sim, ela tinha que admitir a veia dramática da família porque tinha a certeza de que iria literalmente vomitar. Empinou o queixo, desviando o olhar para o outro lado do quarto. Jackson ainda ria, mas não conseguiu segurar a pose de irritação por muito tempo, logo seu corpo estremeceu quando um longo bocejo a escapou. Naturalmente o entregou o notebook e começou a mergulhar nas cobertas macias, seus olhos pesando e seu corpo amolecendo.

— Você já está dormindo?

Escutou ao longe a voz incrédula de Jackson, apenas murmurou algo que nem ela havia entendido e rolou de costas para ele, apertando a manta contra o corpo. Em pouco tempo acordou levemente ao sentir braços fortes a abraçando pela cintura, seu corpo sendo puxado contra outro quente e familiar. Sorriu suavemente, cobrindo as mãos dele que estavam apoiadas sobre sua barriga com as suas. Os lábios frios tocando sua nuca em um beijo carinhoso foram sua última lembrança antes de cair em um sono pesado e tranquilo.

<♡♡♡>

— Certo, então eu apenas apareço?

Deu dois passos para longe da bancada, estendendo os braços em uma animação fingida enquanto encarava Jackson. Ele fingia entrar pela porta da frente, levando as duas mãos à boca em um gesto exagerado de surpresa. Ramona riu levemente, colocando uma mão na cintura e a outra encontrando caminho até sua barriga de quase cinco meses. Era um pequeno montinho redondo no qual seu morador já começava a dar sinais de olá. A primeira vez que sentiu o bebê mexer quase surtou, era algo tão estranho ter outro ser humano se mexendo dentro dela, mas logo a animação tomou conta porque era outro ser humano se mexendo dentro dela!

— Acho que a Daisy desmaia. - Jackson falou enquanto se afastava da porta e caminhava até ela.

— Aposto mais no Ryan. Ele tem nervos fracos. - disse, aceitando de bom grado o abraço dele e sorrindo quando sentiu o bebê se movimentar levemente quando o Fuller levou a mão à sua barriga. - E você, pequenininho, quem será que surta mais?

Quando levantou o olhar da barriga notou a maneira intensa com que Jackson a encarava, arqueou uma sobrancelha em indagação, mas ele apenas balançou a cabeça como se fosse nada e disse:

— Nossas mães.

— Oh, definitivamente.

Tinha que concordar, mas havia uma pessoa que a assustava ainda mais. Se apoiou contra ele ao lembrar de seu pai, Fernando poderia ficar sem falar com ela e isso seria horrível. Ela não queria trazer seu filho ao mundo em meio a uma intriga.

— A minha vai arrancar a minha cabeça fora.

Riu da forma como ele estremeceu, se afastando para terminar de fazer a torta para Daisy. Era uma receita de nozes com canela, a favorita de sua amiga e repassada detalhe por detalhe pela mãe dela em uma ligação de quase duas horas. A jovem senhora era experte em conversa fiada e aproveitou para contar todos os planos que possuía para os proximos meses. Mas, talvez comendo algo doce, seus amigos não se ressentiriam por ela ter passado tanto tempo sem falar sobre a gravidez. E ela também estava com tanta saudade, a última vez que viu os dois foi durante a festa de "Ação de graças nada cheia de graça", nome dado por Daisy, e no Natal. Passou a virada de ano com Max, assistindo as movimentações da rua pela sacada enquanto dividiam uma caixa de pizza com diversos lanches que fariam seu namorado enlouquecer enquanto seu amigo listava nomes excêntricos para seu futuro sobrinho, ele tinha certeza de que era um menino.

Solvia a massa enquanto Jackson terminava alguns detalhes do trabalho à sua frente. Ele digitava concentrado, uma ruga de preocupação adornando sua testa enquanto seus lábios franziam. Seus ombros apresentavam uma suave tensão, inclinou a cabeça para analisar melhor a forma como os olhos castanhos se arregalavam levemente antes de se estreitarem em um óbvio julgamento. O achava fofo quando ficava concentrado, ele mergulhava de cabeça no que estava fazendo, o que se estendia desde a um quebra-cabeça à um campeonato de videogame. Mal notou que havia parado e o encarava até que ele levantou o olhar e sorriu levemente. Suas bochechas esquentaram automaticamente, o que o fez rir baixinho antes de retornar ao trabalho.

— Sei que sou irresistível, amor, mas precisamos dessa torta pronta em uma hora.

Revirou os olhos para o tom jocoso, torcendo os lábios para não sorrir e deixá-lo com o ego ainda maior. O tempo passou e quando percebeu já estava atrás do balcão, torcendo os dedos em nervosismo e praticando as técnicas de respiração passadas pela doutora Lídia. O interfone tocou, a voz de Daisy soando alegre e animada quando Jackson a permitiu subir. Ele a encarou preocupado, então tentou abrir um sorriso tranquilizador para afimar que estava bem. Obviamente não funcionou. Piscou rápido quando notou que em poucos passos ele estava à sua frente, segurando seu rosto entre as mãos enquanto respirava junto com ela. O sorriso que se desenhou em seguida em seus lábios foi sincero, inclinou a cabeça esperando o beijo que não tardou em aparecer.

— Melhor? - em um sussurro carinhoso a pergunta foi feita após se separarem.

Ramona assentiu, o empurrando levemente para longe quando escutaram batidas ritmadas na porta.

— Melhor. - garantiu, soltando o ar em um suspiro baixo antes que a porta fosse aberta.

Observou seus amigos abraçarem Jackson animados antes de entrarem no apartamento. Daisy foi a primeira a vê-la, o sorriso fácil como sempre estampado em seu rosto.

— Ramona!

— Daisy! - saudou de volta, saindo de detrás da bancada.

A Elliot parou abruptamente em sua curta corrida, seus braços caindo pesados ao lado do corpo enquanto sua boca se abria lentamente. Ela piscou, olhou para seu rosto depois retornou a atenção para sua barriga, o vai e vem de olhares durou uma eternidade para a Gibbler. Por fim, a jovem mulher olhou para trás e trocou um olhar chocado com Ryan, o qual estava obviamente sem reação e perdendo a cor visivelmente. Ramona abriu a boca para falar algo, mas logo foi envolta em um grande abraço apertado.

— Estamos felizes?

Assentiu para o sussurro preocupado ao pé de seu ouvido, o que a rendeu um suspiro de alívio e lágrimas quentes escorrendo por seu pescoço. Tentou, realmente tentou não chorar, mas quando sentiu os braços de Ryan rodearem as duas, não conseguiu mais segurar as lágrimas de emoção. Os três ficaram abraçados por mais alguns longos segundos, porém, logo se afastaram. Enxugou o rastro das lágrimas com as costas da mão, procurando Jackson com o olhar e o encontrando claramente tentando segurar sua própria emoção.

— Você vai ser mãe. Nossa, hum, eu nem sei... Ramona?

Uma risada aguada escapou de seus lábios, enxugou as lágrimas enquanto encarava seu amigo muito confuso e encantado, mas ainda pálido. Daisy ainda se mantinha agarrada à ela.

— Posso tocar?

Assentiu agradecida pela pergunta. Quanto mais visível se tornava sua barriga maior a chance de alguém pensar que ela estava se tornando de propriedade pública. Vira espantada e assustada quantas vezes tentaram tocar, ou conseguiram, a barriga de sua mãe durante seus passeios ou festas de família. Steff também não escapou da invasão de privacidade, mas ela sempre impedia as pessoas de maneira mais ácida que sua mãe.

— Preciso tirar uma foto.

Riu quando viu Jackson correr de volta para o quarto quando Daisy começou a chorar novamente. Ryan fungava atrás da Elliot, fez uma leve careta para ele que a retornou com outra antes de sorrir emocionado para ela. Sentiu seu coração esquentar, um calor familiar se espalhando por seu corpo e diminuindo sua tensão. Ficou com tanto medo deles se reseentirem dela por ter escondido a gravidez que não pensou no fato de seus amigos ficarem felizes por ela. Deveria contar para Rocki o quanto antes, muito possivelmente assim que Daisy e Ryan saíssem; sua melhor amiga iria detestar saber que eles haviam contado para outras pessoas antes dela. Decidiu em conjunto com Jackson que contariam aos poucos, primeiramente para as pessoas com quem conviviam e que poderiam ajudar Ramona no dia a dia, depois para seus amigos que estavam longe e por último para a sua família em um grande chá revelação virtual. Estariam longe o suficiente para não sentir as ondas de decepção, mas perto o bastante para que conseguissem distinguir seus sentimentos e ver como agiriam a partir dali.

Porém, o medo da reação do seu pai pesava em seu peito. Fernando era muito sentimental e essa característica era algo incrível, mas às vezes se tornava o pavil que iria ascender a bomba relógio que ele poderia ser quando queria. Não estava preparada para passar pelo resto da gravidez sem ter seu pai ao seu lado, se preparando para ser avô, a mimando e amando seu filho. Ela queria sua família por perto, com todas as loucuras e exageros, mas ainda não estava completamente preparada. Era controverso, ela se encontrava entre querer terrivelmente eles ao seu lado e manter todos o mais afastados possível. Não fazia sentido, mas naquele instante, tendo o apoio de alguns de seus amigos mais queridos, se permitiu ser acolhida e tentar não encontrar uma lógica em seus medos.

— Agora vamos comemorar!

O grito animado da Elliot fez Ryan tampar os ouvidos e se afastar com um falso resmungo, Ramona riu alto da expressão incomodada dele que transformou-se após um sorriso tímido se abrir no rosto redondo ao receber uma piscadela de Daisy.

— Tenho suco de laranja na geladeira! - Jackson se juntou à animação de Daisy, correndo em direção à cozinha. - Eu coloquei um pouco de gengibre, se você não se importa.

— Não acredito! Você é mesmo um aspirante a chefe de cozinha.

Revirou os olhos carinhosamente quando viu Jackson ficar vermelho pelo elogio. Se voltou para Ryan quando ele perguntou se já estavam pensando em nomes. As horas correram e quando percebeu já era domingo a noite. Sentada no tapete da sala com inúmeros recortes de revistas e impressões ao seu redor, tentava encontrar uma paleta de cores para o quarto do bebê. Esse era um dos pontos que queria riscar de sua lista. Fazer uma lista de tarefas e descartar tudo o que já havia feito deixava um senso de realização que a acalmava, sentir que estava fazendo algo produtivo a impedia de ficar nervosa por ainda não ter recebido um retorno por suas entrevistas.

— Esse verde é feio.

— Isso é conceito, Jackson. - retrucou, puxando o pequeno cartão da mão dele. Virou o quadradinho de um lado para o outro, à luz das lâmpadas realmente não era bonito, mas não admitiria isso. Sorriu provocativa quando declarou. - Você não entenderia.

Bufando uma risada, ele sentou ao seu lado, apoiando as costas no sofá.

— Como se você fosse a experte de moda.

— Mais do que você eu sou. - declarou, o observando selecionar uma paleta de cores em tons de cinza e preto. - Cores claras, meu amor. Não vou colocar meu filho para dormir no meio das trevas.

— Isso é preconceito com os bebês góticos. - apontou, e ela estava com medo dele realmente estar falando sério. - Só dizendo.

Riu quando o viu dar de ombros, movimentando seu próprios ombros quando os sentiu doloridos. Jackson se arrastou até ela, a empurrando para frente para que pudesse massagea-la.

— Não vamos ter um bebê gótico. - deixou claro, sentando entre as pernas dele e suspirando de alívio quando o sentiu desfazer os nós em seus ombros.

— Também não quero um bebê de concurso.

Revirou os olhos para o tom desconfiado dele. Jackson realmente achava que ela iria usar todos aqueles enfeites?

— Eu não vou encher o quarto do nosso bebê de purpurina, essa ideia foi da Lisa.

— A vizinha da frente?

Encostou o corpo contra ele, os braços do Fuller a rodeando e pousando sobre sua pequena barriga. Sorriu ao ver a mão dele fazer um leve carinho no topo provocando um movimento do bebê. O pequeno ser humano parecia saber quando o pai estava por perto e estava começando a fazer uma festa. Era uma estranha sensação, mas fazia seu coração acelerar de uma boa maneira.

— A filha dela vai se mudar e ela me deu uma caixa de enfeites de quarto quando viu que eu estou grávida. - girou um pouco nos braços dele, puxando uma caixa para cima de suas pernas cruzadas. Pompons e fadas brilhantes praticamente voavam para fora. Soltou o ar em um longo suspiro quando Jackson puxou uma cartela de adesivos de estrelas grandes, douradas e cheias de glitter. - Aceitei porque ela foi tão simpática.

— Pena que não tem bom gosto.

Não precisava se virar para saber que ele estava fazendo uma careta desgostosa. Riu levemente, brincando com um mobile de guarda-chuvas coloridos em suas mãos. Aquele até que era fofo, mas ainda não tinha entendido o tema da decoração.

— Ela só tem um estilo... diferente.

— Colocar isso no berço de uma criança é mais do que diferente.

Riu alto da boneca de pano vestida como uma personagem de Hairspray. Clair realmente teve uma infância animada, agora entendia a felicidade dela em limpar o quarto um mês antes de ir para a faculdade.

— Não seja tão duro, não é tão ruim de se olhar depois de um tempo.

— Ramona, amor. - disse em um tom quase exasperado, balançando a boneca na frente dela enquanto ela ria alto. - Não tem maneira no mundo de você achar que essa decoração não feri todas as regras da moda.

— E o que você entende de moda? - indagou divertida, beliscando sua mão quando ele quis fazer cócegas em suas costelas. - Vi você usar flanela por quase dez anos, Jackson.

— Elas são confortáveis e estilosas.

Riu da fraca defesa, separando alguns pássaros de madeira em diferentes tons. Os virou na mão, observando os ganchos na parte de trás, eram auto-adesivos e ela poderia colocá-los na parte de trás da porta do quarto.

— Você não fica parecendo um lenhador sexie, só um programador sem óculos. - declarou, sorrindo ao escutar o bufo alto.

— Um programador muito gostoso. - afirmou ofendido, se inclinando para encará-la. - Diga que você não acha isso?

Prensou os lábios para conter a risada, o rosto de Jackson estava brilhando à luz da sala. Pontinhos brilhantes de glitter contrastando com a clara indignação dele. Era uma cena e tanto e seu silêncio forçado aumentou o vinco que adornava a testa do Fuller.

— Ramona!

Não aguentou, no instante seguinte uma alta risada saiu por seus lábios, o som melodioso ecoando pelas paredes do apartamento. Jackson não resistiu e em poucos segundos a acompanhava. Suas gargalhadas se mesclavam enquanto se apoiavam no outro para não cair. Lágrimas já escorriam pelo rosto de Ramona e, enquanto suas risadas cessavam aos poucos, encontrou os olhos brilhantes de Jackson a encarando em uma alegria tão genuína que apenas um pensamento povoou sua mente. Ela o amava. E, caramba, era algo tão bom poder amar Jackson Fuller.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Kháos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.