Kháos escrita por Alice


Capítulo 13
Atelofobia


Notas iniciais do capítulo

Sig.: O medo de não ser suficientemente bom.



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Ramona suspirou tremulamente enquanto observava seu reflexo no espelho. Se pôs de lado, passando lentamente a mão sobre a suave saliência que começava a se formar. Não era possível vê-la quando a Gibbler se cobria de roupas grossas, agradecia ao inverno por isso, mas quando estava sozinha no quarto, retirava todas as peças e conseguia notar perfeitamente as mudanças em seu corpo. Seus seios estavam mais cheios, seu quadril se alargava aos poucos, seu rosto estava se tornando arredondado pelo peso que começava a ganhar e, principalmente, podia até ser paranoia sua, mas sentia que bastava apenas olhar para ela que todos poderiam ver que algo estava diferente. Ela se sentia diferente, tanto fisicamente quanto emocionalmente, porém, o amor materno que tanto falavam ainda não havia se manifestado.

A Gibbler sabia que Jackson amava aquele bebê imensamente, era preciso apenas escutá-lo e vê-lo para isso. Os olhos brilhantes, o sorriso enorme, os planos incertos pincelados pelo entusiasmo de quem seria um pai incrível. Não duvidava dele ter surtado no início, mas a cada dia que passava ele se encaixava naquela posição tão naturalmente que às vezes a irritava. Jackson era incrivelmente bom em ser pai e ela estava sendo uma merda total em tentar ser mãe. Iria fazer de tudo por aquele bebê, sentia um carinho enorme por aquela misturinha dela e de Jackson, mas amor... o imenso amor infinito e inexplicável ainda não havia caído sobre ela. Se sentia péssima por isso, mas ainda não amava aquele bebê. O medo de fazer tudo errado, a sensação de injustiça por tudo aquilo estar acontecendo no pior momento possível e a hesitação em se permitir sentir algo eram aterradoras.

Soltou o ar lentamente, contando até dez de trás para frente, inspirou fundo antes de repetir o gesto. Precisava ficar calma, sem pensamentos estressantes e ansiosos ou o bebê poderia sentir e crescer ressentido com ela. Havia lido algo em uma matéria sobre maternidade que dizia aquilo, no fundo esperava que eles estivessem errados. Assentiu para si mesma em determinação, aquele iria ser um bom dia porque ela iria transformá-lo em um. Dali a algumas horas teria uma entrevista de emprego, era para um cargo simples de auxiliar de professora, mas naquela altura da sua vida qualquer trabalho era um trabalho bem-vindo. Girou em seus pés para pegar o vestido que estava estendido sobre a cama quando escutou duas batidas na porta.

Olhou para si mesma, estava coberta apenas por uma meia calça de malha preta e um sutiã. Abriu a boca para dizer para a pessoa do outro lado esperar, mas logo a porta foi entreaberta e por ela passou um corpo bem conhecido para Ramona. Sorriu aliviada quando Jackson se virou para ela após trancar a porta, ele congelou momentaneamente, o que a fez hesitar antes de perceber como os olhos dele dançavam ao longo do seu corpo. Se colocou de lado a fim de que ele notasse o que ela vira em frente ao espelho, gesticulando para a pequena pochete que se formava.

— Eu só sai por três semanas. - falou surpreso, caminhando até ela lentamente em óbvia admiração.

Viu? Eu sabia que dava para notar algo!
Exclamou em pensamento, mas resolveu deixar para lá.

— Eu sou magra e não muito alta, Jackson, além de que, se essa criança puxar a você, eu vou estar precisando de ajuda para levantar quando estiver com seis meses. - declarou, tentando parecer leve, mas o aperto em seu peito dificultava todo o seu esforço.

— Você está bem? - indagou um pouco preocupado, a puxando prontamente para um abraço apertado.

Ramona apenas assentiu, o rodeando com seus braços e o apertando o mais forte que podia. Amava Max, a presença magnética dele a distraiu nos últimos dias de pensar em todos os seus medos, mas ter Jackson ao seu lado a fazia sentir que poderia ser capaz de enfrentar tudo aquilo, contanto que não estivesse sozinha. Não queria depender do Fuller para conseguir fazer algo, ia contra tudo o que buscava para si mesma, mas naquele momento se encontrava tão cansada. Não tinha forças para fazer mais do que o necessário e por isso se escondeu entre os braços de Jackson, soltando o ar ruidosamente e se aninhado nele quando sentiu uma mão firme fazer pequenos círculos em suas costas.

— Eu não sou um bebê que precisa ser acalmando. - murmurou contra o ombro dele.

Jackson riu e começou a balançar seus corpos de um lado para o outro, murmurando uma melodia calma antes de falar:

— Não estou fazendo isso por você, mas sim pelo meu filho.

Se sentiu encolher, um nó se formando novamente em sua garganta.

— Não seja idiota.

— Senti sua falta. - afirmou carinhosamente. - De vocês dois.

Inspirou fundo, se afastando rapidamente dele e o dando às costas. Tentou, realmente tentou não se sentir incomodada, mas cada frase do Fuller sobre o bebê a fazia querer chorar. Por isso não queria contar para mais alguém, se apenas Jackson mencioando a futura criança a deixava desconfortável, não queria imaginar ter todos ao seu redor perguntando como ela estava a todo momento. Principalmente quando ela não conseguia explicar como estava. Max insistiu um pouco, porém, quando ela devolveu as mesmas perguntas, ele logo desviou o assunto para qualquer tópico que envolvesse pessoas distantes.

— Ramona?

— Estou bem. - declarou, podia sentir a preocupação dele quebrando contra ela como ondas. - Sério, Jackson. Se você ficar me encarando por mais tempo eu te expulso desse quarto. - ameaçou, colocando rapidamente o vestido e dando um passo para trás em direção à ele.

— Só estou preocupado, amor. - declarou, subindo o zíper de seu vestido.

Ramona inspirou fundo quando sentiu a palma quente da mão dele contra sua lombar, o calor penetrando o tecido e se encontrando com sua pele, espalhando-se rapidamente como brasa. Se inclinou automaticamente contra ele quando Jackson enrolou um braço por sua cintura, apertando os dedos contra a lateral de seu corpo a fazendo exalar pesadamente.

— Eu só preciso de um tempo, assim como você. - completou a última frase em um murmúrio, esticando o pescoço quando sentiu os lábios dele trilharem beijos pela extensão de sua pele. - Eu realmente preciso ir para essa entrevista.

— E eu realmente senti a sua falta. - murmurou contra a sua pele, modiscando o lóbulo de sua orelha e rindo suavemente quando a viu estremecer.

Jackson.

Era para ter sido uma repressão, mas Ramona apenas conseguiu que ele a virasse para frente e segurasse seu rosto entre as mãos. Franziu as sobrancelhas em falsa irritação, mas ficou na ponta dos pés a fim de diminuir a distância quando o beijou. Não o encarou nos olhos, se recusava a ver a miríade de emoções que com certeza tirariam seu ar. Apenas se perdeu na suavidade e firmeza de seu beijo, na maneira como sua mão deslizou de seu rosto para a sua cintura, a puxando ainda mais contra si. Ouviu ao longe um grito de "Estou saindo!", após batidas na porta. Ignorou Max, seus medos, o mundo e apenas se concentrou em ter mais de Jackson. Só precisava dele naquele momento.

<♡♡♡>

Bufou enquanto tentava domar o frizz de seu cabelo, encarando seu reflexo em um armário de vidro em frente ao escritório do diretor. Havia saído apressada do apartamento, o que a fez derrapar nos degraus da entrada e quase cair para frente. O peso que despencou em seu estômago e o aperto em seu peito a paralisaram por alguns instantes de pavor antes de perceber que estava de olhos fechados e algum estranho a tinha impedido de cair de cara no chão. O emaranhado de agradecimentos que proferiu ao homem o fez ficar vermelho e quando olhou para cima encontrou Jackson na janela, branco feito um papel e com as mãos no coração. Apenas fez um gesto para ele ficar tranquilo, sorrindo para convencê-lo de que estava tudo bem antes de tentar correr com mais calma até a estação do metrô.

— Ramona Gibbler?

Girou em seus pés para encarar uma mulher alta e de sorriso simpático. Retribuiu o sorriso, entrelaçando as mãos em frente ao corpo enquanto caminhava para longe do armário abarrotado de troféus.

— Eu mesma.

— Meu nome é Angelina, sou a diretora adjunta e a estarei entrevistando na ausência do direto Mathew. - informou, dando um passo para trás e esticando um braço em direção à porta aberta. - Vamos começar?

— Claro. - respondeu, caminhando confiante, pelo menos torcia para parecer assim, para dentro da sala.

Quando Angelina fechou a porta atrás dela e deu a volta para sentar na mesa, Ramona sentiu uma onda de náuseas a invadir. Inspirou fundo, porém, o cheiro de café e bolinhos fritos invadiu seus sentidos. Soltou o ar pesadamente, encarando com desgosto a mesa lateral, na qual se encontrava um copo de café usado e um prato de plástico que continha meio pedaço de um bolo frito.

— Está tudo bem, senhorita Gibbler?

A mulher soou preocupada, sua voz distante puxando Ramona para o presente. Piscou rapidamente, torcendo a alça da bolsa entre os dedos.

— Sim, estou. - se forçou a responder, inspirando em pequenas lufadas de ar a fim de tentar não se envergonhar vomitando sobre a mesa de sua futura, dedos cruzados, chefe.

— Você está ficando pálida, querida.

O tom maternal fez seu peito apertar e lágrimas brotarem naturalmente em seus olhos. Piscou repetidas vezes para evitar o choro, o que se provou impossível quando Angelina deu a volta na mesa e correu para buscar um copo d'água para ela. Agradeceu em um sussurro, bebendo o líquido como se sua vida dependesse daquilo. Porém, o cheiro de café e fritura ainda embrulhavam seu estômago e se forçou a levantar e caminhar em direção à janela. Tentou abrir o vidro, mas se encontrava emperrado e a cada tentativa sentia as lágrimas rolarem mais fortes por seu rosto. Engoliu um soluço e tentou barrar sem sucesso sensação do vômito subindo por sua garganta.

Angelina veio em seu socorro e abriu a janela. Colocou metade de seu corpo para fora em alívio quando sentiu o ar frio contra a sua pele. Inspirou fundo, olhos fechados e a certeza de que havia fodido com a entrevista pesando em seu peito. Levou uma mão inconsciente ao estômago, inspirando e expirando devagar e ritmadamente. Assim que teve a certeza de que não teria um colapso, abriu os olhos e se afastou cautelosamente da janela. Olhou envergonhada para Angelina, que ainda a encarava preocupada, e abriu a boca para se desculpar, mas só o que saiu foi um imenso suspiro de frustração. Tentou novamente, sentindo seus braços pesados enquanto os deixava cair contra a lateral de seu corpo.

— Eu sinto muito.

— Não se desculpe, querida. - abanou a mão como se não tivesse importância. - Minha irmã também não suportava o cheiro de café quando estava grávida.

Suspirou alto, como uma personagem clichê de um filme do Walmart. Quis chorar novamente, choramingar sobre o caos que estava se tornando sua vida e seu emocional, mas enxugou as lágrimas e voltou a sentar na cadeira após ver que Angelina havia se livrado do copo e do prato sujo.

— Eu sinto muito mesmo. Eu só... - parou, esfregando as mãos no rosto à procura de algo que explicasse tudo o que estava sentindo. - Só é muito para lidar.

— É compreensível.

Continuou antes que Angelina falasse mais, brincando com o copo vazio em suas mãos.

— Eu estava sozinha aqui, sabe. - sentiu seus ombros pesarem, o que a fez gira-los para trás. - Vim trabalhar em um estúdio de dança e amava ensinar, tinha meu próprio apartamento, uma rotina familiar e a certeza de que poderia construir mais. - sorriu nostálgica ao lembrar do velho lugar, mas apenas uma boa saudade a dominou. Franziu a testa levemente quando notou que o arrependimento não constava em seu furacão de emoções. - Então um dia ele aparece na minha porta, com o sorriso idiota de sempre e a esperança boba no rosto de que eu o aceitasse. Eu disse sim, falei que ele poderia morar comigo e durante umas semanas foi muito simples porque mal nos víamos. Ele trabalhava o dia todo, chegava em casa e fazia o jantar, eu chegava mais tarde por conta da distância e então ele sentava do meu lado enquanto eu comia e contava sobre o dia dele.

Olhou para a mulher notando que ela realmente a estava dando atenção. Respirou fundo, se rescostando no espaldar da cadeira enquanto deixava as lembranças a inundarem.

— Era bom, uma nova rotina. Daí um dia bebemos demais, dançamos demais e beijamos demais. Foi quando tudo mudou. Aquela noite virou a minha vida de cabeça para baixo. - murmurou em um tom mais baixo, torcendo a boca antes de continuar. - Não sabíamos como agir, bem, eu não sabia porque parece que o idiota sabia muito bem o que sentia por mim. Foi estranho pra caralho, desculpa o palavrão. - pediu apressada, mal notando os lábios apertados de Angelina. - Mas depois não foi mais e estava tudo bem. Só que eu fui demitida e depois descobri que estou grávida e isso é uma merda porque ninguém mais sabe, desculpa de novo. - soltou um alto suspiro, apertando as mãos ao redor do copo. - Agora eu não sei o que sentir porque parece que toda vez que eu me acostumo com... a minha vida, ela vira do avesso e... eu só quero que tudo pare. - os soluços saírem por seus lábios sem sua permissão, em pouco tempo lágrimas já rolavam novamente por seu rosto, deixando um rastro quente em sua pele. - Por apenas um segundo. - murmurou, fungando audivelmente. - Só quero que p-pare.

Sentiu um suave aperto em seu ombro, virando o rosto para encontrar Angelina a oferecendo um lenço. Aceitou com um sorriso agradecido, assoando o nariz da maneira mais educada que conseguia. Inspirou fundo quando sentiu suas vias respiratórias desentupidas.

— Precisa de um minuto? Eu espero.

Sinalizou que não, conseguiria fazer aquilo, só precisava de mais alguns segundos. Tentou um exercício de respiração que Jackson a havia enviado. Inspira, um, dois, três... expira, quatro, três, dois, um... Em pouco tempo conseguiu abrir os olhos, acenando decidida quando viu Angelina do outro lado da mesa.

— Estou preparada.

A mulher sorriu e entrelaçou as mãos acima da mesa de madeira clara.

— Bom. Gostaria de começar falando sobre sua carta de referência.

Enquanto dialogavam acerca de seu antigo trabalho e da carta que fora enviada por sua antiga chefe, Ramona foi se sentindo mais a vontade. Logo sua entrevista tinha terminado, provavelmente durou menos tempo que o seu colapso nervoso, porém, Angelina havia sido tão solícita que não se sentiu repreendida em momento algum por ter chorado em seu primeiro encontro. Voltou para casa com um peso a menos e com um aviso de retorno. As férias de inverno deixariam toda a escola paralisada por algum tempo e Angelina precisava debater algumas questões com o diretor antes de dar uma resposta. Então somente o que restava à Gibbler era esperar, apenas esperar.

— Senhorita Ramona?

Parou, girando em seus pés quando escutou a voz rouca e meio desinteressada a chamar. Tom olhava para ela um tanto sem jeito, mesmo que tentasse disfarçar, enquanto saía de seu apartamento, Ramona deu meia volta e caminhou na direção do senhor mais velho.

— Sim, Tom? Gostou da torta de limão que o Jackson preparou?

O velhinho apenas fez um som que poderia ser interpretado como sim, mas não se dignou a responder. Ela tentou controlar o riso ao ver sua reação, ele nunca admitiria que Jackson era um excelente cozinheiro.

— Só quero lhe entregar algo, criança. - praticamente resmungou, esticando uma caixinha pequena em sua direção.

Pegou o pequeno embrulho com curiosidade, não disfarçando a expressão de surpresa em seu rosto. Abriu com cuidado a tampa de cetim, encontrando dentro um pequeno pingente feito com uma pedra azul-acinzentada, era linda e fez seus olhos se encherem de lágrimas.

— E-eu não posso aceitar, Tom. - tentou devolver, mas ele sinalizou para ela não fazer isso. - Parece muito caro.

— Não é. - afirmou, escondendo as mãos dentro dos bolsos da calça marrom. - Minha velha irmã tem uma coleção de pingentes, desnecessário na minha opinião. Ela me deu uns três na última Ação de graças e dei todos para a minha filha. Esse é seu.

— Mas...

— Não tenho tempo pra isso. Aceite. - a cortou, levantando os cantos lábios, o mais próximo de um sorriso aberto que ela já havia visto, antes de dar às costas e entrar rapidamente no apartamento.

Ramona ficou parada encarando a porta fechada por algum tempo, quando percebeu algo molhado escorrer por suas bochechas, levou a mão ao rosto sentindo as lágrimas quentes. Aquele dia estava sendo realmente um tsunami de sentimentos. Caminhou até seu apartamento e com a caixa fechada segura em sua mão, abriu a porta ainda sorrindo e chorando. Ao fechar a porta atrás de si, se virou e deu de cara com Jackson saindo da cozinha, ele a encarou preocupado e Ramona iria tranquiliza-lo, mas não conseguiu falar nada e aquilo foi o suficiente para que ele corresse até ela.

— O que aconteceu? O que você está sentindo? Alguma dor? Alguém morreu? Ramoma, responde!

Apenas negava com a cabeça escondida contra o pescoço dele, seus braços rodearam seu corpo o prendendo forte contra ela. Tentou novamente o exercício de respiração, conseguindo falar um resumo do seu dia.

— Entrevista terminou em choro... G-ganhei um presente do Tom. O bebê me faz chorar muito.

Jackson riu suavemente, o que o rendeu um beliscão nas costelas que o fez rir mais alto. Porém, o som de engasgo alto os fez se separarem rapidamente e encontrarem Max Tanner-Fuller em toda a sua glória parado no corredor.

— Que. Bebê?!

Soltou o ar pesadamente pelos lábios ao escutar a pergunta feita em tom dramático, não estava com energia para responder mais nada e já tinha tomado sua decisão de tirar uma soneca antes do jantar.

— Ele é todo seu. - falou ao namorado, dando tapinhas em seu peito antes de sair de seus braços.

— Ramona!

Ignorou o chamado quase desesperado e se arrastou para o quarto, mas não antes de passar por Max e apertar a sua bochecha, o que o fez fechar a cara. Apenas jogou sua bolsa em cima da poltrona ao chegar no quarto e deitou de barriga para cima entre as inúmeras almofadas de sua cama, rolando para o lado e abraçando uma antes de cair no sono rapidamente.


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