A Chave Para Minha Vida escrita por Leidiani Almeida


Capítulo 8
Capitulo 8 - Noivos




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Foram poucos minutos para que todos os noticiários da cidade estampassem a manchete de que Katy Miller, não era mais uma réu e sim uma vítima do então novamente "assassino fantasma". A imprensa estava enlouquecida com este plot twist, toda a cidade de Los Angeles entrou em completo caos ao saber que o culpado, podia estar no meio de qualquer um, mas o que agora também era comentado era a relação entre a ex repórter e o jovem CEO. 

Timy estava dirigindo até a empresa W e ao seu lado estava Katy, que parecia querer se enfiar dentro daquele banco do carro até que pudesse desaparecer. Percebendo sua expressão de completo desespero, o rapaz apenas desligou o rádio do carro. Aquilo também era um alivio para ele, já que toda aquela história parecia difícil demais de ingerir. 

— Está tudo bem? — perguntou ele concentrado no transito, mas aparentemente percebendo o quanto ela levava constante as mãos até a cabeça. 

— Só estou exausta. — ela falava com a voz fraca. — Minha cabeça dói. 

— Tenho uma garrafa de água aqui. — ele indicou um suporte entre o vão dos dois bancos. — Tem uma cartela de comprimidos no porta luvas, se quiser pode pegar. 

— Obrigado. — ela fez exatamente o que ele havia indicado, percebendo que o rapaz abriu um pouco do vidro do lado de sua janela para entrar um pouco de ar. 

— Sei que isso não é da minha conta, mas, como exatamente você estava lá naquele exato momento do ataque? — ele puxou assunto. 

— Bom... — ela tentou recapitular todos os acontecimentos em sua mente para prosseguir. — Estávamos em uma situação embaraçosa e fomos interrompidos por uma ligação, ele se afastou e ficou completamente nervoso e depois disso simplesmente saiu e eu o segui até o terraço. 

— Situação embaraçosa? — ele mostrou não compreender e parecia curioso para saber o que era.

— Eu meio que posso ter dito que estava detestando o evento. 

— Você disse? — ele ficou chocado, seu tom de voz foi de completa surpresa. 

— Não foi bem isso que eu tinha dito. — ela corrigiu. — Eu apenas fui um pouco sincera demais com a minha opinião e isso fez com que ele quisesse de qualquer forma me agradar. 

— Isso é tão a cara dele. — Timy sorriu por um instante. — Então ficou com medo de ele te odiar e começou a seguir ele? 

— Foi. — ela ficou pensando em como aquilo soava estranho. — Mas, não era exatamente isso. 

— Então, você acabou parando exatamente no mesmo lugar em que o assassino estava. 

— Infelizmente. — ela demostrou um tom entristecido de sua voz. 

— Quero te agradecer. — rapidamente ele completou sua frase quando a notou cabisbaixa. — Se não fosse por você ele não estaria vivo, devemos muito á você. 

— Eu? — ela parecia ter se enchido com aquelas palavras. 

— Sei que vai parecer estranho o que vou dizer, porque alguns minutos atrás eu não acreditava nem um pouco na sua inocência. — ele pausou por um momento, parando o carro na entrada da empresa agora a encarando. — Eu nunca tinha visto Andrew tão empolgado em fazer algo, não desde —  ele pausou por um momento. — ... desde o ocorrido com sua família. Ele saiu daquele hospital tão rápido, mesmo ainda tão fraco, para apenas ajudar uma garota inocente ele foi muito ágil. 

Katy ficou apenas sem palavras tentando imaginar o rapaz ainda fragilizado com seu acidente, tentando fazer de tudo para ajuda-la. Ela se pegou rindo por um momento, porque veio em sua mente os poucos minutos que passaram juntos naquele dia, ele era tão gentil, na verdade ele sempre parecia ser gentil com todos. Ela agora se pegou lembrando daquele sorriso, um sorriso inocente e leve que parecia iluminar o ambiente em qualquer momento em que ele aparecesse. Droga! Por que ela estava pensando tanto nesses detalhes? Por que parecia que encontra-lo agora a deixava nervosa, ansiosa, empolgada, como se precisasse dele de alguma forma. Seus pensamentos esvaziaram quando o segurança ao seu lado a chamou pela milésima vez, agora ele já estava do lado de fora do carro pedindo que ela saísse.

Que constrangedor!

Katy saiu do carro com seu rosto completamente vermelho imaginando, se ele teria a notado diferente com seus pensamentos totalmente longe por causa do jovem CEO. Os dois entraram no prédio e a sensação era de um frio em sua barriga, ela nem se quer imaginava pisar naquele lugar novamente, principalmente agora com todos ali sabendo quem ela era e com olhares que a fazia se sentir tão pequena. 

— Para aonde estamos indo? — ela deu uma corridinha para alcançar o rapaz. 

— Vamos até a sala da presidência. — ele parou a frente do elevador principal apertando o botão e se afastando para esperar, agora a encarando rapidamente. — Não fique nervosa, ele não morde. 

— Não morde? — ela repetiu baixinho tentando entender o que ele estava querendo dizer com aquilo. — Vamos encontrar senhor Evans? — ela perguntou se aproximando um pouco, agora entrando no elevador junto do rapaz. 

— Sim. — ele afirmou. — Não precisa ser tão formal com ele agora, ainda mais que todos sabem de vocês dois. 

— Sobre nós dois? — ela olhava para o lado com seu rosto corado, que diabos ele precisava ficar repetindo aquilo todo tempo ou precisava ficar falando de uma forma a qual a deixava ainda mais nervosa para aquele encontro. 

Quando o elevador se abriu e ambos estavam caminhando agora a frente do escritório presidencial, ela conseguiu sentir seu estomago revirar, suas mãos novamente transpiravam e tremiam e Katy apenas as colocava por abaixo de seus braços para disfarçar. Ao se aproximarem notaram a porta entreaberta, alguém estava falando em um tom de voz muito elevado com jovem CEO. Os dois se olharam por um instante e Timy apenas pediu que ela ficasse ali, enquanto ele iria entrar para avisar sobre sua chegada. 

— Ficou maluco! — a voz do outro lado super alterada era de Suzy, que estava de pé a frente da mesa do rapaz, suas mãos postas na cintura, seu rosto vermelho como pimentão. — Que história mais absurda, como esses idiotas podem comprar uma coisa dessas? Isso é ridículo! 

— Com licença. — pediu Timy encostando seu rosto suavemente na porta, analisando a situação seu amigo estava parado próximo a janela a distância entre eles evidenciava uma discussão que durava a certo tempo. 

— Timy! — Suzy olhou para trás o notando logo se aproximando para puxa-lo pelo braço, como uma maneira de envolve-lo em sua discussão. — Diga a ele Timy, diga que isso é a maior loucura. Na verdade isso é inaceitável, quem criou essa teoria maluca? 

— Não são teorias Suzy, são provas concretas. Provas reais de uma feitas por uma equipe extremamente competente a qual trabalha aqui. — Andrew estava um pouco alterado, a essa altura quem estava fervendo de raiva por dentro era ele. 

— Não estou julgando a competência de sua equipe, longe disso. — ela se corrigiu. — Estou dizendo que está pegando para si uma responsabilidade absurda, ridícula na verdade. 

— Tudo isso por que ele disse que está noivo? — Timy interrompeu no impulso, logo sabendo que se arrependeria do seu comentário.

— E mais essa piada. — Suzy balançava a cabeça e ria ironicamente. — Noivos? É sério Andrew? Quando essa possibilidade pareceu ser boa para você? Estava carente? Se estava não precisava dizer que se casará com a primeira que aparecer na sua frente. 

— Carente? — Andrew franziu a testa com as mão na cintura, perplexo com suas falas. — Aish......

— Calma ai vocês dois! — Timy precisava controlar a situação. — Essa briga não vai levar a nada, o foco agora é encontrarmos o verdadeiro assassino certo?

— Verdadeiro? — Suzy agora lançou um olhar perplexo a ele. — Não acredito, ela envenenou você também? Caramba, o que essa garota tem? — ela caminhou de um lado para outro. 

— Ela está lá fora. — Timy sussurrou para Andrew, indicando com gesto com suas mãos. 

— Sério? — Andrew sussurrou de volta surpreso por saber, logo tentando contornar a situação. — Suzy, não vamos ficar aqui discutindo dessa maneira ok? Sei que está irritada comigo por ter feito tudo sem você saber, mas, apenas confie em mim e a manterei a par de todos os assuntos daqui em diante. — ele se aproximou tocando suas mãos suavemente em seus ombros para tentar acalma-la. 

— Francamente. — ela afastou suas mãos. — Tenho algumas coisas para resolver, então essa conversa pode ser considerada encerrada aqui. — a garota pegou suas coisas e saiu da sala nem se quer esperando por qualquer resposta dos dois. 

— O que foi isso? — Timy ficou assustado. — Ela realmente estava quase pulando em cima do seu pescoço cara. 

— Você apareceu em uma ótima hora amigo, ufa! — Andrew afrouxou sua gravata dando um sorriso nervoso. 

Suzy saiu rapidamente da sala parecendo um completo furacão. Quando notou a presença da jovem repórter no corredor, seu rosto antes irritado agora transpareceu um olhar de espanto.  

— O que está fazendo aqui? 

— Eu estou aguardando para falar com senhor Evans. — Katy tinha ouvido tudo, era impossível não ter ouvido a voz exaltada da mulher, na verdade todos daquele andar puderam ouvi-la. 

— Lógico. — ela começou a rir de uma forma irónica novamente. — A boa samaritana veio até aqui para extorquir devo imaginar. 

— O que disse? 

— Escuta bem o que eu vou te dizer. — Suzy aproximou seu rosto bem perto da jovem, erguendo seu dedo indicador próximo do rosto dela com uma forma intimidadora em sua postura. — Teve sorte que seja lá o que ele tenha visto em você, o fez querer ajuda-la. Mas, não pense que essa história de noivado vai muito longe, logo, logo, todos vão perceber que essa história não faz sentido algum que nada entre vocês dois faz sentido e você voltará para a cadeia. 

Katy ficou encostada sobre a parede do corredor, enquanto ouvia aquela mulher falar aquelas coisas as quais a fez se sentir menor do que já pensava ser. Como ela poderia cogitar que Katy estava ali apenas para extorquir, ou até mesmo desejar que a garota voltasse a prisão. Precisou naquele instante encheu seu orgulho e engolir qualquer possibilidade de derrubar uma lágrima. Ela não podia se curvar aquela mulher, ela não podia aceitar tanta humilhação já basta tudo que estava passando até presente momento. 

— Se me der licença. — Katy a empurrou de repente caminhando até a porta do escritório. — Eu tenho assuntos mais importantes para tratar com meu noivo, sim somos noivos e teremos muito mais coisas que terão sentido na nossa história é só esperar para ver. 

 

 

 

 

 


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