Legado do Long Yi escrita por Marcelo Sparda


Capítulo 7
Capitulo 7




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Eles voltam a retomar a caminhada e a luz do sol ficava mais forte até que saiam da floresta e o grupo via a vila próxima tinha uma boa quantidade de casa e comercio, Thorius levando Hairon nas costas enquanto as meninas iam perguntando as pessoas por um médico, Gaia ficava visível enquanto Sequaria preferia ficar escondida aos olhos humanos, a todos que perguntavam todos davam a mesma resposta, reunidos.

Gaia: - Acho que tem algo de errado, todos dão a mesma resposta, parece não gostarem de estrangeiros.

Yeda: - É achei meio estranho isso, como se tivessem medo de algo.

Thorius: - Não os culpo nesses tempos difíceis todos ficam.

Ele fala e reparava em alguns cara passando, pareciam meio suspeitos, um senhor ia passando vendo o grupo reunido ele repara na pessoa que o barbudo carregava e ia se aproximando deles.

John: - Com licença, mas acho que vocês procuram um médico pelo que ouvi?

Yeda: - Sim, precisamos tratar nosso amigo.

John: - Eu sou médico, venham comigo por favor, peço que confiem em mim.

Yeda olha para eles, todos concordam e começam a caminhar junto dele.

John: - Prometo que lhes conto tudo quando chegarmos, as ruas andam perigosas.

Eles ficam caminhando perto dele, enquanto os dois suspeitos que Thorius olho iam andando embora, ele se dirigia para um salão na cidade entrando um deles se aproxima do que estava no balcão, um homem alto cabelos escuros, olhos castanhos, porte físico de qualquer guerreiro poderiam invejar.

Bandido: - Chefe, tem gente nova na cidade.

Líder: - Quem são os novos que chegaram?

Bandido: - Um cara alto bem forte, carregando um rapaz de cabelos azuis claro, um moça de pele morena e cabelos roxos.

Líder esboça um sorriso pervo: - São os que estão se rebelando contra o mestre Eragorny e Halibel. Onde eles foram?

Bandido: - Seguiram um velho.

Líder: - O rapaz deve estar ferido após alguma luta, vamos tomar proveito disso, quando vocês o verem andando na rua sigam em dupla e quando eles entrarem no local um de vocês veem até mim e me chamem.

Bandido: - Sim senhor.

Ele saia e chama outro comparsa, saindo pela porta de madeira do estabelecimento e patrulhando a cidade, o líder fica sentado com um sorriso no rosto. Ao se aproximarem eles veem uma casa simples com dois andares, a parte de cima com várias janelas, John abria a porta para eles, entrando eles veem a esposa dele cozinhando e a filha ao lado ajudando.

John: - Queria eles vão ficar aqui, o rapaz precisa de cuidados.

Esposa: - Tudo bem, as camas lá de cima estão prontas.

John: - Obrigado querida, venham por aqui por favor.

Eles os guiam para as escadas, deixando as coisas que comprava na mesa para a esposa, notam que os quartos deles ficavam embaixo e subindo notam o espaço amplo com trás camas, armários de remédios e acessórios do médico.

John: - Deitem ele na cama perto da janela por favor.

Thorius leva-o até onde o médico pedia, enquanto ele pega alguns instrumentos, deitando-o, tirando as botas e a blusa dele, o médico se aproxima via os curativos feitos com as ervas da Gaia, examinando-o notando ele estar com um pouco de febre e uma marca no pescoço, retirando os curativo da Gaia.

John: - Se não se importa, vou refazer os curativos dele.

Gaia: - Tudo bem, acho que já estava na hora de troca, o senhor já sabe o que ele tem?

John: - Febre do pântano, é uma doença comum a quem passa por esse local, vou administrar um remédio a ele e logo estará bem.

Todos ficam aliviados sabem que logo ele estaria de pé, a esposa do médico aparece e chama eles para descer e comer algo, atendendo ao pedido dela a seguindo, no andar debaixo da mesa estava posta.

Esposa: - Por favor, sirvam-se devem estar cansados.

Yeda: - Obrigada, seu marido é o único medico aqui?

Esposa: - Não, mas é o único que não teme os bandidos e atende viajantes.

Thorius: - Então isso explica muita coisa.

John: - Sim, por isso esperei até chegarmos aqui.

Eles olham para o médico descendo as escadas e se sentando com eles a mesa.

Gaia: - Bem o senhor gostaria de conversa, quem sabe não podemos ajudar.

John: - A tempos, um grupo de bandidos se instalo salão e aterrorizam a todos por aqui, pessoas que não são da cidade são forçadas a pagam dinheiro a eles para ficar e até o povo daqui tem que pagar dinheiros a eles se não saqueai tudo o que você tiver e podem até lhe matar.

Thorius: - A quanto tempo eles fazem isso?

John: - A tempos, o prefeito já tentou pedir ajuda, mas tudo foi em vão.

Yeda: - Será que conseguiríamos ajudar?

Gaia: - Bem podemos tentar expulsar eles, mas aí teríamos que ver uma forma deles não voltarem.

Sequaria: - Bem isso depois damos um jeito, no momento também temos que proteger esta família que está nos abrigando.

A família se espanta quando Sequaria surgia.

John dá um sorriso e fala: - Três de vocês são espíritos elementais certo?

Thorius: - Sim, como desconfiou?

John: - Bem, somente um espirito conseguiria fazer curativos com aquelas plantas, sua postura me mostro que é um guerreiro bem sábio e de tempos passados e agora a dama da água.

Yeda: - E o Hairon, como está doutor?

John: - Acredito que amanhã ele já estará acordando, uma parte dos machucado não estavam cicatrizando aí as tirei e enfaixei, depois pode ir lá ver ele se quiser, mas por favor comam deve estar faminta.

Sorrindo Yeda comia junto com eles, um ensopado que ela tinha feito, depois do almoço Gaia ia com o médico aos fundos da casa e ele mostrava onde cultiva as ervas dos tratamentos, em troca de informações ela semeia as ervas que ela usava em troca de pegar alguns com o médico, Thorius ficava sentado na sala brincando com a filha de John que tinha oito anos, Sequaria e Yeda estavam no andar de cima, a garota sentada num banco próxima a cama dele o observando passando a mão na testa dele.

Sequaria: - Ele passo por várias coisas em tão pouco tempos.

Yeda fazia um sinal de sim com a cabeça e ajeitando no banquinho.

Yeda: - Sim, eu devo a ele minha vida, se fosse por ele poderia nem estar aqui hoje ou até mesmo.

Yeda era interrompida pela filha do doutor que via a chamar para brincar, ela se levanta sorrindo indo com a garota, Thorius a substituía ficando ao lado de Sequaria.

Sequaria: - Acho que a batalha mais o seus poderes deixo o corpo dele um pouco fraco.

Thorius: - Sim, mas ele já passou por coisa pior.

Sequaria: - Foram vocês que salvam a Yeda?

Thorius: - Sim.

Thorius contava a ela como foi o encontro dos dois até o momento do resgate, o dia passava rápido com cada um fazendo atividades diferentes, a noite no jantar eles ficam reunidos, a filha do médico e Yeda ficam bem próximas e a mesma pede para Yeda dormi junto dela, os espíritos passam a noite cuidando dos arredores da casa, do lado de fora cada um em local diferente para não deixar ninguém chegar perto. No dia seguinte, John examinava Hairon e nota que a febre sumia e a respiração estava normal ele parecia só dormi, Thorius aparecia na escada indo até eles.

Thorius: - Bom dia John, como ele está?

John: - Ele está bem a febre sumiu só está dormindo, vamos lá para baixo e deixa-lo descansar.

O espirito faz sinal de sim com a cabeça descendo as escadas seguido pelo médico, indo para mesa, a esposa dele sentada no lado esquerdo, Yeda coma filha dele Lili no colo do lado direito, sentando-se com o pessoal ele falava.

John: - Esqueci ontem de passar na livraria e buscar meu livro.

Yeda: - Se quiser, posso ir buscar para o Senhor, acho que poderia ser uma forma de agradecimento.

Lili: - Posso ir com ela papai?

John: - Bom não queria causar incomodo, mas seria bom para darem uma volta.

Thorius: - Se caso sentirmos algum perigo nos apareceremos para elas.

John: - Bem, podem ir, lá só procura o Raul e falar meu nome ele já saberá o que é.

Yeda: - Tudo bem deixa comigo.

A filha saia do colo dela indo para o quarto pondo o sapato, nesse tempo Gaia e Sequaria saiam e iam dar uma volta na floresta perto para ver as plantas da região, Thorius e John ficam conversando, saindo fechando a porta Yeda segurava na mão da Lili e ambas iam andando e brincando para a livraria, um pouco distante delas dois capangas grupo de bandidos a observam discretamente, seguindo elas vendo que se dirigiam para a livraria, quando notam elas entrando um deles corria rapidamente até o chefe, chegando ao salão ele fala para o chefe.

Bandido: - Chefe, a garota de cabelo roxo surgiu, estão na livraria.

Líder: - Ótimo, vamos lá rapazes.

Ele pega um pequeno frasco e chama mais dois capangas saindo do salão indo até onde elas se encontravam. Na livraria Yeda seguia as instruções de John e fala para o dono que veio buscar a encomenda dele, enquanto Lili ficava distraída vendo alguns livros na prateleira, o local era grande com várias prateleiras de livros nas laterais e o balcão no centro com uma sala aos fundo onde ficavam as encomendas.

Raul: - Aqui está o livro que ele me pediu.

Yeda: - Muito obrigado, quanto lhe devo?

Raul: - Não se preocupe ele já me pagou, vocês tinham alguém doente com vocês?

Yeda: - Sim, meu amigo estava com febre do pântano e uns ferimentos, mas agora ele já está melhor.

Raul: - John é um excelente médico.

Yeda: - Sim.

A conversa deles é interrompida pelo som do sino da porta quando aberta e o grito de Lili, Yeda se vira vendo um grupo de pessoas e o que seria o líder agarrando o braço da garota.

Yeda: - Solta ela agora.

Líder: - Cuidado com o que fala, eu do as ordem agora aqui, se não quiser que ela se machuque acho melhor me obedecer.

Yeda estava com uma expressão zangada olhando, sabia que eles poderiam facilmente machuca a Lili, ela levanta os braços.

Yeda: - Eu não farei nada, só não a machuquem.

Líder: - Bom mesmo. – Ele faz um gesto com a cabeça para um dos capangas, o mesmo entende indo até Yeda segurando os braços dela para trás, soltando a garotinha e pegando um frasco que estava no bolso dele.

Yeda: - O que quer comigo?

Líder: - Lhe usar de alvo.

Ele mostra o vidro para a Lili.

Líder: - Preste bem atenção, vou falar só uma vez, pegue o livro volte para casa como se nada tivesse acontecido, você dará o liquido que está aqui para o garoto que está na sua casa e voltara até o salão e me falar que o fez aí eu a solto.

Lili olha para Yeda.

Yeda: - Não faça isso Lili, não precisa.

Líder: - Coloquem a para dormi, já falei eu dou as ordens aqui.

Outro capanga chega com um pano com um liquido, tampando a boca e o nariz dela a fazendo respirar do mesmo e a desmaiando, a última coisa que ela conseguia ver era a Lili pegando o vidro, Lili com medo fazia o que ele mandava, corria pegando o livro e guardando o frasco no bolso, saindo correndo dali o líder ria.

Líder: - Vamos voltar e comemorar.

O capanga carrega Yeda no ombro a levando embora, Raul só pode observa, conforme eles saiam do local todos olhavam eles carregando a jovem, um senhor mais ao longe olhava irritado a cena que via. Chegando na casa, Lili tomava um folego para disfarça a correria, segurando firme o livro entrando, mãe estava nos fundos pegando umas frutas, Thorius e John sentados conversando eles olham somente a Lili entrando.

John: - Onde está a Yeda?

Lili: - A ela ficou, queria ver a cidade um pouco mais. – Ela torcia para acreditarem nela.

Thorius: - Típico dela, gosta de conhecer o lugar.

John: - Filha, veja se o Hairon já acordo por favor.

Lilia: - Claro papai, aqui seu livro.

Ela ia até ele entregando o livro.

John: - Obrigado filha.

Fazendo um carinho na cabeça dela, ela ia para as escadas, subindo olhava para trás a expressão de feliz dava lugar a uma triste, seus olhos já se enchendo de lagrimas ela tira a tampa do vidro falando baixo – Desculpa. Derramando o conteúdo na boca dele e deixando cair o vidro no chão, Thorius e John Escutam o som e subiam para ver o que era, vendo a filha chorando e o vidro ele se aproxima pegando e cheirando.

Thorius: - O que aconteceu Lili?

O espirito pergunta enquanto se ajoelha perante ela, chorando ela não conseguia falar direito só pedindo desculpas e abraçando o espirito que olha para o médico.

John: - Isto é um veneno, que coloca a pessoa instantaneamente num sono profundo e faz o coração parar.

Thorius: - E tem antidoto?

O médico fazia sinal de não, Lili parava de chorar e contava a verdade a eles, os dois faziam uma expressão de tristeza e o médico abraça a filha.

John: - O que faremos Thorius?

Hairon: - Iremos salvar ela, a Lili vai seguir as instruções deles.

Todos se espantam quando eles o veem se sentando na cama.

John: - Já era para você estar morto por causa desse veneno.

Hairon: - Desculpe ainda não é minha hora.

Lili saltava nele o abraçando, ele fazia carinho na cabeça dela.

Thorius: - Realmente você não desistiu fácil.

Hairon: - Jamais, bem vamos seguir com o plano dele então e faze-los pagar pelo que fizeram.

 Uma expressão toma conta do rosto dele, se vestia, levantando sem as espadas iria até onde eles estavam. Momentos antes enquanto Lili ia até sua casa e fazia o que era mandado, eles chegam ao salão, os capangas que lá estavam via a Yeda chegando como refém desacordada, sendo carregada riam e bebiam comemorando, o que a levava e o líder iam para uma porta atras do balcão que dava acesso ao porão, colocam ela de joelhos, ele joga duas cordas para ele, amarrando ela em um pilar que lá tinha de madeira, de joelhos, amarrando os pulsos e os tornozelos dela bem firme preso a pilastra, a deixando lá até recobra a consciência. Passado algum tempo ela começa a desperta, ainda zonza devido ao efeito do que inalou, tenta se mexer sentindo as cordas em seus pulsos.

Yeda: - Onde estou?

Líder: - Em minha base, agora você será minha escrava.

Ela olha para a escada vendo aquele cara descendo, lembrando do que acontecia ficando nervosa e o encarando.

Yeda: - Seu desgraçado, você vai pagar caro.

Líder: - Hora, hora, mas que boca suja logo vai aprender bons modos, sua amiguinha já deve ter dado o veneno a ele e seu amigo já está a caminho do outro mundo agora.

Yeda ficava em choque com o que ele falava, abaixando a cabeça quieta.

Capanga: - Chefe, a garotinha está aqui.

Ele sorria, tira um pano do bolso e amordaçava Yeda que o encarava mais uma vez.

Líder: - Seja educada e fiquei quietinha aí.

Ele ia subindo as escadas dando uma golada no copo, Yeda via ele saindo e a porta se fechando abaixa a cabeça.

Pensamento Yeda:” Hairon.”

Ela começa a chorar em silencio, no salão Lili mostra o vidro vazio a ele.

Lili: - Eu fiz o que pediu, agora solta ela.

Ele pega o vidro e taca na parede o quebrando.

Líder: - Não, ela é minha agora, o que vai fazer chama seu papai?

Eles começam a rir da cara dela.

Lili: - Você prometeu.

Líder: - É, mas mudei de ideia.

Ela ficava nervosa se vira e saia correndo de lá, eles riam sem parar. Ela corre até onde Hairon e Thorius estava escondidos, se agarrando ao espirito e virando-se para o jovem.

Lili: - Eles não vão solta ela.

Hairon: - Isso eu já imaginava.

Thorius: - Bem você não pode chegar assim, eles o veriam de longe e poderiam fazer algo a ela.

Hairon: - Tem razão.

Ele olhava em volta e achava um pano que cobria umas caixas, sorria pegando o jogando sobre ele formando um manto com capuz.

Hairon: - Bem agora dá pra disfarça e fingi que sou um viajante cansado.

Thorius: - Tudo bem, mas não exagere você acabou de recuperar.

Hairon: - Deixa comigo.

Ele dava a volta pela casa onde estavam, tentando se aproximar como se caminhasse a dias e estivesse cansado, vendo que se aproxima do salão tinha dois guardas do lado de fora ele para e falava.

Hairon: - Por favor, poderiam arruma um pouco de água a um viajante cansado.

Bandido: - Aqui é propriedade particular cai fora.

Hairon: - Só sai quando resgatar a pessoa que vocês mantem presa aí dentro.

Eles se enfurecem e parte para cima dele, com um soco no estomago e no rosto ele nocauteia o primeiro o segundo, ele desvia do soco acertando uma joelhada no peito dele e um chute giratório o tacando para a porta, o corpo atravessava a porta caindo no chão do bar e o líder olha aquilo irritado, Hairon caminha parando na porta encarando o líder da porta.

Líder: - O que está acontecendo aqui? Quem é você?

Hairon: - Aquele que você queria morto.

Ele dizia segurando o manto com a mão esquerda, numa rápida puxada e movimento de braço o manto voa e caia pela gravidade atras dele, enquanto o líder olha assustado para a figura na porta.

Líder: - A garota mentiu então.

Hairon: - Não, ela me deu o veneno, estava amargo, mas tomei e você não tem direito a falar sobre mentiras.

Líder: - E porque você ainda está vivo, era para o veneno ter te paralisado todo.

Hairon: - Porque não posso deixá-la nas mãos de gente como você.

Líder: - Peguem ele rapazes.

Os capangas iam para cima dele, Hairon aí desviando e derrotando todos um a um, chegando a mandar eles pela janela, até que ele ficava parado no centro do salão encarando o líder, levantando a mão e o chamando com o dedo para provocar, o mesmo se enfurece e vinha para cima dele numa sequência de socos, Hairon desvia de todos e ia acertando o abdômen e o rosto dele com várias sequencias de socos, até jogar ele contra o balcão o encarando.

Hairon: - Última vez, onde ela está.

Líder: - Nunca vou te dizer.

Ele pega uma garrafa e quebrava indo para cima dele, Hairon segura a garrafa a congelando e quebrando e com um forte soco o jogando para trás, passando o galpão e caindo pela porta que leva o porão e por sua vez escada abaixo, Yeda com os olhos marejados se assusta e vendo que era o sequestrador que caia escada abaixo olhando para a porta esperando para ver quem entraria, Hairon no salão olhava em volta nota que possuía um segundo andar, poderia levar tempo procurando-a.

Hairon: - Yeda onde você está?

Quando ela ouvia a voz dele, começa a chorar, se debate para tenta tirar mordaça enquanto grita abafado o nome dele. Hairon andando começa a ouvir um som vindo pela porta onde derrubou o líder, prestava atenção um pouco notando que era a voz de uma mulher abafada, rapidamente ele pula o balcão indo para a porta, segurando na beira e olhando lá para dentro, ele via Yeda amarrada.

Hairon: - Yeda.

Quando ela olha para o topo da escada, não aguentava e começa a chorar parando de se debater, ele descia rapidamente os degraus chegando nos quatro últimos, ele se apoia no corrimão pulando indo até ela, se ajoelhando do lado dela soltando o pano da boca e congelando as cordas do pulso dela a soltando, com as mãos soltas ela abraça ele pelo pescoço chorando no ombro dele.

Yeda: - Que bom você está vivo.

Ele congela a corda dos pés dela e a envolvia nos braços fazendo carinho na cabeça dela.

Hairon: - Falei, não vou morrer fácil. Você está bem.

Ela ia se afastando um pouco fazendo sinal de sim para ele, o mesmo limpa as lagrimas dela, a pegando nos braços.

Hairon: - Vamos embora.

Ela fica com um braço em volta do pescoço dele segurando próprio braço e apoiando a cabeça no ombro dele fechando os olhos.

Pensamento Yeda: “Que bom ele está bem.”

Corada com o pensamento, ele ia levando-a para fora, notando os moradores batendo em uns bandidos o fazerem correr, um senhor se aproxima dele.

Mike: - Obrigado por isso jovem, e sou Mike o prefeito daqui.

Ambos olham para ele, mas sem nota o Líder vinha enfurecido para atacar eles, Hairon se encolhe para proteger Yeda, mas Thorius surgia acertando um belo cruzado de direita no rosto do líder o fazendo voar longe.

Thorius: - Eu falei para não baixar a guarda.

Hairon: - Obrigado.

Mike: - Vão descansar, amanhã você me procura em minha casa.

Ele apontava para uma casa, mas ao fundo com umas flores em volta da entrada.

Hairon: - Eu irei, prometo. Vamos hora de você se recuperar por hoje.

Ele fala sorrindo para ela que fica toda sem jeito e caminham de volta para casa, Thorius carregava a menina de cavalinho nos ombros e todos estavam bem. Chegando à casa do médico Sequaria e Gaia estavam na porta.

Gaia: - Bem algo aconteceu enquanto estávamos fora.

Thorius: - É venham eu conto a vocês, Hairon leve Yeda lá para cima.

Hairon: - Claro.

Entrando na casa, o Jhon vê todos bem e fica aliviado Hairon leva Yeda para a cama que ele estava, a põem sentada e a ajuda a tirar as botas, a cobrindo, ele se senta no banco próximo.

Yeda: - Me conta, foi lá na montanha que você treinou seu corpo para suporta os venenos?

Hairon: - Sim, lembra num dia que você foi e eu estava mais exausto do que o normal.

Yeda: - Sim.

Hairon: - Foi ali que meu corpo estava se acostumando a eles.

Yeda: - Então as marcas que via no seu braço.

Ele fazia sinal de sim, mostrava uma agulha de gelo.

Hairon: - Eu usava isto, molhava no veneno aí picava em mim como uma cobra tivesse me injetado.

Yeda: - Mas podia ter sido perigoso.

Hairon: - Eu sei, não vou mentir, mas se não tivesse feito acho que agora não estaríamos tendo esta conversa.

Ela ficava quieta corada segurando os lençóis, o estomago dele roncava o deixando sem jeito ela dava um sorriso e ele também.

Yeda: - Vai lá a comida deve estar pronta.

Hairon: - Tá bom, quer que traga algo para você?

Yeda: - Sim, se não for incomodo.

Hairon: - Jamais.

Ele saia sorrindo, ela fica olhando o pôr do sol pela janela, durante o jantar Hairon contava sua história a família do médico e o mesmo o agradecia por ele ter acabado com os bandidos, ele fala que não foi nada, mas pedem para tomar cuidado. A esposa do médico dá uma bandeja ao Hairon que levasse até Yeda, ele atende o pedido subindo as escadas, via-a olhando pela janela sentada com as pernas coberta, fazia um barulho para não a assustar, chegando ele coloca a bandeja no colo dela e se senta na cadeira ao lado da cama.

Hairon: - Gostaria de uma companhia para jantar?

Yeda: - Claro, bem então na montanha você fez um segundo treinamento.

Hairon: - Sim como disse foi arriscado, mas o importante que deu certo.

Yeda: - Sim, Hairon eu acho que nunca lhe perguntei, mas de onde você veio? E como conseguiu essa cicatriz?

Ele sorria a olhando: - Verdade acho que não tivemos essa conversa, bem eu vim de uma vila ao norte da floresta onde nos encontramos, era uma terra pacifica, vivíamos tranquilos até que Eragorny nos atacou, ele conseguiu descobri mesmo com meu pai fazendo de tudo para esconder a vila. Ele destruiu praticamente tudo e essa cicatriz. – Ele falava dando uma pausa tocando nela e fechando os olhos. – Fo por eu te sido fraco, ele quase me matou, se não fosse Thorius ele teria o feito.

Ela comendo olhava prestando atenção em cada palavra dele, ela parava um instante para pergunta: - E foi nesse instante que ganho esse olho?

 Hairon: - Sim, eu fui para outro lugar, vi um dragão todo azul e meu pai, foi onde tudo me foi revelado.

Yeda: - Você perdeu seus pais também então?

Hairon: - Sim, minha mãe partiu comigo bem novo e logo meu pai para tentar a salvar. – Ele abaixa o rosto pouco triste, mas respira fundo a olhando.

Yeda: - Eu lhe entendo, eu perdi meus pais quando nova, meu avó que cuido de mim.

Hairon: - E de onde você é? Já morava naquela floresta?

Yeda sorrindo o olhava: - Bem eu vim de outro continente, além do mar, minha tribo também foi atacada, nos fugimos num pequeno grupo em dois barcos, mas uma tempestade fez eu me distanciar e quando acordei na margem não vi ninguém, vaguei sozinha procurando pista deles, mas não achei, penso que talvez seja a última, aí foi sorte que nós achamos na floresta aquele dia. – Ela sorria o olhando, ele nota que ela terminava de comer, tirando a bandeja do colo dela deixando de lado.

Hairon: - É, pois algo ruim poderia ter ocorrido a você.

Yeda: - Sim, eu sempre sou grata pelo que fizeram e o importante que estou ajudando vocês tinham medo de só atrapalhar.

Hairon: - Não diga isso, seus poderes são incríveis, bem acho que os dois últimos espíritos estejam no continente que você morava.

Ela fazia sinal de sim para ele com um olhar meio triste: - Acho que passaremos onde ficava minha vila.

Hairon sentia a tristeza e suspirava: - É, bem sei que mais pessoas podem ter sobrevindo e logo você os achara.

Ela o olhava sorrindo, para animar mais ela, ele conta um pouco da infância dele e coisas que fazia, ela conta da dela, os dois ficam conversando por um tempo, John subia e notava Hairon debruçado na cama dormindo e Yeda deitada dormindo também, se aproxima e pegava a bandeja e ia descendo, lavando as coisas Thorius ia andando perto dele.

Thorius: - Como eles estão John?

John dava uma risada: - Estão dormindo, acho que conversaram bastante e agora foram dormi, isso que ele já dormiu quase um dia todo.

Thorius ria também: - É, mas é bom assim.

O espirito ia saindo da casa voltando para o lado de fora para ficar de guarda, enquanto o médico ia dormir também. No dia seguinte, Hairon ia acordando notava que dormia sentado debruçado na cama, abrindo os olhos devagar e se espreguiçando devagar notava que Yeda ainda dormia tranquila, se levanta devagar notando o dia já começando descendo a esposa de John prepara algo para eles, John ia entrando após cuidar da horta, a filha dele ainda dormia e os espíritos estavam na sala sentados.

Hairon: - Bom dia pessoal.

John: - Oh, bom dia Hairon.

Thorius: - Acho que vocês conversaram bastante que até dormiram sem notar.

Hairon ia sentando à mesa com John e a esposa ouvindo o amigo e falando: - Verdade, nem lembro a hora que apaguei.

Sequaria: - Isso que você já estava dormindo desde a floresta para se recuperar.

John: - Pode ter sido o resto do remédio fazendo efeito. – Falando dando uma risada e todos riam, após termina o café Hairon se levanta falando: - Bem vou lá fala com o Mike como ele me pediu, John você poderia me arrumar um papel e uma caneta?

John: - Claro, venha aqui no meu escritório por favor. – Andando levando Hairon até o escritório, dando uma pena com nanquim para ele escrever e um papel, Hairon escrevia uma mensagem enrolando-a, John ficava curioso e só ia para a sala sentando junto aos outros, indo para a porta, Hairon via Yeda descendo as escadas dando uma bocejada de sono.

Yeda: - Bom dia pessoal.

Todos no local: - Bom dia.

Esposa: - Venha coma alguma coisa.

Ela ia sentando à mesa vendo Hairon na porta falava: - Vai sair?

Hairon: - Vou lá falar com o Mike, volto logo.

Ela fazia sinal de sim sorrindo para ele, o mesmo sorri saindo, parando um pouco longe da casa, ele dava um assovio e um falcão magico aparecia para ele pousando no pulso esquerdo dele, ele prende com uma fita a mensagem e fala olhando para o pássaro: - Leve para o Fengli. – O pássaro logo voava e sumia no ar, caminhando ele ia passando pela vila, as pessoas o cumprimentam, ele passa na frente da livraria onde a Yeda foi sequestrada, Raul estava varrendo e via ele e fala: - Com licença você é o amigo da Yeda?

Ele parava olhando para ele: - Sou eu mesmo, prazer me chamo Hairon.

Raul: - Me chamo Raul, me desculpe não pude impedir ela de ser levada ontem.

Hairon: - Tudo bem, o importante que ela está bem e o Senhor também.

Raul: - Ela me falou que você estava doente, está melhor?

Hairon: - Sim, totalmente recuperado.

Raul: - Que bom, bem não vou tomar mais de seu tempo, obrigado pela notícia.

Hairon: - Imagine, mas por nada e com sua licença.

Ele volta a caminhar, se aproximando da casa que Mike tinha indicado ontem para ele, subia as escadas na entrada e batia na porta, uma voz lá de dentro falava para ele entrar, abrindo a porta ele via uma grande mesa de madeira ao centro com uma estante de livros na parede ao fundo, Mike sentado na cadeira e a direita uma porta que dava acesso ao restante da casa, vendo Hairon Mike se levanta: - Por favor Hairon sente-se, gostaria de algo para beber?

Hairon ia se encaminhando para a cadeira a frente da mesa, puxando e sentando enquanto fala: - Se puder um pouco de água, acabei de comer.

Mike abria a porta e pedia a esposa dele para trazer um pouco de água a ele, fechando voltando a se sentar na cadeira.

Hairon: - Não é perigoso sua casa ser junto ao escritório que resolve as coisas da cidade?

Mike dava um sorriso e uma leve risada: - Bem com aqueles bandidos aqui tudo era perigoso, só de andar na rua já era perigoso ou ir comprar algo.

Hairon: - Como conseguira sobreviver com eles aqui?

Mike suspirava encostando na cadeira o olhando: - Pagando para deixar a gente viver.

Hairon se espantava com o que ele falava, no momento a esposa do Mike entrava com uma jarra de barro com dois copos para eles, servindo Hairon agradecia e a mesma ia saindo, tomando um gole se acomodando na cadeira: - Isso me lembra uma vila, logo que conheci o Thorius, nós paramos e também alguns bandidos ficavam causam problemas lá.

Mike: - E você fizeram algo?

Hairon: - Sim, expulsamos eles e como ficava perto do reino das fadas eu pedi a eles para cuidarem deles por nos.

Mike: - Bem aqui a cidade mais próxima e a que fica na costa, mas eu fiquei com medo de pedir ajuda e eles descobrirem, eu ouvi falar que logo depois do pântano tem uma vila, mas com a única rota que tinha no pântano sob controle daquele monstro não tínhamos muito o que fazer.

Hairon: - Bem, eu e meus amigos acabamos com ela e já não será mais um problema e devo confessar que antes de vim aqui conversa com você eu mandei uma mensagem para meu amigo lá na vila que comentou.

Mike ficava surpreso, Hairon sorria e antes que ele pudesse falar algo na janela aberta entra um falcão magico, Hairon estende o braço direito o mesmo pousava, ele nota o papel amarrado a perna dele, era do reino de Fengli, tirando e lendo ele sorria e Mike nota.

Hairon: - Mike, poderia me emprestar um papel e caneta por gentileza.

Mike: - Claro. – Ele arruma um papel e uma caneta que solicita, escrevendo a mensagem e amarrando no pássaro e o mesmo ia saindo, eles olhavam o pássaro ir e Hairon falava: - Ele veio no momento certo com boas notícias.

Mike: - Por favor me diga.

Hairon: - Antes de vim aqui eu mandei uma mensagem ao Fengli, meu amigo da vila que citou ele topara ajudar vocês, ele mandara soldados para tomar conta na minha ausência e também quer estabelecer um ponto de comercio com vocês, assim vocês podem se ajudar.

Mike ouvindo aquilo sorria sentindo um alivio: - Nossa muito obrigado, você está ajudando muito nossa vila, tem algo que possamos fazer para retribuir?

Hairon sorria: - Só continuem a vida pacifica e cuidem daqueles que passarem por aqui, claro se forem pessoas ruins com vocês as expulsem – Rindo olhando o Mike que ria junto.

Mike: - Pode deixar.

Hairon entregava o papel que pego do pássaro ao Mike: - Mostre isso ao Fengli, ele saberá que é você, ele deve chegar em dois dias no mínimo. – Mike pegava o papel guardando consigo: - E agora você irá seguir seu caminho? – Ele pergunta curioso a ele.

Hairon: - Sim, vamos seguir a diante, parece que tem uma cidade costeira não é mesmo?

Mike: - Sim, pretende atravessar o mar?

Hairon: - Sim, sinto que minha jornada continua além do mar. Acha que consigo alguém para me levar até onde preciso?

Mike pensava um pouco com a mão direita no queixo o olhando: - Bem pode ser que algum capitão no porto aceite te levar, dependendo da rota que for fazer.

Hairon: - Vou consultar meus amigos sobre isso, bem não vou tomar mais seu tempo Mike, vou indo para logo partir. – Ele fala se levantando, Mike se levantava o acompanhando até a porta.

Mike: - Imagine, não foi incomodo nenhum, você me deu até uma ótima notícia me pegando desprevenido, bem desejo lhe boa viajem então.

Hairon: - Muito obrigado. – Num aperto de mão eles se despediam e Hairon voltava a caminhar para casa do John, Mike fica o vendo ir sorrindo e logo voltando para dentro. Chegando à casa do médico Hairon ia abrindo a porta, entrando ele via Yeda ajudando a esposa do John a fazer a comida, Gaia e Sequaria no sofá brincando com Lili, Thorius e John sentados à mesa conversando, todos olhavam vendo Hairon entrando e fechando a porta.

John: - Venha Hairon sente-se conosco, como foi a conversa com o prefeito?

Hairon: - Foi produtiva, eu disse a ele que mandei um pedido a um amigo para cuidar da vila.

Thorius: - Você mandou um pássaro para o Fengli, certo?

Hairon dava um risada: - Sim, bem você ouviu o assobio né?

Thorius só fazia sinal de sim sorrindo para ele, John dava uma risada e falava: - Bem isso é bom agora a vila terá um pouco de paz, vocês iram partir hoje?

Hairon: - Sim, está na hora de seguir em frente, agora onde poderemos achar o próximo?

Gaia: - A próxima, a Winding se encontra numa região deserta logo após o mar.

Hairon olhava para Gaia, falando: - Então já temos um destino para ir.

Yeda: - E como iremos para lá? Eu lembro que atravessei o mar para chegar aqui, será que acharemos um barco? – Ela falava enquanto trazia a comida a mesa, Hairon olhando a comida ser servida: - Sim, o Mike me falou que na outra cidade pode ser que achemos algum capitão que nos leve para lá.

Sequaria: - Bem isso facilitara um pouco para nós.

Thorius: - Sim, bem então partiremos assim que vocês comerem.

A esposa de John se aproxima com o resto do almoço e chamava a filha para almoçar, a mesma se junta a eles na mesa e todos almoçavam, depois do descanso eles começam a arrumar as coisas para partida, indo para o lado de fora, John e família ficam parados na porta vendo-os do lado de fora.

Hairon: - Obrigado pelos cuidados que deram para nós.

John: - Não foi nada, não podia deixar alguém doente, não foi assim que meu pai me ensinou. Desejo-lhe boa viajem e cuidado no futuro.

Hairon: - Pode deixar, quando tudo termina eu passo para ver como estão.

John: - Será muito bem-vindo. – Ele se aproxima apertando as mãos, Yeda acenava para eles: - Se cuide Lili. – Lili sorria para ela: - Você também. – Sorrindo logo eles começam a caminhar, um pouco longe a esposa falava ao marido: - Você não contou que conheceu o pai dele? – John sorria: - Não, mas vejo muito dele no Hairon, sei que logo esses tempos negros iram passar.

Passando pela cidade se despedindo das pessoas, eles caminhavam até o anoitecer, parando um pouco afastado da estrada, fazendo uma fogueira. Sentados em torno da fogueira, Hairon olhava para o Thorius.

Hairon: - Aquele dia na floresta você ficou com a diversão só para você.

Thorius o olhando sorrindo: - Pois é, uma pena que você estava fraco, mas será que você daria conta daquele monstro sozinho? – Perguntando o encarando, as meninas lembravam daquela coisa e faziam uma cara de nojo, os dois observavam rindo.

Hairon: - Tá bom, eu não daria.


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