A Folha e o Som escrita por BastetAzazis


Capítulo 11
Cerco ao Som




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Eu simplesmente me encolhi, tentando me aquecer, e apressei o passo para chegar o mais rápido possível em casa, sem notar que, aos poucos, os barulhos típicos da floresta que atravessa desapareceram. Estranhamente, quanto mais rápido eu andava, mais espessa a névoa se tornava, até que percebi, tarde demais, que se tratava de um genjutsu.

o.O.o

Capítulo 11: Cerco ao Som

- Sakura-sama.

A voz apreensiva do tio Suigetsu despertou minha mãe de seus pensamentos, também aflitos com a falta de notícias do meu pai e uma intuição ruim que não deixava seu coração.

- Aconteceu alguma coisa, Suigetsu-san? – ela perguntou, temendo a resposta.

Ele assentiu com a cabeça e explicou:

- Juugo diz que os pássaros da redondeza estão inquietos. Ele teme que seja um ataque.

- Um ataque? – minha mãe repetiu. Lembrando-se temerosa da carta absurda que Ando enviara ao meu pai, ela expôs seu maior medo: – Você acha que aquela carta que o Sasuke recebeu... Você acha que pode ter sido uma armadilha?

Ele deu de ombros.

- Não recebemos nenhuma notícia da Karin. Ela deveria estar monitorando as fronteiras, não tem como um exército passar despercebido por ela.

Analisando as últimas coincidências, ela só podia chegar a uma conclusão. Levantando-se do seu lugar, declarou os próximos passos que o Som poderia tomar:

- Mandarei uma águia mensageira até Suna, mas se for mesmo um ataque, teremos que agir sem o Sasuke.

Tio Suigetsu assentiu mais uma vez.

- Vou reunir todos os shinobis que não estejam em missão e deixá-los de prontidão. Talvez seja necessário levar as mulheres que estão fora de ação e os mais novos para nosso esconderijo.

- Eu cuidarei disso, Suigetsu-san – minha mãe assentiu.

Até o final da tarde, todos os shinobis do Som já estavam de alerta, e logo as suspeitas do tio Juugo mostraram-se verdadeiras. Graças ao aviso dos seus pássaros, a vila não estava totalmente despreparada, e os primeiros ninjas da Névoa que chegaram ao Som descobriram que a nossa fama não era devida apenas à reputação do Otokage, mas à força e a habilidade em batalha de todos os seus shinobis.

Responsável pela segurança daqueles que não estavam em condições de defender a vila, minha mãe liderou o pequeno grupo de mulheres, crianças e enfermos até o esconderijo principal, uma câmara protegida com um labirinto subterrâneo que poderia levá-los a salvo para qualquer um dos quatro esconderijos nas fronteiras do país, resquícios deixados pelo Primeiro Otokage. Quando todos imaginavam que estavam protegidos e chegavam as primeiras notícias de que os ninjas da Névoa estavam sendo detidos, os mais atentos ouviram passos vindo do labirinto. Minha mãe, pela primeira vez depois de anos, sacou uma kunai, desejando internamente que fosse apenas a Karin, voltando do seu posto com a notícia da invasão, embora a idéia de uma traição há muito estava presente em sua mente.

- Apaguem as luzes – ela ordenou para os outros. – Se for alguém querendo nos pegar de surpresa, nós também vamos surpreendê-los.

Encorajados pela atitude da minha mãe, algumas mulheres e enfermos se posicionaram logo atrás dela, enquanto outros obedeceram suas ordens e a câmara ficou numa escuridão total; as crianças foram levadas para a outra extremidade, longe da saída do labirinto.

Silêncio.

Os passos pararam.

Silêncio novamente.

- Karin-sama – uma voz desconhecida anunciou. – Parece que não há ninguém aqui.

- Não seja ingênuo, baka! – a mulher respondeu. – Eu posso sentir o chakra de todos eles, escondidos no escuro como bebês chorões.

Os shinobis escondidos ouviram um leve murmurrar, e no instante seguinte, um forte clarão iluminou a câmara, revelando a posição de cada um e depois escurecendo o local novamente. O ataque foi rápido. Os primeiros ninjas que saíram do labirinto atacaram minha mãe e os demais posicionados atrás dela. Ninguém se rendeu facilmente, mas eles estavam na proporção de pelo menos quatro atacantes para cada defensor, e logo todos foram imobilizados; um grupo ainda conseguiu cercar as mulheres que cuidavam das crianças.

Finalmente o local foi iluminado, e a Karin surgiu da passagem do labirinto, sem nem encarar seus antigos aliados, liderando seu novo exército. Minha mãe observou atônita os ninjas da Chuva avançando em direção ao centro da nossa vila, onde os guerreiros do Som já estavam ocupados com os invasores da Névoa. Ela não podia impedi-los, estava cercada e desarmada, e sentiu alguém empurrá-la contra a parede.

- Olhos verdes... Cabelo rosa... – um dos ninjas da Chuva que a cercavam começou a resmungar com um sorriso vil nos lábios. – Então essa é a kunoichi que fez o lendário Otokage mover todas as suas forças para resgatá-la de Konoha – acrescentou, ironicamente. – Vamos ver se você realmente vale todo o esforço.

Segurando minha mãe pelo pescoço, ele empurrou o corpo contra o dela, pressionando-a na parede, provocando risadas excitadas dos seus companheiros e olhares de horror dos prisioneiros. Entretanto, o desavisado ninja da Chuva jamais imaginou que a esposa do Otokage também fora pupila de um dos três lendários sannins, e que além dos jutsus médicos, ela ainda havia herdado a força descomunal que, um dia, fora a fama da falecida Princesa Tsunade.

Apenas poucos segundos de concentração e uma carga de chakra já se acumulava nas suas mãos, fazendo seu agressor atingir a parede do outro lado da câmara e cair desmaiado no chão com apenas um golpe dela. Os outros ninjas que a cercavam tentaram atacar, mas foram igualmente nocauteados.

Assistir a esposa do Otokage, que muitos consideravam fraca e sem habilidades, lutar sozinha contra seus agressores encorajou as demais mulheres e enfermos a lutarem também. Até mesmo as crianças negaram se render e, pegos de surpresa, os ninjas da Chuva que ficaram na câmara logo foram derrotados.

- Sakura-sama – uma das mulheres a chamou depois que todos estavam livres. – Nós precisamos voltar para a vila. Não podemos deixar eles pegarem os outros pelas costas, de surpresa.

- Eu entendo, mas nós estamos desarmados e em minoria. – Virando-se para outro grupo, continuou: - E vocês ainda não estão totalmente recuperados, não deveriam nem estar lutando agora. Não posso deixar que vocês se arrisquem ainda mais.

- Sakura-sama – um dos ninjas feridos se adiantou –, nós ainda somos shinobis do Som. Eu não ligo de morrer se for para manter nossa vila a salvo de traidores e oportunistas como os que acabaram de nos atacar.

- Mas... – minha mãe tentou argumentar, preocupada com as vidas daqueles a quem devia proteger, mas foi interrompida pela mesma mulher de antes.

- Você acabou de nos mostrar que nunca deixaremos de ser kunoichis, Sakura-sama, mesmo depois de tanto tempo afastadas das missões.

Ela esboçou um sorriso sincero, realmente feliz ao ver o reconhecimento nos olhos daqueles shinobis, que por tantos anos a tratavam como a reles esposa do seu líder. Entretanto, ela ainda era responsável pela segurança deles, e estava receosa de mandá-los para uma morte quase certa.

- Mas e as crianças? – argumentou, virando o rosto para o lado, onde estava o pequeno grupo dos menores. – Não podemos deixá-las sozinhas.

Ao dizer isso, um garotinho de olhos enormes e cabelos pretos brilhantes, que provavelmente a fez se lembrar dos meus irmãos, correu até ela, puxando-a pela barra da camisa.

- Por favor, Sakura-sama – ele lhe implorou –, se nós não podemos ajudar lutando, vamos ajudar cuidando uns dos outros. Não queremos impedir vocês.

Os olhos da minha mãe se encheram de lágrimas, orgulhosa dos homens e mulheres que ajudaram a crescer a vila que ela escolhera como lar ao abandonar Konoha. Virando-se novamente para os adultos que se erguiam para lutar em defesa do Som, ela comandou:

- Muito bem, agora está claro que prepararam uma armadilha para nós, fazendo com que o Otokage saísse da vila para nos atacarem de surpresa. Vamos mostrar para eles que, mesmo ainda sendo uma vila pequena, Otogakure é formada por ninjas valorosos, que não serão subjugados tão facilmente.

Todos no esconderijo assentiram silenciosamente e partiram atrás do grupo que passara com a Karin há poucos minutos. Lá fora, a vila incendiava com a guerra. O Som estava cercado entre a Névoa e a Chuva, mas nem por isso deixavam de lutar, resistindo aos ataques dos dois lados. Tio Juugo lutava enlouquecido, e nem uma dúzia de inimigos era capaz detê-lo. Ao lado dele, tio Suigetusu mostrava por que era o único shinobi capaz de dominar as sete espadas dos lendários espadachins da Névoa, lutando bravamente contra seus antigos compatriotas, indignado com a traição de sua vila natal.

A chegada do grupo liderado pela minha mãe pareceu balancear os lados, pois muitos ninjas da Chuva foram pegos de surpresa, certos que estavam de que não seriam atacados na retaguarda. Minha mãe, entretanto, vasculhou o local a procura de uma pessoa apenas: Karin. A traição dela estava clara, e agora ela se mantinha longe de qualquer confronto, indicando os pontos fracos da vila para os invasores.

- Então a Rosadinha resolveu lutar – ela disse, assim que percebeu o chakra da minha mãe se aproximar. – É inútil, você nunca vai me derrotar.

Mas minha mãe não deu ouvidos a ela, com as mãos novamente carregadas de chakra, correu na direção dela. Um único acerto, e a Karin provavelmente jamais levantaria novamente.

Entretanto, se a habilidade de apenas reconhecer o chakra não era útil para ataques, tornava-se uma defesa extrema contra qualquer avanço da minha mãe, pois tornava possível a leitura de todos os seus golpes. Karin desviou de todos eles com facilidade, apenas sentindo a aproximação da enorme onda de chakra, esperando que minha mãe se cansasse e deixasse uma brecha para cair num de seus genjutsus.

- Desista, Sakura.

Era a voz do meu pai. Por um instante, ela vacilou, e de repente, ele surgiu na frente dela.

- Sasuke...? Por quê...?

- Você nunca foi nada sem mim, Sakura. Desista de lutar. A Karin sempre foi melhor que você. – Ele se aproximou dela com um sorriso falso, zombeteiro. – Em tudo...

- Sasuke...? – minha mãe balbuciou, os olhos começando a lacrimejar, como se as palavras a perfurassem mais que a Kusanagi que ele acabava de desembainhar e apontar para ela.

Ele deu mais um passo na direção dela, agora caída sem forças no chão.

- Você é fraca, Sakura – a voz do meu pai continuava, como um mantra capaz de extrair da minha mãe qualquer vontade de resistir. – Já estou farto de você!

Com aquelas últimas palavras, ele desferiu o golpe que acabaria de uma vez por todas com ela. Entretanto, antes que a kusanagi a atingisse, ele voou longe com um golpe no estômago e o genjutsu se desfez. Minha mãe correu até onde o corpo da Karin tinha caído, mas ela já havia se levantado.

- Desista você, sua vadia traidora! Eu jamais vou cair nos seus golpes sujos!

- Hunf! – Karin respondeu, preparando-se para se defender de mais golpes. – Eu não vou perder o Sasuke para você! Ele devia ficar comigo!

Minha mãe riu.

- Eu não sei, e nem me interessa saber, o que aconteceu com vocês no passado – ela respondeu, então. – Mas o Sasuke nunca foi seu.

Foi a vez da risada espalhafatosa da Karin ser ouvida.

- Isso é o que você pensa. – Ela deu alguns passos na direção da minha mãe e bradou para que todos em volta pudessem ouvir: - Com quem você acha que ele passava todas as noites que não voltava para casa, hein?

Minha mãe estreitou os olhos, uma luz forte de chakra brilhava em sua mão direita, mas ela nunca precisou usá-la. No instante seguinte, uma espada atravessava o corpo da Karin pelas costas. Ela olhou assombrada para minha mãe, que moveu os olhos do rosto dela para o do homem logo atrás; Suigetsu.

- Depois de todos esses anos – ele silvou, um brilho de ódio e tristeza iluminando seus olhos –, e ainda era nele que você pensava quando dormia comigo.

Minha mãe o encarou, assustada e surpresa com a revelação. Eu havia passado tempo suficiente com o meu pai nos últimos anos para saber que, realmente, os assuntos políticos da vila tomavam o tempo dele o suficiente para não acreditar nas palavras da Karin. Entretanto, ninguém jamais imaginara que ela e o tio Suigetsu eram amantes.

- Me perdoe, Sakura-sama – ele respondeu para minha mãe –, mas eu quero ter o prazer de me livrar dela, de uma vez por todas.

Com suas últimas palavras, ele retirou e a espada e, num golpe rápido e determinado, cortou a garganta dela. Se ainda havia algum sopro de vida restante do primeiro golpe, esvaecera-se completamente após o segundo.

- Suigetsu... – minha mãe tentou consolá-lo, mas ele simplesmente juntou a espada às demais da sua coleção e deu as costas para o corpo caído no chão.

- Sakura-sensei! – uma voz jovem e desesperada a chamava.

Não havia tempo para descanso numa guerra. Minha mãe se virou em busca da voz que clamava por ela para encontrar uma jovem que acabara de iniciar os treinamentos com jutsus médicos.

- Sakura-sensei – ela repetiu. – Há muitos feridos, nós precisamos de mais ajuda!

- Hai! – ela assentiu, e saiu atrás da aprendiz.

Os shinobis do Som resistiam bravamente contra os invasores da Névoa e da Chuva. Embora a vila fosse pequena, o número de oponentes já era equivalente. Minha mãe se dividia entre cuidar dos feridos mais graves e afugentar algum invasor que quisesse se aproveitar de uma situação de fraqueza para terminar o começado. Tio Suigetsu lutava ferozmente, talvez tentando extravasar sua raiva e frustração em alguns inimigos. Tio Juugo continuava em pé, ainda tomado pela ira incontrolável que sempre o dominava em grandes lutas. Entretanto, muitos outros começavam a mostrar sinais de cansaço, enquanto os invasores ainda resistiam.

- Rasengan!

Minha mãe pensou estar em outra ilusão quando ouviu um coro de vozes gritarem o jutsu do antigo companheiro. Entretanto, bastou levantar os olhos para que um sorriso aliviado preenchesse seu rosto. Uma centena de Narutos apareceu de repente na vila, cada um empunhando o golpe que herdara do pai e Quarto Hokage. Não eram bunshins comuns como os que a minha mãe conhecia quando ainda lutavam juntos, as técnicas dele haviam evoluído e suas cópias lutavam como o ninja original, resistindo a vários golpes e sumindo apenas quando ordenados. Nenhum dos atacantes esperava a chegada de um exército de Hokages, e em pouco tempo, os inimigos que restavam caíram derrotados.

- Naruto!

Minha mãe deixou os feridos para serem socorridos por sua aprendiz e correu para a entrada da vila, na direção do único Naruto que restara ao final da luta. Seus olhos verdes estavam marejados, mas havia uma alegria em seu coração que apenas o reencontro de um amigo distante é capaz de proporcionar.

- Sakura-chan... – ele respondeu, os olhos iluminados ao revê-la depois de tantos anos, sã e salva após o cerco que havia testemunhado e ajudado a conter.

Os dois ficaram imóveis, absortos do tempo e do espaço, apenas admirando aquele momento. Felizes por se reverem, por se encontrarem ilesos à guerra, por finalmente terem a certeza que a amizade que guardavam em seus corações não havia se acabado com o tempo. O silêncio permaneceu entre eles por algum tempo, eram muitas as coisas que precisavam serem ditas e perguntadas, e nenhum deles sabia por onde começar. Até que, finalmente, minha mãe falou:

- Naruto... obrigada...

Ele sorriu, levando a mão a nuca para coçar a cabeça como fazia desde que eram gennis.

- He, he... não foi nada. Parece apenas que eu cheguei na hora certa.

Ela também sorriu, mas logo seu coração de mãe, esposa e líder falou mais alto.

- Como você veio parar aqui? Aconteceu alguma coisa em Suna? Aconteceu alguma coisa com o Sasuke?

As feições dele endureceram um pouco, mas ele não respondeu prontamente, se desviando do assunto.

- Acredito que o Sasuke está bem, em Suna. Mas o que aconteceu aqui? Não acredito que o teme foi capaz de deixar você sozinha, com a vila sendo atacada.

Minha mãe balançou a cabeça.

- Uma armadilha, provavelmente. Um dos nossos o atraiu para Suna e deixou que ninjas da Névoa e da Chuva se infiltrassem sem nós percebermos.

- Eu entendo – ele respondeu, assentindo com a cabeça.

- Felizmente – minha mãe recomeçou –, o Som não é uma vila tão indefesa quanto alguns pensam. – Ela observou o Naruto sorrir tristemente, e então, com um suspiro, sentiu que lhe devia um pedido de desculpas. – Eu sei que prometi que um dia nós voltaríamos, mas acho que agora você entende, não é? Nós ajudamos a reconstruir essa vila, é o nosso lar agora... Eu não poderia largar todos aqui e voltar...

- Sakura-chan – ele a interrompeu –, eu jamais a obrigaria a cumprir aquela promessa. Na verdade, a vovó Tsunade me fez prometer antes de morrer que eu jamais voltaria a falar em ir atrás de vocês para obrigá-los a voltar.

A lembrança da antiga mestra fez as lágrimas formadas nos olhos da minha mãe começarem a escorrer pelo rosto, emocionada.

- Tsunade-sama... Eu senti tanto não estar lá... Como foi que...? – ela balbuciou, as fortes emoções impedindo-a de terminar a pergunta.

- Acho que ela nunca se recuperou da morte do ero-sannin – ele respondeu. – Depois de alguns anos, nem o genjutsu que ela usava para esconder a verdadeira aparência ela se preocupava em manter. – Levando uma das mãos ao rosto da minha mãe, ele a fez levantar o olhar para encarar os olhos dele. – Mas ainda assim, ela me fez prometer que jamais a separaria daquele teme, que jamais tentaria convencê-los a voltar se não fosse a sua vontade.

As lágrimas da minha mãe deram lugar a um sorriso triste quando ela lembrou da antiga mestra, imaginando-a brigar com o Naruto por causa da sua decisão de seguir o Sasuke. A Tsunade sempre a entendera, mesmo sem lhe mandar notícias, sua mestra sabia que ela estaria bem e feliz ao lado do Sasuke, que fora por isso que ela havia treinado e lutado tanto no passado.

- Mas eu ainda lamento pelos meus pais – minha mãe disse, desviando os olhos do Naruto para mirar num horizonte perdido. – Eu nem me despedi deles e quando soube que eles morreram... era tarde demais...

- Não se culpe por isso, Sakura – o Naruto a acalmou, falando brandamente. – Eles sempre tiveram orgulho de você. Cada vez que alguma notícia do Som chegava, cada Torneio Chuunin realizado em Konoha com a participação de algum gennin do Som, eles sempre estavam lá para lembrar a todos por perto que aquela era a vila que a filha deles ajudara a crescer. Eu posso dizer que eles morreram felizes sabendo que você estava aqui, pela sua própria vontade.

A lembrança dos pais foi demais para a minha mãe que, sem se preocupar com os demais a sua volta, se lançou nos braços do velho amigo, deixando as lágrimas correr livremente. Com a cabeça enterrada nos ombros do Naruto, ela não viu meu pai se aproximar da vila, até que ouviu a voz dele, fria, pausada e furiosa, ameaçando o Hokage:

- Tire as mãos da minha mulher, seu pervertido. – A ponta da Kusanagi firmemente pressionada contra as costas do loiro. – Eu te avisei para deixar minha família em paz.

Continua...


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Notas finais do capítulo

N.A.: Obrigada a todos que deixaram reviews. Esse cap saiu rapidinho em comparação aos outros, né? Eu já tinha uma boa parte escrita, e outra boa parte resolvi deixar para o proximo, para não ficar muito grande. Muitas coisas precisam ser esclarecidas e... OMG! Onde está a Amisa????

Errr... Vou viajar na próxima semana, então não posso prometer outra atualização tão rápida quanto essa! Beijos e obrigada por continuarem acompanhando a fic.



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