A Folha e o Som escrita por BastetAzazis


Capítulo 12
Amanhecer




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Com a cabeça enterrada nos ombros do Naruto, ela não viu meu pai se aproximar da vila, até que ouviu a voz dele, fria, pausada e furiosa, ameaçando o Hokage:

- Tire as mãos da minha mulher, seu pervertido. – A ponta da Kusanagi firmemente pressionada contra as costas do loiro. – Eu te avisei para deixar minha família em paz.

o.O.o

Capítulo 12: Amanhecer

A primeira coisa que os olhos vermelhos e enfurecidos encontraram foram os verdes assustados da minha mãe, que se levantaram instantaneamente ao ouvir a voz dele, assim que ela se afastava do abraço no amigo.

- Sasuke...? – ela perguntou, confusa, mas a pergunta não formulada também não foi respondida.

Assim que encontrou o olhar dela, cansado e lacrimoso, meu pai voltou seus olhos para a vila, onde corpos jaziam largados no chão, seus ninjas caídos e esparramados em diversos cantos, feridos ou exaustos, enquanto os destroços do que um dia fora Otokagure lhe davam um vislumbre do ataque recente.

- Então – ele disse, encarando o quadro sombrio e aterrorizante que a Vila do Som se transformara –, foi mesmo uma armadilha.

Sem guardar a espada que ameaçava o Naruto, os olhos, agora negros, baixaram para os esmeralda que ainda o encaravam arregalados.

- Você está bem. – Era uma afirmação, não uma pergunta, feita com a voz baixa e aliviada. Apenas minha mãe e o amigo entre eles foram capazes de ouvi-lo.

Ela assentiu com a cabeça, mostrando um sorriso discreto, mas quando abriu a boca para falar, tio Suigetsu e tio Juugo já haviam se aproximado.

- Sasuke-sama – tio Juugo foi o primeiro a falar –, fomos traídos. A Névoa mais uma vez tentou nos atacar e, desta vez, vieram com reforços.

Tio Suigetsu levantou a ponta de uma de suas espadas, mostrando uma hitaiate com o símbolo da Chuva pendurada nela.

- Eles estão todos mortos, entretanto – ele completou, jogando a hitaiate ao chão. – Inclusive a traidora.

Meu pai levantou uma sobrancelha, olhando-os sério, exigindo por mais explicações.

- A Karin – tio Juugo respondeu. – Ela não nos avisou da aproximação da Névoa, e ainda conduziu um ataque da Chuva de dentro das nossas defesas.

Ele assentiu com a cabeça, resignado. Se a traidora estava morta, pensaria nisso depois, ainda tinha questões não resolvidas para se ocupar. Levantando os olhos novamente para os dois antigos companheiros, ordenou:

- Cuidem dos feridos e livrem-se dos corpos inimigos. Depois pensaremos como agir. Eu ainda tenho um assunto a resolver – acrescentou, cutucando as costas do Naruto, que permaneceu em silêncio durante toda a conversa.

- Sasuke, não! – minha mãe gritou, correndo até ele e agarrando-o pelo braço que segurava a Kusanagi. – Se não fosse o Naruto, nós não teríamos derrotado-os facilmente.

Meu pai ficou um tempo em silêncio, pensativo, até resolver guardar sua espada, permitindo que o homem a sua frente se virasse e o encarasse nos olhos. Os dois antigos amigos observavam-se friamente, medindo-se, enquanto minha mãe não conseguia entender a guerra de olhares entre os dois.

- O que você fez com a minha filha? – o Otokage foi o primeiro a quebrar o silêncio. O tom frio, as palavras pronunciadas vagarosamente e os olhos novamente vermelhos alertavam a qualquer desavisado que ele estava disposto até mesmo a matar para obter sua resposta.

Entretanto, os olhos azuis do Hokage não pareciam amedrontados.

- O que você fez para ela, hein, Sasuke? – o Hokage o enfrentou. – Ela deixou Suna depois de falar com você!

- Não ouse me acusar contra minha própria filha – meu pai respondeu. – Não depois do que eu vi esta manhã, não depois de ver meus filhos sendo manipulados para me fazer sair do Som na iminência de um ataque... – Com um movimento rápido, ele parou logo atrás do Hokage, que não se moveu para se defender, fazendo minha mãe soltar um grito agudo e assustado. Agarrando-o com um dos braços, meu pai ainda o ameaçou novamente com a Kusanagi, agora pendendo perigosamente no pescoço. – Como você sabia do que estava acontecendo aqui?

Mas antes que o Naruto pudesse responder, minha mãe parou na frente dos dois.

- Aconteceu alguma coisa com a Amisa? – ela perguntou, os olhos confusos pulando do meu pai para o Naruto intermitentemente.

Um sorriso quase doentio surgiu no rosto do meu pai quando ele silvou para o homem em seus braços:

- Vamos, Naruto, responda para a Sakura. O que você fez com a nossa filha?

Minha mãe continuou a encará-los em silêncio. O ataque da Névoa e a invasão da Chuva há muito deixaram sua mente, preocupada apenas com o paradeiro dos filhos que deveriam estar há dias de viagem dali.

- Sakura... – o Naruto começou, os olhos azuis escurecidos pela aflição – a Amisa... ela... ela desapareceu de Suna.

- O quê? – minha mãe perguntou, incrédula; o rosto tornando-se branco. – O que aconteceu? O que você tem a ver com isso? – A voz dela alterada, enquanto se aproximava mais do homem preso pelos braços do meu pai.

- Ela foi vista pela última vez esta manhã, deixando Suna – ele respondeu apenas. – E agora parece óbvio que ela não chegou ao Som.

A lâmina da kusanagi o pressionou com mais força no pescoço. A voz do meu pai soou ainda mais ameaçadora:

- Você não vai contar para a Sakura o que fez com a Amisa? – ele perguntou, o tom cada vez mais impaciente e ameaçador. - Não vai contar como usou a nossa filha para preencher suas fantasias? Para relembrar um passado que nunca existiu?

- O quê? – minha mãe perguntou novamente, cada vez mais aflita sem entender exatamente o que acontecia. A busca por resposta a fez levantar os olhos diretamente para o meu pai. – Sasuke? O que você está dizendo? Aquela carta... Não foi o Ando, não é? Era só uma armadilha...

- Eu falei com ele – meu pai respondeu, ainda ameaçando o Naruto. – Parece que o Mizukage andou conversando muito tempo com ele, e acabou convencendo-o a escrever aquela carta. – Os olhos da minha mãe começaram a arregalar cada vez mais enquanto meu pai falava, e se desviavam, também furiosos, para o Naruto. – Entretanto, assim que cheguei em Suna, ficou óbvio que o Ando não estava totalmente enganado.

- Seu... seu... – minha mãe começou, voltando toda a sua fúria para o antigo companheiro de time. – Como você teve a coragem...? Como você ousa... É... Isso é... doente... – ela continuou, aproximando-se ainda mais dele, as mãos iluminadas com o chakra acumulado.

- Sakura-chan – o Naruto começou, os olhos azuis implorando para que ela o escutasse.

- Nunca mais me chame desse jeito! – ela gritou para ele, furiosa. – Como você pode? Eu achava que o Sasuke tinha exagerado ao querer nos afastar de você, mas... Ele estava certo! Você é um... um... Eu nem sequer conheço uma palavra tão baixa para descrever o que você fez!

- Sakura... – ele começou a chamá-la, tentando interromper minha mãe no seu discurso enfurecido – Sakura... – até que ela se calou e ele respondeu sem pensar: - Eu amo a Amisa.

Um silêncio mortal voltou a cair entre os três. O Naruto encarava minha mãe com seus sinceros olhos azuis, enquanto ela devolvia o olhar com os olhos assustados, mas sua expressão e, ainda mais importante, suas mãos agora sem o brilho do chakra, diziam que aquelas palavras realmente a surpreenderam.

- Eu sei que pode parecer estranho para vocês – ele continuou, os olhos fixos na minha mãe enquanto meu pai ainda o segurava pelo pescoço – mas ela é uma pessoa muito importante para mim. Eu nunca senti nada assim por mais ninguém antes, a não ser pela Hinata... E eu jamais teria me aproximado dela, se não tivesse certeza que ela sente o mesmo por mim.

- Naruto... – minha mãe começou, a voz branda denunciando o quanto ela se emocionara com as palavras dele.

Meu pai, entretanto, não parecia ter dado ouvidos ao Hokage. Pelo contrário, ficou ainda mais enfurecido com aquelas palavras. Com outro golpe rápido, ele retirou a espada que ameaçava cortar o pescoço do Naruto e o derrubou no chão, voltando a ameaçá-lo com a ponta da kusanagi.

- Você pode enganar o coração mole da Sakura com suas mentiras, mas não pense que vou engolir essa história. Não com a Amisa desaparecida e o Som sendo atacado. Onde está a minha filha? – ele perguntou, furioso. – O que você fez com ela? Eu juro que vou matá-lo se você não me responder!

Minha mãe ficou sem ação, perdida talvez entre a notícia do meu desaparecimento e o envolvimento com seu antigo amigo de infância, sem conseguir enxergar a ligação entre todas aquelas novas informações os últimos acontecimentos na vila.

- Vá em frente, Sasuke – o homem caído no chão incitou. – Despeje toda sua fúria em mim e me mate. Você está ameaçando apenas o bunshin da única pessoa que pode ter alguma pista da Amisa. É assim que você se preocupa com a sua filha?

- Do que você está falando? – meu pai gritou, ainda mais furioso. – Você sabe alguma coisa sobre a Amisa e ainda não nos disse nada? O que você está esperando? – ele continuou, ameaçando enterrar a ponta da espada no peito do bunshin.

- Sasuke, acalme-se – minha mãe interveio, correndo até ele e segurando-o pelos braços. – Se o que ele diz é verdade, temos que ouvi-lo.

Resignado, meu pai guardou novamente sua espada e estendeu a mão para ajudar o falso Naruto a se levantar.

- Seja rápido – ele sibilou, os olhos estreitos encarando o loiro.

- Eu vi a Amisa deixar a residência do Kazekage esta manhã – o Naruto começou. – Ela parecia aflita e não se dirigia aos oásis onde os times de gennins estavam treinando. Não consegui me livrar das reuniões que o Gaara me meteu rapidamente e, quando consegui segui-la, por precaução, só tinha os rastros dela para me guiar – meus pais o observavam atentamente, sem interrompê-lo. – Segui o mais rápido que pude até cruzar as fronteiras do País do Vento. Ela devia estar muito rápido, por que até então não percebi nenhum sinal de estar me aproximando dela, até que chegou um momento onde seus rastros se dividiam. Um deles continuava o caminho para o Som, o outro parecia seguir para o País da Chuva.

- A Chuva? Mas por que ela seguiria...? – minha mãe parou antes mesmo de terminar a pergunta.

- Se a Chuva e a Névoa estavam aliadas neste ataque a nossa vila – meu pai continuou –, eles teriam muito interesse em capturar a Amisa, ou qualquer outro Uchiha.

- Exato – Naruto assentiu. – Eu não sabia do ataque ao Som, mas achei estranho a Amisa seguir por vontade própria para a Chuva. Por isso mandei um bunshin para cá, enquanto o verdadeiro Naruto ainda está seguindo o outro rastro.

- Oh, não! – minha mãe exclamou, levando as mãos à boca e voltando os olhos para o meu pai.

Meu pai, entretanto, lutava internamente contra suas emoções, como ele sempre foi famoso por fazer. Um lado dele relutava em confiar no antigo amigo, que ele fez questão de se afastar, entretanto, aquele bunshin era a única esperança que tinha de rever sua filha novamente.

- E você ainda está seguindo estes rastros e nenhum sinal dela? – ele perguntou sério para o Naruto, depois de muito refletir, começando a formar uma estratégia de ataque em sua mente. – Como você pode ter certeza que não é uma armadilha também?

- Eu não tenho certeza nenhuma – Naruto respondeu, os braços abertos no ar para mostrar sua impotência quanto aos acontecimentos. – Mas se a Amisa não está em Suna e nem aqui, a melhor chance é que aquele rastro nos leve até ela.

- Faz sentido – meu pai respondeu, pensativo. – Se a Chuva se uniu à Névoa contra nós, e a Amisa foi atacada e capturada pelo inimigo, há uma grande probabilidade que a levaram para a Chuva, deixando um rastro falso até o Som para nos enganar.

Naruto assentiu com a cabeça, mas minha mãe ainda tinha mais preocupações em sua mente.

– E onde estão o Ando, o Yusuki e o Yori? Onde estão os meus filhos? – ela começou a perguntar, a voz alterada e lágrimas escorrendo livremente dos olhos, encarando o meu pai e, depois, o Naruto.

- Eles estão seguros – meu pai respondeu, calmamente. – Estão sob a proteção pessoal do Kazekage.

Ela deixou um leve suspiro escapar, voltando os olhos curiosos para o meu pai, exigindo-lhe mais explicações.

- Quando conversei com o Ando, as reais intenções do Mizukage ficaram claras. Eu tinha que voltar para o Som, entretanto, quando encontrei com o Gaara novamente, ele me avisou do sumiço da Amisa. Com a iminência de uma guerra entre o Som e a Névoa, ele me assegurou que poderia voltar para a vila, que ele se ocuparia pessoalmente da segurança dos nos nossos filhos. A princípio, o Torneio Chuunin ocorrerá dentro de alguns dias, mas os ninjas de Suna estão de sobreaviso quanto a qualquer movimento suspeito.

Minha mãe deu um longo suspiro e, então, concluiu, aliviada:

- Acho que eles estão mais seguros em Suna.

- Eles não sabem do que está acontecendo – meu pai acrescentou. – Ou seriam capazes de enganar o próprio Gaara e virem atrás de mim, ou procurarem eles mesmos pela irmã.

- Aconteceu alguma coisa com a Amisa-chan? – a voz do tio Juugo, que havia voltado para dar o relatório com o número de mortos e feridos, soou de trás dos três amigos, preocupada.

Meu pai se virou para ele, assentindo com a cabeça.

- Ela está desaparecida – ele respondeu. – Se o Naruto estiver certo, está nas mãos do inimigo.

- Entendo – tio Juugo respondeu. – Agora esse ataque faz sentido. Eles queriam nos distrair e diminuir nossas defesas nos pegando de surpresa. Felizmente, graças à Sakura-sama, nossas perdas foram praticamente nulas.

Meu pai levantou uma sobrancelha, girando o rosto para onde minha mãe estava.

- Foi ela quem descobriu o ataque dos ninjas da Chuva de dentro do labirinto – tio Juugo continuou. – Se a Sakura-sama não tivesse liderado as mulheres e os enfermos contra eles, talvez nossos números tivessem diminuído drasticamente.

Um sorriso que raras pessoas já haviam presenciado surgiu no rosto do líder do Som, que se aproximou da minha mãe e a beijou na testa, o máximo de carinho que eles se permitiam quando estavam em público.

- Eu tinha certeza que havia deixado a vila em boas mãos – ele disse, encarando minha mãe com um carinho que fez, pela primeira vez, o Naruto ter certeza que seus dois amigos haviam feito a escolha certa ao partirem juntos de Konoha.

- Mas se a Amisa-chan foi feita prisioneira – a voz de tio Juugo quebrou o singelo momento entre os dois, fazendo-os voltar à realidade que os assombrava –, eles vão querer usá-la para nos chantagear.

- Sim – meu pai respondeu, voltando-se para ele. – Mas também pode ser uma armadilha. Mais uma maneira de me tirar da vila em direção à Chuva com nossos melhores soldados para nos enfraquecer ainda mais caso haja um segundo ataque.

- Sasuke – Naruto finalmente se manifestou, aproximando-se dos dois. – Meu corpo original está próximo à Vila Oculta da Chuva, é praticamente certo que o rastro dela termina lá. Chegarei em poucas horas. Você pode ficar aqui para defender a vila.

- Não seja idiota – meu pai replicou. – Se a Amisa conseguiu ser capturada, não foi por um ninja qualquer. É provável que tenha sido obra do próprio Mizukage, ou do líder da Chuva, já que parece óbvio que os dois se aliaram. Eu não vou deixar a vida da minha filha nas suas mãos.

- Teme! – o Naruto explodiu. – Você não pode estar em dois lugares ao mesmo tempo. Mesmo com um bunshin! Eu estou mais perto da Chuva. Deixe de ser cabeça-dura, nós não podemos perder mais tempo!

- Pare um pouco para pensar, Naruto! – meu pai replicou, levantando a voz no mesmo tom que a do Naruto. – Você sozinho contra toda a Vila da Chuva e, possivelmente, o Mizukage não tem chance nenhuma se não seguirmos uma estratégia definida.

- Sasuke-sama – tio Juugo interrompeu a discussão dos dois –, eu e Suigetsu podemos comandar nossas forças de defesa. Como disse, nossas perdas não foram grandes, e todos vão concordar que a vida da Amisa-chan é o mais importante agora.

- Eu entendo, Juugo – meu pai respondeu. – Entretanto, devo deixar o Som sozinho. Não posso correr o risco de deixar a vila ainda mais desguarnecida.

- Eu vou com você – a voz da minha mãe finalmente se fez ouvir entre os outros homens.

Meu pai virou-se bruscamente para ela, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, ela continuou:

- A Amisa é minha filha também. Eu não vou ficar aqui sentada, vendo vocês dois apenas discutindo ao invés de agirem.

- Mas, Sakura... – foi o Naruto quem tentou dissuadi-la – pode ser perigoso, e ...

Ele parou instantaneamente ao observar o olhar dela, os olhos estreitos e o cenho franzido enquanto terminava de calçar suas luvas.

- Eu vou junto com vocês – ela afirmou. – Se deixar vocês dois sozinhos, vocês se matam antes de chegarem à Chuva.

O Naruto desviou os olhos para o meu pai, que simplesmente deu de ombros com um longo suspiro. Ele sabia que havia certas horas que era mais seguro não desafiar a minha mãe.

- Muito bem – meu pai disse, ordenando ao bunshin do Naruto. – Você nos guia até onde os rastros que seguiu da Amisa o levaram. Enquanto isso, o verdadeiro Naruto nos espera, examinando o local para que possamos pensar numa estratégia de ataque quando chegarmos.

- Hai – minha mãe e Naruto assentiram imediatamente.

- Não se preocupe com a vila, Sasuke-sama – tio Juugo garantiu assim que os três se viraram para os portões de saída. – Nós sabemos nos defender.

Levantando um braço até o ombro do velho companheiro, meu pai respondeu:

- Eu confio em você e no Suigetsu. Voltaremos em breve.

Os dois homens se despediram com um assentimento de suas cabeças, e o meu pai deu as costas para a vila que tanto o orgulhava para partir com seu antigo time gennin. Muitas coisas aconteceram desde a época em que os três partiam dos portões de Konoha para suas missões, mas em seu coração, ele sentia que estava acompanhado das duas únicas pessoas que confiaria para resgatar sua filha. Mesmo que a idéia de me imaginar nos braços do Naruto ainda o repugnava, a urgência que lia nos olhos do velho amigo criava uma pequena brecha em seus sentimentos.

Os primeiros raios de sol começaram a aparecer no horizonte quando os três atingiram as fronteiras do misterioso País da Chuva e o bunshin desapareceu. No instante seguinte, o verdadeiro Naruto pulou de cima de uma árvore.

- Sasuke – ele cumprimentou com a cabeça. – Sakura.

Meu pai o imitou e, sem tempo para amenidades, perguntou:

- Descobriu mais alguma coisa.

- Sim – ele respondeu, os olhos azuis cansados e preocupados. – O Mizukage está na vila e a Amisa... Ela está mesmo com eles...

Meu pai fechou os punhos ao lado do corpo sem esconder a fúria ao ouvir aquelas palavras. Subitamente, indiferente ao céu aberto que começava a atingir a tonalidade azul de um novo dia, gotas finas de chuva começaram a cair. No instante seguinte, os três estrangeiros ouviram uma risada baixa e assustadora.

- Eu lhe disse, Amekage, um ataque direto ao Som é o mesmo que um ataque à Folha...

Uma névoa começou a ser formar em volta deles e duas figuras se materializaram. Uma delas todos reconheceram facilmente como o Mizukage que havia deixado Suna recentemente. A outra era apenas conhecida dos que estavam nas reuniões promovidas pelo Hokage e Kazekage procurando a paz entre as vilas ocultas, o mais novo líder do País e da Vila Oculta da Chuva.

Continua...


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Notas finais do capítulo

N.A.: Obrigada a todos que estão acompanhando a fic, deixando reviews ou favoritando! Eu sei que tinha prometido o cap para o fim de semana, mas o Itachi apareceu na minha cabeça e não saiu mais. Ou seja: em breve, mais uma fic dele :P



Bom... a Amisa ainda não apareceu, mas acho que todos já sabem onde ela está agora, não é? Quem será que vai salvá-la? Aguardem o próximo e último (sim, é triste, mas é o último) cap!


PS: A Vila da Chuva (Amekagure) é uma das raras Vilas Ocultas do fandom que tem o mesmo nome do país onde estão. O título Amekage saiu da minha cabeça já que, oficialmente, são apenas 5 Kages. (Digamos que o líder da chuva é tão metido quanto o Sasuke e resolveu se intitular Kage sozinho também!)


PS2: Se alguém chegou a se perguntar... Essa fic foi escrita muito antes daquela fala do Kisame chamando o Tobi de Mizukage. Ou seja... o Mizukage desta fic não tem relação nenhuma com a antiga Akatsuki.



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